Deito na minha rede às 4 horas da madrugada e vou refletir junto com Santo Tomás de Aquino, sobre a vergonha, em sua SUMA TEOLÓGICA Quest. CXLIV.
Em primeiro, ele convoca a tratar das partes da temperança, domínio de si pela moderação dos desejos.
A temperança é uma virtude que se refere à moderação e ao equilíbrio, tanto em relação às ações e impulsos quanto aos desejos e necessidades. É a capacidade de controlar as próprias emoções e ações, evitando excessos e agindo com comedimento (maneira calma de se comportar) e parcimônia (usar os recursos de forma moderada, econômica e com cuidado, evitando desperdícios, poupando e administrando com sabedoria, seja dinheiro, tempo, palavras ou qualquer outro recurso, ser cauteloso e evitar excessos).
No contexto religioso, no cristianismo, a temperança é uma das quatro virtudes cardeais, juntamente com a prudência, justiça e fortaleza.
A temperança envolve a prática da moderação em todas as áreas da vida, evitando excessos e exageros. Isso inclui a alimentação, o consumo de bebidas, os gastos financeiros, as relações sociais e até mesmo o uso da tecnologia.
A temperança busca o equilíbrio entre as necessidades do corpo e da alma, entre os desejos e as responsabilidades, entre a razão e a emoção. É a busca pela harmonia e pela serenidade.
Ter a capacidade de resistir às vontades carnais, dominar os olhos, ouvidos, mãos e pés, boca e não julgar mal.
A palavra de Deus afirma em Provérbios 16,32 que melhor é o que controla o seu ânimo do que aquele que toma uma cidade.
Jesus disse sobre a temperança, segundo Pedro (2em1:5) “e vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude, a ciência, e à ciência, a temperança, e à temperança, a paciência, e à paciência, a piedade, e à piedade, a fraternidade, e à fraternidade, o amor. Porque se em vós houver e aumentarem essas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados. Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque fazendo isto, nunca jamais tropeçareis.”
No âmbito da ética e da filosofia. A temperança é considerada uma virtude, ou seja, uma qualidade positiva e desejável. Ela é vista como um caminho para a felicidade e para a realização pessoal.
A temperança é a virtude que nos permite viver de forma equilibrada, moderada e consciente, evitando excessos e buscando a harmonia em todos as áreas da vida.
As noções de virtude e vício da ética clássica grega, presentes nos trabalhos de Hobbes e Platão foram sistematizados por Aristóteles em Ética à Nicômano, texto dirigido ao seu próprio filho.
A temperança é um fruto substancioso do Espírito Santo, que fortalece para o nosso progressismo espiritual, nos ajudando a resistir as tentações do progressismo animal e viver de acordo com os princípios de Deus