A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influência do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a sétima parte do episódio 1, “Origem do mal”.
Há uma foto famosa anunciando começo da guerra. Hitler está lá, extasiado. Então ele se voluntariou para o exército da Baviera, que fazia parte do exército alemão. Ele se negou a servir no exército multiétnico do Império Habsburgo porque ele se considerava alemão. E era uma situação caótica. Milhares de rapazes se alistavam, e as autoridades não tinham como verificar todos os documentos direito. Então ele conseguiu entrar, apesar de não ser bávaro nem alemão.
Para Hitler, a guerra era a glória. A guerra era algo fantástico. A guerra seria boa para a nação alemã. De repente, ele tinha um propósito, encontrou um rumo para sua vida banal e um tanto deprimente.
O advento da Primeira Guerra Mundial em 1914 deu a Hitler um escape. “Ela chegou” – disse ele mais tarde – “como uma salvação da angústia que me afligiu durante a juventude. Não tenho vergonha de admitir que fiquei de joelhos e agradeci aos céus.” (From The Rise and Fall of Adolf Hitler by William L. Shirer).
Era a guerra que acabaria com todas as guerras. Mas os garotos que iam para a guerra em 1914 não tinham consciência disso. Eles não sabiam dos terríveis avanços tecnológicos que tinham surgido. Dos horrores da guerra mecanizada. Coisas como a invenção da metralhadora, ou o uso de gás venenoso. A invenção dos tanques, dos lança-chamas, dos aviões bombardeiros, e todas as outras criações projetadas para massacrar seres humanos. Elas existem para destruir a carne humana.
Hitler era um mensageiro que transportava mensagens do posto de comando para o front e vice-versa. Por quatro anos, ele lutou, transportou mensagens, correu riscos e criticou qualquer um que traísse a guerra ou não a defendesse.
Durante a guerra, alguns dos projéteis disparados eram de gás venenoso, o gás mostarda. Eles eram muito letais e extremamente perigosos. Hitler foi atingido e precisou ser hospitalizado.
Que fortes motivos devem surgir na mente humana para ver uma guerra como algo fantástico, uma glória para a vida? Algo que induz a levar a morte outras pessoas que estejam do outro lado de suas linhas, ou que seja alvejado justamente por essas pessoas que se quer destruir
Eis o perfil motivacional de Hitler. De repente ele sai de uma angústia existencial naquele mundo sem guerra, para depois, sabendo que a guerra foi iniciada se sente uma pessoa agradecida aos céus por tamanha graça. Mesmo tendo sido atingido por uma arma letal do inimigo, onde teve que ficar hospitalizado sem capaz de ver, mesmo assim mantinha a fidelidade aquele sentimento de sintonia com o estado de guerra, onde ele tinha um papel a executar.
Uma alma sem empatia com o ser humano. Estava sendo colocado no ambiente que iria terminar de moldar a sua personalidade. Um monstro encontrou o seu berço.