Sempre é bom refletirmos sobre o tempo, pois vivemos no presente, mas o passado e o futuro estão juntos, não conseguimos viver exclusivamente no presente. Este texto que encontrei no site de Conscienciologia, disponibilizado por Dalton e Andreia, nos ajuda nesta compreensão. Vejamos:
Uma nova teoria sobre o tempo indica que o presente e o futuro existem simultaneamente: https://www.pensarcontemporaneo.com/uma-nova-teoria-sobre-o-tempo-indica-que-o-presente-e-o-futuro-existem-simultaneamente/
A Caixa, é uma teoria do universo que descreve o “agora” como um lugar arbitrário no tempo e afirma que o passado, o futuro e o presente existem todos simultaneamente.
O Dr.. Bradford Skow, professor de filosofia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, sugere que se “olhávamos para o universo” como se estivéssemos olhando para uma folha de papel, veríamos o tempo em todas as direções, exatamente da mesma maneira que vemos o espaço em algum momento.
Então, o que isso realmente significa? Bem, isso sugere que o tempo como o conhecemos está incorreto, em outras palavras, não é linear como sempre pensamos. De fato, tudo ao nosso redor está sempre presente. Dr. Skow não é o primeiro cientista a questionar a maneira como todos percebemos o tempo.
Em 1915, Einstein introduziu uma teoria do espaço e tempo unificados. Em sua teoria geral da relatividade, ele propõe que o espaço-tempo toma forma de maneira múltipla ou contínua. E que, se visualizado, você verá os dois como um espaço vetorial quadridimensional. E esse vetor é conhecido como “teoria dos blocos”. “A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.”
O autor argumenta que ele “não gostaria de acreditar nisso, a menos que eu visse bons argumentos a favor”. “Eu estava interessado em ver que tipo de visão do universo você teria se levasse essas metáforas sobre a passagem do tempo muito, muito a sério”, diz Skow.
Dr. Skow dá mais detalhes: “A teoria do universo de blocos diz que você se espalhou no tempo, algo como a maneira como se espalha no espaço. Não estamos localizados de uma só vez. “
O Dr. Skow concorda que, enquanto as coisas mudam e vemos o tempo como se estivesse passando, estamos em ‘condições dispersas’ e que diferentes partes do tempo podem estar espalhadas pelo universo infinito.
Viagem no tempo
Depois de tentar entender essa teoria, você começará a perceber que ela também pode mudar a maneira como pensamos na viagem no tempo. Se essa teoria for real, não podemos simplesmente viajar no tempo e alterá-lo. Se tudo estiver acontecendo simultaneamente – seu passado, presente, futuro disposto no espaço -, seria impossível criar “paradoxos do avô”. Em vez disso, você apenas viajará no tempo e experimentará como é e como sempre seria.
A Dra. Kristie Miller, diretora conjunta do Center for Time da Universidade de Sydney, explicou a teoria em um artigo publicado pela ABC Science. Miller descreveu como todos os momentos que existem são relativos entre si em três dimensões espaciais e em uma única dimensão temporal.
A teoria do universo de blocos também é conhecida em alguns círculos científicos como Eternalismo, em que o passado, o presente e o futuro coexistem ‘agora’. Isso se opõe ao presentismo, que afirma que o passado não existe mais e está desaparecendo constantemente graças a essa noção traquina de tempo ‘presente’.
Essas teorias modernas ficam cada vez mais complexas e fora da realidade. Então, o passado integrado ao presente, dessa forma não estaríamos sendo testemunhas da visita de Jesus entre nós? Ou será a memória que resgata o passado e deixa interagindo com o presente? E o futuro? Será o nosso planejamento, que mesmo não sendo feito de forma organizada e pretenciosa, já está trazendo o futuro para o presente? Tudo isso traz muita confusão em nossa forma de pensar com coerência, deixemos que os filósofos e cientistas amadureçam a questão para termos condições de internaliza-la.
Para a construção do Reino de Deus é importante que haja a predominância do Amor sobre qualquer outra condição ou sentimento. Surge um elemento importante nesse contexto que é a energia sexual. O amor tende a fazer a aglutinação e harmonização entre todos os seres humanos; o sexo tende a individualidade, ao sentimento de posse, a geração de conflitos. Ambos são necessários, mas que estejam harmonizados e hierarquizados. Claro, a hierarquia maior deve ser do amor, a maior força do universo que se confunde com o Criador. Não é possível entender outra força que esteja acima dela, que mereça a prioridade.
A energia sexual é diretamente responsável pela perpetuação da espécie, e por esse motivo é tão forte. Sua função de criar novos seres, e isso causa uma forte ligação entre os dois gêneros, gerando uma energia potente chamada de paixão. Os dois seres assim envolvidos por essa energia, sentem imenso prazer em ficarem juntos um do outro e realizar o ato sexual que culmina com o ápice do prazer. Essa forte ligação origina o sentimento de posse que pode se perpetuar até depois que a força da paixão se dissipa por efeito do tempo. Geralmente as pessoas já estão casadas nesse momento e passam a reforçar o sentimento de posse, os compromissos conjugais, geralmente atrelados a juramentos de fidelidade mutua quanto ao envolvimento afetivo-sexual com qualquer outra pessoa. O “amor” que cada um sente passa ser de exclusividade de um para o outro, e vice-versa.
