Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
22/04/2016 23h59
AUTODESCOBRIMENTO (6) – CONFLITOS E DOENÇAS

            A Natureza possui as suas leis que são aplicadas a todos, em todos os momentos, em todo lugar. A Natureza pode ser vista como a expressão mais objetiva que temos de Deus. Dentro dos automatismos das leis existe um planejamento técnico na dimensão astral voltado para a nossa evolução. É esse planejamento que dirige as reencarnações comuns, promove as afinidades ou os desajustes, conduz as realizações ético morais e corrige as imperfeições que nossas falhas de caráter provoca nas diversas vivências que cumprimos.

            As primeiras experiências que iremos ter na nova vivência, no corpo de uma criança, visa facilitar a fraternidade, ampliar o círculo de afeições, o estabelecimentos de reencontros, as realizações dignificadoras e as retificações impostergáveis. Os primeiros conflitos que iremos ter serão dentro do lar, no choque doméstico com ideias e interesses diferentes, preferências e repúdios antagônicos, entendimentos contraditórios e reações familiares.

            A infância corporal vai produzir impactos negativos quando na historiografia do sujeito não se observa o afeto no lar. Surgem as enfermidades orgânicas e psicológicas e quando o agravo pretérito é severo vai ser observado anomalias genéticas, como uma forma de expiação compulsória.

            No Livro dos Espíritos, questão 262-A, vamos observar essa lição, que o retorno à vida corporal obedece a um planejamento reencarnatório: “Deus sabe esperar, não apressa a expiação. Todavia, pode impor certa existência a um espírito quando este pela sua inferioridade ou má vontade, não se mostra apto a compreender o que lhe seria mais útil e quando vê que tal existência servirá para a purificação e o progresso do Espírito, ao mesmo tempo que lhe sirva de expiação.”

             A consciência individual deve evoluir para a consciência cósmica, a consciência de Deus, através do equacionamento das dúvidas e a compreensão das responsabilidades. É como a Politéia defendida por Platão, onde a consciência cósmica, o infinito, estaria conectada com todas as consciências individuais finitas das pessoas, que se relacionam harmonicamente umas com as outras, em perfeita sintonia. Umm retrato diferente do que será o Reino de Deus.

            O ser consciente deve ser um indivíduo livre, realizador do bem e ter uma meta apropriada para a sua própria plenitude como também para a plenitude da humanidade. É como dizia Henry Bergson, na sua “Evolução Criadora”: Para um ser consciente, existir consiste em mudar, mudar para amadurecer, amadurecer para se criar a si mesmo, indefinidamente.

            O entendimento dessas circunstâncias, esse autodescobrimento, leva o ser para o crescimento interior, a constante vigilância, o despertar do potencial e ele deve aproveitar os diversos estímulos que chegam à sua consciência para promover realizações.

            Mas, se o indivíduo não tem essa compreensão e vive na ignorância, vai obedecer sem crítica aos automatismos corporais, permanecer adormecido quanto o sentido da vida, ignorante dos deveres e compromissos, e se torna instrumento de sofrimento pelo desenvolvimento de doenças físicas e psíquicas.

            A reencarnação serve para estimular a afetividade plena, o crescimento espiritual, o auto aprimoramento, a aquisição do amor, e o encontro com o Deus interno. Assim, a finalidade da reencarnação seria proporcionar ao Espírito a evolução através da matéria, aprendendo o amor e a sabedoria.

            Nos primeiros anos de vida é importante que a criança não seja contaminada a longo prazo pelo atavismo animal que está presente no seu psiquismo, com o predomínio do egoísmo, a rebeldia, a dificuldade de sentir e espalhar o bem, a indiferença com o próximo e a antipatia no lar. Se tal acontece os conflitos psicológicos se instalam na forma de fobias, insegurança, instabilidade emocional, complexos de inferioridade ou de superioridade, soberba, e doenças orgânicas.

            As necessidades das crianças como amor, proteção, nutrição e orientação não podem ser negligenciadas, pois o amor leva ao sentimento do afeto, da harmonia, da saúde e do discernimento.

            A criança atendida nas suas necessidades alcança com mais facilidade os objetivos da reencarnação, tem uma evolução positiva. Posteriormente ela estará apta a recompensar o apoio recebido, tanto com a família quanto com a sociedade.

