Talvez eu tenha forçado a barra ao trazer a Paixão para o título deste texto. Mas, aproveitando o período da Semana Santa, onde lembramos da Paixão de Jesus pela Verdade e Amor, motivo pelo qual sofreu a injustiça de ser crucificado no meio ladrões e a constante violência na sua região que terminou com a destruição de Jerusalém no ano 70 de nossa era, faço uma comparação com nossa realidade.
Pois é esta situação de violência que acontece no Brasil, que merece um paralelismo com o que aconteceu na Jerusalém do passado. Aqui no Brasil observamos crescente aumento da violência e a falência da justiça humana. Os criminosos passam a ter maiores benefícios quando encarcerados, do que os trabalhadores quando estão empregados, isto é, quando são condenados e presos. Isso porque, tem uma casta mais privilegiada ainda, que mesmo sendo condenados em primeira e segunda instância, mesmo assim continuam em liberdade e soltando suas mentiras, já bem conhecidas da população e da própria “justiça”. Enquanto isso a sociedade se vê acossada por lobos vorazes em pele de humanos, todos fortemente armados, impiedosos, prontos a matar sob qualquer pretexto. Os cidadãos de bem, obrigados a viverem desarmados, dentro e fora de suas casas, são as vítimas fáceis dos criminosos, que mesmo ajoelhados, sem nenhuma chance de defesa, mesmo assim são assassinados. E a justiça? Parece que não existe, não, pelo contrário, a “justiça” funciona de forma inversa, protegendo mais os criminosos do que os cidadãos honestos, trabalhadores que drenam os recursos financeiros para essa máquina estatal, desorganizada na sua origem e finalidade, continuar a funcionar.
Dentre a massa reprimida, indefesa, espoliada dos cidadãos de bem, trabalhadores, surgem os grupos mais revoltados que reagem a essa situação, quer seja jogando ovos nos políticos mentirosos, quer seja tatuando os criminosos sem colarinho branco. A justiça além de cega se torna demente, nunca viu ou percebeu o crime que grupos como o MST faz ao bloquear as estradas pelo país afora, armados com facas, facões e outros armamentos, queimam pneus, e ameaçam quem implora a passagem para resolver questões de gravidade profissional ou pessoal. Agora, quando um condenado da justiça, como o ex-presidente, que já deveria estar preso, é repudiado pela população em um estado da federação, logo se entende isso como uma ameaça à democracia.
A democracia já está ferida gravemente, os nossos principais representantes são eleitos na base da mentira, da corrupção; a justiça não tem autonomia para ser exercida com independência, e sim com a gratidão indevida em detrimento da responsabilidade com a nação.
Portanto, estamos hoje em situação bem parecida com a Jerusalém do passado... sem democracia, sem justiça, com violência... fica o cidadão de bem, dentro dessa fogueira de mentiras e hipocrisias a perguntar amargamente dentro do seu íntimo: que posso fazer para proteger a mim e minha família?
Vamos entender o Amor como aquela energia incondicional que procura construir e harmonizar todo o Universo, cuja expressão maior costumamos identificar com o nome de Deus. Podemos intuir que a expressão máxima desse Amor jamais iremos atingir, pois isso é característica de Deus. No entanto, podemos conquistar parcelas cada vez maiores dessa energia do Amor, desde que o identifiquemos corretamente, que não o confundamos com as diversas formas de amor associados a alguma condição (mãe, irmão, amante, filho, etc.) e por isso mesmo chamado de amor condicional.
Quando observamos que a energia desse sentimento, desse afeto positivo, dirigido a alguém ou a alguma coisa, exige por isso alguma expectativa de troca, de posse, esse amor é condicional, não é o Amor incondicional, que não espera nada em troca pelo fato de ser sentido e agir em função dele.
É chegada a hora da força irresistível do Amor ser reconhecida por todos e ser tentado colocar em prática. As lições que Jesus deixou, que podemos aprender, talvez com algumas falhas, nos quatro Evangelhos acatados pela igreja católica.
O Amor conduz à boa vontade, que por sua vez, é usina geradora de humildade. A humildade nos ensina a aprender, que não somos donos da Verdade, que ela pode estar presente na opinião do nosso interlocutor, cujo pensamento diverge do nosso. A humildade nos faz aprender a aprender, colocando nossas certezas numa prateleira de confrontações, para verificar se ela consegue ser mais coerente que outras opiniões vindas de outras fontes. A humildade nos faz aprender a fazer algo por outros caminhos, que pode ser de melhor qualidade do que aquilo que eu já produzia. A humildade nos faz ser uma pessoa mais capacitada a entender as diversas circunstâncias dos nossos relacionamento e do nosso entorno.
O aprendizado constante viabiliza o conhecimento e traz consigo a sabedoria, saber aplicar o que se sabe e distinguir com mais segurança o que é falso e o que é verdadeiro.
