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08/10/2024 00h01
HISTÓRIA DA MAÇONARIA (02) PENSAMENTO

            Pode ser encontrada na internet uma aula do Mestre Lucas Centini com o título “A Verdadeira História da Maçonaria” que é importante registrar aqui para nossa reflexão. Vejamos a segunda parte.



            A Maçonaria surgiu de fato por volta do ano de 300 aC quando um matemático, filósofo, membro da Biblioteca de Alexandria, chamado Euclides, que foi o pai da Geometria, criou uma escola que ensinava uma profissão e ao mesmo tempo transmitia o conhecimento filosófico, a filosofia iniciática esotérica.



            Euclides era um membro da Biblioteca de Alexandria, era um iniciado, versado no sagrado dos mistérios e ao mesmo tempo que ele transmitia a profissão, que dava a construtoria, ele transmitia também ensinamentos filosóficos.



            Estamos falando de um momento histórico onde o Império Romano estava em plena expansão, crescia mais do que a China cresceu na década passada. Havia, portanto, uma demanda muito alta de artífices de várias áreas. Era preciso pedreiros, marceneiros, escultores e todos eles precisavam dominar a geometria para conseguir desenvolver seus trabalhos.



            Euclides comecou a ensinar a aplicação prática da geometria. Não era só teoria, mas como usar isso, manifestar isso no plano físico.



            Junto com toda parte epistêmica do tema, ele ensinava a parte filosófica.



            Este é um momento histórico em que a maioria das pessoas não sabia ler ou escrever. Era comum não saber ler ou escrever, e como vamos explicar conceitos profundos da filosofia para alguém que não sabe ler e escrever? Vai ser usado símbolos, da mesma forma que quando queremos mostrar a uma criança alguma lição, algum ensinamento, é usado um desenho. Quando a gente vai tratar principalmente das questões metafísicas, mesmo que sejam didaticamente passadas, são mais difíceis de serem interpretadas pelo ser humano, mesmo para aqueles que sabem ler e escrever. Até hoje se faz uso dos símbolos, também chamados de signos.



            É por isso que na Maçonaria é usado os símbolos da construção civil, porque maçom quer dizer pedreiro, construtor, nas línguas indo-europeias.



            O que os pedreiros conheciam, e os outros artífices, era o esquadro, o prumo, o nível, o compasso. Então, Euclides usa esses símbolos para expressar conceitos filosóficos ligados a eles, por exemplo: o esquadro é a ferramenta que o maçom usa para desempenhar a retidão moral; o compasso é a ferramenta que o maçom precisa aprender a dominar para criar limites éticos que consigam ponderar as suas ações na sociedade.



            Todos esses símbolos são usados dessa forma, e uma questão interessante é que naquela época as pessoas não podiam viajar de uma cidade para outra. Eles precisavam de autorização dos reis para fazer isso, como se fosse um visto da época. Só que eram vistos de saída. Era preciso um visto para sair de onde se morava. Acontece que os maçons eram diferentes nesse aspecto. Eles tinham um passe livre. Como eles eram requisitados em várias partes do Império, eles tinham passe livre para o mundo todo.



            Por isso em inglês, a palavra maçom é formation e daí nasce o que se chama Maçonaria, que em português não tem tradução, mas seria a pedreiraria, essa ordem formada pelos artífices.



            Não existe dentro desta narrativa nenhum confronto com a ideologia cristã, tudo esta se desenvolvendo na base de um conhecimento técnico por alguém com uma boa expertise e que passou esse conhecimento para pessoas que eram necessárias para realizar as construções, de castelos, principalmente, que era uma demanda da época. Como essa pessoa tinha bons propósitos, quis passar para seus alunos além dos conhecimentos técnicos, conhecimentos abstratos com uma boa base moral. Até aqui, o movimento não apresenta nenhum confronto com o Cristianismo e mais ainda, este pensamento ainda não sendo anticristão, está bem alinhado com os ensinamentos de Cristo.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/10/2024 às 00h01