Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
18/09/2020 00h16
O BRASIL TEM UMA MISSÃO – A PROTEÇÃO DIVINA (11)

            Continuemos o estudo interpretativo da obra de Humberto de Campos / Chico Xavier... “Brasil coração do mundo, pátria do Evangelho”, continuando no segundo capítulo “A pátria do Evangelho”, discorrendo sobre o trabalho de Hilel/Henrique de Sagres.

Henrique de Sagres, o antigo mensageiro do Divino Mestre, rejubila-se com as bênçãos recebidas do céu. Mas, de alma alarmada pelas emoções mais carinhosas e mais doces, confia ao Senhor as suas vacilações e os seus receios: 

— Mestre — diz ele — graças ao vosso coração misericordioso, a terra do Evangelho florescerá agora para o mundo inteiro. (Vejamos a crítica de Leonardo Marmo: Dizer que o Brasil é a terra do Evangelho faz parecer que o Espírito Helil está menosprezando o resto do mundo. Mesmo que se possa interpretar isso como sendo uma referência a uma “missão” especial do nosso país, Helil poderia ter dito “... a terra onde esperamos seu Evangelho florescerá e servirá de exemplo para o mundo inteiro...”). Dai-nos a vossa bênção para que possamos velar pela sua tranquilidade, no seio da pirataria de todos os séculos. Temo, Senhor, que as nações ambiciosas matem as nossas esperanças, invalidando as suas possibilidades e destruindo os seus tesouros...

 Jesus, porém, confiante, por sua vez, na proteção de seu Pai, não hesita em dizer com a certeza e a alegria que traz em si: 

— Helil, afasta essas preocupações e receios inúteis. A região do Cruzeiro, onde se realizará a epopéia do meu Evangelho, estará, antes de tudo, ligada eternamente ao meu coração. (Mais uma vez, a crítica de Leonardo Marmo: Em primeiro lugar, “a epopeia do Evangelho de Jesus” deveria ser realizada em toda a Terra. Jesus diz no Evangelho: “Ide e pregai a todas as Criaturas...” e também “...tenho ovelhas que não são desse redil...”. Em segundo lugar, todos os rincões do planeta são carinhosamente cuidados por nosso Mestre Jesus. Alguns leitores e/ou confrades poderiam alegar que Humberto de Campos escreve de acordo com “as tradições do mundo espiritual”, conforme o próprio autor espiritual assevera na Introdução do livro “Brasil, coração...”. Essa alegação, por si só, já faz com que devamos ter um cuidado ainda maior na leitura da respectiva obra e nas inevitáveis inferências. Entretanto, somente esse argumento não explica, e muito menos justifica, os problemas da obra. E isso fica claro se compararmos o livro “Brasil, coração...” com “Crônicas de Além-Túmulo” [Campos, 1998] e “Boa Nova” [Campos, 2004], nos quais Humberto também utiliza de algumas informações obtidas das chamadas “tradições do mundo espiritual”, mas sem cometer os vários lapsos presentes em “Brasil, coração...”). As injunções políticas terão nela atividades secundárias, porque, acima de todas as coisas, em seu solo santificado e exuberante estará o sinal da fraternidade universal, unindo todos os espíritos. Sobre a sua volumosa extensão pairará constantemente o signo da minha assistência compassiva e a mão prestigiosa e potentíssima de Deus pousará sobre a terra de minha cruz, com infinita misericórdia. As potências imperialistas da Terra esbarrarão sempre nas suas claridades divinas e nas suas ciclópicas realizações. Antes de o estar ao dos homens, é ao meu coração que ela se encontra ligada para sempre. 

Nos céus imensos, havia clarões estranhos de uma bênção divina. No seu sólio de estrelas e de flores, o Supremo Senhor sancionara, por certo, as bondosas promessas de seu Filho. 