É conhecendo, portanto que se compreende o objeto do estudo. Com a compreensão podemos desenvolver o princípio da Justiça que é o bom senso. Neste ponto a consciência irá motivar o livre arbítrio para agir dentro desses parâmetros, mesmo que a opinião dos outros seja majoritariamente contrário aquilo que considero como justo, como sintonizado com a lei do Amor, essência do Criador. Para isso tenho que ser capaz de pesquisar, de observar, registrar, analisar, comparar, para depois de todo esse processo poder decidir.
É assim que irei desenvolver uma série de processamentos cognitivos para entender com a máxima coerência a Lei do Amor, e como ela pode ser aplicada dentro de uma cultura fortemente construída com os valores egoístas da condição humana, como é a nossa sociedade.
O professor José Hermógenes, falecido em 13-05-2015, foi militar, escritor, professor e divulgador do hatha yoga, tem um trecho no seu livro “saúde na terceira idade”, que é interessante conhecer para fortalecer ou redirecionar nossos paradigmas:
Em níveis mais sutis que o físico, somos um fantástico sistema de bioenergia, um complexo de emoções, pensamentos e convicções teóricas, e, mais importante que tudo, somos Espírito. Esta é a diferença entre uma geriatria materialista e uma integral ou holística. Holística?! Sim. holos é uma palavra grega que significa totalidade, globalidade. Considerando o holos humano, o corpo é tão-só o componente mais denso e o mais perecível. Na vida materialista, saúde é um estado físico, caracterizado pela ausência de sintomas. Proponho uma outra concepção diferente, que denomino “saúde plena” por levar em conta a plenitude vastíssima do ser humano. Segundo vejo, alguém de idade que esteja energética, psíquica e espiritualmente harmonioso e estável desfruta mais saúde que um jovem bonitão que se rendeu às sombras do vale. Assim, este livro servirá para todos, inclusive para quem se acha numa cama de hospital. Eu posso estar fisicamente doente, sem no entanto chegar a ser um doente. Aceitem ou neguem os materialistas – não importa! -, quando somos despojados do físico na hora da morte, tudo mais que constitui a vastidão humana continua existindo. Estão equivocados os que acreditam que tudo acaba quando acaba o corpo. Esta visão já está descartada pela comunidade dos sábios de todos os tempos. Se lhe propuserem o treinamento exclusivamente daquilo que cedo se degrada e se acaba, eu o deixaria desamparado para administrar uma vida bem mais vasta, perdurável e independente do corpo. Porque pretendi treiná-lo holisticamente, o livro ficou mais gordo.
Por todas estas razões, considere a “terceira idade” a fase áurea da sua vida. Dignifique-a, aproveite-a. Evolua. Escale a montanha. Agradeça a Deus por ter durado tanto, e, em retribuição, sirva de exemplo e de estímulo a todos que ainda cochilam na apatia do vale, e nem se dão ao trabalho de namorar a imponência da montanha.
Este pensamento do professor Hermógenes tem sintonia com o que ensina os espíritos, e com os paradigmas que construí. A aula que dou na disciplina de Espiritualidade da UFRN, aborda a questão da multidimensionalidade do corpo físico, da imortalidade da alma, da falência do corpo físico. Tudo fica bem concatenado, a procura evolutiva do espírito e a superação dos desejos egoístas do corpo. A terceira idade significa a maior oportunidade do Espírito controlar os instintos do corpo, dado a experiência que ele adquire ao longo do tempo, e a falência que o corpo vai tendo, principalmente na produção hormonal que garante a vitalidade.
Circula nas redes sociais um texto que traz informações importantes sobre o recente imbróglio ocorrido dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo os ministros Gilmar Mendes e Luiz Roberto Barroso, que vale a pena trazermos à reflexão:
Ontem presenciamos um “barraco” entre o gângster Gilmar Mendes e Luiz Roberto Barroso, sim, aquele advogado contratado pelo PT há alguns anos para defender o terrorista esquerdista italiano Cesare Battisti que estava asilado (na verdade fugido) no Brasil, condenado na Itália por atentado terrorista com mortes. Barroso defendeu a não extradição, ou seja, defendeu que Battisti recebesse asilo político no Brasil para não ser preso na Itália.
O barraco de ontem foi entre o quadrilheiro Gilmar, e o Barroso, aquele que disse que o julgamento do mensalão ocorrido em 2012 “foi um ponto fora da curva, que exagerou nas condenações e nas penas do José Dirceu, do José Jesuíno, entre outros”. (palavras do Barroso, logo depois de sua posse como ministro do STF no ano seguinte, em 2013, indicado por... adivinhem quem? Dilma Roussef, do PT. Nossa, que coincidência.
Ontem o bandidão Gilmar Mendes cutucou a ferida do Barroso, quando expôs publicamente o plano do Barroso em manipular a pauta para a seção em que apenas 3 juízes votarão um processo de aborto, número este que garante o 2 a 1 que beneficiará um cliente do escritório de advocacia, adivinhem de quem? Isso mesmo: do Barroso.
