Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
17/06/2014 00h01
FUTEBOL NA PÁTRIA DA FÉ

            A copa do mundo de Futebol realizada em 2014 no Brasil tem um significado espiritual de grande profundidade. Afinal é o País mais católico do mundo, e o que tem o maior número de títulos mundiais conquistados na própria FIFA, que mostra ao planeta a nossa vocação para a fé e futebol. Verificamos isso pelo significado do nome de cada cidade-sede desse campeonato: 1º) Natal, significa a data do nascimento do líder dos cristãos, Jesus Cristo, o que dispensa maior comentário e nos coloca na origem do cristianismo dentro dessa consideração barrista; 2º) Belo Horizonte, referência à vista das montanhas Alterosas que são marcas registradas da cidade e entendemos que nas montanhas foram feitas os mais significativos atos de fé, como o Decálogo no Monte Sinai por Moisés, um novo mundo por Noé no Monte Ararat, e por Jesus, o Sermão da Montanha como lições para o Reino de Deus, o Monte das Oliveiras (o último e o primeiro lugar na volta do Cristo), Monte Tabor (transfiguração do espírito para a matéria), e tudo isso significa contemplar do alto, acima das imperfeições humanas; 3º) Cuiabá, na linguística da etnia Bororos significa ikuia = Flecha, e pá = lugar, ou seja lugar onde se pesca com flecha e arpão, nos trechos do Rio Cuiabá, como Tarigára (Água do espírito que grita) e Ikuiebo (Água das estrelas); 4º) Fortaleza, é outro título para o Espírito Santo para mostrar que Ele nos fortalece e nos dá a vitória; 5º) Recife, local de grande biodiversidade marinha tanto animal quanto vegetal e que serve de abrigo, alimentação e reprodução para todos, tudo dentro da harmonia evolutiva, como uma amostra do Reino de Deus para os homens, ensinado por Jesus; 6º) Salvador, ou Soterópolis (do grego, cidade do Salvador), como epíteto de Jesus Cristo, implica que esta é a Sua cidade; 7º) Porto Alegre, uma grata homenagem aos homens e mulheres que deixam seus pais e formam novas famílias em outros lugares conforme previsto na Bíblia. Os casais açorianos que vieram povoar o Brasil através do Porto de Dorneles que passou a se chamar por esse motivo de Porto dos Casais, como viviam brincando e fazendo festas, motivou o nome de Porto Alegre; 8º) Curitiba, que na língua guarani significa “muito pinhão”, teve origem na Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais e para ressaltar a preocupação com o meio ambiente se tornando a Capital Ecológica do país, deixou a Nossa Senhora fora do nome, apenas iluminando a cidade; 9º) Manaus, cuja origem provém dos habitantes da região dos rios Negro e Solimões, da tribo dos manaós, que significa para alguns “mãe dos deuses”; 10º) Rio de Janeiro, fundado com o nome de São Sebastião do Rio de Janeiro e sobre o equívoco da baía ser a foz de um rio, tem ainda os termos carioca e fluminense ligado às águas dos rios. Mas o que chama atenção é a imagem do Cristo Redentor como o símbolo da cidade, e o resto que sirva de reflexão para os erros que podemos cometer e a oportunidade de nos livrar deles pelo batismo das águas; 11º) São Paulo, o nome do apóstolo que difundiu o cristianismo pelo mundo, sem nunca ter conhecido Jesus, sugere para todos a possibilidade de caminhar pela fé a trilha do Amor que podemos receber da inspiração divina; e 12º) Brasília, a capital do país e que se liga a um misterioso sonho de Dom Bosco que vê um jovem de beleza sobre-humana dizendo ser seu amigo e dos Salesianos e que vinha em nome de Deus  para a criação da cidade que já havia sido sugerido em 1823 por José Bonifácio, e hoje declarada pela Unesco: Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

            Portanto, de cada uma das cidades-sede da copa do mundo podemos extrair aspectos da profunda espiritualidade que possui o nosso povo. Da mesma forma que em cada rincão do país podemos ver o surgimento de craques do futebol, aqui mesmo em Natal, tivemos na copa de 1974 o melhor lateral esquerdo do mundo, o Marinho Chagas, também conhecido como a Bruxa, recentemente falecido.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/06/2014 às 00h01
 
16/06/2014 00h01
RACIOCÍNIO LENTO

            Estou agora dentro do ônibus, voltando de Caicó para Natal. Hoje é dia 14-06-14, sábado. Enquanto eu digito este texto no balanço do ônibus, já com três horas de viagem, bem próximo a Natal, o tempo fica nublado de nuvens carregadas que deixam cair os seus pingos tão preciosos ao homem do campo. As plantas verdes fazem um tapete irregular que se espalham por montes e campinas, paradas solenemente sem o efeito do vento como se a receber uma bênção sagrada. Não vejo pássaros ou quaisquer outras espécies animais a compor esse quadro, de firmamento nimbado de nuvens grávidas e de terra coberta de plantas solenes. Somente aqui, acolá o colorido de uma árvore coberta de flores chama a atenção.