            Por outro lado, a criança carente dessas necessidades, se torna uma sobrecarga na infância, uma gravidade na juventude e terá na vida adulta os quadros patológicos desenvolvidos que precisarão ser tratados com terapias psicológicas, farmacologias, espiritualidade e princípios morais.

            Na criança desamada o inconsciente fica mais desperto e influente, existirá mais distúrbios do sono como pesadelos, inquietação noturna, choro e insônia. Também é observado agressividade, rebeldia, medos e mal desenvolvimento.

            Na criança devidamente amada vamos verificar a harmonização dos equipamentos eletrônicos do perispírito, a boa interação espírito-matéria, a vibração de calma e segurança, e o reabastecimento de forças e vitalidade.

            O indivíduo quando se identifica, que ele mesmo não foi amado na infância, pode apresentar um quadro regressivo de duas formas. Na primeira, essa desnutrição de amor leva ao sentimento de reação que irá gerar a Inapetência ou Anorexia Nervosa, com fortes danos que podem ser, quanto ao curso, acidental, passageiro ou de longo prazo.

Na segunda forma, também se observa um quadro regressivo, com base na mesma desnutrição de amor, mas o sentimento de reação é inverso. A pessoa desenvolve uma voracidade alimentar, come até a exaustão, provoca perturbações digestivas e nervosas, vômitos nervosos, enfraquecimento e desnutrição. Está caracterizada a bulimia com todo o potencial de causar danos orgânicos severos.

            A ausência do amor em tenra idade tende a levar a patologia no campo nutricional, gerando a anorexia nervosa ou bulimia, ou mesmo transtornos menos severos como indigestão, dispepsia nervosa, diarreia ou prisão de ventre.

            É importante que possamos utilizar essa metáfora da nutrição para digestão diária dos nossos problemas, dentro de uma agenda diária para promover a consciência desperta, não manter os conflitos retidos, identificar erros cometidos, analisar os problemas, digestão dos problemas sem culpa, encontrar os meios de reparação para ficar livre da perturbação. Nesse sentido os grupos de Mútua Ajuda, na forma dos AA e seus congêneres, são muito importantes. Procurar ser como se é, meta fundamental.

            As vantagens dessa autoanálise ser realizada, sem caráter de exigência, sem condenações, é para se atingir o equilíbrio, a tolerância, e a harmonia interior. Isso promove a recuperação, a capacidade integral para o trabalho, uma energia bem canalizada, saúde e bem-estar.     

Publicado por Sióstio de Lapa
em 22/04/2016 às 23h59
 
21/04/2016 23h59
TERAPIA FAMILIAR AMPLIADA (16)

            O núcleo familiar ampliado de CM, terminou se concentrando numa atividade de reflexão evangélica levada a cabo a cada sábado. Verifico que a reunião se transformou numa espécie de curso espiritual onde cada pessoa faz suas reflexões íntimas baseadas na leitura evangélica, que sempre traz mensagens intuitivas. Por esse motivo irei postar nesse espaço o conteúdo dessas reuniões, sem a identificação de seus participantes.

