Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
26/10/2020 00h22
AUTO PIEDADE

            O site Consciencial publicou um texto divulgado no Jornal Espírita de Setembro de 2007 que relata uma experiência envolvendo o médium Chico Xavier que é muito importante para a prevenção de sentimentos negativos fáceis de serem absorvidos se não estivermos atentos. Vejamos o caso. 

Coitadinho de mim

            Jerônimo Mendonça nasceu em Ituiutaba (MG), em 1 de novembro de 1939, tendo desencarnado em 25 de novembro de 1989. A vida do médium Jerônimo Mendonça foi um exemplo de superação de limites. Totalmente paralítico há mais de trinta anos, sem mover nem o pescoço, cego há mais de vinte anos, com artrite reumatoide que lhe dava dores terríveis no peito e em todo o corpo, era levado por mãos amigas por todo o Brasil a fora para proferir palestras. Foi tão grande o seu exemplo que foi apelidado “O Gigante Deitado” pelos amigos e pela imprensa.

Houve uma época, em meados de 1960, quando ainda enxergava, que Jerônimo quase desencarnou. Uma hemorragia acentuada, das vias urinárias, o acometeu. Estava internado num hospital de Ituiutaba quando o médico, amigo, chamou seus companheiros espíritas que ali estavam e lhes disse que o caso não tinha solução. A hemorragia não cedia e ele ia desencarnar.

- Doutor, será que podemos pelo menos levá-lo até Uberaba, para despedir-se de Chico Xavier? Eles são muitos amigos.

- Só se for de avião. De carro ele morre no meio do caminho.

Um de seus amigos tinha avião. Levaram-no para Uberaba. O lençol que o cobria era branco. Quando chegaram a Uberaba, estava vermelho, tinto de sangue. Chegaram à Comunhão Espírita, onde o Chico trabalhava então. Naquela hora ele não estava, participava de trabalho de peregrinação, visita fraterna, levando o pão e o evangelho aos pobres e doentes.

Ao chegar, vendo o amigo vermelho de sangue disse o Chico:

- Olha só quem está nos visitando! O Jerônimo! Está parecendo uma rosa vermelha! Vamos todos dar um beijo nessa rosa, mas com muito cuidado para ela não “despetalar”.

Um a um os companheiros passavam e lhe davam um suave beijo no rosto. Ele sentia a vibração da energia fluídica que recebia em cada beijo. Finalmente, Chico deu-lhe um beijo, colocando a mão no seu abdome, permanecendo assim por alguns minutos. Era a sensação de um choque de alta voltagem saindo da mão de Chico, o que Jerônimo percebeu. A hemorragia parou.

Ele que, fraco, havia ido ali se despedir, para desencarnar, acabou fazendo a explanação evangélica, a pedido de Chico, em seguida vem a explicação:

- Você sabe o porquê desta hemorragia, Jerônimo?

- Não, Chico.

- Foi porque você aceitou o “Coitadinho”. Coitadinho do Jerônimo, coitadinho... você desenvolveu a auto piedade. Começou a ter dó de você mesmo. Isso gerou um processo destrutivo. O seu pensamento negativo fluidicamente interferiu no seu corpo físico, gerando a lesão. Doravante, Jerônimo, vença o coitadinho. Tenha bom ânimo, alegre-se, cante, brinque, para que os outros não sintam piedade de você.

Ele seguiu o conselho. A partir de então, após as palestras, ele cantava e contava histórias hilariantes sobre as suas dificuldades. A maioria das pessoas esquecia, nestes momentos, que ele era cego e paralítico. Tornava-se igual aos sadios.

Sobreviveu quase trinta anos após a hemorragia “fatal”. Venceu o “coitadinho”.

Que essa história nos seja um exemplo, para que nos momentos difíceis tenhamos bom ânimo, vencendo a nossa tendência natural de auto piedade e esmorecimento.

Extraído do Jornal Espírita de Setembro de 2007.

            Esse conselho é muito útil, pois a tendência de desenvolvermos a auto piedade quando sofremos alguma injúria ou doença, e somos mimados por entes queridos que desejam o nosso bem e se compadecem de nossa situação, é entrarmos nessa vibração e aceitar a condição de coitadinho. Essa aceitação da condição mórbida de um ponto de vista da incapacitação e merecedor da caridade pública, penetra no nosso subconsciente e ele passa a gerenciar o corpo com essa nova visão pessimista, negativa e até catastrófica.

            Que evitemos essa condição por mais que os entes queridos e amigos, querendo o nosso bem e sem saber do problema que esteja nos causando, nos coloca em situação de risco.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/10/2020 às 00h22
 
25/10/2020 00h19
INSÔNIA

            Este é o sexto e último texto escrito no camping há 24 anos, após eu ter sido expulso de casa pela minha segunda ex-esposa...

