A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influencia do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a segunda parte do episódio 1, “Origem do mal”.
- Sieg Heil! Sieg Heil! Sieg Heil!
- Vi (William L. Shirer) pela primeira vez Adolf Hitler e seus capangas, Göring, Goebbels, Himmler e Hess, e mergulhei na cobertura da ascensão do Terceiro Reich pelos próximos seis anos. Agora, os líderes nazistas que não tinham cometido suicídio aguardavam julgamento por crimes contra a humanidade. A justiça, finalmente, tinha alcançado eles.
- A total devastação trazida pela Segunda Guerra Mundial só pode ser compreendida depois. Como poderia haver justiça após algo assim? É por isso que os julgamentos de Nuremberg eram considerados vitais (Francine Hirsch, professora da Universidade de Wisconsin-Madison).
O JULGAMENTO DE NUREMBERG DUROU 10 MESES, DE NOVEMBRO DE 1945 ATÉ OUTUBRO DE 1946. HÉ APENAS 35 HORAS DE GRAVAÇÃO CAPTURADA E GRANDE PARTE SÓ FOI DIVULGADA RECENTEMENTE.
Pela primeira vez na história, um tribunal que consistia em juízes americanos, britânicos, franceses e russos foi formado para julgar crimes que eram inéditos na memória humana. Entre os espectadores estavam quatrocentos jornalistas do mundo todo. O clima na sala era extremamente tenso. Ninguém sabia exatamente o que esperar. E quando os réus entraram... a sala ficou em silêncio, com todos olhando para eles (Davin Pendas, professor, Boston College).
- Esse é o final dessa longa noite, desse pesadelo horrendo. É a queda dos poderosos. A súbita queda do poder parece ter arrancado a arrogância que havia neles durante todos os anos que os conheci. Num instante, eles se tornaram homenzinhos pequenos e ressentidos. A longa noite nazista me deu muito o que pensar e escrever. Ao longo de todos esses anos, eu busquei, como muitos outros, um sentido. Um dos aspectos mais marcantes do Julgamento de Nuremberg era a ausência no banco dos réus. Hitler não estava lá fisicamente, mas a presença dele era inevitável.
Finalmente os criminosos da Segunda Guerra Mundial sentam nos bancos dos réus. Aqueles crimes que envolveram até mesmo pessoas de boas intenções, mas de caráter fraco, agora iriam ser colocados com clareza, longe das mentiras e falsas narrativas que eles tanto usaram para iludir e conduzir a nação germânica. Vejo muita similaridade com o que acontece no Brasil. Uma quadrilha de mentirosos, embusteiros, corruptos, assumiram o poder e colocaram em todas as instituições democráticas, de preservação dos interesses do povo, comparsas que estariam prontos, consciente ou inconscientemente, para conduzir o processo de transformação, de escravidão da sociedade brasileira, como mão de obra financeira para alavancar uma agenda diabólica, na base da luta fraterna entre os irmãos, jogando uns contra os outros como é próprio das revoluções.