Transcrito de um vídeo que recebi pelo whatsapp ontem, 06-02-18, com créditos para “O vídeo do Papa”, da “Rede Mundial de Oração do Papa”; com a colaboração do “Vatican Media” e contribuição para esta causa do “www.ovídeodopapa.org”:
O que está na raiz da escravidão, do desemprego, do abandono dos bens comuns e da natureza? A corrupção, um processo de morte que nutre a cultura da morte. A ambição do poder e do ter não conhece limites. A corrupção não se combate com o silêncio. Devemos falar dela, denunciar seus males, compreendê-la para poder mostrar a vontade de reivindicar a misericórdia sobre a mesquinhez, a beleza sobre o nada. Peçamos juntos para que aqueles que têm poder material, político ou espiritual não se deixem dominar pela corrupção.
Muito lúcida a opinião do Papa sobre ser a corrupção a fonte das principais mazelas que sofremos no mundo, de ser um processo de morte que nutre a cultura da morte. Também concordo plenamente quando ele diz que não podemos combater a corrupção com o silêncio, que devemos falar dela, denunciar os seus males e compreendê-la. Importantíssimo... Compreendê-la! Pois, senão, podemos estar alimentando, fortalecendo esse processo de morte pensando que estamos combatendo a corrupção.
No Brasil temos um processo de corrupção, reconhecido no mundo todo, fortemente entranhado nas estruturas do poder, que foi capitaneado nos últimos 13 anos pelo PT e seus aliados políticos satélites. A Justiça conseguiu punir vários deles que estão na cadeia ou usando tornozeleira eletrônica, vários outros, inclusive o chefe em processo final de condenação.
Para compreender a corrupção, devemos entender como funciona o seu mecanismo de ação: a doação de forma legal ou ilegal de benefícios para terceiros, sejam eles indivíduos ou corporações, em troca de apoio ao que está sendo feito, na forma de ação ou omissão.
A doação de forma legal observamos aos diversos grupos sociais, como MST, UNE, e várias ONGs... as diversas bolsas sociais para atenuar a miséria do povo, benefícios generalizados dentro e fora do país, nas áreas acadêmicas, jurídicas, parlamentares, sem o suporte financeiro, que implica em aumento de impostos, engessamento da economia, perda de empregos, inflação...
A doação de forma ilegal vem através dos contratos superfaturados onde a porcentagem do crime é partilhado entre os parceiros, corruptores e corrompidos. Isso chegou ao ponto do maior ícone de nossa vitalidade econômica estatal, a Petrobrás, que tanto lutamos para ser nossa, terminou dentro dos bolsos desses corruptores e corrompidos.
Dessa forma observamos uma chuva de benefícios que os corruptores jogam sobre a população visada, no intuito de transformá-la em corrompida, sem capacidade de reação crítica, defensores fanáticos de seus “benfeitores”. Isso implica que esses corrompidos perdem o senso ético e atacam a dignidade humana, arrebanhando centenas de pessoas às ruas ou no bloqueio de estradas, atraindo-as com gratificações em dinheiro e alimentação, sem o mínimo de conscientização, apenas palavras de ordem repetidas como papagaios.
Dentro desse contexto, encontramos o senhor Pedro Stédile, líder do MST. Esse senhor considera a luta armada como uma possibilidade, seus liderados fazem caminhada ou bloqueios de estradas, sempre de armas nas mãos. Considera os corruptores brasileiros como seus líderes e defende-os apesar da Justiça mostrar os seus crimes.
Pois foi este senhor que o Vaticano convidou à pedido do Papa, segundo ele, para participar de um seminário científico que a Pontifícia Academia do Vaticano organizou para debater o problema dos excluídos no mundo.
Seguindo o apelo do Papa, para tentar compreender a corrupção e falar sobre isso, entendo que o senhor Pedro Stédile está dentro deste processo... como, então, o Papa faz o convite para o Stédile participar desse seminário?
O Maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética (produto da fusão de diversas religiões, seitas, filosofias ou visões do mundo) e dualista (concepção filosófica ou teológica do mundo baseada em dois princípios ou duas substâncias ou duas realidades opostas, irredutíveis entre si e incapazes de uma síntese final ou de recíproca subordinação). Foi fundada e propagada por Manes ou Maniqueu, filósofo cristão do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo). A matéria seria intrinsecamente má, e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.