Esse contrato conjugal de efeitos civis e referendado pela igreja, se divorcia dos mecanismos biológicos criados por Deus e também das regras morais ensinadas pelo Cristo, que defende o amor inclusivo. Jesus respondeu que a principal lei que supera todas as demais, é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Portanto, sendo a Natureza o reflexo da presença de Deus, com todas suas leis em funcionamento, inclusive as leis da biologia, incluindo os instintos, teremos que ter cuidado para não a descumprir pensando estar obedecendo. O complemento da lei primordial, amar ao próximo como a si mesmo, traz em si a essência da lei moral dentro dos relacionamentos. Eu tenho que desenvolver o amor a mim mesmo para me capacitar a amar ao próximo dentro dessa condição. Se, por força dos instintos criados por Deus, eu me aproximo de uma pessoa, com afetos e com desejos, e se essa pessoa corresponde na mesma intensidade, e se aprofundar a intimidade até o ato sexual vai fazer o bem tanto a ela como a mim, não posso colocar barreiras quanto a isso. A não ser que existam circunstâncias dentro do Amor Incondicional que podem estar impedindo. Por exemplo, a pessoa ter prometido fidelidade a outra pessoa, e ao interagir sexualmente com uma terceira, comete um ato de traição. Este tipo de impedimento pode ser retirado com o uso da verdade. Se a pessoa tem essa compreensão, que o amor inclusivo deve ser praticado na sua vida, com o potencial de chegar até o envolvimento sexual, isso deve ser esclarecido com quem queira de si se aproximar e conviver. Então, a traição deixa de existir, o amor inclusivo pode ser praticado, a família nuclear abre maior amplitude e a família universal pode começar a funcionar.
Os tijolos para construção do Reino de Deus são representados por nossos corações, livres da supremacia do egoísmo, sintonizados com o amor incondicional. Este é o primeiro trabalho que devemos fazer, a olaria dos tijolos para a construção do Reino de Deus. O Cristo já nos mostrou esse caminho, o da reforma íntima. Para burilar esses tijolos e deixa-los assando prontos para serem usados, devemos usar a energia do amor incondicional.
Feito isso, é hora de juntarmos os tijolos para a construção do Reino. Observaremos que as oficinas disso acontecer são as famílias que deverão passar por uma mudança de mentalidade: do predomínio da família nuclear, para o predomínio da família universal. A importância da família nuclear continuará e será restrita à responsabilidade que teremos com os companheiros e com os filhos e pais. Mas a prioridade ética será com a família universal. Onde encontrarmos qualquer pessoa próxima que seja considerada como filho, pai, irmão biológico, amado como se fosse a nós mesmos. Não haverá mais desamparo, fome, guerras. Todos serão prioritariamente de nossa família, de acordo com a necessidade que exibam.
Essa passagem ética de prioridade da família nuclear para a universal será o maior trabalho que teremos. Para que isso aconteça, é necessário criarmos serviços devotados exclusivamente ao bem, sintonizados com a misericórdia ensinada pelo Cristo a todos que honestamente procurarem por isso.
Terá que ser um serviço de poder aglutinador, o cimento onde os tijolos possam ser colocados e tomarem forma. Um tipo de igreja que tem a missão de ligar Deus aos homens. Ao mesmo tempo que tenha o cuidado de procurar a coerência do Amor Incondicional presentes em qualquer outra denominação religiosa. Essa atividade teria um caráter educativo dentro da ótica evangélica e procurando a harmonia de pensamento entre os companheiros e de sintonia entre as instituições. Quem estiver dentro dessa atividade, procurará viabilizar o trabalho de todos de forma justa e vocacional. A dignidade humana deve ser procurada para todos. Todas essas ações tem a cobertura indispensável do amor. Surge assim o título dessa entidade que já foi colocada aqui em outros termos: Escola-Igreja Trabalho e Amor (EITA).
Este é o esboço arquitetônico para a construção do Reino de Deus, seguindo as instruções de Jesus. O desafio no momento é saber se nossos tijolos estão devidamente cozidos para sustentar o peso dessa construção. Mas vale a pena tentar!
A borboleta chegou perto de mim
Coitada, se debatendo no vidro pra sair
Num esforço viril, como a pedir
Queria voar entre as flores do jardim
Eu não podia quebrar essa vidraça
Não podia dar a sua liberdade
Mas tu és minha colega, de verdade
Também me debato na desgraça
Também eu vejo ao longe tanto amor
Que minha alma algemada não alcança
Mas tu, logo foges dessa dor
Tua vida é tão curta, vai embora
Nada fica disso tudo, nem lembrança
Enquanto eu fico por aqui anos afora
Tenho um coração, deveras na prisão
Cujas grades são feitas pelo medo
Sem compaixão desse coitado do enredo
Que chora e se lamenta viver na solidão
Eu sei que existe nesse mundo
Sentimentos de todos os matizes
Que existem tantos seres, tão felizes
Mas para mim, só o poço, este fundo
Nunca ninguém me amou, agora eu sei
Querem apenas me ter nesta gaiola
Me debatendo sem gaita, sem viola
Ninguém sabe a cor da minha alma
Ninguém sabe da dor me trazer calma
Ninguém pode dizer, sim, eu te amei.