E foi assim que o minúsculo Portugal, através de três longos séculos, embora preocupado com as fabulosas riquezas das índias, pôde conservar, contra flamengos e ingleses, franceses e espanhóis, a unidade territorial de uma pátria com oito milhões e meio de quilômetros quadrados e com oito mil quilômetros de costa marítima. Nunca houve exemplo como esse em toda a história do mundo. As possessões espanholas se fragmentaram, formando cerca de vinte repúblicas diversas. Os Estados americanos do Norte devem sua posição territorial às anexações e às lutas de conquista. A Louisiana, o Novo México, o Alasca, a Califórnia, o Texas, o Oregon, surgiram depois da emancipação das colônias inglesas. Só o Brasil conseguiu manter-se uno e indivisível na América, entre os embates políticos de todos os tempos. Ê que a mão do Senhor se alça sobre a sua longa extensão e sobre as suas prodigiosas riquezas. O coração geográfico do orbe não se podia fracionar. 

            Leonardo Marmo procura colocar uma lupa crítica no conteúdo do livro. Tenho uma forma diferente de ver. Vejo que o texto não agride a lógica do que já adquiri de conhecimento do mundo espiritual, aceito todo o texto sem fazer reparos, pelo contrário, consigo encaixar fatos da atualidade dentro dessa missão do Brasil e a proteção divina para que isso se viabilize. É o caso da eleição de Bolsonaro como presidente, contra todas as previsões, contra todas formas de eleição existentes no Brasil e no mundo, com o objetivo de sanar a onda de corrupção que estava ameaçando a missão há tanto tempo planejada e posta em execução.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 18/09/2020 às 00h16
 
17/09/2020 00h13
O BRASIL TEM UMA MISSÃO – O TRANSPLANTE DA ÁRVORE (10)

            Continuemos o estudo interpretativo da obra de Humberto de Campos / Chico Xavier... “Brasil coração do mundo, pátria do Evangelho”, continuando no segundo capítulo “A pátria do Evangelho”, discorrendo sobre o trabalho de Hilel/Henrique de Sagres.

Estava realizado, em linhas gerais, o seu grande destino. Da sua casa modesta da Vila­Nova do Infante, onde se encontra ainda hoje uma placa comemorativa, como perene homenagem ao grande navegador, desenvolvera ele, no mundo inteiro, um sentimento novo de amor ao desconhecido. Desde a expedição de Ceuta, o Infante deixou transparecer, em vários documentos que se perderam nos arquivos da Casa de Avis, que tinha a certeza da existência das terras maravilhosas, cuja beleza haviam contemplado os seus olhos espirituais, no passado longínquo. Toda a sua existência de abnegação e ascetismo constituíra uma série de relâmpagos luminosos no mundo de suas recordações. A prova de que os seus estudos particulares falavam da terra desconhecida é que o mapa de André Bianco, datado de 1448, mencionava uma região fronteira à África. Para os navegadores portugueses, portanto, a existência da grande ilha austral já não era assunto ignorado. 

Novamente no Além, o antigo mensageiro do Mestre não descansou, chamando a colaborar com ele numerosas falanges de trabalhadores devotados à causa do Evangelho do Senhor. Procura influenciar sobre o curto reinado de D. Duarte estendendo, com os seus cooperadores, essa mesma atuação ao tempo de D. Afonso V, sem lograr uma ação decisiva a favor das empresas esperadas. Aproveitando o sonho geral dos tesouros das índias, a personalidade do Infante se desdobra, com o objetivo de descortinar o continente novo ao mundo político do Ocidente. Enquanto a sua atuação encontra fraco eco junto às administrações de sua terra, o povo de Castela começa a preocupar-se seriamente com as ideias novas, lançando-se à disputa das riquezas entrevistas. Eleva-se então ao poder D. João II, cujo reinado se caracterizou pela previdência e pela energia realizadora. Junto do seu coração, o emissário invisível encontra grandes aspirações, irmãs das suas. O Príncipe Perfeito torna­-se o dócil instrumento do mensageiro abnegado. A mesma sede de além lhe devora o pensamento. Expedições diversas se organizam. O castelo de São Jorge é fundado por Diogo de Azambuja, na Costa da Mina; Diogo Cão descobre toda a costa de Angola; por toda parte, sob o olhar protetor do grande rei, aventuram-se os expedicionários. Mas o espírito, em todos os planos e circunstâncias da vida, tem de sustentar as maiores lutas pela sua purificação suprema. Entidades atrasadas na sua carreira evolutiva se unem contra as realizações do príncipe ilustre. Depois do desastre no Campo de Santarém, no qual o filho perde a vida em condições trágicas, surgem outras complicações entre a sua direção justiceira e os nobres da época, e D. João II morre envenenado em Alvor, no ano de 1495. 

