Sióstio de Lapa
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Meu Diário
19/04/2025 00h01
NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO

            Por ocasião da viagem à cidade de Nossa Senhora do Bom Conselho/PE, visitei o site da Matriz Paroquial de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Mooca/SP, para obter mais conhecimentos sobre os motivos que geraram essa motivação de minha viagem a este local em tal data. Reproduzo o que está publicado na página.



Muitos anos antes da vinda de Cristo, os habitantes do pequeno povoado de Gennazzano, situado a cerca de 50 quilômetros de Roma, tinham construído um templo para Vênus, a deusa pagã do amor, a quem tinham especial devoção. Ali se ofereciam cultos e celebravam-se grandes festas em sua honra, principalmente no dia 25 de abril. Todos os anos, o povo de Gennazzano gozava das festividades, dançando e cantando.



No século IV de nossa era, quando o cristianismo já havia sido publicamente reconhecido no Império Romano, o papa São Marcos (336 d.C.) mandou construir uma igreja numa colina acima do povoado, não muito distante das ruínas do antigo templo pagão. A Igreja, uma construção pequena e simples, mas firme e sólida, foi dedicada a Nossa senhora do Bom Conselho.



Conhecendo o amor que o povo de Gennazzano tinha às festas e celebrações, o Papa declarou o dia 25 de abril (data das antigas festas pagãs), como dia da celebração cristã em honra a Nossa Senhora do bom Conselho. A Igreja respeita os costumes dos povos, mas sempre procura purificá-los de todo erro e elevá-los a Deus.



Através dos séculos, Nossa Senhora foi honrada de maneira especial na pequena Igreja da colina, a qual foi entregue aos cuidados dos frades da Ordem de Santo Agostinho, em 1356. Com o tempo, o uso e a falta de cuidados começaram a afetar o velho templo. Já no século XV, a Igreja havia se deteriorado de tal maneira, que alguns temiam que viesse a desabar a qualquer instante. Poucos, no entanto, pareciam interessar-se em restaurá-la, possivelmente por haver, nessa época, igrejas mais novas e maiores no povoado.



Uma viúva, Petruccia de Geneo, que amava a Virgem com devoção, sentiu-se inspirada a reconstruir a velha igreja. Desejava que fosse maior e mais bonita, mais apropriada para a Mãe de Deus.



Confiando no auxilio de Nossa Senhora, Petruccia contratou trabalhadores e construtores, comprou os materiais e assim viu as paredes subirem. Seus vizinhos ficaram por um tempo observando tudo em silêncio, mas logo começaram a ridicularizá-la principalmente quando lhes pedia ajuda para a restauração da igreja.



Petruccia não podia compreender a atitude de seus vizinhos, pois tinha pensado que o amor deles por Nossa Senhora os inspiraria até a oferecer ajuda. Mas os corações daquela gente não estavam inclinados a isso. Eles sabiam que construir uma igreja grande e bonita era um enorme projeto e que, mesmo Petruccia tendo dinheiro, este não seria suficiente. Além disso, achavam que aquela obra era um ato de orgulho e presunção da parte de Petruccia e a censuraram. Quando o projeto teve que ser interrompido, por falta de fundos, as paredes inacabadas foram apelidadas de: ‘A loucura de Petruccia”.



Nosso Senhor permitiu tudo isso para fortalecer o amor e a confiança de Petruccia. A inveja, a falta de caridade e os desacordos dos vizinhos tornariam ainda maior a obra de Deus. A boa viúva não se deixou dominar pelos obstáculos, estava decidida a fazer tudo o que pudesse para ver a igreja terminada. Sentia que, se Nossa Senhora lhe havia inspirado o desejo de realizar este trabalho, Ela, no tempo certo, lhe proporcionaria os meios para concluí-lo. Dizia que algum dia, “uma grande Senhora viria tomar posse de sua igreja”. Cheia de fé, Petruccia recorria a penitências e orações cada vez mais fervorosas. Pouco tempo depois, durante a festa do povoado, dia de São Marcos, 25 de abril de 1467, muitas pessoas estavam reunidas na praça do mercado, festejando, dançando e cantando. Não se sabe porque, já não prestavam homenagem a Nossa Senhora de bom Conselho nessa data, como haviam feito seus antepassados, em séculos anteriores. Provavelmente, através dos tempos, sua devoção a Nossa Senhora havia diminuído, mas haviam conservado o amor pelas festas.



Em meio aos festejos, alguém reparou numa nuvem encorpada flutuando bem baixo no límpido céu azul. O assombro logo interrompeu o baile e os cantos. Toda atenção estava concentrada na nuvem, que baixava cada vez mais rapidamente, até que se deteve na borda estreita de uma das paredes inacabadas da igreja de Petruccia. A nuvem foi se abrindo gradualmente e, em seu centro apareceu uma belíssima pintura de Nossa Senhora com o Menino Jesus. Nesse instante, todos os sinos do povoado começaram a soar, sem que mão humana alguma os tocasse.



Atraídos pelo inesperado e forte repicar dos sinos, os habitantes dos povoados próximos correram rapidamente a Gennazzano para averiguar a causa. Enquanto isso, ao ser informada do milagre, Petruccia, que estava em sua casa rezando, dirigiu- se depressa à igreja, para ajoelhar-se diante da pintura. Cheia de alegria, disse a todos que tinha certeza de que Nossa Senhora viria tomar posse de sua Igreja. Todo o povo, então, uniu-se a ela em louvores a Nossa Senhora.