          Vejo que a harmonia está instalada em todos os presentes, apesar de todos terem as suas falhas. O texto lido hoje, ENDIREITAI OS CAMINHOS, levou cada um a refletir dentro de si e ver o caminho que ainda está errado. Dentre todos quem melhor fez a reflexão interna acusando em si mesmo o que tinham de errado, foram N. e R. Senti que o relato deles perdia a superficialidade e vinha do fundo da alma. N. colocou o caminho torto de pensar obsessivamente em controlar os outros e de procurar ser mais focada no novo trabalho que está iniciando. Teve um grande progresso, pois não fez críticas a ninguém, e sim a si própria. As crianças menores, P. e E., não fizeram comentários. Não tem ainda o psiquismo suficiente para isso. Mas é importante que ouçam e vejam o comportamento dos presentes, para aprenderem logo cedo a esse tipo de reflexão evangélica. A., Ce. e Cc., apontaram as reclamações que sempre fazem como caminho torto, e Ce. ainda acrescentou que deve aprender a focar sua atenção num objetivo. D. cita o erro que cometeu no passado e que procura se corrigir, endireitar esse caminho para não voltar a cometer novos erros. Co. acredita que deva corrigir sua irritabilidade, pois muitas vezes se pega falando muito alto, agressivamente, até mesmo com os clientes. L. também cita as preocupações desnecessárias como um caminho que tem de endireitar. S. que entrou atrasada na reunião, diz que está se esforçando para endireitar o caminho da irritabilidade, até agora mesmo, após ter saído do plantão o seu desejo era de ir para a cama dormir, mas considera essa reunião em família mais importante e assim está se esforçando, inclusive agora, para manter o bom humor. So. aponta que deve corrigir o caminho de ficar muito instável, num momento fica irritada com uma pessoa, depois reflete que deve se corrigir e fica bem, mas logo depois passa a ficar mal, e cita sua relação com M. como exemplo. M. se justifica quanto as cobranças que lhe são feitas e J. diz que não tem caminhos para endireitar, que é uma pessoa que faz tudo certo. Todos acreditam que ele fez uma brincadeira, que não quer falar sobre suas dificuldades. M. diz que deve corrigir a irritabilidade, que sofre quando uma pessoa lhe estressa. F. admite que ainda deve corrigir o caminho da prepotência, pois isso ainda lhe afasta de Deus em algumas situações, e cita o exemplo que não deu a preferência de pegar um taxi a um cadeirante que esperava ir para casa. Esse relato despertou em R. sobre um caminho que também deve endireitar, a falta de solidariedade integral, pois cedeu a sua cadeira no ônibus a uma senhora necessitada com evidente má vontade íntima. Ao final da reunião foi sugerido por So. que quem tivesse a consciência de mais caminhos a endireitar, fizesse a condução da oração ao Pai. M. logo sugeriu o nome da própria mãe, e a mesma aceitou com bom humor a boa provocação. Após a oração todos se abraçaram na paz de Cristo.

            É importante que esse relato possa ser lido e guardado por todos os participantes, que devem considerar a atividade uma espécie de curso espiritual para o aperfeiçoamento de cada um e do conjunto familiar, sempre dentro da filosofia do amor evangélico ensinado pelo Mestre Jesus.

            Deve ser colocada essa proposta na próxima reunião.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 21/04/2016 às 23h59
 
20/04/2016 23h59
FOCO DE LUZ (99)

            Em 20-04-16, as 19h, na Escola Padre Monte, teve início mais uma reunião da AMA-PM e Projeto Foco de Luz, com a presença das seguintes pessoas: 01. Carlos Volu; 02. Silvana; 03. Ronnan; 04. Damares; 05. Edinólia; 06. Jaqueline; 07. Costa; 08. Francisca; 09. Ana Paula; 10. Paulo Henrique; 11. Francisco; 12. Maria Queiroz; 13. Ubiratan; 14. Pedro William; e 15. Rosário Cabral. Após os 30 minutos de conversa livre, foi lido o preâmbulo espiritual com o título: “Por Cristo”, a partir de uma frase de Paulo (Filemon, 1:18). Em seguida foi lida a ata da reunião anterior que foi aprovada sem reparos por todos os presentes. COMUNICADOS: Francisco informa que teve contato com o senhor Tomaz, chefe de obras da SEMSUR e que ficou acertado uma reunião da AMA-PM com aquela repartição para verificar a possibilidade de uma parceria com a comunidade, inclusive com a possibilidade de ocupação dos quiosques que ainda estão desocupados e sendo depredados. Informa também que o advogado Adriano compareceu ao HUOL para verificar a possibilidade de resolver a questão do CNPJ. Como o material não foi ainda encontrado, existe a possibilidade de ser refeito todos os passos necessários para a criação e formalização da Associação. Adriano também se colocou à disposição para prestar aconselhamento jurídico gratuito aos interessados, ação que pode ser realizada tanto na Escola Padre Monte quanto no Shopping Mãos de Arte, onde foram cedidas duas salas para a AMA-PM atuar sem gastos com condomínio. Ronnan deixa os informes sobre a falta de vagas nas creches, que foi feita uma comissão para atuar junto à promotoria. Que solicita novo ofício da AMA-PM denunciando a participação de menores na boate Aquarius. Deixa com a diretoria um modelo de denúncia anônima que qualquer cidadão pode fazer para defender os menores. Informa que o Conselho tutelar não trabalha nos fins de semana, mas que deixa o seu celular para qualquer necessidade da comunidade nessa questão: 98788-8559. Também informa o telefone do Conselho Tutelar, 3232-5353, que funciona na Rua Mossoró, 548. Em seguida foi feita mais uma avaliação do mutirão escolar, e no geral ficou a compreensão que, apesar das muitas falhas que ocorreram, o evento foi positivo e serviu para mostrar a comunidade escolar, voluntários e gestores, que existe o potencial de realização benéfica para todos, restando aperfeiçoar com o tempo devido, as diversas propostas que estão surgindo. Foi decidido que é importante uma reunião com os professores para ser colocado de forma didática a filosofia de ação do Projeto Foco de Luz e da AMA-PM, e que é importante a participação de cada um deles na condução in loco dos projetos aprovados. A professora Maria Queiroz ficou de ver o melhor dia para esta reunião. A professora Rosário colocou a importância de se conseguir uma TV a cabo para ocupar o tempo ocioso dos alunos ou mesmo programar alguma atividade lúdica e instrutiva nesse espaço. Ficou de falar com os alunos para a sensibilização do Grêmio Estudantil e pensar na melhor forma de colocar em prática num primeiro momento o Projeto de Biografias, começando pela biografia de Padre Monte. As 20:30h foi encerrada a reunião e Carlos Volu conduziu a oração do Pai Nosso. Todos posamos para a foto coletiva e nos despedimos fraternalmente.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/04/2016 às 23h59
 
