Na guerra espiritual que se tornou mais clara depois da vinda de Cristo, observamos que num primeiro momento levamos a espada para a arena de combate, mesmo que os cavaleiros cristãos como os Templários, tivessem respeito pelos princípios cristãos e jurassem viver em castidade, pobreza e ser obediente ao mestre do Templo.
Hoje no mundo moderno e civilizado com o uso abrangente da ciência e tecnologia, nossa inteligência de cristão deve ser mais aprofundada e procurar com mais tirocínio onde deve estar o núcleo do pensamento do Cristo para ser os seus valorosos companheiros nesse combate contra as trevas.
Cristo falou que nossa justiça dever ser maior do que aquela praticada no mundo material. E observamos que nem a mais simples justiça é praticada aqui entre nós no Brasil, no país destinado a ser a pátria do Evangelho e o coração do mundo. As forças das trevas usam da sua principal arma, a mentira e ocupam de assalto as nossas instituições destinadas à proteção do povo.
Nós, do exército de Cristo, não podemos usar essa mesma arma da mentira ou da justiça enviezada que eles praticam. Devemos respeitar o adversário como um irmão que está contaminado pela fumaça de Satanás, essa que penetrou até na Santa Igreja Católica.
Devemos sempre seguir o caminho da verdade, evitar de usar a espada que mata o corpo, mas não pode matar a alma e nem a salva. Devemos usar o equipamento sugerido por Paulo (Efésios 6,11): o cinto da verdade, a couraça da justiça, o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do Espírito que é a palavra de Deus.
A vida deve ser respeitada desde o início, no óvulo implantado no útero da mulher, até o seu fim natural, no idoso enfraquecido que também não pode se defender.
Devemos tratar os outros com respeito, mesmo que sejam nossos adversários. Da nossa boca não devem sair palavras desrespeitosas que magoam, ferem e matam e que não corresponde a verdade. Essa é outra maneira de matar sem usar armas.
Devemos ser simples como as pombas e prudentes como as serpentes, usar a palavra de Deus como espada, como ferramenta para quebrar o hipnotismo do demônio e atrair para nós os adversários com a força do amor que possamos expressar em qualquer momento do combate, mesmo que estejamos sendo supliciado, injuriados, martirizados, como foi o nosso Mestre no Calvário.
O episódio da tentação de Jesus no deserto representa um ponto culminante na história da humanidade segundo o seu simbolizado espiritual e cósmico.
Nos questionamentos e tentações que o Diabo fazia usando as Escrituras, Jesus dava as devidas respostas usando as palavras das mesmas Escrituras.
Isso mostra a verdade do dito do apóstolo Paulo no que tange a interpretação dos livros inspirados: “A letra mata, mas o espírito dá a vida”.
Interessante, podíamos pensar: o Diabo vem tentar Jesus no deserto da Judéia, será que ele deixou o inferno onde foi jogado e estava preso? Será que ele estava de férias e ao encontrar aquele misterioso eremita no deserto aproveitou o ensejo para entrevistá-lo? Já que há poucas semanas fora dito às margens do Jordão que ele era o “Filho de Deus”?
Também posso imaginar que não há nada de férias para o Diabo, que o inferno está dentro dele em qualquer momento ou local que ele se apresente. Pois, como poderia explicar que o Diabo mora ou está preso no inferno e ele excursiona constantemente pelo mundo da humanidade a fim de recrutar adeptos para seu reino?
Melhor compreender o Diabo, Satã ou Belzebu, segundo e texto bíblico do Gênesis, não como um determinado indivíduo, mas sim uma mentalidade, um modo de pensar, sentir e agir, como foi registrado pela alegoria da serpente.
Simão Pedro, o ex-pescador, foi chamado de Satã (palavra hebraica que significa adversário) porque o seu modo de agir, segundo Jesus, estava de acordo com o homem e não de acordo com Deus, uma vez que esse apóstolo se oponha a idéia do sofrimento redentor do Cristo. Nenhum egoísta simpatiza com o sofrimento, mas o altruísta, o homem penetrado de compreensão e amor universal, aceita espontaneamente qualquer sacrifício em nome de Deus, pela vontade do Pai.
Judas Iscariotes foi invadido pelo pensamento diabólico (do equivalente grego Diábolos, isto é opositor), pois não tinha fé no reino de Deus prometido por Jesus e queria provocá-Lo com o sofrimento da prisão e crucificação para que Ele se revoltasse e construísse Seu reino aqui mesmo no mundo material, destronando Roma, Herodes e os sacerdotes do Templo.
Esses dois indivíduo humanos (Pedro e João) não se deixaram guiar pelo elemento divino dentro deles, pelo espírito, pelo Cristo interno, pelo divino Lógos (que ilumina a todo homem que vem a este mundo e dá àqueles que o recebem o poder de se tornarem filhos de Deus). É por essa razão que esses homens são chamados Diabo ou Satã, embora continuassem a ser eles mesmos, indivíduos humanos.