            Volto o meu pensamento para o fluxo da minha vida que segue paralelo ao fluxo da Natureza que representa o corpo de Deus. Tanto lá fora como cá dentro do ônibus eu estou no seio de Deus, e como um ser consciente e com um livre arbítrio dirigido pela consciência de que devo trazer harmonia ao meu redor, passo a observar o próximo que viaja comigo ao qual eu devo amar como se fosse a mim mesmo.

            Presto atenção a um casal que subiu no meio do caminho com uma criança de colo. As únicas cadeiras vazias estavam à minha frente ambas do lado do corredor. Isso implicava que eles iriam ficar separados, como aconteceu, o rapaz com o filho à esquerda e a moça na cadeira à direita.

            Fico a imaginar que eu poderia ter sugerido ao rapaz sentado ao meu lado para trocarmos de lugar com eles, nós iríamos para as cadeiras do corredor e o casal ficaria junto com o seu filhinho em nossas cadeiras. Acredito que o rapaz concordaria, para ele não faria diferença, continuaria no corredor. Eu perderia a cadeira da janela, mas o prazer de ver o casal feliz seria superior ao meu prazer de ver a paisagem pela janela. O rapaz que estava sentado comigo é quem faria o convite da troca e essa era mais um aspecto da boa caridade, permanecer anônimo.

            Então, por que eu não fiz tudo isso? Por que a ideia não me veio logo à cabeça? Somente veio agora quando tanto tempo já passou e perde o sentido de fazer o convite tão perto de Natal?

            Só encontro uma resposta a essas indagações: raciocínio lento! Eu posso pensar e divagar sobre as coisas da Natureza, da minha relação com o Pai, da vontade que tenho de fazer a Sua vontade, e no entanto, deixo passar oportunidades de fazer o meu ambiente mais harmônico como o Pai deseja, porque a ideias não chegam em tempo hábil. Como corrigir isso? Acredito que essa falha não seja motivo de pedir ao Pai. Acredito que faz parte da minha evolução ficar atento aos diversos aspectos da Natureza e exercitar a minha mente na sintonia do meu papel como harmonizador de pessoas e situações. Mas posso pedir Sabedoria, como Salomão fez, para que eu possa encontrar a forma mais inteligente e rápida disso acontecer.

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em 16/06/2014 às 00h01
 
15/06/2014 00h01
ESCADA PARA DEUS

            Quando queremos nos elevar para certo ponto, com algum objetivo na mente, precisamos de um instrumento para isso, uma escada. Portanto, quando eu quero me elevar para Deus, apesar do meu peso material que tende a me prender na crosta da Terra, vou precisar também de uma escada. Como esse objetivo é de natureza espiritual, a escada que devo encontrar, mesmo tendo aspecto material, deve ter um funcionamento espiritual. De todas as opções que tenho ao meu alcance que sirva como escada para esse objetivo de me elevar a Deus, o que mais se ajusta a esse propósito são os Evangelhos do Cristo.

            Ontem coloquei neste diário a aquisição de um livro que deverá funcionar como um Curso Superior do Evangelho, em sua Essência, Natureza e Profundidade. Interessante que hoje eu percebi que até própria data de ontem, 14-06-14, tem para mim um significado que deve estar associado a este momento com meus objetivos que foram determinados por Deus. Eu tenho na mente que o 3 é o número que representa a minha essência, e desde o tempo que eu vivia com E. e com S., cujo 7 era o número que representava a essência delas, passei a considerar o 7 como o número de minha companheiras. Então a data de ontem implica no (2x7)-(2x3)-(2x7) e parece encaixar esse atual momento quando procuro conviver em harmonia com duas companheiras mais próximas, com a minha essência dentro das lições evangélicas. Voltei lá na capa do blog e observei que até a hora saiu do padrão que sempre procuro colocar os textos, no primeiro minuto do dia, e saiu no nono minuto. Justamente o número 9 que representa 3x3, que parece dizer que na dinâmica do que vai ser realizado é a minha essência que deve estar integralmente no comando das ações, pois essa é uma tarefa determinada por Deus para eu cumpri-la, com as pessoas que Ele coloca ao meu alcance, quer sejam companheiras ou não.