Todavia, os planos da Escola de Sagres estavam consolidados. Com a ascensão de D. Manuel I ao poder, nada mais se fez que atingir o fim de longa e laboriosa preparação. Em 1498, Vasco da Gama descobre o caminho marítimo das índias e, um pouco mais tarde, Gaspar de Corte Real descobre o Canadá. Todos os navegadores saem de Lisboa com instruções secretas quanto à terra desconhecida, que se localizava fronteira à África e que já havia sido objeto de protesto de D. João contra a bula de Alexandre VI, que pretendia impor-lhe restrições ao longo do Atlântico, por sugestão dos reis católicos da Espanha. 

No dia 7 de março de 1500, preparada a grande expedição de Cabral ao novo roteiro das índias, todos os elementos da expedição, encabeçados pelo capitão­ mor, visitaram o Paço de Alcáçova, e na véspera do dia 9, dia este em que se fizeram ao mar, imploraram os navegadores a bênção de Deus, na ermida do Restelo, pouso de meditação que a fé sincera de D. Henrique havia edificado. O Tejo estava coberto de embarcações engalanadas e, entre manifestações de alegria e de esperança, exaltava­-se o pendão glorioso das quinas. 

No oceano largo, o capitão-mor considera a possibilidade de levar a sua bandeira à terra desconhecida do hemisfério sul. O seu desejo cria a necessária ambientação ao grande plano do mundo invisível. Henrique de Sagres aproveita esta maravilhosa possibilidade. Suas falanges de navegadores do Infinito se desdobram nas caravelas embandeiradas e alegres. Aproveitam-se todos os ascendentes mediúnicos. As noites de Cabral são povoadas de sonhos sobrenaturais e, insensivelmente, as caravelas inquietas cedem ao impulso de uma orientação imperceptível. Os caminhos das índias são abandonados. Em todos os corações há uma angustiosa expectativa. O pavor do desconhecido empolga a alma daqueles homens rudes, que se viam perdidos entre o céu e o mar, nas imensidades do Infinito. Mas, a assistência espiritual do mensageiro invisível, que, de fato, era ali o divino expedicionário, derrama um claror de esperança em todos os ânimos. As primeiras mensagens da terra próxima recebemo-­nas com alegria indizível. As ondas se mostram agora, amiúde, qual colcha caprichosa de folhas, de flores e de perfumes. Avistam-se os píncaros elegantes da plaga do Cruzeiro e, em breves horas, Cabral e sua gente se reconfortam na praia extensa e acolhedora. Os naturais os recebem como irmãos muito amados. A palavra religiosa de Henrique Soares, de Coimbra, eles a ouvem com veneração e humildade. Colocam suas habitações rústicas e primitivas à disposição do estrangeiro e reza a crônica de Caminha que Diogo Dias dançou com eles nas areias de Porto Seguro, celebrando na praia o primeiro banquete de fraternidade na Terra de Vera Cruz. 