            11-09-96 (09h02)

            Estou de volta à minha base. Após uma noite onde pela talvez primeira vez procurei o sono e não encontrei. Minha cabeça fervilhava procurando encontrar uma solução para sensibilizá-la, sem necessitar a minha transformação, a minha essência.

            Ia e vinha num turbilhão de imagens sempre acompanhado por aquela incomoda sensação de aperto no coração que de tão forte parecia estar se espalhando por todo o corpo.

            Às 03h30 saí dessa tortura quando fui chamado para ver um paciente portador do Mal de Alzheimer que estava com pressão baixa. Observei que ele estava definhando, em estado de caquexia. Ossos salientes, veias esvaziadas, escaras no corpo, secreção nos pulmões, um olhar perdido no vazio, sem responder aos estímulos que eu provocava. Percebi que sua vida estava se esvaindo lentamente. Afinal, há cerca de quatro anos ele vem se internando em diversos hospitais.

            Chamei a sua esposa, falei do seu estado de saúde, e ela me falava ainda com lágrimas nos olhos que aquele era mais um momento, talvez o culminante da perda. Isso porque ao longo de sua doença, foi perdendo um pouquinho dele à cada crise, a cada ameaça de morte. 

            Seu sofrimento era visível, mas mesmo assim correu em todos os hospitais clínicos para tentar lhe livrar de mais uma ameaça de morte.

            Fiquei a refletir e fazer comparações com o nosso caso. Talvez a minha doença seja emocional e ela faz também você sofrer a cada momento, e sentir que me perdia a cada crise mais forte. Mas naquela mulher eu via a luta contra todas as chances de manter por mais um pouco perto dela aquele pedaço de carne, sem alma, sem reações inteligíveis.

            O que era aquilo? Gratidão? Solidariedade? Compreensão?... ou quem sabe, amor? Amor por aquele ser miserável, cheio de pústulas e de odor fétido? Que não conseguia sorrir, falar, pedir, nem mesmo olhar? Que as enfermeiras evitavam respirar o mesmo ar e improvisavam luvas para toca-lo?... mas quem sabe, não é amor? Somente esse sentimento consegue superar as maiores barreiras que essa vida nos oferece.

            Agora, olhando você e vendo seu comportamento, me mandando para longe de você por causa de aspectos do meu comportamento, e sabendo você, com certeza, com capacidade igual ou maior que aquela mulher, de amar, por um momento senti inveja daquele paciente. E lá no íntimo veio o desejo de ter uma doença semelhante, pois com certeza eu não poderia ter o mesmo comportamento que tenho, e mesmo que ficasse deformado e brutalizado numa cama de hospital, teria você ao meu lado, me confortando, me amando, mesmo que eu não pudesse olhar nos seus olhos e retribuir. Mesmo que você passasse a mão carinhosamente na minha cabeça e beijasse meu corpo asqueroso, e eu não pudesse pelo menos sorrir para você. Mas como o amor está enraizado mais profundamente do lado espiritual, eu me regozijaria por meu amor está sendo plenamente correspondido, apesar dele não poder se expressar.

            Mas não tive essa “sorte”. A minha doença é invisível para todos aqueles que me rodeiam, com exceção daqueles que me amam profundamente. É o lado terrível de sua natureza, mais terrível que o Feitiço de Átila, pois nele os amantes apesar de não poderem se tocar enquanto humanos, o amor deles continuava existindo. O meu feitiço ou doença destrói o amor do meu ser amado e me deixa com o meu incólume, sofrendo por mim e por ela.

            Não tenho um antídoto para esse mal, nem um bruxo que desfaça o feitiço. Tal qual os personagens de Dante, tenho que sofrer e arder nas chamas da saudade, não depois da morte e sim agora, em pleno uso de minhas razões. Pois essa é a natureza da minha doença.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/10/2020 às 00h19
 
24/10/2020 00h19
AMEAÇA AOS DEUSES

            Este é o quinto texto escrito no camping há 24 anos, após eu ter sido expulso de casa pela minha segunda ex-esposa...

            10-09-96 (21h40)

            Acabei de ligar para você. Estou com o coração angustiado. Como se uma tranca tivesse lhe fechando e apertando meu fôlego. Tudo isso porque lhe senti tão distante, como se eu fosse um fato já consumado. Enquanto luto por todas as formas vislumbrar uma condição para que possamos viver felizes, do seu lado sinto a confirmação de algo já perdido para sempre.

