Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
17/12/2015 00h59
TERAPIA FAMILIAR AMPLIADA (9)

            Entendo que a minha missão frente à vontade de Deus, seja a formação de uma família ampliada, capaz de superar as falhas egoísticas da família nuclear e preparar a sociedade para a Família Universal, para o Reino dos Céus. Na condição de instrumento de Deus eu devo procurar levar a harmonia em qualquer setor que eu me encontre, em qualquer região geográfica, em qualquer relacionamento individual ou coletivo. A descrição desse meu caminhar e a publicação num espaço como este, aberto ao público de forma incondicional, serve para eu expor os meus pensamentos, sentimentos, métodos e ações, com o objetivo de ser corrigido se algo errado eu estiver cometendo. Procuro não identificar as pessoas, pois entendo que isso seria uma invasão da privacidade do próximo, que talvez não tenha o mesmo interesse em caminhar por estradas parecidas com as minhas.

            Por esse motivo justifico frente ao público que por acaso acompanhe essa trajetória com o intuito tanto de aprender como de ensinar, o porquê de colocações tão genéricas em torno de dificuldades que geram conflitos e patologias. A minha ação harmonizadora deve ter o efeito salutar da mudança de pensamentos e de ações naquilo que é feito de forma negativa.

            Eu posso receber a crítica de que nada disso poderia ser colocado aqui, as minhas ações neste campo deveriam ser feitas com a maior discrição, igual a orientação do Cristo quanto a caridade, não deixar que a mão direita veja a caridade que a esquerda possa fazer. E minhas ações se assemelham à Caridade, então, porque tenho que divulga-las num espaço público como este?

            Fiz uma reflexão a esse respeito e verifiquei que: 1) não desejo a promoção pessoal com isso, é tanto que uso um pseudônimo para ocultar meu verdadeiro nome e não coloco o nome de nenhuma das pessoas que interagem comigo; 2) o que é colocado é o problema que existe em tal setor, por alguma pessoa, e os procedimentos que são usados para se alcançar a correção. Esta é a maior finalidade, mostrar como surgiu tal problema e o que fazer para resolvê-lo. Foi assim que aprendi medicina nos livros acadêmicos, a situação patológica de terminado paciente não identificado, como surgiu o problema e como se fez para resolvê-lo. É isso que procuro aplicar no campo espiritual, também sem identificar os “pacientes”, mas mostrando o “terreno psicológico” que gerou o conflito e quais as possibilidades terapêuticas que eu posso usar, a partir do Evangelho, que considero as lições do maior terapeuta que eu tenho conhecimento; e 3) eu sinto que seria egoísmo de minha parte fazer uso de tal procedimento que o Mestre sempre orientou que fosse divulgado o mais amplamente possível e tivesse o benefício apenas daquelas pessoas que estivessem mais próximas do meu círculo de relações, e deixasse de ser instrutivo para o coletivo.

            Outro ponto que tenho de ressaltar, é que não me considero o professor ou terapeuta pronto e sem defeitos. Pelo contrário, eu também sou cheio de vícios e defeitos e tenho a consciência da necessidade de corrigi-los, e talvez todo esse meu arrazoado na defesa dos meus procedimentos, não passe de um reflexo do orgulho e vaidade que também estão dentro de mim.

            Porém a minha consciência, onde está situada a lei de Deus, orienta que eu tenha cuidado para não ferir quem já está machucado, que reveja com mais rigor a discrição dos atos de caridade, e que meu trabalho de instrutor da coletividade não ultrapasse a ética e não fira a sensibilidade de quem eu desejo ajudar.

            Enfim, o Pai considera que eu estou bastante avançado nesse projeto de família ampliada, pelo menos no que é considerado dentro dos meus paradigmas, e quanto mais isso se expande, mais problemas surgem, mais trabalho é necessário, mais cuidado é indispensável.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/12/2015 às 00h59
 
16/12/2015 00h59
A VERDADE NOS LIBERTARÁ (?)