Quando o gnosticismo (sistema filosófico e teológico que pretende um conhecimento completo e transcendente da natureza e dos atributos de Deus) primitivo já perdia sua influência no mundo greco-romano, surgia na Babilônia e na Pérsia a nova vertente do Maniqueísmo. Suas ideias sincretizavam elementos do zoroastrismo, do hinduísmo, do budismo, do judaísmo e do cristianismo. Desse modo, Manes considerava Zoroastro, Buda e Jesus como “pais da Justiça”, e pretendia, através de uma revelação divina, purificar e superar as mensagens individuais de cada um deles, anunciando uma verdade completa.
Conforme as suas ideias, a fusão dos dois elementos primordiais, o reino da luz e o reino das trevas, teria originado o mundo material, essencialmente mau. Para redimir os homens de sua existência imperfeita, os “pais de Justiça” haviam vindo à Terra, mas como a mensagem deles havia sido corrompida, Manes viera a fim de completar a missão deles, como o Paráclito (aquele que consola, que revive) prometido por Cristo, e trouxera segredos para a purificação da luz, apenas destinados aos eleitos que praticassem uma rigorosa vida ascética. Os impuros, no máximo podiam vir a ser catecúmenos (aquele que recebia instrução preliminar em doutrina e moral para ser admitido entre os fiéis, batizado) e ouvintes, obrigados apenas à observância dos dez mandamentos.
As ideias maniqueístas espalharam-se desde as fronteiras com a China até ao Norte da África. Manes acabou crucificado no final do século III, e os seus adeptos sofreram perseguições na Babilônia e no Império Romano, principalmente sob o governo do imperador Diocleciano e, posteriormente, os imperadores cristãos. Apesar da Igreja ter condenado esta doutrina como herética em diversos sínodos desde o século IV, ela permaneceu viva até a Idade Média. Agostinho de Hipona foi adepto do maniqueísmo até se decidir de vez pelo cristianismo.
Aplaudo o esforço sincero de Manes para unir o pensamento dos três grandes avatares (Cristo, Buda e Zoroastro), construindo um paradigma coerente, apesar de determinista e inflexível. Ninguém duvida da existência do Bem e do Mal, de pessoas que seguem uma ou outra corrente. Mas existe toda amplitude dentro de uma e de outra; uma pessoa pode estar dentro de uma por engano e passar para a outra.
Lembro que logo após a minha formatura como médico eu defendia o aborto, que a mulher deveria ter o direito de decidir sobre o seu corpo. Logo eu percebi que estava cometendo um erro, eu deveria defender a vida em primeiro lugar, e o ovo fertilizado já estava portando a semente da vida em desenvolvimento. Eu não poderia simplesmente eliminá-la para preservar os interesses da mãe ou do pai, sejam eles compreensíveis e justificáveis ou não. Quem desenvolve a visão maniqueísta e está de um ou outro lado da questão, entende que ele está certo e que todos que pensam ao contrário estão errados.
Podemos defender os princípios do Bem, mas não com o rigor maniqueísta que impeça a correção dos nossos rumos e os rumos dos nossos semelhantes, quando for identificado o erro.
Unir-se não implica abandonar os próprios ideais ou a perspectiva sobre a situação, a vida e as forças que concorrem nos bastidores deste histórico de desafios. Unir-se, significa, diante da crise que afeta a todos, calar temporariamente as dissidências, os discursos inflamados e os pontos de discórdia, no intuito de fortalecer a nação, que neste momento precisa do melhor de cada um, do melhor de cada lado, independentemente das particularidades defendidas por este ou aquele. Acima dos partidos, das corporações e das facções está o povo, a nação, a família brasileira. Portanto, conclamamos nossos irmãos, de todas as religiões e os matizes, a se unirem em oração, não importa a visão partidária e pessoal que porventura nutram – direito que assiste a cada um. Mas que não se restrinjam apenas a vibrações, pois o mal só será superado quando os realmente bons se manifestarem, expuserem-se em nome do que acreditam: enfim, quando os bons deixarem de ser tímidos ou covardes. Somente assim o bem prosperará na Terra.
