Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
21/04/2020 00h20
PERSEGUIÇÃO DE DIOCLECIANO

            Tendo discorrido sobre a programação reencarnatória no dia anterior, onde todos viemos com algum tipo de compromisso, mas que somos falíveis e esses compromissos podem não serem alcançados.

            O maior projeto de evolução pessoal e coletiva, incluindo a evolução do planeta, foi trazido por Jesus e divulgado na forma dos Evangelhos. Em torno da perpetuação e ampliação desse Evangelho por todo o mundo se encontra muitos compromissos espirituais. Vamos produzir a partir deste, uma série de textos que mostram o esforço de levar avante essa evangelização por todo o planeta, da forma mais pura e honesta possível.

            Irei iniciar pelo esforço que os imperadores de Roma desenvolveram para abafar e até mesmo destruir o cristianismo, colocando para efeito de sumarização, a perseguição de Diocleciano, como último César romano a fazer tal ação por todo o império, conforme podemos encontrar na Wikipédia, a enciclopédia livre.        

A perseguição de Diocleciano ou "Grande Perseguição" foi a última e talvez a mais sangrenta perseguição aos cristãos no Império Romano. Em 303, o imperador Diocleciano e seus colegas MaximianoGalério (r. 293–311) e Constâncio Cloro (r. 293–306) emitiram uma série de éditos em que revogavam os direitos legais dos cristãos e exigiam que estes cumprissem as práticas religiosas tradicionais. Decretos posteriores dirigidos ao clero exigiam o sacrifício universal, ordenando a realização de sacrifícios às divindades romanas. A perseguição variou em intensidade nas várias regiões do império: as repressões menos violentas ocorreram na Gália e Britânia, onde se aplicou apenas o primeiro édito; enquanto que as mais violentas se deram nas províncias orientais. Embora as leis persecutórias tenham indo sendo anuladas por diversos imperadores nas épocas subsequentes, tradicionalmente o fim das perseguições aos cristãos foi marcado pelo Édito de Milão de Valério Licínio e Constantino, o Grande.

Os cristãos eram alvo de discriminação a nível local no Império, embora os primeiros imperadores se mostrassem renitentes a formular leis gerais contra eles. Não foi senão na década de 250, durante os reinados de Décio e Valeriano, que este tipo de leis começou a ser aprovado. Com esta legislação, os cristãos viram-se obrigados a sacrificar aos deuses pagãos ou a enfrentar a prisão e pena de morte. Depois da chegada ao trono de Galiano em 260, estas leis foram abolidas. A ascensão ao sólio imperial de Diocleciano — um camponês da Dalmácia — em 284, após o assassinato de Numeriano, não marcou um regresso imediato ao desprezo pelo cristianismo, mas prenunciou uma mudança gradual nas atitudes oficiais para com as minorias religiosas. Nos primeiros quinze anos do seu reinado, Diocleciano purgou o exército de cristãos, condenou os maniqueistas à morte e fez-se rodear de opositores públicos ao cristianismo. A preferência de Diocleciano por um governo de cariz pró-activo, combinada com a sua auto-imagem de restaurador do glorioso passado de Roma, despoletaram a mais terrível perseguição na história de Roma. No inverno de 302, Galério pressionou Diocleciano para iniciar uma perseguição geral dos cristãos. Diocleciano, que não estava de todo convencido da sua utilidade e oportunidade, consultou o oráculo de Apolo. A profecia do oráculo foi interpretada como um apoio à posição de Galério e a perseguição generalizada iniciou-se em 24 de fevereiro de 303.[7]

As discrepâncias no zelo com que os decretos foram cumpridos nas várias províncias do império deveram-se às posições pessoais dos diferentes tetrarcas. Enquanto Galério e Diocleciano foram ávidos perseguidores, Constâncio não se revelou muito entusiasta: éditos persecutórios posteriores, incluindo a chamada ao sacrifício universal, não foram aplicados nos seus domínios. O seu filho, Constantino, após a sua entronização em 306, restaurou a legalidade dos seguidores do cristianismo e devolveu-lhes as propriedades que lhes tinham sido confiscadas durante a perseguição. Nesse mesmo ano, na península italiana, o usurpador Magêncio (r. 306–312) substituiu o sucessor de Maximiano, Valério Severo (r. 305–307), prometendo ao povo total tolerância religiosa.