            Assim, tudo parece levar à confirmação de que o Evangelho é a minha escada em direção ao aconchegante seio de Deus, e que está integralmente associada ao meu projeto de vida que foi determinado por Ele. O calgar dessa escada deve me levar, e também a todos que estiverem a ela associados pelo meu caminho ou a outros, à fraternidade cósmica de todos os finitos, viabilizando o Amor ao irmão, sem esperar qualquer retribuição ou recompensa, e do mesmo modo, o Amor inteiramente desinteressado à Natureza que representa o corpo físico de Deus.

            O símbolo perfeito dessa caminhada é a Cruz que eu devo carregar, a Cruz formada pelo tronco vertical da verdadeira Religião cujo templo é o meu corpo, da mística divina do Amor a Deus sobre todas as coisas; e pela barra horizontal da Ética humana do Amor ao próximo e a todos os irmãos menores na escala evolutiva.

            Dessa forma poderei me transformar numa poderosa antena de captação do infinito e de retransmissão desinteressada para todos os finitos. É assim que será o meu caminho e o de todos aqueles que a ele estiverem associados, em qualquer tempo e profundidade.

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em 15/06/2014 às 00h01
 
14/06/2014 00h09
CURSO SUPERIOR DO EVANGELHO

            Acredito que estou sempre monitorado pelas forças do Bem que identificam minhas intenções e colocam ao meu alcance os principais textos, livros e experiências para eu avançar nos estudos. Assim aconteceu com o livro “Maria de Nazaré” que serviu para me orientar na criação do Projeto de Extensão Universitária “Foco de Luz” e na reativação da Associação de Moradores e Amigos da comunidade da Praia do Meio. Depois foi o acesso ao livro “Francisco de Assis” que coloca os princípios do trabalho na comunidade, semeando o Evangelho nos corações endurecidos e ignorantes para ver quais os que se sensibilizam, se voltam para o Bem e evita a “rede selecionadora” que vai levar os espíritos recrudescentes no Mal para outro planeta.

            Nesta última quarta-feira, dia 11-06-14, na Livraria da Casa de Caridade Adolfo Bezerra de Menezes, o rapaz que trabalha como livreiro veio me indicar uma obra, coisa que ele nunca havia feito. A obra é um livro intitulado “Os Evangelhos em sua Natureza, Essência e Profundidade”, escrito por um professor universitário formado em Direito e estudioso dos assuntos espirituais. É uma obra extensa com 510 páginas, e logo entendi que estava sendo matriculado numa espécie de curso superior sobre as lições do Evangelho. Tem o objetivo principal de aprofundar tanto quanto possível a compreensão da imortal e universalista mensagem do Cristo, através de Jesus, hoje parcialmente contida nos Evangelhos canônicos, isto é, nos testemunhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, bem como no Evangelho apócrifo de Tomé.

            O estudo será feito em três tomos bem definidos: O Sermão da Montanha, as Parábolas, e o Cristo em Jesus.

            O Sermão da Montanha será estudado em 56 capítulos, serão estudadas as 37 parábolas, e na conclusão será abordado, com 104 capítulos, o Cristo em Jesus.

            Os escritos dos evangelistas levam em si a visão própria de homem e de mundo que cada um possuía, mas a intenção é a busca pela mensagem viva que palpita nos Evangelhos, que é uma só: a busca e a revelação do Cristo que estava em Jesus e está em cada um de nós. É o caminho, o monumental programa de autoconhecimento, autolibertação e autorrealização que o Cristo enviou à humanidade pela boca inspirada e pela vida de Jesus de Nazaré.

            É um roteiro universal, pois se destina a todos os homens, uma vez que, sem nenhuma exceção, somos igualmente filhos de Deus. Todos os seres humanos de boa vontade, cristãos ou não, para que cada um consiga desenvolver o autoconhecimento que lhe vem de dentro para fora, de seu Cristo interno, sem a necessidade de qualquer intermediário. É o verdadeiro conhecimento.       

            Mateus, Marcos e João eram galileus e redigiram seus Evangelhos em aramaico, a língua materna deles, que era o mesmo idioma que Jesus também falava. Esses três Evangelhos foram imediatamente traduzidos para o grego, a língua culta, prevalecente e universal daquela época, pouco depois suplantada pelo latim.

            Lucas, médico grego natural de Antioquia, colônia helênica situada na Síria, deu seu testemunho diretamente no grego.