            No programa “Truques para o dia a dia”, transmitido pela Netflix (TED – Ideas Worth spreading), Margaret Heffernan revela que conflitos não devem ser evitados e que a melhor saída é transformar discordâncias em debates produtivos. Achei interessante sua abordagem do problema, principalmente quando ela cita, sem querer, acredito, um trecho evangélico sobre a importância da Verdade na Liberdade e que pode ser incorporada à minha forma de pensar e agir... ou não agir. Então resolvi colocar a sua fala na íntegra, neste texto de hoje.

            Em Oxford, na década de 50, havia uma médica fantástica, muito notável, chamada Alice Stewart. E Alice era notável em parte porque, claro, era mulher, o que era muito raro nos anos 50. E era brilhante, na época era uma das colegas mais jovens a ser escolhida para a Faculdade Real dos Médicos. Ela também era notável porque continuou a trabalhar depois de ter se casado, depois de ter filhos, e até mesmo depois de ter se divorciado e ser mãe solteira. E era notável porque se interessava muito por uma ciência nova, o campo emergente da epidemiologia, o estudo de padrões na doença. Mas como todo cientista, ela reconhecia que para deixar sua marca, o que precisava fazer era encontrar um problema difícil e resolvê-lo. O problema difícil que Alice escolheu foi a incidência crescente de câncer infantil. Muitas doenças tem relação com a pobreza, mas no caso do câncer infantil, as crianças que estavam morrendo pareciam proceder principalmente de famílias ricas. Então o que ela queria saber, como poderia explicar essa anomalia. Por fim ela conseguiu apenas 1.000 libras do prêmio Memorial e isso significava que ela sabia que tinha apenas uma tentativa, mas ela não tinha ideia do que procurar. Isto era, na verdade, como procurar agulha num palheiro, então ela perguntava tudo o que podia imaginar. Tinham consumido bebidas com corantes? Comiam peixes com batatas fritas? Elas tinham saneamento básico? Em que época tinham começado a ir a escola?

E quando seus questionários com cópia em carbono começaram a voltar, uma coisa e uma só coisa saltava a vista com uma clareza estatística que muitos cientistas podem apenas sonhar. Numa relação de dois para um, as crianças que morreram, tiveram mães submetidas a raios-x enquanto grávidas. Mas essa descoberta afetou a sabedoria convencional daquela época, de que tudo era seguro até certo ponto, um limite. Isso afetou a sabedoria convencional, que tinha grande entusiasmo pela nova e perfeita tecnologia daquela época, que era o aparelho de raios-x. E afetou a ideia que os médicos tinham de si mesmos, que era a de pessoas que ajudavam pacientes e não os causavam nenhum mal.

Contudo, Alice Steward correu para publicar suas descobertas preliminares no The Lancet em 1956. As pessoas ficaram muito entusiasmadas, havia rumores sobre o Prêmio Nobel e Alice estava mesmo com muita pressa de tentar estudar todos os casos de câncer infantil que ela podia encontrar antes que eles desaparecessem. Na verdade, ela não precisava ter corrido, 25 anos inteiros se passaram até que as autoridades britânicas, e americanas, abandonassem a prática de submeter mulheres grávidas ao raios-x. Os dados estavam lá, estavam abertos, foram disponibilizados livremente, mas ninguém queria saber. Uma criança por semana estava morrendo, mas nada mudava. A abertura por si só não leva à mudança. Assim, por 25 anos Alice Stewart teve uma luta muito grande em suas mãos. E como ela sabia que estava certa? Bem, ela tinha um modelo fantástico para reflexão.

Ela trabalhava com um estatístico chamado George Kneale, e George era tudo que Alice não era. Alice era muito sociável, e George era um solitário. Alice era muito calorosa, muito empática com seus pacientes, George preferia sinceramente números em vez de pessoas. Mas ele disse uma coisa fantástica sobre sua relação profissional. Ele disse, “Meu trabalho é provar que Dra. Stewart está errada.” Ele procurava essa negação de forma efetiva. Formas diferentes de olhar para os modelos dela, sua estatística, forma diferente de desmembrar os dados a fim de provar o seu erro. Provar que ela estava errada. Ele via seu trabalho como a criação de conflitos em torno das teorias dela. Porque era só não sendo capaz de provar que ela estava errada é que George podia dar a Alice a confiança que ela precisava. É um fantástico modelo de colaboração, parceiros pensantes que não são câmaras de eco. Imagino quantos de nós temos, ou ousamos ter, tais colaboradores.