A mentalidade egoística e antiespiritual de Satã pode apoderar-se de todo e qualquer indivíduo consciente e livre, humano ou angélico. Por isto, Satã pode aparecer tanto na forma de homem como de anjo. Todo homem e todo anjo pode satanizar-se, e pode também des-satanizar-se, conforme o uso ou abuso de sua liberdade.
A parte físico-mental do homem, o seu ego sensorial e intelectivo, é essencialmente egoísta, e, portanto, pecador. O que peca não é a alma, esse sopro de Deus; o que peca é a inteligência associada aos sentidos. A inteligência é também chamada “Lúcifer”, isto é, “porta-luz”, mas não é a luz.
Enquanto a inteligência não se opõe à razão (espírito/alma) ela não é Satã, Diabo, mas tão somente lúcifer; só quando o intelecrto se opõe à razão, ao divino Lógos, ao Cristo, é que ele se torna Satã (adversário) ou Diabo (opositor).
Na leitura do Evangelho de Marcos (4:1-20) está escrito uma parábola dita por Jesus sobre “O Semeador”, que muito se aplica aos nossos dias. Vejamos o que o Mestre disse aos seus discípulos e àqueles que O cercavam quando se encontraram a sós.
E outra vez começou a ensinar junto do mar, e ajuntou-se a ele grande multidão, de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto do mar. E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas, e lhes dizia na sua doutrina: Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear. E aconteceu que semeando ele, uma parte da semente caiu junto do caminho, e vieram as aves do céu, e a comeram; e outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda; mas, saindo o sol, queimou-se; e, porque não tinha raiz, secou-se. E outra caiu entre espinhos e, crescendo os espinhos, a sufocaram e não deu fruto. E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro sessenta, e outro cem. E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola. E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas, para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados. E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas? O que semeia, semeia a palavra; e, os que estão junto do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo-a eles ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada nos seus corações. E da mesma forma os que recebem a semente sobre pedregais; os quais, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem; mas não têm raiz em si mesmos, antes são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição, por causa da palavra, logo se escandalizam. E outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra; mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera. E estes são os que foram semeados em boa terra, os que ouvem a palavra e a recebem, e dão fruto, um trinta, e outro sessenta, e outro cem.”
Eis a parábola ensinada pelo Cristo que até hoje ecoa em nossos ouvidos trazida pelos apóstolos e crentes de ontem e de hoje. Podemos ser hoje o semeador ou o terreno a ser semeado. Se estamos repetindo a parábola do Mestre, somos os semeadores; se estamos ouvindo a parábola, somos o terreno a ser semeado. Nesta condição encontramos a maioria dos nosso irmãos por todo o mundo, principalmente no Brasil, país designado para ser a pátria do Evangelho e o coração do mundo. Alguns estão junto do caminho do semeador, acha interessante, tem muita lógica, mas tem tantas outras opções ao seu dispor que logo vem Satanás e mostra opções bem mais prazerosas, que trazem lucros materiais e a semente sai do seu coração.
Aqueles que recebem a semente sobre pedregulhos da vida, os boletos a pagar, as perseguições, injúrias, medo, ansiedade, impedem que as raizes se desenvolvam. Como a mente da pessoa não consegue se livrar desses pedregulhos, não tem como as raízes nutrirem a semente para produzir seus frutos.
Os que estão recebendo a semente, mas cercados de espinhos mundanos, dos enganos das riquezas, suas e das pessoas ao seu redor, as ambições por possuir todos os benefícios materiais que a sua inteligência aponta, tudo isso sufoca o potencial da semente, ela murcha e fica infrutífera.
Agora, nós, que possuímos boa terra em nossos corações, estamos prontos para receber a semente e faze-la frutificar, usando nossa inteligência para discernir sobre o Bem e o Mal. Ouvindo e compreendendo o que o Cristo está ensinando, vendo a realidade do que está acontecendo ao nosso redor, reconhecendo que o Caminho da Verdade que o Cristo está ensinando é o único que nos leva à Vida eterna, na intimidade com o Pai no mundo espiritual, que não se dissolve com o poder do tempo.
Assim, dessa forma, deixamos de ser terreno e passamos a ser semeador, pois entendemos que aquilo que recebemos de graça, de graça devemos dar ao nosso redor, para recuperar da ignorância os milhares de irmãos que esperam por nossas ações.
Seguir as lições de Jesus significa desenvolver a capacidade de liderança para instruir e pedir para o ouvinte segui-Lo, como Ele fazia.
Para desenvolver essa capacidade de liderança devo ouvir o eco da chamada do Cristo no íntimo de minha alma e descobrir aquelas pessoas que realmente desejam e necessitam seguir com fidelidade as lições que o Cristo deixou.
Não deverei hesitar em chamar a pessoa para seguir-me nos passos do Cristo, se percebo que ela tem esse potencial. É preciso fazer com que a pessoa se sinta que é necessária a realização do trabalho, como de fato é.
Sinto o chamado para atuar num ministério dentro da comunidade como uma igreja informal, sutil, mas presencial.
Praticarei uma ação de alcance social, comunitário e empresarial, onde cada pessoa convertida ao chamado coloque seus talentos na produção de frutos levando o benefício pessoal e coletivo, sempre com o intuito da fraternidade, do amor universal.