            Dos quatro Evangelhos canônicos (Mateus, Marcos, Lucas e João), cuja autenticidade é aceita pelos cânones das igrejas cristãs, os três primeiros são considerados sinóticos devido a notável coincidência entre eles, tanto no conteúdo como na forma de expressão.

            Uwe Wagner diz em seu livro “Exegese do Novo Testamento” que originalmente os Evangelhos canônicos foram redigidos em escrita contínua, sem qualquer divisão, nem de versículos, nem de perícopes, nem de capítulos. O primeiro manuscrito a adotar a divisão em capítulos foi o Códice Vaticanus, no século IV. Nesse código, Mateus nos é apresentado com 170 capítulos, Marcos com 62, Lucas com 152, e João com 50.

            A divisão de todo o Novo Testamento em capítulos, atualmente aceita, é de Stephan Langton, feita em 1227, quando ele era Bispo de Cantuária, na Inglaterra.

            Mas a divisão completa em capítulos e versículos, exatamente como hoje a conhecemos, é de autoria do francês Robert Stefhanus, datada de 1551.

            A leitura desse livro na forma de curso deve consolidar uma base segura, sólida e estável que permitirá a introjeção da verdadeira natureza essência original da mensagem crística do nosso bem amado Jesus de Nazaré.

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em 14/06/2014 às 00h09
 
13/06/2014 00h01
CONTATO IMEDIATO DE 5º GRAU

            Em ufologia um encontro imediato ou contato imediato é um evento em que uma pessoa se relaciona com extraterrestres. Os especialistas classificam os contatos em graus da seguinte forma:

            Contato Imediato de Zero Grau (CI-0) – É a observação do extraterrestre a grande distância.

            Contato Imediato de Primeiro Grau (CI-1) – A observação é realizada a curta distância, o que permite captar alguns detalhes.

            Contato Imediato de Segundo Grau (CI-2) – O extraterrestre permanece em determinado local deixando indícios fortes de sua passagem, além de provocar perturbações em pessoas e animais.

            Contato Imediato de Terceiro Grau (CI-3) – É possível observar os extraterrestres com mais detalhes, dentro ou fora do seu grupo, sem que haja, no entanto, qualquer tipo de comunicação com eles.

            Contato Imediato de Quarto Grau (CI-4) – Ocorre quando, além da observação detalhada dos extraterrestres, há algum tipo de comunicação, com palavras, gestos ou telepatia.

            Contato Imediato de Quinto Grau (CI-5) – É o contato mais íntimo entre humanos e extraterrestres. O extraterrestre chega a entrar no veículo do humano, a convite ou não. Se entrar a força fica caracterizado um sequestro, chamado na ufologia de abdução.

            Quando eu estava na adolescência um dos meus sonhos era fazer algum tipo de contato imediato com um extraterrestre. Ia com meus amigos à noite para as Dunas de Genipabu, acampar e procurar o contato com algum extraterrestre. Fazíamos um plantão onde cada um ficava um horário a perscrutar o céu estrelado em busca de algum OVNI enquanto os outros dormiam. Repetimos isso várias noite, mas nunca tivemos sucesso, mesmo com todo esforço que nós fazíamos com a visão e com a mente tentando um contato telepático. Pensava até em procurar me voluntariar como candidato a astronauta.

            O tempo passou e levou consigo essa curiosidade e vontade de fazer contato com algum tipo de extraterrestre.

Comecei a perceber entre as pessoas que dividem comigo a vida em sociedade, alguns grupos que se distanciam tanto que formam subgrupos, submundos, como se pertencessem a outros planetas. Eles habitam um mundo que eu não comungo, vivem a parte da minha existência. São grupos que se dedicam a droga, a prostituição, a corrupção, ao crime de forma geral.

            Com o trabalho que iniciei na comunidade da Praia do Meio, aumentou minha vontade de fazer um trabalho fraterno com as prostitutas, organizar suas vidas, ajudar em suas necessidades e valorizar a sua dignidade. Mas como penetrar nesse mundo tão diferente do que eu vivo?

            Foi aí que eu imaginei, com o que aconteceu hoje e que vou relatar em seguida, de aplicar os conceitos de contatos com os extraterrestres com o grupo das prostitutas, entendendo que elas vivem num mundo diferente do meu.

            O CI-0 é fácil de atingir, elas estão sempre ao alcance da minha visão.

            O CI-1 também não tem dificuldade, consigo perceber os detalhes de suas indumentárias e o modo de agir.