Ninguém conhecia a precedência da pintura, nem a havia visto antes. A partir desse momento, uma maravilhosa chuva de graças e curas milagrosas começaram a ocorrer naquele lugar. Em apenas quatro meses, 171 milagres foram relatados e arquivados. As pessoas começaram a chamar a imagem de “Nossa Senhora do Paraíso”, porque acreditavam que haviam sido trazidos a Genazzano pelas mãos de anjos, ocultos na nuvem. Outros, pelos numerosos milagres, a chamavam “Nossa Senhora dos Milagres”.



Nessa mesma ocasião, dois estrangeiros, procedentes da Scutari, na Albânia, chegaram a Gennazzano, à procura da milagrosa pintura da Virgem. Em seu testemunho, contaram que Scutari fora a última cidade tomada pelos turcos e mulçumanos, que haviam invadido a Albânia. Quando perceberam que já não tinham mais como resistir ao ataque inimigo, rezaram, pedindo à Virgem Santíssima que os aconselhasse sobre o que fazer para manter a fé católica naquelas circunstâncias.



Naquela mesma noite, para assombro dos dois albaneses, a imagem da virgem se despendeu da parede e, elevando-se ao céu, começou a dirigir-se lentamente para oeste. Puseram-se então a segui-la, cruzando a pé, de forma milagrosa, o mar Adriático, que se separa a Albânia da Itália. Sempre a seguir a imagem, chegaram por fim a Gennazzano, para viver junto de sua Senhora, que lá se havia refugiado.



Quando, em Roma, o Santo Padre foi informado sobre a pintura e seus milagres, enviou dois bispos, em comissão, para examinar e estudar aqueles extraordinários acontecimentos. Depois de uma cuidadosa investigação, os dois bispos e o Papa se convenceram de que a pintura era verdadeiramente a mesma pintura de Nossa Senhora de Bom Conselho que durante séculos havia sido venerada no pequeno povoado de Scutari, na Albânia. O espaço vazio, com as dimensões exatas da imagem que surgira em Gennazzano, estava plenamente visível. A pintura, com espessura de casca de ovo, era um afresco, ou seja, havia sido pintada diretamente sobre o reboco da parede da igreja de Scutari. Nenhum ser humano, por mais habilidoso que fosse, poderia tê-la removido da parede, sem rompê-la. E nenhum ser humano poderia ter trazido algo tão frágil através do mar Adriático, e colocá-la de pé, sem nenhuma sustentação, sobre a parede inacabada da igreja em Gennazzano. Naturalmente, a igreja da Petruccia foi concluída.



Mas ainda, houve tantas doações e tanta ajuda, que se converteu em uma bela basílica. A pintura foi colocada num maravilhoso relicário decorado com ouro e pedras preciosas. Mais tarde, duas coroas de ouro, enviadas do Vaticano, foram colocadas acima das cabeças de Nossa Senhora e do Menino. A pintura está até hoje na igreja que foi a “loucura de Petruccia”. Os monges agostinianos são os guardiões especiais da igreja e da pintura milagrosa.



A basílica foi, claro, afetada pelo passar dos séculos. Principalmente durante a Segunda guerra Mundial, já que para impedir o avanço dos exércitos aliados, os alemães não hesitaram em bombardear as Igrejas. Em Gennazzano, o santuário de Nossa Senhora do Bom Conselho não escapou. Uma bomba lá explodiu com violência. O altar principal foi completamente destruído. Todas as pinturas e imagens sacras ao redor vieram abaixo, despedaçando-se.



Observo que Nossa Senhora, Maria, a mãe de Jesus, nascido em Belém e criado em Nazaré, foi a pessoa mais próxima da essência de Deus materializado na Terra. Foi, portanto, quem mais se identificou com a Sua missão de ensinar sobre o Caminho da Verdade que nos pode levar à Vida eterna na intimidade com a divindade. Esse Caminho progrediu na Terra, apesar de estar dentro do coração animalizado da pessoa humana, mas agora nós tínhamos a condição de optar em seguir pelo progressismo animal de nossa natureza material que encerra com a morte do corpo físico, ou pelo progressismo espiritual que nos leva a vida eterna com Deus.



Certamente que, dentro da vida original que acontece na dimensão espiritual, onde devemos progredir espiritualmente, Maria, Nossa Senhora, é a que mais tem interesse que nós não sejamos desviados do Caminho que Seu filho ensinou, e por isso tem permissão dada pelo Criador de surgir visivelmente em algum aspecto para dar instruções sobre os perigos que nos ameaçam e como corrigir nossos erros, de não sair do progressismo espiritual e cair no progressismo animal.



Depois de minha ida a Cimbres, em Pesqueira/PE, para visitar o local do aparecimento de Nossa Senhora da Graça, entendi que estava a receber Sua Graça para a minha primeira tarefa uma forma de referendar o Caminho que eu estava disposto a seguir, divulgando as Mensagens de Jesus. Desta vez, o Senhor Jesus resolveu vir espiritualmente se instalar no Brasil e com Seus apóstolos mais próximos associados as Forças do Bem, instalar a Sua “Nova Ordem”, na qual já estou procurando seguir.



Agora, esta viagem a cidade de Bom Conselho, oferece a oportunidade para que eu perceba com mais direcionamento o Bom Conselho que a Nossa Senhora pode me oferecer. Pelo texto que li na história da Paróquia, e da imagem de origem divina, vejo a ligação íntima dEla com o Senhor Jesus, momentos de guerras e de fé, acusações de loucura que leva à construções e seguimento de duas pessoas para salvaguardar o depósito da fé, do ensino do progressismo espiritual acima do progressismo animal.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 19/04/2025 às 00h01