Alice e George eram muito bons nos conflitos. Eles a viam como uma reflexão. Então o que esse tipo de conflito construtivo precisa? Bem, em primeiro lugar, ele precisa que encontremos pessoas que são muito diferente de nós mesmos. Isso significa que temos que resistir à força neurobiológica, que significa que temos preferência principalmente por pessoas iguais a nós mesmos, e isso significa que temos que procurar pessoas com conhecimentos diferentes, disciplinas diferentes, e encontrar maneiras de unir-se a elas. Isso exige muita paciência e muita energia. E quanto mais eu penso nisso, mais eu acho, realmente, que isso é um tipo de amor. Porque você não vai simplesmente disponibilizar esse tipo de energia e tempo se você realmente não se importa. E isso também significa que temos que estar preparados para mudar de ideia. A filha de Alice me contou que toda vez que Alice ficava frente a frente com um colega cientista, ele a fazia pensar e pensar e pensar outra vez. “Minha mãe”, ela disse, “Minha mãe não gostava de uma briga, mas era muito boa nisso”.

Então, uma coisa é fazer isso numa relação um-a-um. Mas me ocorre que os maiores problemas que enfrentamos, muitos dos maiores desastres que enfrentamos, muitos deles capazes de afetar centenas de vidas, não surgem principalmente de indivíduos, eles surgem de organizações, muitas delas capazes de afetar centenas, milhares, até mesmo milhões de vidas. Então, como as organizações pensam? Bem, na maior parte das vezes, não o fazem. E isso não é porque não querem, é porque não podem mesmo. E não podem porque as pessoas dentro delas tem medo demais de conflitos. Em pesquisas com executivos europeus e americanos, 85% deles admitiam que tinham questões ou preocupações no trabalho, que tinham medo de levantar. Medo do conflito que aquilo poderia provocar, medo de enveredar por discussões com as quais não sabia como administrar, e sentiam que estavam certos de perder.

Oitenta e cinco por cento é um número grande mesmo. Significa que as organizações principalmente não podem fazer o que George e Alice fizeram de modo triunfante. Elas não podem pensar juntas. E isso significa que as pessoas como muitos de nós, que dirigem organizações e saíram do caminho para tentar achar as melhores pessoas que podem, falham principalmente em conseguiu o seu melhor.

Então, como desenvolvemos as habilidades que precisamos? Porque também é preciso habilidade e prática. Se não iremos ter medo do conflito, temos que vê-lo como uma reflexão, e então temos que ser muito bons nisso.