A bandeira das quinas desfralda-se então gloriosamente nas plagas da terra abençoada, para onde transplantara Jesus a árvore do seu amor e da sua piedade, e, no céu, celebra-se o acontecimento com grande júbilo. Assembléias espirituais, sob as vistas amorosas do Senhor, abençoam as praias extensas e claras e as florestas cerradas e bravias. Há um contentamento intraduzível em todos os corações, como se um pombo simbólico trouxesse as novidades de um mundo mais firme, após novo dilúvio. 

            Magnífica visão para aqueles do mundo espiritual tinham a informação deste transplante da Árvore do Evangelho, da Cruz do Cristo singrando os mares, sofrendo os desvios impostos pelos planos divinos. Aqui, no mundo material, ainda não havia condições desses informes. Talvez fosse motivo de outras guerras, em busca desse “privilégio”, como entendiam eles que seria. Quem poderia imaginar que naquelas caravelas identificadas com a Cruz do Cristo levasse em si as sementes do Evangelho? Até hoje, com todas as informações, com todos os conhecimentos do mundo espiritual, de regência de Jesus, das suas determinações para aqueles que querem fazer a vontade do Pai, ainda existem tantas dúvidas!?...

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/09/2020 às 00h13
 
16/09/2020 00h13
O BRASIL TEM UMA MISSÃO – A CRUZ DE CRISTO (9)

            Continuemos o estudo interpretativo da obra de Humberto de Campos / Chico Xavier... “Brasil coração do mundo, pátria do Evangelho”, continuando no segundo capítulo “A pátria do Evangelho”.

A PÁTRIA DO EVANGELHO

D. Henrique de Sagres abandonou as suas atividades na Terra em 1460. (Do site Santúario Espírita Maria de Nazaré colhi a seguinte informação, seguido por dados da wikipedia. O infante D. Henrique, encarnação do Espírito Helil, foi um emissário de Jesus. Como Espírito de elevada hierarquia, permaneceu adstrito ao cumprimento da tarefa que lhe fora atribuída. D.Henrique instituiu um roteiro de coragem, para que fossem transpostas as imensidades perigosas e solitárias que separavam os dois mundos Por predestinação de Jesus, o nosso Brasil é o Coração do Mundo e Pátria do Evangelho, com a árdua, mas nobre tarefa de espalhar, principalmente com o exemplo, a mensagem do Cristo. A preocupação do autor espiritual era nos mostrar que nada aconteceu por acaso. Tudo foi fruto de um cuidadoso planejamento; o Infante D. Henrique, encarnação do espírito Helil, foi um emissário de Jesus, como também não deixa nenhuma dúvida quanto à sua missão; a sua afirmação de que Helil é um Espírito de elevada hierarquia, é a confirmação do que foi dito por Zurara, navegador e historiador português, quando em uma de suas crônicas, retrata o Infante de Sagres como "um homem de extraordinárias virtudes”. Nunca foi avarento, nem era dado ao luxo. Usava gestos calmos e palavras suaves. Sempre foi muito dedicado ao trabalho. Não era rude, mas sabia manter a disciplina. Absteve-se de álcool desde a mocidade". Em 25 de maio de 1420, D. Henrique foi nomeado Governador da Ordem de Cristo, - A Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo originalmente era uma ordem religiosa e militar, criada a 14 de março de 1319 pela bula pontifícia Ad ea ex quibus cultus augeatur do Papa João XXII, que, deste modo, atendia aos pedidos do rei Dom Dinis. Recebeu o nome de Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo ou Ordem da Milícia de Nosso Senhor Jesus Cristo e foi herdeira das propriedades e privilégios da Ordem do Templo. Henrique manteve o cargo até ao fim da vida. No que concerne ao seu interesse na exploração do oceano Atlântico, o cargo e os recursos da ordem foram decisivos ao longo da década de 1440. Desde que ficou com a tutela da Ordem, as velas passaram a usar a cruz de Cristo. A Cruz da Ordem de Cristo ou Cruz de Portugal é o emblema da histórica Ordem de Cristo, (também chamada Ordem dos Cavaleiros de Cristo) de Portugal. Desde então tornou-se um símbolo intrínseco a Portugal, usado, por exemplo, nas velas das naus do tempo dos Descobrimentos, pela Força Aérea Portuguesa, nos navios da Marinha Portuguesa e na bandeira da Região Autónoma da Madeira. É usada também no brasão de Tomar, juntamente com a Cruz Templária, cidade que foi sede da Ordem dos Templários no Reino de Portugal e da Ordem de Cristo, sucessora da anterior. Na definição heráldica, trata-se de uma cruz pátea, encarnada, carregada com uma cruz branca, podendo ser a comenda em formato latino e sua insígnia em formato grego.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/09/2020 às 00h13
 
