A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influência do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a quarta parte do episódio 2, “Propaganda”.
BERLIM, 1926
Joseph Goebbels era o encarregado de divulgar aquela mensagem. Ele surgiu na História com destaque em 1926, quando Hitler o mandou para Berlim como líder regional do Partido Nazista.
O que o Partido Nazista fazia, sob a influência de Joseph Goebbels, era projetar uma imagem de ativismo constante. Ele era tão bom naquilo que logo Hitler o nomeou chefe da propaganda do partido em nível nacional.
Joseph Goebbels era o ministro da propaganda, espertalhão e falador, que tinha um pé torto. A maioria dos homens de Hitler não o suportava. Ele era dissimulado demais até para eles. Mas Hitler, a quem ele era muito leal, apreciava sua devoção, seu talento e sua capacidade de executar as ordens. Goebbels tinha algumas ideias fundamentais que conseguiu transformar em uma propaganda poderosa. Ele usava as tropas da SA para cometer violência. Eles deviam espancar comunistas e outros adversários políticos para chamar a atenção da imprensa, e funcionou. (From The Nightmare Years, by William L. Shirer).
A população gostou. “Ah, finalmente estão fazendo algo pra controlar esses comunistas, esses vermelhos.”
Goebbels demonstrou uma certa genialidade publicitária, pois ele entendia que qualquer atenção era vantajosa. Até mesmo a cobertura negativa da imprensa liberal ou esquerdista. Ele escreveu várias vezes no diário que o – importante era que falassem deles.
- Vamos, vamos embora! (chamativa dos agressores para chamar a atenção).
Joseph Goebbels logo entendeu que, para o Partido Nazista utilizar ao máximo a força de Hitler, a imagem pública dele precisaria ser melhorada.
Depois de 1924, para atrair mais eleitores, Hitler fez um esforço enorme para produzir uma imagem de futuro líder da Alemanha, o salvador da nação alemã.
Ele pedia ao fotógrafo dele, Heinrich Hoffmann, que o fotografasse fazendo vários gestos e poses. Ele ia modificando os gestos até que transmitisse exatamente a ideia que ele queria passar. Ele tinha consciência de que estava interpretando um papel.
As fotos de Hoffmann mostram como era tudo calculado. Hitler começou, com a ajuda de Goebbels, a coreografar os discursos. Num típico evento nazista numa cervejaria ou salão de conferencias, as pessoas se reuniam e ficavam esperando. Então ele chegava meia hora atrasado, para criar expectativa.
- Heil!
Por fim, ele aparecia, e era recebido com gritos e muitas palmas. E ficava em pé na frente, sem falar nada.
Depois de prender a atenção de todos, ele começava a falar muito, muito devagarinho. Então entrava. Cada vez mais intenso, no embalo, até atingir o clímax do discurso. Ele ficava encharcado de suor, gesticulando loucamente.
- O futuro do povo alemão está exclusivamente em nossas mãos!
Por fim, o furor da plateia, com aplausos e gritos de “Sieg Heil”.
- Sieg Heil! Sieg Heil!
Era muito intenso. Ao fim de tudo, ele já havia conquistado os espectadores. Não havia nenhum outro político na Alemanha que fizesse algo parecido.
A propaganda ajuda a criar narrativas em favor dos objetivos de quem a esteja manipulando. Isso foi muito eficiente na Alemanha nazista, sob a direção propagandista de Goebbels em favor do seu líder Hitler. Ninguém percebia que a narrativa pegava dados da realidade atual para projetar um futuro que era disfarçado para a população. O mesmo aconteceu no Brasil com as falsas narrativas dos partidos de esquerda, tirando da população a verdade da nossa formação enquanto pátria e jogando o ódio entre as classes para proporcionar as revoluções comunistas, contra os princípios cristãos onde estamos embasados.