Mestre, o Senhor deixou uma fórmula na parte da Mensagem que eu publiquei ontem, para que pudéssemos usar quando tivéssemos em dúvida se nosso comportamento é certo ou errado, se traz o bem ou o mal. Bem que eu uso sempre outra fórmula que dei o nome de bússola comportamental: fazer ao próximo aquilo que desejo seja feito a mim. Mas a fórmula que o Senhor orientou parece ser bem mais completa, pois aborda a questão de forma mais ampla do que pontual. Consiste, pelo que entendi, que eu sentarei junto com o Senhor e explicarei o que estou fazendo ou quero fazer. Então a minha consciência sintonizada com a Sua, irá discernir com mais clareza se o que faço é correto ou não.
Pois bem, Mestre, estou agora aqui com o Senhor ao meu lado. Procuro Lhe ver com a consciência, sentado ou em pé ao meu lado, ou simplesmente a Sua energia, sem forma física, mas de essência vibracional. Tão sutil que não posso perceber por nenhum dos meus órgãos dos sentidos. Mas a minha consciência armada da fé e da razão, consegue sentir. O Senhor está perto de mim. Vejo meus olhos, pois eles não servem para essa percepção. Com os olhos fechados, boa parte do mundo externo fica bloqueado para entrar na minha consciência. Entro no processo meditativo, Mestre, e estou pronto a falar contigo a respeito de mim. Quero saber se tenho razão num comportamento que acho correto, mas que a maioria das pessoas consideram nocivo, que faz as pessoas sofrerem.
Este comportamento consiste na forma de amar. Antes eu admitia o amor exclusivo, a fidelidade conjugal, mas percebi que ele impedia a lei maior, de amar ao próximo como a si mesmo e daí estar apto a ser um cidadão do Reino de Deus. Quanto sou atraído por uma pessoa e tenho a mesma correspondência da atração, não posso bloquear esse sentimento que posso classificar como amor devido a uma legislação humana. Se tenho atração por essa pessoa que tem o mesmo sentimento, de tal forma que eu, me colocando no lugar dela iria me sentir satisfeito com essa troca de afeto, que pode se aprofundar até o ato sexual. Este ponto máximo da atração traz em si suas consequências que devem ser administradas com base no mesmo amor que promoveu a atração inicial. Não fazer com ninguém aquilo que não quero para mim. O ponto mais crítico é com aquela pessoa que convive comigo em cuja mente está cristalizado o comportamento de fidelidade conjugal, de amor exclusivo. Para evitar sofrimento injusto, essa pessoa deve ter conhecimento desde o primeiro instante da minha forma de pensar e de me comportar. Se eu tenho afeto e amor, inclusive sexual por outra pessoa, a minha companheira não pode considerar isso uma traição, pois esta é a minha forma de viver e que ela teve conhecimento desde o início, e que poderia não se aproximar de mim se considerasse inadequado tal comportamento. Defendendo os desdobramentos que esse meu tipo de comportamento traz, eu vejo assim, se todos se comportassem da mesma forma, a fraternidade estaria sendo aplicada em todos os níveis e o Reino de Deus seria instalado na Terra.
Esta é, Mestre, a explicação da minha forma de pensar e de agir e de que este é o caminho mais apropriado para conquistarmos o Reino de Deus como foi ensinado.
Saio do modo explicativo e entro no meditativo. A mente do Mestre se interpenetra com a minha em busca de discernir a verdade da mentira.
Sim, Francisco, compreendo sua posição existencial e vejo, apesar das aparências, que estás bem mais próximo do Reino de Deus do que os seus críticos. Apesar de vários defeitos que percebo em teu comportamento, o pano de fundo de suas ações está mais associado ao Reino de Deus do que a maioria das pessoas que estão encarnadas nesta época. Dou o meu parecer favorável
Sim, Francisco, compreendo sua posição existencial e vejo, apesar das aparências, que estás bem mais próximo do Reino de Deus do que os seus críticos. Apesar de vários defeitos que percebo em teu comportamento, o pano de fundo de suas ações está mais associado ao Reino de Deus do que a maioria das pessoas que estão encarnadas nesta época. Dou o meu parecer favorável.