 Galério deu por finalizada a perseguição no Oriente em 311. Contudo, esta foi retomada no EgitoPalestina e Ásia Menor pelo seu sucessor, Maximino Daia (r. 305–313). Constantino e Licínio, o sucessor de Severo, assinaram o Édito de Milão em 313, que oferecia uma aceitação mais abrangente da Religião Cristã do que a proposta pelo Édito de Tolerância de Galério. Licínio expulsou Maximino em 313, finalizando assim a perseguição no Oriente.

A Grande Perseguição não logrou controlar o crescimento da Igreja. Em 324, Constantino era o único governante do império e o cristianismo era agora a religião por ele mais favorecida. Embora a perseguição tenha resultado nas mortes de 3 000 cristãos — de acordo com estimativas recentes —, assim como na tortura,[8] encarceramento ou deslocação de muitos outros, a maioria dos cristãos escaparam às punições imperiais. Todavia, a perseguição conduziu à divisão interna entre aqueles que tinham colaborado com as autoridades (os "traditores") e aqueles que se tinham mantido "puros". Alguns cismas, como o dos donatistas no norte de África e o dos melecianos no Egito, persistiram mesmo após o fim das perseguições. Os donatistas, por exemplo, não se reconciliaram com a Igreja senão depois de 411. Nos séculos posteriores, alguns cristãos criaram um "culto dos mártires" e exageraram as barbaridades praticadas na era das perseguições. Estes testemunhos foram criticadas durante o Renascimento e depois, de forma notável, por Edward Gibbon no século XVIII. Historiadores modernos, como o marxista Geoffrey de Sainte Croix, continuaram esta tendência, procurando definir até que ponto vai o exagero que, porventura, permeia a perspectiva transmitida pelas fontes cristãs contemporâneas da perseguição de Diocleciano.

Observamos que neste século IV d.C. houve uma perseguição oficial aos cristãos, mas surge uma pessoa com um compromisso espiritual de resguardar o cristianismo, que era Constantino, como veremos nos textos seguintes.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 21/04/2020 às 00h20
 
20/04/2020 00h19
PROGRAMAÇÃO REENCARNATÓRIA

            Muitos já sabemos que a vida na realidade se processa no mundo espiritual. Passamos um tempo encarnados aqui no mundo material para pagarmos alguma dívida, executar alguma tarefa, geralmente aprender alguma lição. Após o compromisso ser realizado ou não, e voltamos ao mundo espiritual, lembramos de tudo o que ocorreu. 

            Tudo isso é muito parecido com o sono e vigília que alternamos aqui no mundo material. Quando estamos acordados corresponde a vivência no mundo espiritual, nos temos a consciência do que aconteceu nos outros momentos de vigília. Quando estamos na fase de sono, o corpo está se reabastecendo, podemos ter sonhos, mas nada disso tem uma sequencia. A sequencia acontece quando voltamos ao estado de vigília e podemos lembrar de tudo.

            A nossa vida ocorrendo no mundo material, também não tem um sequenciamento. A sequência ocorre quando voltamos ao mundo espiritual. Dessa forma, estamos aqui cumprindo uma programação que foi desenvolvida no mundo espiritual.

            Nós, que já estamos sintonizados com o Bem, devemos ter uma programação para reforçar o avanço da evolução, tanto nossa quanto do planeta que vivemos. Mas tudo não é tão fácil. Devemos resistir aos apelos da personalidade, do Ego, ao egocentrismo, ao endeusamento de nós mesmos. Uma programação reencarnatória mesmo bem preparada, longamente planejada, pode se perder. E nossos amigos espirituais não podem nos ajudar diretamente, pois o livre arbítrio de cada um deve ser respeitado. O que pode ser feito é rogar ao Pai Celeste que nos socorra e nos oriente.