15/09/2020 00h13
VINHA DE LUZ (16) – TU, PORÉM

            Paulo escreveu, em Tito, 2:1, “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. Foi uma orientação que nos norteia até os dias atuais, devo prestar atenção a ela, eu que me considero cristão e quero seguir a doutrina do Cristo. 

Sempre serei instigado a falar em todas as situações, pelos que desejam ser bons e os deliberadamente maus, os cegos das estradas sombrias e os caminhoneiros das sendas tortuosas.

Corações perturbados pretenderão arrancar-me expressões perturbadoras, reações agressivas, violentas, tirando-me da calma.

Caluniadores induzir-me-ão a caluniar, usando fake news como sinônimo de verdade, de fatos acontecidos, atingindo personalidades inocentes. Para evitar isso, devo ter compaixão de todos, culpados e inocentes. É melhor elogiar um culpado sem saber dos seus crimes, do que caluniar um inocente. Mas, é bem melhor evitar ambos comportamentos.

Mentirosos podem me levar a mentir, se eu acredito que o que eles dizem é verdade. Neste tempo de açodamento político, muitas calúnias são levantadas. Importante ter o cuidado de se colocar no lugar do outro e procurar distinguir a verdade por trás das aparências.  

Levianos tentarão conduzir-me à leviandade, ao prejuízo do próximo sem vir à minha consciência que isso está acontecendo.

Ironistas buscarão localizar-me a alma no falso terreno do sarcasmo, na destruição da honra de pessoas distantes ou próximas, que ficam sem poder de reação.

Compreendo que procedam assim, porquanto são ignorantes, distraídos da iluminação espiritual, cuja fonte principal é o Evangelho, cujo Mestre mais capacitado é Jesus. Essas pessoas são cegas desditosas sem o saberem, vão de queda em queda, desastre a desastre, criando a desventura de si mesmos.

Eu, cristão, que conheço o que elas desconhecem, que cultivo na mente valores espirituais que elas ainda não cultivam, toma cuidado em usar o verbo, como convém ao Espírito do Cristo que nos rege os destinos. É muito fácil falar aos que nos interpelam, de maneira a satisfazê-los, e não é difícil replicar-lhes como convém aos nossos interesses e conveniências particulares; todavia, dirigirmo-nos aos outros, com a prudência amorosa e com a tolerância educativa, como convém à sã doutrina do Mestre, é tarefa complexa e enobrecedora, que requisita a ciência do bem no coração e o entendimento evangélico nos raciocínios.

Que os ignorantes e os cegos da alma falem desordenadamente, pois não sabem, nem veem... eu, porém, acautelo-me nas criações verbais, como quem não se esquece das contas naturais a serem acertadas no dia próximo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 15/09/2020 às 00h13
 
14/09/2020 00h12
O BRASIL TEM UMA MISSÃO – HENRIQUE DE SAGRES (8)

            Continuemos o estudo interpretativo da obra de Humberto de Campos / Chico Xavier... “Brasil coração do mundo, pátria do Evangelho”, continuando no capítulo “O coração do mundo”, onde o Mestre estava descendo das esferas superiores. Conversa com Hilel, o seu sociólogo, chegando à descoberta da importância espiritual do Brasil e da necessidade dele encarnar em Portugal como o Infante Dom Henrique de Sagres, para acelerar a descoberta dessas novas terras.

