Deus está constantemente ao nosso lado, mesmo que não creiamos que Ele existe. Mas, como um Pai amoroso que sabe que nem todos seus filhos desenvolveram compreensão suficiente para entende-Lo, como o Criador de tudo e de todos, Ele não despreza ninguém. A todo momento coloca ao nosso dispor caminhos importantes para o nosso crescimento, evolução espiritual e aproximação cada vez mais da Sua divindade. Resta a nós fazermos as escolhas certas no meio de tantas opções, muitas delas que nos atraem pelo prazer, facilidades, ociosidades... Os caminhos do Senhor são estreitos, exige esforço, mas nos traz ao fim alívio e vitória, pois estaremos mais perto do dEle.
Mateus registrou em seu Evangelho (7:13-14) que Jesus ensinou: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram.” Isso quer dizer que o caminho do Senhor não é um caminho fácil, requer renúncia, abandono das coisas terrenas e crer nas coisas espirituais as quais olhos não podem ver, como disse Paulo em II Coríntios (4:18): “Não atentando nós nas coisas que se veem, mas sim nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, enquanto as que se não veem são eternas.” Devemos deixar para trás a bagagem egoísta de nossa origem animal, que se transfigura como mentira, ódio, rancor, sensualidade, vícios, bebedeiras e demais costumes mundanos. Nosso Ego não cabe dentro de nós, ou pelo menos deve ficar harmonizado com os interesses do Espírito. Como esse caminho é estreito, sempre é mais fácil sair dele do que permanecer nele. Qualquer desvio do nosso pé seja para a direita ou esquerda pode nos proporcionar uma queda, a qual pode ser plenamente amparada pelas mãos do Senhor quando acompanhada de arrependimento. Devemos lembrar que caminhamos em meio a um mundo de trevas, por isso a Luz de Deus deve sempre brilhar em nossos corações para nos iluminar pelo caminho.
A qualquer momento, em qualquer lugar, devemos sintonizar com a essência do Pai que nunca deixa de estar ao nosso redor e mesmo dentro de nós, para que saibamos reconhecer a Sua mão nos oferecendo opções de caminhos e pessoas que Ele coloca ao nosso lado para que o nosso caminhar em Sua direção seja feito com ajuda mútua, auxiliando e sendo auxiliado nos diversos obstáculos e tentações que tentam nos desviar do caminho estreito e reto.
Dentro do atual contexto político e social no qual o Brasil está mergulhado, onde a Verdade é encoberta pela mentira e os hipócritas constroem narrativas constantes para distorcer os fatos, existem opiniões que surgem do seio da sociedade não contaminada pelos atos criminosos, mas que desenvolvem opiniões totalmente opostas, com os mais diversos motivos. É assim que irei colocar a opinião de um juiz que se posiciona sobre a condenação do ex-presidente Lula.
... “Não vi até agora uma prova da propriedade do triplex e do sítio de Atibaia. Portanto, não havendo prova de que ele recebeu isso como paga, por ato de ofício praticado por ele, não há corrupção passiva. Propriedade se prova com registro do imóvel. E como disse, a corrupção exige ato de ofício do agente em troca do favor: não há, e nem haveria como haver, porque para existir corrupção passiva é preciso que o agente seja servidor público ou esteja em exercício de função pública, e Lula não era mais presidente. Quanto a lavagem de dinheiro, se a aquisição do apartamento não foi provada, como se falar em lavagem. E mais, lavagem pressupõe ocultação de dinheiro sujo, daí o termo lavagem. Não se pode confundir o produto do crime com a lavagem em si. Se não houve ato para tornar limpo o dinheiro sujo, como pode ter havido lavagem? Por isso, esse crime em tese nem federal seria, se fosse crime.
Em suma, Lula está sendo julgado por juízo incompetente, com provas insuficientes, e por condutas atípicas. E isso que falei aqui é técnica jurídica. Não é opinião política. Fosse eu o juiz do caso, mesmo eu acreditando que ele era o destinatário do apartamento e do sítio (COMO EU ATÉ ACREDITO), eu não o condenaria em face da insuficiência de provas, aliada a atipicidade de todas as condutas a ele imputadas. Registre-se que insuficiência de provas é diferente de falta de provas, esta é a ausência total de provas, e aquela significa que as provas colhidas não são suficientes para a condenação. Já aconteceu comigo situação semelhante, eu tinha certeza da autoria do crime, mas absolvi o réu porque não havia provas em suficiência. Na dúvida, “pro reó”.
Numa democracia, Lula não pode ser condenado porque ele é o Lula. É que ninguém pode ser julgado por ser quem é. No regime de liberdades públicas, julgam-se fatos, não pessoas.
Sou professor de Penal e constitucionalista por formação, não posso ensinar aos meus alunos uma coisa e dizer outra em rede social, só para agradar a turba de leigos, com vingança nos olhos, que se comporta igual aqueles que fizeram Pilatos condenar Cristo à morte.