Assim, recentemente eu trabalhei com um executivo chamado Joe, e Joe trabalhava para uma empresa de equipamentos médicos. Joe estava muito preocupado com o aparelho com o qual estava trabalhando. Ele achava que esse aparelho era complicado demais e achava que sua complexidade criava margens de erro que podia machucar as pessoas. Ele tinha medo de prejudicar os pacientes que tentava ajudar. Mas, quando ele olhou em torno de sua organização, ninguém mais parecia preocupado. Então, ele não quis falar nada. Afinal, talvez eles soubessem de algo que ele não sabia. Talvez ele parecesse tolo, mas ele continuou se preocupando com aquilo, de pensar que a única coisa que poderia fazer era demais, deixar o emprego que amava. No final, Joe e eu achamos uma maneira de ele levantar suas questões. E o que aconteceu depois é o que quase sempre acontece nessa situação. Acabou que todos tinham exatamente as mesmas questões e dúvidas. Então, Joe tinha aliados. Eles podiam pensar juntos. E sim, havia muito conflito e debate, e discussão, mas isso permitia com que todos em volta da mesa fossem criativos, resolvessem o problema e modificassem o aparelho. Joe era o que muitos podiam imaginar ser, um informante, exceto que, como quase todos os informantes, ele não era excêntrico de forma nenhuma, ele era apaixonadamente devotado à organização a que servia, mas ele tinha tanto medo do conflito que no final passou a ter mais medo do silêncio. E quando ousou falar descobriu que havia muito mais dentro de sim mesmo e muito mais para dar ao sistema do que ele jamais imaginara. E seus colegas não acham que ele é excêntrico. Eles acham que ele é um líder. Assim, como termos essas conversas mais facilmente e mais frequentemente? Bem, a Universidade de Delft exige que seus doutorandos tenham que apresentar cinco declarações que estejam preparados para contestar. Não importa sobre o que são as declarações, o que importa é que os candidatos estejam querendo e sejam capazes de afrontar a autoridade. Acho que é um sistema fantástico, mas, deixa-lo somente para os candidatos, são muito poucas pessoas e tarde demais na vida. Acho que precisamos ensinar essas habilidades para crianças e adultos em todos os momentos de suas vidas se quisermos ter organizações pensantes. O fato é que a maioria das grandes catástrofes que temos testemunhado, raramente vem de informação secreta ou oculta. Vem de informação que é disponibilizada livremente por aí afora, mas que evitamos encarar o conflito que isso causa. Mas quando ousamos quebrar esse silêncio, ou quando ousamos enxergar, e criamos conflito, possibilitamos a nós e às pessoas à nossa volta fazer nossas maiores reflexões. A informação aberta é ótima, redes abertas são essenciais.

Mas a verdade não nos libertará até que tenhamos desenvolvido as habilidades e o hábito e o talento e a coragem moral para usá-la. A abertura não é o fim. É o começo!

            Esta abordagem de tais assuntos traz uma importante reflexão sobre o nosso grau de conhecimentos e a utilidade que isso tem para a comunidade. Lembro do caso AUTOHEMOTERAPIA, uma técnica bastante conhecida, difundida e proibida no Brasil, apesar dos seus usuários serem bastante enfáticos nos seus benefícios. Mas os “cientistas” não querem observar a voz que emerge das comunidades, dos pacientes necessitados, que sabem ou não dos benefícios da técnica. Um assunto tão importante para a saúde pública parece não despertar nenhum interesse, principalmente na academia, que é financiada pelo dinheiro público e ao público devia ter o maior respeito com suas opiniões, dores e sofrimento, principalmente as agências responsáveis pelo seu bem-estar. No entanto, parece que todos preferem obedecer a falta de trabalhos escritos que apontem benefícios e ausência de riscos, e não ouvir a voz de milhares de pessoas, que se devida e estatisticamente organizados dariam as respostas que são procuradas.

            No campo espiritual o comprometimento pode ainda ser maior, pois enquadra todos aqueles que de alguma forma sabem da Verdade e não a defendem por qualquer tipo de medo, financeiro, administrativo ou moral. Para essas pessoas a Verdade não vai ter a importância que o Cristo ressaltou, de trazer liberdade. As pessoas que agem assim, mesmo de posse da Verdade, continuam escravos em seus labirintos de medo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/12/2015 às 00h59
 
14/12/2015 09h38
DISCIPLINA, DISCIPLINA, DISCIPLINA

            Foi essa a orientação que Emmanuel deu a Chico Xavier no começo de sua atuação como o principal mentor dele, num diálogo que foi realizado mais ou menos assim:

            - Está você realmente disposto a trabalhar na mediunidade com Jesus?, perguntou o orientador espiritual.

            - Sim, se os bons espíritos não me abandonarem, respondeu o médium.

            - Não será você desamparado, “disse-lhe Emmanuel”, mas para isso é preciso que você trabalhe, estude e se esforce no bem.

            - E o senhor acha que eu estou em condições de aceitar o compromisso?

            - Perfeitamente, desde que você procure respeitar os três pontos básicos para o serviço...

            Porque o protetor se calou, o médium perguntou:

            - Qual é o primeiro?

            A resposta veio firme:

            - Disciplina.

            - E o segundo?

            - Disciplina.

            - E o terceiro?

            - Disciplina.