            O CI-2 também é alcançado, eu observo o local onde elas procuram permanecer, deixando indícios fortes dos seus perfumes, do resto de drogas que deixam pelo chão.

            Também já fiz o CI-3, já observei essas prostitutas com mais detalhes, fora do seu grupo, sem qualquer tipo de comunicação entre elas. Mas eu sentia que a cada dia meu coração pedia para eu procurar fazer o CI-4, partir além da observação detalhada para algum tipo de comunicação com palavras ou gestos.

            Fiz o CI-4 certa noite quando voltava para casa com picolés que eu sempre compro. Estavam duas prostitutas no seu lugar costumeiro, sentadas no batente de uma porta, e eu juntei todas minhas migalhas de coragem e me aproximei. Logo uma delas se aproximou, ofereceu seus serviços, agradeci e ofereci uma caixinha de sorvete que eu levava. Foi um avanço que o meu coração identificou como positivo. Mas eu teria que fazer ainda mais, pois a ideia que tenho é de estimular para que elas participem da nossa Associação de Moradores e Amigos da Praia do Meio e dessa forma ter condições de ajudar de forma coletiva.

            Foi então nesta última terça-feira, dia 10-06-14, que ao retornar para casa por volta das 22h, vindo do estudo espiritual que sempre faço na Associação Médica, encontrei na esquina da Rua perto de onde moro, uma prostituta no seu ponto estratégico. Tive que parar o carro por causa do trânsito e ela fez sinal que queria falar comigo. Pensei, não seria esse o momento de fazer o contato e iniciar o trabalho comunitário com essas extraterrenas? Baixei o vidro do carro e ela foi logo perguntando se eu estava querendo um programa. Disse que não, que eu queria saber se ela morava aqui no bairro, pois eu pertencia a Associação de Moradores e estava querendo fazer um trabalho com elas. Ela disse que morava na Rua do Motor, uma rua central da comunidade. Logo em seguida, sem pedir licença, entra no carro e se oferece para fazer uma bouquete. Eu disse que não estava interessado nisso, que queria fazer um trabalho comunitário. Percebi o hálito alcoólico e os trejeitos de travesti. Pediu dois reais para comprar um espeto e carona até Brasília Teimosa, onde disse que era sua verdadeira casa. Dei o dinheiro que ela pediu e disse que não poderia lhe dar carona, pois já estava chegando em casa. Ela ainda insistiu, mas percebeu que eu estava determinado a não lhe dar a carona. Desceu do carro agradecendo e fiz a curva para entrar no meu condomínio. Percebi que o porteiro do prédio estava fora da guarita e tudo observara, abrindo o portão de imediato para eu entrar. Certamente ele pensará algo muito diferente do que aconteceu, pensará que eu estou contaminado com esse tipo de lepra social, como acontecia com a lepra biológica do passado. Mas a verdade um dia virá à tona, não devo me preocupar com esses detalhes do caminho, imagino.

            Entrei no apartamento e vim fazer de imediato este relato. Achei a experiência muito parecida com aquela que eu fazia quando estava pelas dunas de Genipabu a procura de contato com extraterrestres, com seres de outros mundos. Também eu não sabia quem ia encontrar, se era do bem ou do mal. Era motivado pela curiosidade, de saber ou de viajar pelas estrelas.

            Agora eu estou tendo contato com seres, com prostitutas, que pertencem também a outro mundo; não posso prever se esses seres que vou contatar são do bem ou do mal, ou mesmo se tem um sexo ou outro. Desta vez estou motivado pelas lições evangélicas, pela força do Amor Incondicional, pela compreensão de que todos somos irmãos e que os mais fortes ajudam os mais fracos, os que tem mais conhecimentos ensinam aos que vivem na ignorância. Estou consciente de que sou um dos construtores do Reino de Deus, que sigo o planejamento crístico, em busca da fraternidade universal.

            Sei que devo ser prudente, mas não a tal ponto que inviabilize o trabalho que tenho que fazer. Sempre haverá algum risco neste caminho que o Pai determinou para mim, quer seja nas vielas das comunidades juntos aos drogados e marginais de toda natureza até as prostitutas de todos os sexos. Nessa terça-feira mesmo foi alcançado o nível mais alto do contato, o extraterrestre adentrou o meu veículo sem ser convidado, caracterizando o CI-5. Felizmente não houve o uso da força que caracterizasse a abdução.

            Tenho que aprimorar cada vez mais em mim, em meu coração, em minha consciência, a força do Amor Incondicional, pois assim fazendo eu fico mais fortalecido para enfrentar outras forças de natureza contrária.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/06/2014 às 00h01
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