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02/11/2024 00h01
HITLER E O NAZISMO 22 POLÍTICO DE CRISES

            A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influência do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a terceira parte do episódio 2, “Político de Crises”.



A nova era do movimento nacional-socialista começou quando Hitler foi libertado da prisão, em dezembro de 1924. Com o retorno do líder, o partido retomou a luta pelo poder (Frank B. Wallis, Assistent Prosecutor, United States).



Hitler saiu da prisão e voltou para uma Alemanha que, politicamente, estava num momento menos favorável a ele do que durante a crise do ano de 1923. Ele era um político de crises. Precisava de uma crise para se fortalecer. No fim de 1924, quando ele foi solto, as coisas tinham se acalmado. A economia estava melhor. O sistema político vinha se estabilizando (Benjamin Carter Hett, Author, The Death of Democracy).



O período entre 1924 e 1929 é frequentemente descrito como a era de ouro da República de Weimar. Surge a perspectiva de uma vida melhor, ainda que esteja inacessível para a maioria das pessoas (Anne Berg, Professor, University of Pennsylvania).



A República de Weimar era uma democracia liberal progressista.



Havia estabilidade política. E também uma cena cultural muito rica. Cineastas, cabarés. Pensamos em artistas abstratos e expressionistas, no movimento arquitetônico da Bauhaus. A Alemanha estava se tornando mais aceita na esfera internacional e não era mais um pária. Havia um clima de libertação e modernidade nos anos 20 (Lisa Pine, Author, Hitler’s ‘National Community’).



Gute Nacht! (Boa Noite!) – Cartaz conduzido na abertura de um espetáculo.



As pernas femininas passaram a ser expostas pela primeira vez, mas suas cabeças continuavam cobertas.



As mulheres podiam votar pela primeira vez.



Havia movimentos focados na sexualidade, como o de Magnus Hirschfeld, que pesquisava a homossexualidade e tinha realizado as primeiras cirurgias para pessoas transgênero na República de Weimar.



Realmente havia muito dinamismo surgindo por lá. Por outro lado, o Partido Nazista, em especial Hitler, percebia que havia muitos cidadãos alemães desconfiados daquela jovem democracia que deveria ser de fato uma luz no fim do túnel, mas, na verdade, era um símbolo de desilusão para muitos (Tiffany N. Florvil, Professor, University of New México).



Fora de Berlim, havia muitos alemães vivendo em comunidades pequenas e rurais onde a arte experimental, as inovações, a revolução sexual da Berlim de Weimar eram conceitos totalmente estranhos. E eles se opunham a tudo isso.



Era um grupo que se sentia abandonado. Numa analogia contemporânea, vemos esse tipo de população esquecida nos Estados Unidos. Essas pessoas se sentiam prejudicadas pelo sistema. E Hitler explorou essa desilusão com a República de Weimar. Era um conceito a que ele sempre retornava, até quando estava no poder.



E o exército de desempregados começa a crescer. Um, dois, três milhões, quatro milhões, cinco milhões, seis milhões, sete milhões! (Discurso de Hitler).



Uma das lições que Hitler aprendeu com o fracasso do Golpe da Cervejaria, em 1923, foi que ele não conseguiria derrubar a República de Weimar usando a força. Então, após ser solto, ele se concentrou em obter apoio eleitoral (Richard J. Evans, Author, The Third Reich in Power).



Era uma abordagem dupla para tomar o poder na Alemanha: através da violência e também através do voto (Christian Goeschel, Author, Mussolini and Hitler).



O líder nazista prometeu tirar o povo alemão da miséria. Hitler estava salvando o povo do caos e da impotência da República de Weimar. Ele dizia que um governo nazista se negaria a pagar reparações de guerra. De fato, Hitler prometeu que iria rasgar o Tratado de Versalhes, recuperar a economia e garantir que todo alemão tivesse um emprego. Milhões de alemães confusos e desesperados foram enganados por essa propaganda (From Teh Rise and Fall of Adolf Hitler, by William L. Shirer).



Este é o perfil político de Hitler: político de crises. Esta é a diferença para um político cristão, que procura fazer a vontade do Pai, de amar ao próximo como a si mesmo. O político cristão deve focar seus talentos no desenvolvimento das benesses, na construção daquilo que fortalece a fraternidade, a família universal, e não a discórdia, a luta de classes, a revolução sanguinária, perversa, demagógica, autoritária, escravocrata. Esta é a situação em que nos encontramos no Brasil, país designado pela espiritualidade superior para ser a “Pátria do Evangelho e o Coração do Mundo”, onde todos os políticos, mesmo os honestos e que tenham uma boa sintonia com Deus, não mostram com perfeição a condição de político cristão, de amar ao próximo e não ao pecado, de procurar a conversão de todos para o Reino de Deus, para a Família Universal, mesmo que estejam em partidos ou religiões diferentes.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/11/2024 às 00h01