            Como todos temos algum tipo de mediunidade mais destacada (acredito que a minha seja mais intuitiva, como estou sentindo agora a motivação de fazer esse texto sobre o que acabei de ler), eu posso me colocar na posição de Chico Xavier e absorver para mim a lição que Emmanuel deu para ele sobre a disciplina. Sem esquecer dos três primeiros itens que ele também orientou: trabalho, estudo e esforço no bem.

            Desses três itens o que faço com mais desenvoltura é o estudo. Também realizo trabalhos no campo material em grande extensão e procuro me esforçar na ação do bem. Mas eu percebo que já tenho uma boa base de conhecimentos e que posso aplica-los no esforço do bem com mais intensidade. No entanto isso não acontece, esse esforço no bem se depara com a preguiça e outros fatores ligados ao Behemot, e assim, pouca coisa é realizada nas ações do bem, quando comparo com o meu potencial.

            Para sair desse impasse é importante seguir com muita persistência a disciplina que Emmanuel orientou. Devo fazer um projeto daquilo que posso fazer, do que já estou capacitado, do que a minha intuição aponta como necessário dentro do caminho que escolhi percorrer.

            Um novo ano se aproxima, um tempo apropriado para implementar essa ideia. Fazer uma programação de tudo que posso fazer no campo espiritual, inspirado pelo meu Anjo da Guarda e demais mentores espirituais que sintonizam com o meu pensamento, e publicar neste espaço como forma de ser acompanhado e talvez orientado por meus leitores, os espíritos encarnados que também sintonizam no bem.

            Vamos ver o que me trará 2016!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/12/2015 às 09h38
 
14/12/2015 00h59
SEMELHANTE A MENINOS

            Li uma lição do Cristo, escrita por Mateus (11:16-19) que ainda não havia prestado muita atenção e até me pareceu uma coisa nova:

            A quem hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos sentados nas praças, que gritam aos seus companheiros: tocamos a flauta e não dançais, cantamos uma lamentação e não chorais. João veio; ele não comia nem bebia, e disseram: ele está possesso de um demônio. O Filho do Homem vem, come e bebe, e dizem: é um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos devassos. Mas a sabedoria foi justificada por seus filhos.”

            É um texto de difícil alcance para minha cognição. Como a sabedoria foi justificada através dos seus filhos? Podemos pensar que a atitude das crianças que tocavam flauta na praça do mercado para seus companheiros dançarem, mas que não dançavam, mostra uma atitude sujeita a uma condescendência, aceita para estabelecer regras de convivência.

            Do mesmo modo, muitos cristãos hoje em dia são justamente como essas crianças – aceitam e fingem obedecer regras de procedimento rígidas ou permissivas, mas, clandestinamente não cumprem. Mas esta não é a correta atitude cristã que devemos assumir. A correta atitude consiste em seguir o jeito de Jesus reagir e fazer coisas em todas as situações da vida. Prescrições morais apenas não são suficientes! Precisamos de sabedoria, inteligência, acompanhados de um amor prudente que deve guiar nossas atitudes cristãs.

            Então, a flauta toca, diz regras de relacionamentos, de casamento, de pais, de filhos, de compaixão, tolerância, perdão... mas ninguém dança, ninguém obedece, apesar de todos fingirem cumprir. Aceitam essas regras, quer sejam rígidas ou permissivas, e fazem o que seus desejos egoístas motivam.

            O correto modo de fazer as coisas, conforme o Cristo ensinou, é sim, sim; não, não. Se defendo um comportamento como correto, se minha flauta canta dessa forma, então devo dançar conforme essa música.

            Este é o motivo pelo qual defendo a transparência nas ações, é o motivo pelo qual chego a dizer verdades que ferem os ouvidos de quem pede uma resposta. Não vou dizer tudo que faço ou vou fazer a quem está próximo, se sinto que essa verdade vai trazer prejuízo, mas se a pessoa pergunta algo que pode ter uma resposta dolorosa é porque deve se sentir segura para suportar o peso da verdade.