            Resta compreender porque isso acontece. A nossa mente é influenciada continuamente pelos interesses do Ego, do personalismo. Pensamentos, desejos e ações, são geralmente ocultos, pois levam prejuízos ao próximo. Isso faz com que essa verdade que conhecemos sobre nós seja refutada, um tipo de fuga da difícil situação espiritual que possamos ter entrado. A mentira sobre o que pensamos e fazendo é uma forma de nos afastarmos de Deus. Para sair dessa situação e sentirmos uma felicidade real, é preciso enxergar nossa real situação espiritual e que a Verdade seja restaurada, pois ela nos libertará, nos tornará donos do nosso destino e nos aproximaremos de Deus.   

            Jesus trouxe para nós a consciência de nossa real condição espiritual, arrancando-nos das ilusões em que nos apoiávamos, acreditando-nos possuidores de uma superioridade que não existe.

            Conscientes de nossa real situação, temos que tomar uma decisão e arcar com as consequências advindas dela. Podemos optar pela iluminação espiritual, conscientes de que ela é árdua, difícil e demorada, mas o único caminho para nossa real felicidade. Ou então, abafar a consciência e escolher a fantasia, a mentira, pois ela nos dá maior prazer, maior satisfação e não nos obriga a empreender os esforços de resignação, humildade e desapego ás ilusões, principalmente sobre nós mesmos.

            A Verdade nos liberta, mas depende de nosso esforço e coragem para nos vermos como realmente somos. Por isso matamos Jesus impiedosamente. Calando o Messias, tentamos fazer silenciar a própria consciência que gritava dentro de nós.

            Oremos a Deus. Ele haverá de nos orientar no cumprimento de nossa programação espiritual. E acima de tudo, tenhamos paciência, sabendo que nós mesmos viemos de longa data fugindo dessas verdades. 

            Tenhamos paciência e muita perseverança. O Bem triunfará, isso é inevitável. A Verdade será vitoriosa. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/04/2020 às 00h19
 
19/04/2020 00h18
SOMBRAS NA MADRUGADA

Quando as sombras na Terra são constantes

Enquanto o dia que virá não mostra a luz

Quando lembro as lições do meu Jesus

Sei que glórias virão bem retumbantes

 

Entrevejo a névoa filtrada nas estrelas

E o frio diz pra mim que é chegada

A doce precursora da manhã, a madrugada

E já consigo as virtudes merece-las

 

As trevas agora, em sombras se tornaram

Eu já percebo, vejo a bela Natureza

Que revela para mim o Criador

 

Quantas pessoas neste mundo já amaram

E tiraram das sombras a tristeza

Percebemos que o breu se transforma pelo Amor!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 19/04/2020 às 00h18
 
18/04/2020 02h30
BOLSONARO X MANDETTA

            O conflito constante que o presidente Bolsonaro enfrenta com aqueles acostumados a se locupletarem com o dinheiro público, que seja de forma legal ou ilegal, se arrasta até hoje em todos os escaninhos do poder. Firme na sua posição de manter a integridade do governo, mesmo com suas atitudes ríspidas e até mal-educadas, mas o presidente conquistou a confiança da maioria dos brasileiros e de todos aqueles que desejam a pátria livre de tantas iniquidades. Vejamos um texto que circula na net neste tempo de pandemia, para vermos mais um reflexo disso:

Entendam A Briga Entre Bolsonaro E Mandetta.

A briga de bastidores entre Bolsonaro e Mandetta jamais será retratada corretamente, nunca acreditem num livro de história.

Para entenderem essa briga, primeiro alguns fatos.

O Exército Brasileiro se preocupou com saúde desde o seu início, preocupado que era com seus soldados.

Possuía três dos melhores hospitais da época e criou a Escola da Saúde do Exército em 1921, Escola de Aplicação do Serviço de Saúde do Exército (1921)e a Escola de Saúde do Exército (1933).

Em 1904 o Exército se viu envolvido com a Revolta das Vacinas, contra a varíola, quando a população se revoltou contra a vacinação.

