Sióstio de Lapa
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09/04/2025 00h01
AS FORÇAS DO BEM – 05 A FELICIDADE DO ESPÍRITO

A FELICIDADE DO ESPÍRITO



Quem poderá́ assegurar que este pobre planeta de sombras, rios e montanhas, mares e submares, não poderá́ vir um dia a desintegrar-se e passar a nada mais ser que uma simples poeira cósmica, à mercê̂ dos vendavais peculiares ao imenso espaço que os olhos humanos pensam enxergar?



Quem poderá́ assegurá-lo? — Perguntareis todos vós. Podeis ter disto aquela, certeza certa, como certo é o término de cada existência humana, pela desencarnação do Espírito que nela percorreu um curto lapso de tempo.



Perguntareis ainda, provavelmente, quando poderá́ tal coisa suceder. Eu vos responderei que a Eterna Vontade não se regula por nenhuma espécie de calendário em seu labor constante, ininterrupto. Isto sucederá um dia, que poderá́ ser amanhã, um amanhã que pode vir de um momento para outro, como poderá́ suceder daqui a mil, dois mil, ou um milhão de anos do vosso calendário terreno.



Mas isso deve ser para os seres humanos o que menos os deva preocupar, porque preocupação maior, muito mais intimamente relacionada com a sua felicidade, sua tranquilidade e bem-estar, devem todos alimentar.



É a felicidade do Espírito o que mais importa, ou melhor dizendo, é a única que deve importar, porque todas as demais virão em decorrência. A felicidade do Espírito não depende do acúmulo de bens materiais, nem do conforto adquirido pelo homem em seus labores terrenos. Não, absolutamente.



O homem deve convencer-se de que a existência que está vivendo na Terra, nada mais representa que um simples minuto na eternidade que o aguarda. Nenhum ser humano se encontra agora na Terra pela primeira vez em sua existência infinita, nem aqui estará pela última vez.



Antes de ingressar neste planeta de sofrimentos ele percorreu inúmeras vezes outros planetas menos evoluídos, para não dizer inferiores, e só depois de em cada um deles completar o seu aprendizado, foi promovido a viver na Terra, igualmente em busca de novos e maiores conhecimentos, como a criança que passa da escola primária ao curso ginasial; ao científico e à Universidade.



A vida humana segue etapas semelhantes em seu aprendizado constante e ininterrupto, felizes serão quantos puderem isto gravar em suas mentes materiais de agora, para sua maior felicidade futura.



Já sabemos que a morte não significa o termo de coisa alguma, porque a própria organização fisiológica recomeça a viver em novos organismos através da transformação que no túmulo se opera silenciosamente.



Mas o Espírito, este apenas se transporta deste plano de vida material ao plano espiritual, onde continua a viver nas condições peculiares a esse plano, desfrutando o que de bom ou mal houver semeado no plano terreno. Certamente ali encontrará velhos amigos, parentes, conhecidos e até inimigos se os tiver, conhecerá a razão de muitos fatos em que foi parte e para os quais não encontrou explicação na Terra, e também se arrependerá amargamente de atos praticados em prejuízo de companheiros de jornada terrena, que poderia ter evitado.



Arrepender-se-ão, sobretudo, muitos dos desencarnados, de não terem dedicado maior parte do seu tempo na Terra ao bem do próximo, assim como ao estudo e à meditação sobre a sua própria razão de ser. Assim como o aluno das escolas da Terra deve prestar exames finais anualmente para comprovar o grau de aproveitamento das lições recebidas nesse período, o homem, ao reingressar no plano espiritual, também é chamado a prestar exames, e ai daqueles que nada ou quase nada conseguiram aproveitar!



A única diferença existente nos exames a serem prestados no plano espiritual é a seguinte: enquanto na Terra o aprendizado escolar consiste num maior ou menor volume de conhecimentos, no plano espiritual o resultado do exame, que é obrigatório para todos os desencarnados, consiste em maior ou menor grau de luminosidade para o Espírito. É em virtude desses exames que encontramos no Espaço milhares e milhares de Espíritos, ou estacionados em determinados locais por não poderem enxergar um palmo à sua frente, como costumais dizer na Terra, ou caminhando às apalpadelas como acontece aos nossos queridos irmãos que nasceram privados da luz dos olhos.



Mas encontramos também, para nossa alegria, muitos milhares de outros Espíritos que, mercê̂ do seu aproveitamento em sucessivas encarnações na Terra, irradiam poderosas vibrações luminosas que servem frequentemente para clarear o caminho àqueles que pouco conseguem enxergar.



Que fazer então, meus queridos irmãos terrenos? Bem pouca coisa: desprender-vos dos perigosos sentimentos de ambição, orgulho, ódio, vaidade, e outros que tais, e voltar vossas mentes para o Grande Salvador do Mundo que é o nosso amado e divino Mestre Jesus, atraindo-o dia e noite para o vosso lar, e cedendo-lhe um lugarzinho em vosso coração.



Ele receberá comovido as vossas preces e responderá prontamente ao vosso chamado. Fazei isso, ainda que a título experimental, e eu vos asseguro que não vos arrependereis. Jesus é o nosso Mestre, o nosso Amigo, o nosso Guia em todos os setores da vida. Isto é o que vos recomenda e vos pede o vosso menor amigo — Irmão Tomé.



É importante que tenhamos a consciência desta natureza da vida, que o corpo físico é simplesmente o veículo pelo qual o nosso Espírito pode se manifestar e atuar na dimensão material e assim aprender os valores morais apropriados para adquirir a pureza do nosso espírito, a luz para nos guiar em direção ao Pai.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/04/2025 às 00h01