Portanto, ontem não houve herói algum, e sim uma briga seríssima entre duas facções criminosas, em que o chefe de uma, por disputa e despeito expôs o plano “ilegal” do chefe da outra. Barroso foi pego de surpresa em público, e “surtou”. sqn.
O príncipe Barroso fez um teatro, fingiu que era mais uma vítima das grosserias do ogro Gilmar. Barroso desviou o foco do seu crime de conduta interna, e como excelente advogado que é, agiu como um ministro santinho e magoado, um “herói” que jogou na cara do Gilmar, tudo o que nós brasileiros sonhávamos fazer um dia.
Mas na verdade, Barroso apenas estava tentando limpar antecipadamente a própria imagem diante de nós brasileiros, na véspera da votação do habeas corpus que evitará a prisão do Lula. Qual é mesmo o partido do Lula? O mesmo do Barroso. Que coincidência.
E não precisamos de bola de cristal para adivinhar o resultado da votação de hoje, e imaginar qual será o voto do Barroso.
Barroso, o ministro ganhador do Oscar de melhor ator, ontem matou três coelhos com uma cajadada só:
- Vingou-se do Gilmar.
- Limpou a própria imagem
- E salvou a imagem imunda do STF.
E nós, aliviados por ele ter lavado a nossa alma, acreditamos.
Porém hoje é outro dia, nós acordamos conscientes do que aconteceu. E estamos preparados para a votação do habeas corpus do Lula. Foi-se o tempo em éramos manipulados. Hoje, nem mesmo um “inimigo” do Gilmar nos engana mais.
O fato é que hoje, para realmente virar herói nacional, o Barroso vai ter que fazer muito mais do que xingar o Gilmar.
Para virar herói e honrar o povo brasileiro, ele vai ter que trair a madrinha Dilma, e votar contra o habeas corpus do padrinho Lula.
Pois é, Barroso. Pensou que ia ser fácil, né?????
Isso mostra o padrão ético da nossa suprema corte. A fonte de todos esses males, vem da prorrogativa de presidentes indicarem os seus membros, pessoas que passam a assumir um altíssimo cargo, de responsabilidade com a nação, mantendo o sentimento de gratidão por aquele que o indicou, associado as forças que deram apoio. Nada mais maléfico, e uma corte para ser digna do cargo que representa, deveria ser assumida por homens preparados para o cargo, aprovados em concursos públicos, sem mancha na sua honra pessoal ou profissional e devidamente sabatinados pelos congressistas. Só assim teríamos pessoas no Supremo Tribunal Federal com capacidade técnica e compromisso moral e ético com a nação. Sem isso... é uma casa de compadres e comadres, como gosta de falar o jargão politicamente correto!
O Supremo Tribunal Federal (STF) protagonizou uma cena vergonhosa para a nação brasileira. Colocou em votação um pedido de Habeas Corpus para o ex-presidente Lula, já condenado em 2ª instância e reconhecido por toda a nação por seus atos de corrupção encobertos pela mentira constante e repetitiva. Pois o STF além de colocar esse pedido em votação, ainda adiou a votação conclusiva deixando o réu para outra sessão. Ora, qual a dificuldade de dizer o simples “não” aos pedidos sorrateiros dos advogados do réu?
Isso faz lembrar outro momento da história, quando certo governador romano, Pôncio Pilatos, condenou um homem que ele considerava inocente, simplesmente porque não conseguiu dizer um “não” aqueles sacerdotes judeus que o ameaçavam com acusações junto ao Imperador.
Pilatos terminou como cúmplice dessa pérfida orquestração contra a vida do Mestre Jesus. Usou de uma política característica dos covardes, de ceder para não perder. Quanto mais se cede mais o inimigo prevalece. Em muitas ocasiões é preciso saber e ter coragem de dizer um categórico “não”, pois entre a verdade e o erro, entre o bem e o mal, há um ódio irreconciliável.
O governador da Judeia não quis seguir a via da Verdade, as regras de um julgamento ético e justo, mas quis ajustar a verdade ao erro, a justiça à mentira e a equanimidade, com o gesto covarde de lavar as mãos, quis isentar-se da culpa pelo sangue do inocente, e para estar bem com todos entregou Jesus.
Por que o STF também não conseguiu dizer “não”?
Quem estava ameaçando essas excelências togadas?
Qual o interesse por trás?
Será que esses senhores pensam que nós não sabemos pensar também?
Pilatos ainda teve uma bacia d’agua para lavar as mãos e aliviar a consciência frente a covardia de não poder dizer o “não”...
Aqui, uma votação empatada e o adiamento da sessão, substitui a bacia d’agua, mas será que aliviou a consciência de quem não conseguiu dizer o “não”?
Acredito que não, desde que haja consciência!