A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influência do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a décima quarta parte do episódio 1, “Origem do mal”.
Hitler tinha um dom para atrair aquele tipo de nacionalista sem rumo, perdido na vida, que estava em busca de alguém que representasse a causa e o levasse à vitória.
Hermann Göring, réu, comandante da Força Aérea Alemã.
Conte ao tribunal quando, e em que circunstâncias, conheceu Hitler.
Eu perguntei a algumas pessoas e descobri que poderia ouvir Hitler discursar numa reunião que ele fazia todas as segundas-feiras à noite. Quando compareci, Hitler falou do Tratado de Versalhes e fez duras críticas a ele. Palavra por palavra, era como se as convicções dele saíssem da minha alma. Finalmente eu tinha encontrado um homem com um objetivo claro e definido.
Na década de 20, como o militarismo foi essencialmente proibido pelo Tratado de Versalhes, surgiram grupos paramilitares que se mobilizavam em termos políticos, mas de forma militarizada.
O bando dos nazistas era especialmente famigerado e importante. O grupo era conhecido como SA, ou Sturmabteilung, em alemão, traduzido como “tropas de choque”. O grupo era famoso pela camisa parda. Sua função era se infiltrar em regiões e cidades alemães, especialmente em áreas mais pobres, onde os sociais-democratas ou os comunistas tinham influência, e começar uma espécie de guerra de gangues contra os grupos paramilitares desses partidos para tomar o controle dos territórios.
Desde o começo busquei trazer para a SA os membros do partido mais jovens e idealistas, que podiam dedicar todo o tempo livre e a energia para a causa. Na época, as coisas andavam muito difíceis para aqueles bons homens.
Alguns dos primeiros membros da SA eram militares que acreditavam que a Primeira Guerra não tinha terminado de 1918. Eles acreditavam que deviam combater a República de Weimar, queriam lutar contra os judeus, contra os comunistas. Eles queriam retomar o controle para engrandecer de novo a Alemanha (Christian Goeschel – Author, Mussolini and Hitler).
E Hitler fazia parte disso. Não era uma guerra vergonhosa, não, era a vingança deles. Eles iriam retaliar. Muitos soldados não tinham para onde ir, o que comer, nenhum rumo na vida. Então eles pensavam: “Esse é o nosso salvador. Esse é o cara que vai nos levar ao nosso lugar de direito, pois devíamos ter vencido a guerra (Alexandra Richie – Author, Warsaw 1944).
Pessoas frustradas em busca de uma vítima para jogar suas culpas, geralmente se tornam violentas, agressivas, um passo para a criminalidade. Foi isso que observamos no passado e que continua a acontecer em todo o mundo. Grupos se formando para saírem pelas ruas em quebra-quebras, furtos, assassinatos. Tudo isso acontecendo e sendo fabricada falsas narrativas que são jogadas na mídia cooptada pelos contratos milionários. Observamos os nossos líderes serem atacados com facadas, tiros e até cadeiradas em pleno programa de televisão aberta. O que Hitler fazia de forma rasteira na Alemanha com seus grupos paramilitares, observamos o mesmo acontecer aqui. A violência empregada contra nossos patriotas, honestos e que são presos por tentarem defender a nossa liberdade, nos atemoriza, mas não devemos ficar acabrunhados. Teremos que desenvolver a coragem de questionar, de criticar e de combater o mal que se abate sobre nossos irmãos, pois esta é a vontade do Pai.