            Sinto vontade de chegar para você e dizer: Pronto Sônia, meu amor, minha paixão, meu tudo (pode ser uma doença amar tanto assim, eu não vejo ao meu lado, exemplos iguais ao meu). Vou me transformar totalmente e ser como seu coração quer que eu seja. Ficar aninhado ao seu lado, abafar minhas motivações, meus instintos de macho e ficar acomodado ao seu lado, vivendo para lhe ver chegar, sofrendo quando lhe vir sair para trabalhar. Até no meu trabalho não teria mais nenhum tesão. Estaria todo voltado para você, lhe enroscando, lhe envolvendo, lhe preenchendo todos os espaços. Sei que isso seria uma forma de suicídio, pois esqueceria totalmente de mim e no meu campo de interesse só veria você. Se é uma forma de suicídio, também vem a calhar, pois a sensação é tão negra que até eliminar a vida para fugir dela seria uma solução de alívio. E por que matar o corpo e deixa-lo entregue aos vermes? Melhor seria deixa-lo escravo de alguém que tanto amamos.

            Oh! Deus, por que não fizestes nós, homens e mulheres com as mesmas motivações, os mesmos interesses? Por que colocastes essas diferenças tão dolorosas que nos machucam quanto mais nos amamos? Será que é verdade a lenda que diz que ao nos completarmos com outro ser humano podemos nos igualar aos Deuses, e esses, preventivamente, colocou em nossa cabeça, naquela região mais profunda, que sutilmente controla todo o comportamento, motivações, diferenciações, justamente montadas para quando o amor, o cimento que promove a união de dois seres, ao chegar nessa profundidade, desperte cada vez com mais força esses impulsos incompatíveis.

            Ah! Meu amor, se tudo isso é verdade e agora estamos sofrendo essa defesa dos Deuses é porque o nosso amor chegou a um nível de ameaçar os seus poderes divinos. Eles podem se sentirem vitoriosos por terem conseguido nos afastar, mas não conseguirão transformar o meu amor por você por qualquer um outro tipo de sentimento. Eu posso sentir todas as penas do inferno, como estou sentindo agora, mas lá no fundo do meu coração existe um grito que não quer calar...

            TE AMO, SÔNIA! 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/10/2020 às 00h19
 
23/10/2020 00h19
E O MONÓLOGO CONTINUA...

            Este é o quarto texto escrito no camping há 24 anos, após eu ter sido expulso de casa pela minha segunda ex-esposa...

            10-09-96 (17h39)

            A noite está caindo. Logo mais irei ao plantão. O pessoal vizinho procura puxar conversa, fazer amizade, entrosar... e eu monossilábico. À menor chance corro a ficar sozinho para continuar meu monólogo com você através desse caderno.

            Pela manhã comi um pedaço de melancia. Agora estou a mordiscar umas uvinhas. Comprei alguns biscoitos e frutas no supermercado. Agora estou com medo de estragar, pois continuo sem apetite e geladeira para mim é um luxo.

            Fico pensando aonde está você, o que está fazendo. A vontade é grande de ir lhe procurar, lhe abraçar, beijar. Sussurrar no seu ouvido aquilo que meu coração choraminga. Mas fico a pensar o quanto você sentiu-se machucada por aquilo que fiz e acho que minha presença vai remexer sua ferida.

            Por outro lado, também estou sofrendo por causa de suas reações. Vê? É um circulo vicioso que se alimenta dos nossos egoísmos. Podemos pensar: mas não combatemos tanto o egoísmo? Por que ainda somos vítimas dele? Talvez porque nunca o consigamos eliminar por completo. Dessa forma, o que resta fazer é aperfeiçoar e fortalecer o nosso amor, pois ele trará a tolerância necessária para vencer o egoísmo.

            Mas tenhamos muito cuidado em não desenvolver um amor contaminado pelo egoísmo, pois, então, dessa forma, nosso amor morre no nascedouro. Já imaginou, se você fosse cobrada quanto ao tipo de roupa, corte de cabelo, amizades, enfim, tudo que uma mente cheia de amor-egoísta, ciúme, fosse imaginar servir de atrativo para outros homens? E por isso já me sentisse traído? 

            Talvez a comparação não seja proporcional aos fatos acontecidos comigo. Mas, se houvesse uma reversão na minha ótica e eu passasse a ver o mundo como você, existiria uma possibilidade muito grande de meu comportamento, minhas preocupações se voltarem para essas coisas triviais, como vejo acontecer com tantos homens, que vivem com suas companheiras em eternas briguinhas que me parecem fúteis. 

            Você pode argumentar que há brigas entre eles, mas a relação permanece, e em nosso caso não há brigas, porém, cada confronto nosso há uma possibilidade enorme de destruição do nosso relacionamento.

