Este curso espiritual que estou desenvolvendo neste espaço literário tem como base a narrativa que considero a mais correta no atual contexto que me insiro, tanto ambiental quanto cognitivo.
Sei que estou corrigindo a cada momento esta minha narrativa pessoal que está em construção até hoje, com todos os estímulos que chegam à minha consciência, pois todos, passam pelo crivo da crítica racional, observando a coerência e a oportunidade de inclusão ou exclusão de determinado aspecto.
Foi nesse contexto que no último domingo, dia 10-11-24, aconteceu o sepultamento da minha tia, Madalena Rodrigues, em Areia Branca-RN, conforme ela queria.
Essa cidade foi onde iniciou a minha vida biológica, onde consegui o meu corpo biológico através da contribuição hereditária da minha mãe, Maria, e do meu pai, Antônio, irmão da minha tia Madalena. Foi ali onde meu corpo veio à luz do mundo material e passei os meus primeiros cinco anos de vida ao lado do meu pai e mãe, antes deles se separarem e eu ir morar com minha mãe em Macau, cidade próxima, no mesmo Estado.
Foi esse contexto que me deu a oportunidade desta reflexão dentro da minha narrativa, de seguir as lições de Cristo conforme a vontade de Deus, aplicando-as com máxima fidedignidade nos meus relacionamentos interpessoais, mesmo que isso me custasse sofrimentos físicos e emocionais.
Foi entendendo a importância dessa conduta, dessa disciplina frente aos diversos relacionamentos, principalmente os conjugais, que surgiu a consciência do confronto entre as leis culturais que a comunidade construiu e a lei de Deus, eterna e imutável. Posso estar errado, mas tenho que seguir a coerência apontada por minha consciência, dentro de toda racionalidade que eu consiga operar, com a hierarquia do Pai divino como ponto central.
Foi assim que construí a hierarquia dos grupos familiares como base para o comportamento cotidiano: família nuclear, família ampliada e família universal, estando nesta o Pai criador como gerente, a hierarquia superior a qual devemos respeitar e obedecer às suas leis.
Foi assim que troquei as leis culturais do meu entorno, do amor exclusivo, condicional, dentro da fidelidade conjugal do casamento, pelo amor inclusivo, incondicional, dentro da fidelidade divina, por mais que pareça paradoxal dentro dos conceitos da cultura humana tradicional.
Foi por ocasião desse sepultamento que fiz toda essa reflexão sobre o meu comportamento, viajando ao lado de duas esposas anteriores, um filho e uma meia irmã. Recebi críticas de uma delas, a primeira esposa, dentro dos conceitos irredutíveis que ela apresenta. Não tive oportunidade de colocar os meus princípios para avaliação racional sem tanta interferência emocional.
Mesmo sofrendo uma saraivada de críticas durante toda a viagem, mesmo estando aberto para avaliar o conteúdo das críticas e estar pronto a corrigir qualquer erro encontrado, mesmo assim a minha narrativa continua com os mesmos princípios: seguir a vontade de Deus conforme estar definida em minha consciência.