Procurarei não titubear ao encontrar os meus Pedro, Tiago, João. Convidá-los-ei a se juntarem a mim na labuta do Cristo, na condição de trabalhador da última hora.
Deverei fazer o convite de forma pessoal, enfrentarei o desafio de convidar as pessoas que julgo essenciais, que possam colaborar com seus talentos.
O convite será feito no sentido de levar a mensagem às pessoas mais próximas e mais sensíveis ao conteúdo da mensagem. Essa pessoa deve ter o potencial de ser convertida, ser incluída no grupo e ela mesma conduzir o trabalho no estilo de marketing de relacionamentos, desenvolvido por algumas empresas. Entre essas empresas se encontra a empresa de produção de óleos essenciais DoTerra, da qual sou consultor de Bem-Estar.
Deverei ter em mente de que forma farei esse chamado, por exemplo: “Fulano, fui chamado na minha alma para fazer um trabalho de evangelização, de resgatar o irmão das malhas da ignorância espiritual e engajá-la no exército do Cristo e quero você na minha equipe, cujo líder é o próprio Cristo a quem devemos prestar contas continuamente através do exame de nossa consciência”. Esse convite parece bem conveniente: Fulano, quero você na equipe.
Devo ter toda a estratégia montada para mostrar aos meus convocados como iremos trabalhar. Devo lançar minha rede o mais abrangente possível, considerando o mérito de cada um.
Serei receptivo ao talento, caráter e comprometimento, onde e com quem estiver com essas qualidades. Devo enxergar abaixo da superfície, do histórico familiar, da posição social, do nível acadêmico, da aparência pessoal.
Devo procurar com denodo por pessoas reais, com virtudes reais, em todas as áreas da vida. Não posso deixar de convidar alguém por imaginar através de preconceitos.
Devo demonstrar fervor, sinceridade e sobretudo fé.
Tudo que nós criamos, se temos um bom psiquismo, tudo será bom. Imaginemos agora Deus, como o Criador, o Pai, com um psiquismo perfeito. Tudo que Ele criar vai ser naturalmente bom. Mesmo que no passar do tempo se observe dentro da natureza momentos de violentas transformações, como furacões, tempestades, terremotos, tudo isso para que ocorra as devidas acomodações que já estão previstas no curso da natureza.
Tudo está seguindo na natureza a lei de Deus. Apenas um pequeno detalhe na sua quantificação, mas grande na qualificação, escapa da obrigatoriedade de seguir a Lei do Criador: o homem. Este, criado com o potencial do livre arbítrio quando atingisse a qualificação material, neuronal, tem a condição de decidir pelo Bem ou pelo Mal. Pelo Bem quando respeita a lei de Deus, seus limites; pelo Mal quando se rebela contra a lei e passa agora a usar sua força física ou psicológica e sai dos limites, prejudicando a natureza, principalmente ao próximo.
Durante o processo evolutivo, verificamos que o homem usa o seu potencial cognitivo para direcionar o seu livre arbítrio em direção a sobrevivência do corpo. Para esse homem primitivo, não existia nenhuma outra forma de vivência fora do campo material. A morte do corpo era o fim de sua existência. A evolução que ele fazia acontecer com seus recursos, era sempre destinado a reforçar a sua existência e de seus parentes. A violência contra a vida do próximo passou a ser uma constante, mesmo com toda a tecnologia e ciência, que davam os seus primeiros passos.
Foi necessário que Deus interviesse e encontrasse uma pessoa que fosse capaz de O reconhecer como o Criador e fosse capaz de obedece-Lo. Encontrou Abrão e combinou um pacto com ele alicerçado na fé, e Abrão demonstrou ser confiável. A partir daí desenvolveu toda uma genealogia levando consigo a ideia do Deus criador, que devia ser respeitado através da obediência de Sua lei.
Nesse processo evolutivo de criar uma comunidade reconhecendo e respeitando o Criador, observamos vários profetas, sacerdotes, reis, até chegarmos em Jesus Cristo, que veio para reformar o que estava sendo escrito de forma enviesada e preparando a comunidade dos filhos de Deus, daqueles que O reconhecem como Pai, para a construção do Reino dos Céus.
Jesus foi muito competente como Mestre e fez germinar a semente de transformação no psiquismo humano, conseguindo formar diversos reinados obedientes às suas instruções. Avançamos por 2,000 anos evangelizando e tentando consolidar o Cristianismo como ideologia global em nosso planeta. Acontece que os instintos animais se deixaram cooptar com as forças telúricas do espaço e conseguiram inverter o pensamento cristão em muitas pessoas, que colocadas em postos chaves nas instituições estão destruindo as base do cristianismo e fazendo sofrer a humanidade que se tornou hipnotizado em sua maioria.
Cabe a nós, cristãos que não fomos hipnotizados, ou que foram, mas conseguiram sair da hipnose, como eu, para entrar na batalha que se desenvolve ao nosso redor, na luta renhida do Bem x Mal