John Carson Lennox (Armagh, Irlanda do Norte, 07-11-1943) é um matemático, filósofo da ciência, apologista cristão e professor de matemática da Universidade de Oxford. Ele é conselheiro do Green Templeton College, Oxford e um Fellow (membro de alto nível) em matemática e filosofia da ciência pela mesma universidade. Esta é uma apresentação dividida por mim em três partes, feitas a um auditório.
Ainda meus amigos ateístas insistem que é racional para eles crerem que a evolução da razão humana não foi guiada para descobrir a verdade e, ainda, é irracional para mim crer que a razão humana foi projetada e criada por Deus para nos habilitar a entender e a crer na verdade. Lógica curiosa.
Para contrastar com isto, o teísmo bíblico assegura que a realidade final é pessoal e inteligente. E a razão pela qual a ciência funciona, e esta foi a força motivadora que guiou a grande piedade na ciência, é que o Universo lá fora e a mente humana aqui dentro, que faz ciência, são finalmente produtos da mesma mente divina e inteligente.
Nos dizem que seres humanos são a imagem de Deus e isto significa que ciência pode ser perfeita. Isto faz infinitamente mais sentido para mim, como cientista, que o ateísmo.
Deixe-me ir brevemente à ética. Comportamento ético como comportamento racional, claro, não requer crença religiosa. Isto é consistente como fato que os humanos são criados à imagem de Deus como pessoas racionais. Mas como sugeri que a racionalidade não pode ser explicada sem a existência de Deus, ouso sugerir que a existência da moralidade não pode ser explicada também.
Enquanto a ciência moderna saltou as fontes judaico-cristãs, assim também foi o conceito de igualdade humana.
Escutem o ateu Jürgen Habemas, pensador da elite da Alemanha: “O igualitarismo universalista, do qual surge a ideia de liberdade, vida coletiva, solidariedade, a moralidade individual, consciência, direitos humanos e democracia são um legado direto da justiça ética judaica e a ética cristã do amor. O legado substancialmente imutável tem sido objeto de apropriação crítica, continua a reinterpretação. Até este dia não há outra alternativa para ela. Qualquer outra coisa são somente papo furado da ciência pós moderna.” E me parece que ela está marcando o núcleo de algo importante. Porque o valor de um ser humano, o qual o igualitarismo abarca é baseada não no que podemos fazer, mas do que ele é feito. Do que é feito? A imagem de Deus.
Nunca me esqueço de uma visita minha à Rússia com um colega cientista. Ele disse: “Sabe, John, pensamos que pudéssemos abolir Deus e ainda manter o valor de seres humanos, mas vimos que não podíamos. E matamos milhões deles.”
Alexander Soljenitsin disse que “se me perguntassem o porquê de 6 milhões de meus conterrâneos foram sacrificados eu os responderia que nós nos esquecemos de Deus”.
Para mim a realidade é explicada pela existência de Deus e que o povo judeu nos introduziu nessa compreensão, da justiça e do amor divino acima da justiça e do amor mundano, principalmente após a vinda do judeu, Jesus de Nazaré.