Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
09/05/2025 00h01
A PRIMEIRA CEIA

            Na comunidade da Praia do Meio, em Natal-RN, surgiu a ideia de ser criada uma Associação de Moradores e Amigos para ser trabalhada as necessidades materiais com espírito cristão, seguindo o mais fielmente possível as lições deixadas entre nós pelo Cristo, há cerca de 2 mil anos.



            A Associação foi criada, AMA-PM, e todos os sócios, contribuintes ou não com algum valor financeiro, estavam imbuídos do compromisso de atuarem sempre seguindo o Caminho da Verdade apontada pelo Cristo.



            Foi feita uma reunião ao ar livre, numa praça necessitada de reparos e onde foi preparada uma ceia para ser distribuída entre todos.



            A reunião seguia com os procedimentos e projetos a serem cumpridos ou encaminhados com a ajuda de políticos que tinham como base de apoio de políticos e seus cabos eleitorais.



            A AMA-PM procurava fugir desses compromissos eleitorais com qualquer político, deixando sempre aberta a possibilidade do acolhimento de proposta úteis a comunidade, sem permitir que a Associação terminasse comprometida exclusivamente com qualquer pessoa.



            Em determinado momento, um dos associados se levantou de forma raivosa contra outro associado que tinha dito algo que criticava determinado político. De dedo em riste acusou o outro de mentiroso criando de imediato um clima desarmônico.



            Passado o momento de perplexidade, um dos integrantes da mesa diretora dos trabalhos levantou a voz e explicou a natureza dos trabalhos que estavam sendo realizados nesse momento. Explicou que a prioridade desses trabalhos era de fazer o trabalho conforme Cristo ensinou para alcançarmos a condição de sermos cidadãos do Reino de Deus conforme anunciado. Devíamos para isso limpar o nosso coração do egoísmo animal que prevalece em nossos pensamentos. O trabalho material que procuramos oferecer à comunidade no sentido de trazer um bem-estar para todos, é simplesmente uma maneira de alcançar o nosso objetivo espiritual, de purificar as nossas almas.



            Depois de colocar esses argumentos conforme a intensão de cada um, de cumprir fielmente as lições de Cristo, foi feito então a pergunta a todos de onde estaria a nossa prioridade, seria a de construir um reinado material com toda a pompa que os recursos financeiros possam trazer para tudo acabar na sepultura, ou seria de construir o reinado espiritual com base em nossos corações limpos da nódoa do egoísmo selvagem. e que continua além da morte, no progresso espiritual em direção ao Pai eterno?  



            Claro, todos reconheceram que o objetivo de todos seria a de se manter no progressismo espiritual apesar de estarmos também dentro do progressismo animal, pois estamos vivendo atualmente na dimensão material.



            A pessoa que acabara de fazer aquela agressão moral ao irmão, caiu dentro de uma profunda reflexão, percebeu que cometera uma grande falha perante sua consciência e a todos que ali estavam que não esperava que tal pecado fosse acontecer.



            Mostrando uma imensa força moral, o agressor se aproximou da sua vítima e humildemente estendeu a mao pedindo perdão pelas palavras ofensivas jogadas contra ele.



            Se a ofensa foi um momento de perplexidade, a procura de correção pelo pedido público de perdão foi mais impactante ainda.  



            A reunião terminou no horário previsto e todos se dirigiram para a primeira ceia que eles faziam no atual ano, e na consciência coletiva eles viam que muito se parecia com a última ceia que o Cristo ofereceu aos seus apóstolos, e que naquela ocasião o Mestre deu a grande lição de lavar os pés de cada um, como prova de humildade e serviço.



            Nesta primeira ceia da comunidade não houve o lava-pés observado na ultima ceia do Mestre, mas houve outra forma de limpeza pública, foi a limpeza moral que aquela pessoa fez ao limpar a nódoa que foi implantada. Isso também serviu de lição para que todos nós soubéssemos que o mais forte não é aquele que tem mais músculos ou mais dinheiro, mas sim quem tem a força espiritual para controlar o orgulho e vaidade e se prostrar humildemente a pedir perdão para limpar a honra de quem foi agredido.



            Certamente o Cristo, que estava espiritualmente entre nós, deve ter ficado satisfeito em perceber que Suas lições de alguma forma estavam sendo obedecidas por algum grupo num lugar humilde do nosso planeta.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/05/2025 às 00h01