Aos loucos, um aviso: não comparei Lula a Cristo; comparei a histeria coletiva daqueles que pediram a condenação de Cristo, com estes, cheios de verdades irracionais, que pedem a condenação do Lula. E vieram aqui com seus achismos e sua moral muito particular, a pretexto de me dar lição de moral no meu outro post: tolos! Sou um estudioso do Direito, meu compromisso é com a ciência!”
Tem vários pontos que eu discordo da posição do douto juiz, principalmente quando ele acredita na culpa de um réu, mas sua ciência não tem como ele condenar e o deixa ir livre para cometer novos crimes.
Mas o que me chamou mais a atenção na reflexão que fiz sobre esse texto, foi que ele comparou a turba que condenou Cristo, provavelmente influenciada pelos sacerdotes que queriam esse objetivo, com a “turba” brasileira que foi às ruas pedindo que a justiça fosse feita sobre a quadrilha que assumiu o poder no Brasil e provocou tamanho caos que nas finanças e administração pública.
Podemos associar o ladrão a um homem caridoso? Parece que são polos opostos. Como é que uma pessoa que rouba o suor do trabalho de outra pessoa, pode ser uma pessoa boa, caridosa? Vejamos um exemplo.
Um homem entra em uma casa e passa a roubar tudo que vê: prataria, joias, relógio, e uma bandeja de ovos. Ao sair da casa, carregado, ver um homem faminto, pedindo esmolas. Pega a bandeja de ovos e doa, continua o seu caminho. Outra pessoa, que viu tudo, adverte ao mendigo que ele recebeu o produto de um roupo, que aquela pessoa caridosa era um ladrão, acabara de depenar uma residência. O mendigo, ainda com o gosto do ovo na boca, que come um a cada dia, não quer saber dessa história, considera aquela pessoa caridosa e faz os maiores elogios.
Mas nem todos agem assim. Uma pequena parte dos beneficiados percebem que foram agraciados com produtos de um crime e concordam que a justiça deve ser feita, que o criminoso deve pagar pelos roubos que fez.
Também tem outra parcela da população, que não mendiga pela sobrevivência, que foram beneficiadas por uma boa parcela do roubo, e as vezes até participa do saque, que defende com a máxima energia o criminoso, tenta incutir na população que vive sendo saqueada que aquela é uma pessoa honesta e bondosa. Tenta ocultar ao máximo o roubo cometido e destaca a caridade que esse criminoso fez com os mendigos.
Dessa forma podemos ver na sociedade brasileira esse jogo de incompatibilidades, de incoerências, de um tamanho ladrão ser defendido como tamanho caridoso. As falsas narrativas são construídas constantemente para mostrar que a mentira pode se sobrepor à verdade. A nação, vítima do furto sistemático do produto do seu suor, através da alta carga de impostos, quase não tem nenhuma solução, pois os candidatos que se apresentam para a gestão do país, são quase todos envolvidos na dimensão continental desse furto. Até dentro das altas cortes da justiça, são observadas atitudes claramente incoerentes com a ética e a moral.
Enquanto isso as ruas ficam tomadas por pessoas beneficiadas de forma antiética tentado causar fatos que mostrem que eles estão com a razão. Felizmente, o povo a cada dia tem os seus olhos abertos, e as falsa narrativas vão caindo no vazio ou no ridículo.
A figura do vampiro dentro da literatura é muito estranha e atemorizante, no entanto tem um lado sedutor, cativante, hipnotizante. Possui a imortalidade se alimentando do sangue dos mortais ao longo dos séculos, alguns matando dessa forma, que pode ser rápida ou lenta, e outros, contaminando o sangue da vítima com o seu e a tornando vampiro também.
Dessa forma, o vampiro passa a ser uma desgraça para a humanidade, pois cada pessoa é simplesmente a sua refeição, a não ser que caia em sua graça e seja transformada em vampiro também.
Ao observar a situação política do Brasil atual, não deixo de fazer a comparação do corrupto com o vampiro. O corrupto também suga o sangue da nação através do desvio do suor na forma de impostos, com suas obras superfaturadas, propinas, compra de apoios políticos, etc. Ao invés cravar os caninos na jugular de cada cidadão, o corrupto é mais eficiente, com uma só canetada ele desvia o sangue dos cidadãos em turbilhões que geralmente armazena em bancos estrangeiros.
As empresas prestadoras de serviço correspondem aos caninos do corrupto. São através delas, com seus serviços superfaturados, que penetram nas veias abertas da nação.
Como o corrupto não funciona tão bem sozinho, como o vampiro, ele procura logo inocular o seu veneno em quem está próximo e hipnotizar a quem está distante com benefícios aparentes. Dessa forma, enquanto a população entra em processo degenerativo, com violência nas ruas pelo afrouxamento e desvio dos objetivos legais, morte nos hospitais por falta dos recursos públicos, falta de educação coerente e ética pela partidarização do ensino. Por outro lado, o veneno da corrupção já tem feito uma espécie de lavagem ética no cérebro dos atingidos, que vão à rua com bandeiras vermelhas e com violência em defesa dos seus ícones, tanto corrompidos como corruptores.
