Sióstio de Lapa
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Meu Diário
21/03/2025 00h01
ORDEM – 11a MENSAGEM (3/3) – HÁBITO DA ORAÇÃO

É conhecido no mundo espiritual um episódio ocorrido na Terra, do qual se afere todo o valor da prática da oração. Trata-se de um viajante profundamente religioso que teve de passar em local frequentado por certos animais carnívoros, de grande ferocidade.



 O viajante deste episódio considerava sua maior proteção numa oração que recitava com fervor todas as noites ao deitar, e a conduzia em seu coração nas suas viagens. Atravessando pela primeira vez um local situado numa região frequentada por animais ferozes, ele deparou com um deles e dos mais temidos, deitado precisamente no leito da estrada que percorria. Sua emoção foi grande ao constatar o fato. Sustou os passos do animal enquanto enviava um pensamento de socorro a Divindade, em quem o viajante confiava cegamente. E iniciou ato contínuo a oração que portava no coração. Eis que dentro de instantes a fera ergueu-se, olhou-o, estática, penetrando a seguir na floresta numa fuga desabalada, como se estivesse sendo perseguida. O viajante não se surpreendeu porque a sua fé no socorro divino era inabalável.



Esse o fato material em si. Agora o que se passou de maneira invisível para o viajante. Tão depressa ele enviara o pensamento de socorro à Divindade apoiado na sua fé na oração que recitava todas as noites, formou- se no plano invisível um tipo de socorro adequado ao que ocorria. Entidades socorristas ocorreram ao local do fato munidas de uma projeção luminosa de tal poder, que, lançada sobre a fera estendida na estrada a deslumbrou a tal ponto, que a induziu a fugir a toda a velocidade. E foi o que ela fez, não chegando sequer a tentar atacar o viajante. Completamente ofuscada pela projeção lançada pelas Entidades socorristas, a fera apavorou-se e penetrou a toda velocidade na floresta. Estava salvo o viajante por sua própria iniciativa.



Podereis perguntar talvez: se o viajante não tivesse o hábito de orar diariamente ao deitar, e o fizesse na ocasião do perigo, teria recebido o mesmo tipo de socorro? Nosso Senhor Jesus responde à pergunta imaginária dizendo que o socorro pedido à Divindade é sempre concedido. Existem, porém, vários graus de socorro. Uma alma que se habituou a orar fervorosamente à Divindade, construiu no mundo espiritual uma situação algo diferente daquela que apenas pede socorro nos momentos de perigo.



A diferença é a seguinte: as almas que oram por hábito e convicção constroem para si próprias no mundo espiritual uma situação de proteção e socorro que funciona por assim dizer, automaticamente, à simples emissão de um pensamento de socorro ou proteção por parte dessas almas.



Foi o que sucedeu ao viajante do episódio no momento em que se encontrou em sério perigo na estrada. O pensamento por ele emitido acionou o dispositivo de socorro no plano invisível, e este se positivou imediatamente e com tal intensidade, que a fera se sentiu compelida a fugir em face da projeção luminosa caída sobre ela. O que poderia acontecer a outra criatura não habituada a oração diária, desprovida, por conseguinte, de um dispositivo de socorro no plano invisível ou mundo espiritual, seria, provavelmente, ter de enfrentar a fera com os próprios recursos, mas correndo o risco de ser vencida, e nesse caso...



Tudo aconselha as almas encarnadas, vivendo num plano em que os perigos existem a cada passo, a criarem o hábito da oração diária a Divindade, primeiro, para que a Divindade saiba que elas existem e onde se encontram; e segundo, para estabelecerem no mundo espiritual o seu dispositivo de proteção, do qual tanto necessitam em sua permanência no mundo terreno.



O socorro espiritual ou divino, manifesta-se em todos os setores da vida terrena. O motorista, por exemplo, que conduz o seu veículo tranquilamente, pode deparar com um precipício a sua frente, ou a ele ser impelido e aí se precipitar. Se cultivar com empenho o hábito da oração diária a Divindade, pode estar certo de receber o socorro necessário, o qual se manifestará de qualquer destas duas maneiras: ou terá sido intuído da possibilidade do perigo e tratará de evitá-lo, ou, se tal intuição o motorista não tiver percebido, será socorrido de maneira a escapar do acidente. Se, porém, se habituou a viver exclusivamente a vida da matéria com desprezo pela vida do Espírito, várias coisas poderão decorrer de um tal acidente. Tanto poderá́ escapar com o mínimo de sofrimento, como poderá́ partir do local para o mundo espiritual, onde, então, bem se informará acerca do valor da oração diária à Divindade.



A citação do motorista e do provável acidente é apenas um exemplo entre milhares. Os acidentes ocorrem a todo momento em todos os setores da vida terrena. Vós todos os constatais através do noticiário da imprensa mundial, verificados no solo, no mar e no ar, sempre com determinado número de vitimas a lamentar. As pessoas, porém, que elevarem a sua prece diária a Divindade, podem estar seguras de contar com o socorro necessário no momento oportuno. Não foi, notai bem, a Divindade que as distinguiu das demais nesse momento de perigo; foram elas próprias que construíram no mundo espiritual o dispositivo de proteção e socorro que lhes valeu na emergência. Notai bem isto.



Somente a oração evita os desvios!



Dai alma ou sentido espiritual ao vosso trabalho!



Ainda há tempo para que o interessado conclua o seu aprendizado terreno.



            Mais uma vez o Senhor Jesus nos informa da importância de criarmos o hábito da oração, para fazermos uma espécie de conta na dimensão espiritual sob os cuidado das Forças Superiores. Corresponde ao que fazemos aqui na dimensão material quando contratamos um serviço de seguro para cobrir diversos bens que possuímos: carros, casas, e até a própria vida biológica. Sabendo da importância da vida espiritual, essa que é eterna, é mais do que justificável fazermos um seguro também para ela. Devo perder aquela vergonha de estar fazendo algo sem lógica, pertencente a uma categoria de comportamento pueril, infantil, sem objetivos lógicos de utilidade pragmática. Toda essa série de argumentos preconceituosos que adquiri com relação à oração, sinto que estão se dissipando na minha consciência e isso está me trazendo uma melhor compreensão de minhas próprias atitudes frente aos desígnios que o Pai planeja para cada um de nós.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 21/03/2025 às 00h01