Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
16/01/2025 00h01
A MISSÃO DE JESUS

            Todos nós, espíritos, temos uma missão aqui na Terra, apesar de muitos ainda não despertaram para essa meta espiritual e viverem pelos instintos, como animais brutos.

            Lucas resume em seu Evangelho os dezoito anos que não são citados nos demais evangelhos: “Foi crescendo em sabedoria e graça perante Deus e os homens”.

            Os nazarenos o viam todos os dias e estranham sua sabedoria superior, pois, se nem frequentava escola... aos 30 anos começa a revelar-se como um profeta e iniciado.

            Quem o iniciou nos mistérios do Reino dos Céus? Quem foi o seu guru?

            É provável que nesses 18 anos de silêncio nas montanhas da Galiléia o jovem carpinteiro tenha realizado sua auto iniciação. A profissão de seu ego humano era de carpinteiro, mas a vocação do seu Eu divino era outra. Certamente, o Verbo não se fizera carne para ser carpinteiro, mas para realizar alguma missão cósmica aqui na Terra.

            A Sua missão era de retirar o homem de sua barbárie animal, mostrando o Caminho da Verdade que conduz à Vida eterna na sintonia com o Divino. Para se capacitar, Jesus teve que evoluir tanto na pessoa humana, como também no Eu divino.

            Cristo é Deus, mas não é a divindade. Ele mesmo insiste nessa diferença entre o Cristo-Deus e o Pai-Divindade: “Eu e o Pai somos um, mas o Pai é maior do que eu”. A Divindade é maior que Deus.

            Paulo de Tarso afirma que o Cristo é o “primogênito de todas as creaturas”, e toda creatura está sob a lei da evolução. Por isso Ele afirmava que nós também somos “deuses” e que podemos seguir o Caminho que Ele ensinou até a sintonia com a Divindade.

            A encarnação do Cristo cósmico na pessoa humana de Jesus de Nazaré não visava apenas à sublimação máxima de uma creatura humana, mas também a evolução do próprio Cristo, que estava na glória de Deus, mas obedeceu ao Pai, se esvaziando dos esplendores da Divindade e se revestiu de forma humana, aparecendo por fora como homem, servo, vítima e crucificado. E por isso a Divindade O exaltou e lhe deu um nome que está acima de todos os nomes.

            A voluntária infra-cristificação aparente produziu uma super-cristificação verdadeira. Essa ação voluntária rumo às profundezas produziu uma subida às alturas, o Cristo pré-encarnado se tornou um super-Cristo pós-encarnado.

            Este é o grande paradoxo do mundo superior: quando o homem sacrifica voluntariamente a sua liberdade e se escraviza por amor, então eleva ele até o máximo a sua liberdade. O homem é plenamente livre só depois de se tornar voluntariamente escravo – por amor.

            Se o Cristo fosse a Divindade, não teria sido possível essa evolução. Mas, como o Cristo é Deus, o primogênito de todas as creaturas, nada há de paradoxal nessa evolução.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/01/2025 às 00h01