19/04/2016 23h59
CASO CLÍNICO ABC (02)

A paciente não compareceu a nenhuma das atividades disponibilizadas, a reunião de estudo na terça feira ou o curso na sexta feira. Telefonou informando que não foi possível a vinda. Pergunta se é possível fazer a solicitação dos exames que já havia feito uma vez. Sua preocupação está centrada na saúde, chegando próximo de uma interpretação psicótica. Não existe nenhuma indicação clínica de doença manifesta, os exames anteriores não apontaram para nenhuma anormalidade.

A paciente tem um histórico forte de frustações afetivas, chegando ao nível da agressão física, associado a falta de um amor correspondido ou mesmo algum nível de cumplicidade com os companheiros. A possibilidade de gerar filho indesejado ou adquirir doenças venéreas, constitui uma preocupação com base no passado, mas com fortes reflexos no presente.

As informações que são dadas parecem ficar num nível superficial, onde a busca de uma maneira de identificar uma doença que tem uma existência real nos seus pensamentos é o principal objetivo na consulta.

Também as consultas que ela frequenta são insistentemente incentivadas pela família, inclusive o uso da medicação, pela qual a paciente tem ojeriza.

O quadro clínico se mantém nesse perfil, com o diagnóstico provável de depressão com sintomas psicóticos, em função dessa forte preocupações com doenças que não são diagnosticadas.

A estratégia seguinte que foi elaborada de comum acordo, foi que ela escrevesse textos sobre os seus pensamentos, sentimentos e comportamento, para que fosse avaliado e dado um feedback. Infelizmente até o momento essa ação não foi concretizada.

Poderia pensar que a paciente não fez um bom rapport com o terapeuta, mas não é isso que eu avalio. Percebo que ela tem um bom relacionamento comigo, procura ter a confiança de usar um medicamento que foi prescrito, mas no ambiente doméstico volta a prevalecer a dúvida com a saúde e que o remédio para corrigir o estresse ou outra doença psíquica, não é necessário.

Então, nessa fase do tratamento, o importante é fortalecer os laços de confiança para que o medo da conduta a ser empregada seja superada.

Um fator que dificulta da minha parte, é a crônica falta de tempo por excesso de trabalho. Esta psicoterapia poderia ser conduzida por um psicólogo e eu estaria no controle da psicofarmacologia, como faço frequentemente no consultório. Porém a paciente demonstra com clareza e firmeza, que não deseja procurar outro psicólogo, pois não sentiu melhora com essa ação. Sei que essa desculpa está dentro do seu perfil psicológico de não se entender como uma pessoa com transtorno psiquiátrico, e por isso boicota até mesmo de forma inconsciente todas as opções que lhes são dadas.

Da minha parte já abri os espaços que tenho ainda disponíveis, mesmo que sejam em locais impróprios, para dar seguimento com um mínimo de psicoterapia que o caso requer.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 19/04/2016 às 23h59
 
18/04/2016 23h59
MINISTÉRIOS DIVINOS

            Desenvolvia até certo tempo uma ideia que Deus havia me dado uma missão especial, e isso me tornava especial frente aos meus irmãos. É como se eu tivesse me colocado nesse mundo com uma missão especial, mesmo que demorando um pouco para percebê-la, enquanto a maioria dos meus irmãos simplesmente vegetavam como animais em busca da sobrevivência e da perpetuação dos seus gens. Felizmente, com a maturidade que o tempo traz, estou percebendo com mais clareza que eu não sou um privilegiado por tentar cumprir uma missão determinada por Deus. O que talvez me diferencie, e isso não é privilégio nenhum, é que tenho a consciência de tentar fazer essa vontade divina, de cumprir o meu ministério, enquanto a maioria das pessoas, mesmo cumprindo até melhor do que eu essa vontade do Pai, não pensam que isso esteja acontecendo desse modo. Outros estão no caminho totalmente desviado, apesar de internamente ter boas intenções, mas que terminou sendo cooptado por ideias destoantes do plano divino.

