Jesus educou 12 pessoas do povo, chamados apóstolos, pois estavam sempre próximos do Mestre. Eles ouviam seus ensinamentos, parábolas e principalmente a prática.
O Mestre sempre falava a Verdade como um Caminho para a Vida eterna. Não era escravo dos preconceitos, falava com prostitutas (Madalena), com ladrões (Dimas), com revolucionários (Barrabás), coletores de impostos (Mateus) e traidores (Judas)... todos pessoas malquistas na sociedade judaica.
Curava no dia de sábado, quando era proibido fazer qualquer trabalho, dizia que era filho de Deus quando os sacerdotes diziam que era blasfêmia, ouvia em silêncio as acusações de Pilatos que se dizia poderoso. e a de Herodes quando tentava o humilhar. Somente podemos observar atitudes mais firmes de Jesus quando acusava os fariseus hipócritas de raça de víboras e sepulcros caiados, e aos comerciantes que queriam fazer do Templo, a Casa do Pai, um redil de comércio inconsequente.
Observamos assim um Mestre que se comporta com fraternidade para com todos que considera como irmãos, aqueles que fazem a vontade do Pai. É tolerante com os ignorantes, compreensivo com os pecadores e respeitoso com as autoridades constituídas.
Valoriza a quem tem fé, reconhece seus erros e procura a conversão do modo de vida, perdoando a quem está disposto a compensar o mal que tenha feito ao próximo.
Entre os seus apóstolos, indicados pelo Pai e escolhidos por Ele, pessoas de todas as
índoles, mas que acreditavam na divindade do Mestre, vamos encontrar Simão Pedro, o
pescador impulsivo que joga o pecado do próximo como uma pedrada na cara, que foi elogiado por Jesus por ter recebido a mensagem do Pai, reconhecendo a divindade do Cristo, e logo em seguida criticado pelo mesmo Cristo, como está sendo influenciado pelo demônio quando tentava evitar que Ele fosse para Jerusalém para o ato de sacrifício necessário para salvar a humanidade. É este mesmo Pedro que saca da espada e arranca a orelha do soldado que queria prender Jesus, mas é o mesmo Pedro que trai o Mestre antes do galo cantar três vezes. Mas foi esse mesmo Pedro que Jesus confiou a sua Igreja, e esse mesmo Pedro com coragem e competência, a espalhou pelo mundo com seus colegas, sob sua direção.
Podemos encontrar hoje na comunidade da Praia do Meio, pessoas que podemos dizer, sejam discípulos da forma de agir de cada um dos apóstolos, cada um procurando ajustar seu comportamento, da forma de pensar e agir, para se aproximar do comportamento do Mestre.
Dentre esses diversos discípulos com suas diversas características apostólicas, observamos com muita atenção aos discípulos de Pedro. São pessoas muito empenhadas no trabalho, que aponta com vigor o dedo para os pecadores que tem a responsabilidade e não fazem o trabalho que a comunidade precisa, mostra onde está o erro e exige solução, levanta a sua espada e está pronto para a briga.
O Cristo está atento com tudo, ontem com Simão Pedro e hoje com seus
discípulos, e ouvimos a voz dEle na consciência de cada um de nós: “Filho, procure se comportar como meu digno discípulo, sem ter o medo do peso da
cruz que deve carregar. Você sabe que deve agir como um pequeno foco de luz para iluminar a mente das pessoas, deve se comportar como o fermento no meio da massa e silenciosamente transformar o ambiente perverso e hipócrita que a humanidade criou em fraternidade com todos.
Você está certo em suas considerações, com aquelas pessoas que tem responsabilidade e não cumprem, que estão mais preocupados com suas contas bancárias e os prazeres da carne, com o espírito encharcado nos odores do álcool, nos requebros e vozerios do corpo. Quem pode ali despertar o espírito? Iluminar a mente entorpecida?
Brindar o justo com minha palavra de salvação? Colocar o fermento divino na massa de prazeres mundanos? Que levem à reflexão dos erros que se cometem, às vezes inconscientemente?
És tu, Filho! O discípulo preparado por mim para agir como Deus, o nosso Pai deseja, amando ao próximo como a si mesmo.