            Veja só, agora, minha situação. Sozinho, fora de casa, longe do conforto e aconchego que construímos juntos. Por que? Falta de tolerância suficiente para se colocar no lugar do outro. Ver o que o outro faz, fez e está fazendo, procurando ser o mais imparcial possível ao ouvir a “voz do coração”. Digo isto porque faço assim. Mesmo machucado fisicamente (quando você me agride) ou emocionalmente (quando você me manda embora no meio da madrugada e fico cochilando pela beira da praia, sendo acordado por guardas me aconselhando ir para casa porque ali é perigoso, sem eu poder dizer para ele que bem que eu queria voltar para casa, mas não posso), fico no seu lugar e procuro entender as razoes do seu gesto. Entendo, tolero e não deixo de lhe amar nem um pouquinho por isso. Pelo contrário, faço uma admoestação calada a mim mesmo por estar lhe provocando tanta dor, decepção e outras coisas mais que você me acusa (e deve ser verdade, pelo menos para você, pois você está sentindo).

            A hora está chegando e tenho que ir para o hospital. A partir do momento que chegar, ficarei aguardando com bastante intensidade o seu telefonema para falar comigo. A medida que o tempo for passando e esse telefonema não chegar, acho que ficarei decepcionado, mas também tenho certeza que eu ligarei para ouvir sua voz e talvez... uma palavra de carinho.

            Tchau!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/10/2020 às 00h19
 
22/10/2020 00h19
VENTO FORTE

            Este é o terceiro texto escrito no camping há 24 anos, após eu ter sido expulso de casa pela minha segunda ex-esposa...

            10-09-1996 (7h50)

            O vento sopra forte nas folhagens. Ouço o barulho e sinto o frio gostoso no meu corpo. Estou sentado ao sol com os pés apoiados no para-choque do carro.

            Hoje acordei cedo e um pouco incomodado. Não estou acostumado com a dureza do chão, apesar do colchonete. 

            Li um pouquinho, depois, ao levantar, coloquei os joelhos no chão e numa atitude de subserviência, implorei ao Senhor ou qualquer Poder Superior que me fizesse forte, como um instrumento do seu amor; e que proporcionalmente me desse igual força de tolerância, de compreensão.

            Desculpe, amor, não ousei pedir a Ele que me transformasse. Mas, de todo o coração, apesar de meus sentidos terem o sentido da humanidade como um todo, no meu coração a motivação era para nós conseguirmos chegar a um ponto de concordância, de entendimento e de plenitude na vida.

            Aqui é tudo tão gostoso, apesar da aspereza que a Natureza nos oferece. Parece estarmos mais perto de Deus. Se você estivesse aqui comigo tenho certeza que estaria achando maravilhosa a experiência.

            Também preciso lhe contar as trapalhadas. Ontem cheguei aqui já estava escurecendo e foi uma dificuldade para arrumar minhas coisas; para completar, estava chovendo. Ficou tudo molhado, cheio de areia. Os colegas, solícitos, me arranjaram vassoura, bolachas, água... essas coisas. Ao ir dormir fui vestir aquele blusão que compramos em São Paulo. Aí percebi que estava com o seu. Fui dormir com a barriga descoberta.

            Depois vi que tinha lembrado da escova, creme dental e perfume, mas esqueci sabonete, pente e o sapato branco do plantão. Não sou acostumado a viajar sozinho nem a pensar em sair de casa nessas circunstancias. Até mesmo quando viajo sozinho, fui acostumado a não me exercitar em tirar aquilo que vou precisar.

            Veja só! Pensava que não tinha nenhuma dependência, pelo menos severa. Mas, tenho você! Quando estou longe e passo dias sem poder lhe ver, você já sabe qual é a minha reação. Fico macambúzio, sem qualquer motivação para qualquer tipo de interação social, como aconteceu daquela vez em Belo Horizonte.

            Mas quando estou longe (e não é tão longe assim) com a possibilidade de não mais a tocar (não digo amar, pois sempre irei lhe amar, quer estejas perto ou longe dos meus olhos, pois qualquer distancia é impotente em lhe afastar do meu coração) um aperto estranho me envolve o corpo e a mente, e não consigo pensar em outra saída. Talvez se anestesiássemos nossos neurônios. Parece que é isso o que faz os alcoolistas e ao ter essa percepção, me deu uma extrema simpatia a esses indivíduos. Porque, se tal acontece, realmente eles são vítimas de um sentimento indizível através de palavras, cujo consolo encontram no álcool e que depois torna-se o seu algoz.

            É tão bom sentir todo esse amor que sinto pela Natureza. Mas é tão melhor ter alguém que eu possa canalizar todo ele e me sentir maravilhoso!

            Esse alguém, amor, eu já encontrei e já o tenho (ou tive?) e meu desejo é permanecer com ele para sempre, pois já ultrapassou os limites biológicos, materiais (pelo menos para mim é assim) e está existindo numa superestrutura espiritual onde o olhar, o sorrir, o tocar, consegue fazer vibrar todo o meu ser, e não o esforço físico de uma relação sexual.

            Deixa eu parar um pouquinho para sair. Logo mais volto a conversar.   

Publicado por Sióstio de Lapa
em 22/10/2020 às 00h19
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