A Justiça que permanece sem contaminação da virulência dos corruptos é a última barreira ao avanço da peste corruptora, que engessa o país e mantem os seus cidadãos como meros fantoches produtivos, como aconteceu em Cuba e recentemente na Venezuela. Caso a barreira da Justiça seja vencida, ainda temos uma última defesa, representada pelos militares, educados desde à base para respeitar o país e o defender tantos dos inimigos externos quanto dos internos. Corresponde aos glóbulos brancos do nosso sangue, células de defesa.
Este é o quadro que observamos hoje no Brasil. O vampiro-mor foi preso, os vampiros contaminados sentem que irão ficar sem a facilidade de sugar o nosso sangue como acontecia, fazem rebuliço nas ruas, bloqueiam estradas, queimam pneus, espancam os adversários, picham suas casas, destroem seus patrimônios e constroem narrativas falsas para manter o grau de hipnose na sociedade.
Enquanto isso a população esclarecida, que não está contaminada, reza para que o sol da Justiça clareie com toda intensidade a nação e transforme em pó toda essa saga vampiresca que ainda insiste em nos ameaçar.
Vade retro satana!
Vou colocar agora o exemplo pessoal para mostrar como o cristão, preparado com os atributos do Bem, sabendo que deve aplicar a Lei do Amor Incondicional em quaisquer circunstâncias, sempre usando a bússola comportamental do Cristo quando se sentir em dúvida (amar ao próximo como a si mesmo), como forma de fazer a vontade do Pai e se aproximar dEle.
Casei dentro dos princípios culturais do ocidente, para formar a família nuclear e ficar dentro dela, aplicando o amor exclusivo, uma fidelidade mútua quanto aos relacionamentos íntimos. Os meus estudos espirituais não encontravam obstáculos, até que um dia tudo começou a ter outra dimensão.
Na época eu era plantonista dentro de um hospital psiquiátrico, ainda como estudante de medicina, casado, com 3 filhos, dois homens e uma mulher. Tinha uma vida harmônica com minha esposa e filhos, e demais parentes. Não tinha nenhuma intensão de quebrar o compromisso original do casamento, mesmo que sentisse algum desejo pelas mulheres que se relacionavam comigo. Eu não tomaria a iniciativa para tentar viabilizar a concretização desses desejos eróticos.
Tudo passou a mudar quando eu conheci uma auxiliar de enfermagem que trabalhava comigo durante os plantões noturnos no hospital psiquiátricos. Tínhamos oportunidade de ficar sozinhos na sala de atendimento e nesses momentos ela passou a insinuar que deveríamos sair juntos qualquer dia para namorarmos. Apesar dela ser uma mulher sensual, também casada como eu, nas minhas considerações não avaliava que isso seria correto, eu estaria quebrando o compromisso original do meu casamento, estaria sendo infiel, traindo a minha esposa e ela o seu marido. Com esse nível de consciência, eu refutava os convites que ela me fazia, apesar do desejo ficar mais aguçado do que antes. Ela argumentava que ninguém iria saber, que nós iríamos usufruir de um desejo que ambos sentíamos, que isso não iria trazer prejuízos para ninguém, pelo contrário, iria nos dar o prazer que já sentíamos previamente em nossos corpos. Ninguém iria saber que tínhamos saído em algum momento para trocar afetos e fluidos.
Essa foi a semente da dúvida que ela jogou em minha consciência e que eu, evocava a Lei do Amor e a bússola do Cristo para referendar a negação que eu dava ao convite de namorar: era uma ação afetiva que iria nos dar prazer, a mim e a minha colega de trabalho – portanto atende a Lei do Amor; era uma ação que eu iria fazer ao próximo o que gostaria que fizessem comigo – portanto atende à bússola do Cristo; porém seria uma traição, tanto para a minha esposa quanto para o seu marido que não esperavam que nós fizéssemos isso. Dessa forma, se eu tirasse o foco da minha colega de trabalho e colocasse sobre a minha esposa, iria perceber que eu estaria dando a ela o que eu não queria receber, isto é, eu estaria saindo para namorar com outra pessoa enquanto não queria que ela fizesse o mesmo.
Dentro desse contexto, fiquei encucado... como pode a Lei do Amor poder ser aplicado num caso e não em outro? Então, eu não posso Amar livremente, quando esse Amor for coerente com as duas pessoas que se propõem a aprofundá-lo até a intimidade sexual? Parecia existir uma incoerência em algum ponto das minhas elucubrações... e eu teria que encontrar e desamarrar esse nó, sob pena de não poder cumprir a principal Lei que o Pai espera que nós façamos, de acordo com o que ensinou o mestre Jesus.