            Este é o exemplo de Paulo de Tarso, que perseguia violentamente os cristãos, insciente da tarefa que viria a ter dentro do próprio movimento cristão que ele perseguia.

            Podemos concluir que além da ignorância, há desatenção e muito capricho pernicioso na mente das pessoas. Paulo recebeu um apelo direto, na frase que fez ele refletir nos seus atos: “Paulo, por que me persegues”. Claro que a forma que ele ouviu essa pergunta, vinha revestida de uma autoridade moral que ele intuitivamente percebeu e respeitou. Não tinha a inocência de um Estêvão, que tão bem defendeu o cristianismo, com seus argumentos lógicos e divinos, mas terminou sendo morto por apedrejamento, dirigido pelo próprio Paulo.  

            Hoje é pensamento majoritário entre os grupos que estudam a universalidade espiritual que todos os homens, por mais brutos ou simples que sejam, também tem um ministério determinado por Deus, mesmo que seja dentro do próprio círculo familiar ou envolvendo a recuperação de si próprio.

            Agora, todos os homens menos rudes tem a sua convocação pessoal ao serviço do Cristo, que pode ser através do próprio Cristo, como aconteceu com Paulo, ou intuído lentamente pelo Espírito Santo como acredito que aconteceu comigo.

            Quando a pessoa tem um alto potencial e está dentro de um grande desvio, como acontecia com Paulo, o próprio Cristo, da Sua esfera de claridade imortal, pode chamar essa pessoa que tateia nas trevas das experiências humanas. E porque essa pessoa tem dentro de si o potencial de refletir sobre o seu erro e procurar o caminho de volta, com humildade, como aconteceu com Paulo: “Senhor, que queres que eu faça?”

            Outro aspecto que devo reconhecer quanto os “Ministérios Divinos”, ´é que eles são dependentes dos relacionamentos que são criados a cada momento na nossa experiência cotidiana. Podemos ver no exemplo de Paulo a importância que teve Estêvão ao falar com tanta clareza para o Doutor das leis, a importância de Jesus para o mundo. Também verifico na minha experiência que a contribuição de Graça, a técnica de enfermagem que provocou os meus desejos carnais e fez ativar toda a coerência da Lei do Amor que já existia em semente dentro de mim, para que eu transformasse a característica romântica e de amor exclusivo do meu casamento, numa relação de amor incondicional capaz de suportar a inclusão de qualquer pessoa que se aproximasse e obedecesse também esses critérios, tanto por meu intermédio quanto pelo intermédio da minha esposa/companheira.

            Assim, fico a observar que a contribuição das pessoas que se aproximam de nós pela permissão de Deus, e que essa aproximação também façam parte dos “ministérios divinos” de cada uma delas, vem a confirmar outra lei, universal e subsidiária, associada à Lei do Amor, que é Lei de Cooperação.

            Observemos que o próprio Jesus, Mestre que veio nos ensinar sobre a Lei do Amor, também uso a Lei da Cooperação, procurou a companhia de doze auxiliares, a fim de empreender a renovação do mundo.

            Afinal, sem cooperação, não poderia existir o Amor, e o Amor é a força de Deus que equilibra o Universo.

            Agradeço a todas as pessoas que passaram por meu caminho, principalmente as mulheres, e também por aquelas que ainda irão passar, pois todas contribuem para o cumprimento de nossos ministérios, de acordo com nossas intenções e qualidade do Amor existente em nossos corações.

            Uma advertência proposta pelo espírito Emanuel, não pode deixar de ser feita aqui: “cada discípulo do Evangelho deve entender o quanto lhe compete trabalhar e sofrer, por tentar colocar em prática às lições do Mestre Jesus, sempre com a intuição do Espírito Santo de Deus.”

Publicado por Sióstio de Lapa
em 18/04/2016 às 23h59
Página 636 de 949