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20/09/2024 00h01
HITLER E O NAZISMO 08 TRATADO DE VERSALHES

            A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influência do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a oitava parte do episódio 1, “Origem do mal”.



Numa manhã de domingo escura, no dia 10 de novembro de 1918, um pastor levou uma notícia inacreditável para os soldados feridos. O Kaiser Guilherme II, imperador da Alemanha, havia abdicado e fugido para a Holanda, que permanecia neutra. O exército alemão iria se render aos Aliados em Compiègne, na França. A guerra havia sido perdida. O pastor comecou a chorar. E também o cabo Hitler, temporariamente cego (From The Rise and Fall of Adolf Hitler by William L. Shirer).



De uma vez só, quatro anos da vida dele perderam o sentido. Foram destruídos. A maioria das pessoas achava que a Alemanha estava vencendo. Isso ocorria porque o governo militar alemão afirmou que estavam vencendo a guerra até poucas semanas antes da derrota. Esconderam os problemas profundos do exército alemão de toda a população alemã.



Se tornou claro para os comandantes do exército alemão que eles tinham sido derrotados no campo de batalha. Então, o alto comando militar chegou a única conclusão racional possível: eles precisavam se retirar da guerra o quanto antes. Isso fez o governo imperial desmoronar. O Kaiser Guilherme II, imperador da Alemanha, abdicou.



A Primeira Guerra Mundial transformou a Alemanha profundamente. O país deixou de ser um império. Deixou de ser uma monarquia. Em 1918, a Alemanha se tornou uma democracia liberal, que ficou conhecida como República de Weimar.



Trabalhadores e soldados. A velha e podre monarquia, ruiu. Vida longa ao novo. Vida longa à república alemã.



A República de Weimar era liderada por uma coalizão do Partido Social-Democrata. Eram principalmente grupos de esquerda, com muitos políticos judeus.



Coube ao novo governo assinar o armistício num vagão de trem na França. E basicamente sobrou para os sociais-democratas.



Depois veio o Tratado de Versalhes, em junho de 1919, sem a participação alemã. O Tratado tomou 13% do território alemão de antes da guerra.



Os vencedores impuseram reparações pesadas à Alemanha, para responsabilizá-la por toda a guerra. as potências vitoriosas acusaram a Alemanha de ter ambições expansionistas, mas a maioria do povo alemão ficou chocado pelo país ter levado a culpa pela guerra, pois eles consideravam que a causa era um problema internacional, e não as ambições beligerantes da Alemanha.



O Tratado de Versalhes deixou os alemães tão insatisfeitos que foi praticamente um consenso nacional. Havia rejeição ao Tratado de Versalhes, aquela paz punitiva, as reparações exigidas. Ao longo de todo o espectro político, todas as pessoas sentiam o mesmo (Anne Berg – Prof., University of Pennsylvania).



Mas o governo, a contragosto, assinou.



A liderança conservadora do exército alemão se absteve de qualquer responsabilidade. Eles basicamente disseram: “Nós não queremos nada com a rendição”.



Inclusive, foi a liderança militar que comecou a promover a teoria da conspiração de que a Alemanha não tinha perdido a Primeira Guerra Mundial no front. Que não foi uma derrota militar, e sim uma traição de uma liderança civil de judeus esquerdistas que impediu a Alemanha de vencer a guerra. o que claramente é um absurdo.



Hitler acreditava piamente nessa teoria da conspiração. Hitler estava enfurecido, ele culpava os judeus. Culpava os socialistas por sabotar o exército alemão vitorioso. Ele encontrou uma explicação paranoica. Ele achava que, assim como Siegfried nas obras de Wagner, as tropas alemãs tinham sido traídas pela própria nação. Ele dizia que sua missão na vida seria retirar o controle alemão da mão das forças ocultas da história e garantir que alemães arianos como ele tomassem as rédeas da Alemanha e a tornassem uma grande nação novamente.



Os derrotados de qualquer guerra sempre pagam algum tributo aos vencedores. Não poderia ser diferente com os alemães. Mesmo que a sociedade fosse diretamente atingida, pois ela era quem iria pagar as consequências, inclusive o soldo dos seus soldados que eram quem estavam diretamente envolvidos na guerra. Mas, mesmo assim, vejo justiça. A sociedade alemã foi quem permitiu que os nazistas assumissem o poder e tornassem a República Democrática numa ditadura que anunciava mil anos de permanência. Isso mostra a importância que o povo deve ter na condução do seu destino. Infelizmente os líderes não tem essa preocupação, a maioria pretende apenas conquistar e se manter no poder. São mantidos por ideologias que pretendem construir uma sociedade ideal à custa de muito sangue e perversidades. Quanto distante está da ideologia cristã, quando devidamente praticada...


Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/09/2024 às 00h01