Esta união proposta por José do Patrocínio é ao mesmo tempo importante e difícil de ser alcançada. Logo porque ele não fez a diferenciação dos bons (aqueles que lutam pela ética, respeito, justiça, solidariedade) e dos maus (aqueles que lutam por seus interesses individuais ou corporativos, corruptos, agressivos, intimidadores). Sem entrar num maniqueísmo (abordarei esse tema em seguida) radical, entendo que não pode haver essa união tão ampla entre os bons e os maus. Possuem projetos de vida divergentes. Mas isso não quer dizer que a união entre os bons seja uma tarefa fácil. Pensando agora nessa condição, lembro de duas amigas que tem posições políticas diferentes da minha, eu as considero pessoas boas, éticas responsáveis, solidárias, que não se deixam envolver por atos de corrupção. Mesmo assim, a minha posição política de defender a justiça e punição com a cadeia para os membros do PT e de outros partidos satélites que cometeram diversos crimes contra a nação, sinto que entra em choque com o pensamento delas. Evito falar sobre o assunto com elas, de dividir vídeos, mensagens ou áudios que ataquem as suas posições ideológicas. Mas sei que nós três somos defensores da ética, da justiça, da solidariedade humana. Essas características nos colocam entre os bons e daí ser possível a nossa união para ajudar a corrigir os erros da nação brasileira. Agora vem o mais importante: como fazer isso? Eu não posso pedir para elas deixarem de pensar como pensam; elas não podem fazer eu pensar diferente. Temos que ir em busca da incoerência de pensamentos, tanto do meu lado como do lado delas. Temos que pegar os fatos que representam a Verdade e verificar se está coerente com a realidade, se não existe manipulação dos fatos ou de suas consequências. É isto que José do Patrocínio sugere, que pessoas como nós, tenhamos capacidade de calar os pontos de discórdia enquanto não surge a condição coerente com a justiça e com a Verdade. Depois é só divulgar essa forma de raciocinar e reagir e cooptar cada vez mais pessoas boas para fazer a diferença.
Continuando o preâmbulo para nossa reflexão (em negrito) ...
Se é uma realidade que vivemos um momento de crise, num campo de batalha espiritual cujo palco são a nação e o próprio planeta, por outro lado, saibamos ter compaixão, perseverar e nos unir em torno de um pacto nacional regido pelo condão de promover auxílio. Não desistamos de ser bons somente porque os maus proliferam ao redor. Tenhamos coragem de lutar pela justiça e pelo bem, mesmo que os lobos estejam, neste momento, arregimentando-se em derradeiros golpes, movidos pelos mais profundos desatinos.
Aqui no Brasil, felizmente não chagamos ao ponto tão doloroso quanto acontece na Venezuela. Aqui tivemos sorte de termos um juiz comprometido com o seu dever e com a nação, de arrastar à luz da Verdade muitos daqueles que espoliavam a nação em busca da consolidação do poder pessoal e ideológico.
A nação brasileira tem a missão futura de levar ao mundo uma ideia mais clara a respeito de conceitos como amor, fraternidade, bondade e civilidade. Contudo, o Brasil é uma nação jovem no cenário do mundo, que ainda vive a fase de adolescência em face de outras nações mais antigas. Outros povos, na época em que tinham essa mesma idade, viveram períodos muitíssimos conturbados e experimentaram revoluções incomuns, muitas vezes com repercussões desumanas para sua população. Apesar do rastro de dor e de amargura, muitos deles conseguiram superar tais situações mediante a união de forças, embora não sem dor ou desgaste de cidadãos e governantes.
Ninguém é perfeito. Caso os que detém o poder logrem fazer tão somente bem feito, já convém nos dar por satisfeitos. Se porventura conseguirem se unir os opostos e se fortificar em torno um pacto abrangente em prol da nação, que leve em conta a necessidade do povo e o fato de que o país é mais importante do que suas facções, mais ainda terão condições de superar a crise vigente.
Esta união não é fácil, apenas entre governantes e governados. Observamos que nas diversas classes sociais existe uma disputa por poder e recursos. Colocamos como exemplos a área legislativa e a jurídica. Todos com salários que extrapolam em muito o que ganham os simples trabalhadores. Um pacto feito com o foco no interesse da nação, teria que necessariamente rever esses salários muitas vezes abusivos, sendo criada uma matriz salarial com base na Justiça e não em mordomias.
Que a lei se cumpra para todos, no entanto, digladiarem-se uns contra os outros, trocarem acusações de parte a parte, reduzindo tudo a mero jogo de poder, não nos levará a nada. A nau soçobra, e, portanto, é fundamental unir as forças, unir as habilidades, unir as possibilidades de cada lado, de cada partido, de cada cidadão; urge que cada qual dê o melhor de si e se pronuncie publicamente em favor da nação, e não em favor de si próprio ou de idealismos que só beneficiam a quem deseja o poder a todo custo. Sabendo que atravessamos um momento de crise, em meio a uma tempestade avassaladora, é crucial dar as mãos e formar um feixe de varas, unidos no propósito de fazer o Brasil superar esse momento e prosseguir na construção do seu futuro. Do contrário, cabe indagar até onde a dor, a calamidade, o caos e a insensatez terão de chegar para que a busca pela solução ganhe lugar de destaque, à frente de disputas, querelas e divergências?