            Vale a pena lembrar que toda a dificuldade que a Verdade traz é com respeito aos interesses do Behemot. Se pudéssemos dar um sonífero e deixá-lo dormir uma boa parte do dia, iríamos perceber que a verdade não nos traria sofrimento, pelo contrário, traria mais chances de reforçar dentro da gente os valores do Amor Incondicional.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/12/2015 às 00h59
 
13/12/2015 00h59
O PREÇO DE SER DIFERENTE

            Este é o título de um livro de Mônica de Castro, ditado pelo espírito Leonel. Tem a seguinte apresentação de Luiz Gasparetto:

            Quando a sociedade estabeleceu um modelo de normalidade, criou uma guerra antropológica com a natureza humana.

            A diversidade natural é real e em torno dela age a funcionalidade da ecologia, que trabalha em favor do progresso de todos.

            Cada um de nós é único, com um temperamento original relativo às necessidades essenciais do progresso pessoal e coletivo. Quem resolve seguir o modelo se ilude bloqueando a expressão de sua alma, criando insegurança, doença, desilusão e sofrimento.

            Os iludidos dão mais importância às aparências do que à verdade, que prioriza os valores eternos do espírito.

            Servos do mundo, sofrem o mundo.

            Em razão disso, quem assume sua verdade e age de acordo com os valores da Vida, mesmo enfrentando o preconceito e pagando O PREÇO DE SER DIFERENTE, passa credibilidade, obtém respeito e se realiza.

            Porém os escravos do preconceito estão se candidatando no futuro a experimentar as mesmas experiências que criticaram, a fim de aprender a conviver com as diferenças.

            FRATERNIDADE é o resultado da capacidade de apreciar as diferenças.

            Não cheguei a ler o livro ainda, não sei do que se trata, mas essa apresentação conseguiu também apresentar aquilo que eu estou fazendo na vida e que tento explicitar neste diário.  

            Tem dois aspectos que é preciso ressaltar dentro dessa observação: primeiro, que foi necessário a criação de um modelo de normalidade baseado em leis para colocar limites na besta (Behemot) que vive dentro de nós e que extrapola suas funções, de cuidar de nosso corpo, para prejudicar o corpo e interesse do próximo. Nosso espírito que evolui num caminho diferente, não pode deixar que isso aconteça.

Segundo, a Natureza em toda extensão, foi criada por Deus e nela podemos ver representada a Sua própria estrutura física em todos os detalhes. Portanto, tudo que existe tem um propósito divino, mesmo que não possamos compreender de imediato.  

            Com essa compreensão posso viver dentro do mundo material e ao mesmo tempo administrar minha evolução espiritual. Devo reconhecer o monstro que vive dentro de mim, que foi colocado pelo Criador para proteger o meu corpo, e também reconhecer a existência e a prioridade do espírito no seu caminho evolutivo.

            Reconhecer que a minha estadia na Terra tem o objetivo de aprender como aplicar o Amor nas relações que surgem na vida, principalmente as afetivas, as íntimas, pois é aí que reside o maior interesse do Behemot. Aprender a aplicar o Amor, significa aprender a domesticar o Behemot dentro de mim. Saber que ele está sempre atento ao que acontece ao redor, que reage com desejos aos prazeres da vida e com agressividade aquilo que ameaça. Temos que controlar qualquer uma dessas reações e que tendem a prejudicar quem está próximo.

            Agindo dessa forma eu termino extrapolando as regras de normalidade que foram impostas pela sociedade e geralmente com o objetivo de controlar as ações destrutivas e negativas do Behemot. Para as pessoas que ainda não adquiriram essa compreensão do Behemot e a força para controla-lo, essas leis e normas ainda são necessárias. Mas para aqueles que estão no processo avançado de controle do Behemot, isso não passa de preconceitos e assim nos tornamos “diferentes” da norma social.

            E este é um peso extra que devemos conduzir no caminho da nossa evolução, nós todos que já chegamos a esse estágio, de reconhecer nossos monstros, de poder domesticá-los e de saber da importância que é seguir o caminho que o Pai nos orientou e que nós aceitamos.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/12/2015 às 00h59
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