Valorizo muito a amizade, mas confesso que o vídeo colocado por uma mulher (não tem identificação) de boa aparência, sorridente, deixou a minha mente que procura seguir com coerência, um tanto confusa. Vejamos...
Você vai deixar de ser amiga daquela pessoa por ela ser de Esquerda? Claro que vou! A Esquerda vai contra tudo aquilo que eu acredito, contra a minha fé, contra meus costumes, minha moral, meus ideais... contra tudo!
Para mim a Esquerda é uma ideologia maligna! Eu tenho isso muito claro na minha mente. E na minha concepção, a pessoa só apoia a Esquerda por três motivos: alienação, pessoas que não buscam informações, conhecimentos; pessoas que são chucras, ignorantes no sentido de não terem a informação; ou por mau caratismo. É uma das três opções.
Se uma pessoa sabe qual é a ideologia de Esquerda e apoia, ela é mau caráter. Não tem outra opção. A Esquerda tem uma ideologia macabra, tudo que você pensar de ruim, que não vale nada, a Esquerda apoia. E tudo de bom ela condena.
Então, como uma pessoa dessas pode ser minha amiga? Ou meu amigo? Conviver com meus filhos, conviver na minha casa, conviver com meu esposo? Não tem como! Certas coisas não se misturam.
Ah, mas é só sobre política, podem dizer. Mas política é tudo. Influencia na forma que você vai ganhar seu dinheiro, os impostos que você vai pagar, a comida que está na sua mesa. Na forma que seus filhos, seus sobrinhos são criados, educados.
Então, quem é amigo do meu inimigo, meu inimigo é.
É isso que eu penso.
DEFENDA O QUE É CERTO, MESMO QUE ISSO SIGNIFIQUE ESTAR SOZINHO
Parece uma coisa tola, deixar de ser amigo de uma pessoa por ela defender um partido diferente, uma ideologia diferente. Eu pensava assim até pouco tempo. Mas lembro que no governo petista, quando o MST apoiado pela ideologia esquerdista queimava pneus na BR e eu me deslocava para fazer o meu trabalho em outra cidade, tinha que desviar por outros caminhos desertos, correndo o risco de ser preso pelos manifestantes e maltratado, talvez até morto, como muitas coisas nesse sentido, do destino das pessoas que não querem obedecer às determinações autoritárias que eles provocam.
Quando eu chegava a noite em casa e relatava a minha companheira o malabarismo que tinha feito para fazer o meu trabalho, correndo os riscos na BR bloqueada, ficava estupefato com a opinião dela apoiando os manifestantes. Era como se eu tivesse vendo ela com foice numa mão e tocha na outra, arrodeada de diversas pessoas hostis, dispostas a me obrigarem a fazer o que elas queriam. Eu defendia com veemência o meu ponto de vista, da necessidade de fazer o meu trabalho e trazer a subsistência para nossa casa. Felizmente ela ouvia calada e tentava refletir sobre meus argumentos. Chegou ao ponto de concordar com minha visão, pois via nela mais racionalidade. Depois, vendo outros casos, ela consolidou cada vez mais sua linha de pensamento coerente com a minha. Mas vamos imaginar que ela tivesse ficado petrificada em seu ponto de vista, teríamos condições de vivermos em harmonia? Não estaríamos convivendo como inimigos? A separação seria inevitável, no meu ponto de vista.
Tenho outro caso comigo que reflete melhor o efeito de ideologias diferentes na manutenção da amizade. Tenho uma amiga muito próxima que mudou para Brasília e eu fiquei em Natal. Antes nós comungávamos da mesma ideologia esquerdista, mas eu percebi as mentiras do Lula que eu ajudei com meu voto e até militância a coloca-lo no poder no seu primeiro mandato como presidente, e deixei de segui-lo e fazer a crítica do partido que coloquei no poder. Vi que a posição conservadora era mais benéfica para as pessoas e para o país, e com o avançar dos meus estudos, descobri um mundo soterrado em mentiras e falsas narrativas. Percebi com clareza as maldades dos movimentos revolucionários nos quais eu defendia com a bandeira do PDT liderado pelo caudilho Leonel Brizola. Hoje, com a corrupção e desvio de nossos valores morais corrompidos por essa ideologia, procuro fazer a minha amiga perceber os erros que nós vivíamos e que eu consegui sair e ver o outro lado da moeda. Percebo que a minha amiga não consegue ver a realidade que eu vejo. E a cada tentativa de mostrar a verdade, vejo que ela usa palavras cada vez mais ásperas, enquanto eu procuro usar l=palavras carinhosas, de um amigo. Da última vez que fui à Brasília nós saímos juntos para curtir um pouco a vida noturna de Brasília. Hoje, se eu voltasse a Brasília, com certeza não iria procura-la para nos divertir a noite, pois sei que seus pensamentos iriam colidir com os meus e que era para ser positivo se tornaria negativo.
Isso demonstra que a tese da mulher do vídeo estar correta: a amizade é sacrificada no confronto das ideologias.