A fogueira das vaidades alimentada pelo oxigênio do egoísmo é quem prevalece, ainda, acima de todas as dificuldades que passa a nação. Observamos os detentores de cargos públicos elevados todo esforço de garantir para si, sua família e amigos, as benesses de salários vultosos acompanhados de mordomias escandalosas, enquanto o povo passa dificuldades e até fome, por falta de salários. Como podemos atingir o coração duro desse povo perverso, que muitos se dizem cristãos, e não demonstram o pingo de solidariedade e amor que o Cristo ensinou ser a condição de ser reconhecido como cristão? Parece que ainda teremos que passar por muita dor e calamidade antes dessa consciência solidária chegar.
O terceiro livro da série “A política das sombras”, “O Golpe”, escrito por Robson Pinheiro, médium do Espírito Ângelo Inácio, nos traz o preâmbulo escrito pelo espírito José do Patrocínio, que é importante colocarmos aqui para se juntar às nossas reflexões:
Amigos e irmãos de todos os povos, meus irmãos brasileiros!
Ante o quadro inquietante que se alastras no cenário nacional, ante as dores do povo diante dos sacrifícios pelos quais passa a nação, não olvidemos Jesus, o divino timoneiro que embala a embarcação terrestre, conduzindo os destinos do mundo. Sobretudo nesse momento pelo qual passa o planeta, em pleno andamento do processo de transição – no qual parece aos olhos do vulgo, que as coisas saíram do controle em diversas nações -, unamo-nos na fé e na oração, conectando-nos com as fontes superiores do Bem e da Luz, com os guardiões invisíveis da humanidade. Porém não nos detenhamos apenas em vibrações, pronunciemo-nos todos em favor da Justiça, da equidade, da dignidade e dos valores conquistados ao longo dos séculos.
Em oração, auxiliemos quanto for possível, a fim de que aqueles que temporariamente detém o poder em suas mãos não se sintam desamparados. Isso porque eles, de maneira mais acentuada, carregam sobre os ombros o peso das decisões que que poderão afetar expressiva parcela da população já tão sofrida e desgastada do nosso país. Os que tentam acertar, em qualquer âmbito em que se encontrem, precisam de orações de qualquer um de nós.
A família brasileira, os religiosos, os espiritualistas, aqueles que mantém a chama da fé acesa no templo do coração devem se unir e ter a coragem de se manifestar, de ser o fermento que leveda a massa, de dar a sua opinião e de posicionar-se, de maneira ordeira. Roguemos que a inspiração se derrame sobre quem dela carece, a fim de conduzir o povo brasileiro ao equilíbrio de forças, tão necessário a este momento delicado.
Se é verdade que as forças de oposição ao bem e ao progresso estão em guerra declarada contra as realizações e as conquistas da nação, também existe outra verdade indiscutível. É que acima de todos nós, as bênçãos de Jesus patrocinam a atuação dos guardiões superiores por meio daqueles que se irmanam no objetivo de contornar – quiçá superar – a situação atual.
Convém que a democracia, a pátria, os cidadãos brasileiros, os povos de todas as classes sociais abandonem ideias sectárias e ilusões acerca da existência de um plano, um grupo ou um partido salvacionista. Importa agir em conjunto, deixando de lado diferenças, brigas, intrigas e disputas para ver quem dominará, de modo a trabalhar por uma nação mais forte e fortalecer as lideranças que tentam, ainda que de forma limitada ou acanhada, conduzir a embarcação nacional a um porto seguro. Não há como lembrar: aqueles que estão no poder e que governam, confie-se neles ou não, são tão humanos quanto vós; são filhos do mesmo Pai e requerem apoio e prece, ansiando por saber que os bons torcem e oram para que vençam as dificuldades mais expressivas. Nunca esqueçamos que eles, como nós, caem, erram, choram, passam noites sem dormir, pois ninguém, em sã consciência, vê uma situação deste naipe, como ora ocorre ao país, e se sente confortável, alheio a apreensões de toda espécie. Os que governam, por mais que se discorde deles, também sofrem, têm suas lutas internas e se digladiam com as mesmas falanges espirituais que se opõem ao bem.
Não obstante, tal verdade não justifica a inércia e a omissão dos bons; não aduz a aceitação, de braços cruzados, dos mais ardorosos descalabros, pois estamos em pleno combate contra as forças espirituais da maldade, que intentam impedir que esta nação cumpra seu legado espiritual.
Importante a chamada à consciência, para nós cristãos, que Jesus é quem está no timão desta embarcação chamada Terra, mesmo que atravessemos tanta borrasca. Devemos procurar a união entre todos que tem bom coração, que não estão comprometidos com as forças do mal, para que possamos sair com o máximo de harmonia dessa situação tão perigosa.