Mãos erguidas para o Alto, como se invocasse a bênção de seu Pai para todos os elementos daquele solo extraordinário e opulento, exclama então Jesus: 

— Para esta terra maravilhosa e bendita será transplantada a árvore do meu Evangelho de piedade e de amor. No seu solo dadivoso e fertilíssimo, todos os povos da Terra aprenderão a lei da fraternidade universal. Sob estes céus serão entoados os hosanas mais ternos à misericórdia do Pai Celestial. Tu, Helil, te corporificarás na Terra, no seio do povo mais pobre e mais trabalhador do Ocidente; (entendendo essa informação como “a nação mais humilde da Europa”, Leonardo faz nova crítica: Em que sentido Portugal seria a nação mais humilde da Europa? Economicamente? Militarmente? Moralmente? É bem questionável tal afirmativa. Mais à frente, o texto acabará propondo sentenças contraditórias em relação a essa suposta liderança em termos de humildade.) instituirás um roteiro de coragem, para que sejam transpostas as imensidades desses oceanos perigosos e solitários, que separam o velho do novo mundo. Instalaremos aqui uma tenda de trabalho para a nação mais humilde da Europa, glorificando os seus esforços na oficina de Deus.

Aproveitaremos o elemento simples de bondade, o coração fraternal dos habitantes destas terras novas, e, mais tarde, ordenarei a reencarnação de muitos Espíritos já purificados no sentimento da humildade e da mansidão, entre as raças oprimidas e sofredoras das regiões africanas, para formarmos o pedestal de solidariedade do povo fraterno que aqui florescerá, no futuro, a fim de exaltar o meu Evangelho, nos séculos gloriosos do porvir. Aqui, Helil, sob a luz misericordiosa das estrelas da cruz, ficará localizado o coração do mundo! 

Consoante a vontade piedosa do Senhor, todas as suas ordens foram cumpridas integralmente. 

Daí a alguns anos, o seu mensageiro se estabelecia na Terra, em 1394, como filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, e foi o heróico Infante de Sagres, que operou a renovação das energias portuguesas, expandindo as suas possibilidades realizadoras para além dos mares. O elemento indígena foi chamado a colaborar na edificação da pátria nova; almas bem-aventuradas pelas suas renúncias se corporificaram nas costas da África flagelada e oprimida e, juntas a outros Espíritos em prova, formaram a falange abnegada que veio escrever na Terra de Santa Cruz, com os seus sacrifícios e com os seus sofrimentos, um dos mais belos poemas da raça negra em favor da humanidade. 

Foi por isso que o Brasil, onde confraternizam hoje com todos os povos da Terra e onde será modelada a obra imortal do Evangelho do Cristo, muito antes do Tratado de Tordesilhas, que fincou as balizas das possessões espanholas, trazia já, em seus contornos, a forma geográfica do coração do mundo. (Leonardo faz crítica sobre isso: Trata-se de um comentário confuso. Ora, se analisarmos a costa oriental da América do Sul, que hoje constitui o litoral brasileiro, nós não teremos a forma aproximada de um coração. Isso só pode ser admitido com a expansão da América portuguesa para muito além dos limites portugueses estabelecidos pelo Tratado das Tordesilhas. Previamente, somente analisando a geografia da região, fica difícil visualizar “...em seus contornos, a forma geográfica do coração do mundo”, a não ser que o texto se refira a toda a América do Sul, mas o texto frisa, especificamente, “o Brasil”). 

  São detalhes que ao meu ver podem merecer a crítica, mas não suficiente para anular ou desviar o objetivo de instrução que é trazido pela produção do livro em estudo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/09/2020 às 00h12
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