Por isso epidemias e vacinas foram sempre assuntos discutidos entre nossos militares, mais do que nossos médicos, haja visto.

Os médicos do Exército são também os que mais entendem de malária, em São Paulo nenhum médico jamais viu essa doença.

Mesmo não sendo médico, Bolsonaro teve uma exposição a medicina bem diferente do Mandetta, um ortopedista que praticamente nunca exerceu.

Em março Trump liga para Bolsonaro perguntando qual era a produção brasileira de hydrochloroquina, e que ele deveria investigar por que parecia ser um “game changer”.

Bolsonaro obviamente consultou os seus médicos do Exército, que ele confia mais e que entendem muito desse remédio.

Bolsonaro fica animado e repassa essa informação ao seu Ministro. 

Mandetta simplesmente descartou, “bobagem”, combateu a hipótese a ser testada desde o seu início.

Não sendo médico, Bolsonaro obviamente cedeu.

Mas, começa a perceber que há dois tipos de medicina, a do conhecimento do seu exército, e a do político na área da saúde, que começa a ter sonhos mais altos.

Bolsonaro é duramente pressionado também pelo Guedes, que o alerta contra um confinamento exagerado, que poderia parar a economia, quebrar milhares de empresas, e empossar de vez.

Entre salvar 2.000 velhos em situação crítica, e os 40 milhões de desempregados com o confinamento, Bolsonaro não tem mais dúvidas.

Bolsonaro é o único a perceber que o problema não é salvar vidas do coronavirus e sim salvar a vida econômica especialmente dos 12 milhões de desempregados por exemplo.

Que se não acharem emprego não terão mais um ano de vida se morrerem de forme.

O segundo atrito entre Bolsonaro e Mandetta aparece quando surgem as notícias do Prevent Senior, que anima os médicos do Exercito e do próprio Bolsonaro.

Bolsonaro volta a carga, e recebe mais negativas. 

“São picaretas”, retruca Mandetta, “não é uma empresa séria”, “são um bando de irresponsáveis”, que o Ministro repetiu deselegantemente numa coletiva.

Mandetta sugeriu intervir na Prevent Senior e impedir o uso desse remédio não comprovado, mas que todo médico famoso infectado implorou tomar.

Foi aí que até eu fiquei preocupado.

Fã que eu era da postura segura do Mandetta até aquele momento.

A Prevent Senior é uma empresa vencedora, case mundial, estudada por administradores hospitalares do mundo inteiro, ensinado na Harvard Business School, que eu confio.

Bolsonaro demorou para ser informado da briga pessoal entre o Mandetta e a Prevent Senior.

Que agora já é conhecida pela maioria da imprensa, calada.

Não somente se sentiu enganado pelo seu Ministro, em detrimento da nação, mas ficou furioso com o despreparo e motivação de seu assessor.

Tornaram a hydrocloroquina uma batalha política, em vez de uma decisão do paciente à beira da morte e seu médico.

E total descaso para aqueles não podem ficar um dia sem trabalho.

Em vez de se unirem diante de uma crise, muitos líderes brasileiros estão querendo aproveitar a pandemia para tomar o poder em 2020.

Quando nesses momentos se espera a cooperação de todos, inclusive dos políticos e da imprensa em oposição.

            Este texto não encontrei com autoria, mas mostra uma coerência com os fatos e mais ainda, mostra a falta de compromisso da imprensa com as soluções que podemos ter nos diversos contextos, inclusive orientar a população sem criar clima de pânico como todos estão observando. Mesmo que a verdade chegue deturpada aos milhões de brasileiros, todos confiam na sinceridade do presidente e desconfiam de todos que encastelados em outros poderes descarregam sem intervalo suas baterias contra aquele que representa hoje a honestidade de princípios na presidência da república. 

            Que a espiritualidade superior continue a nos proteger de tanta carga de iniquidades sombreadas pelas falsas e distorcidas narrativas.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 18/04/2020 às 02h30
 
17/04/2020 00h16
CONSENSO E CONTRASSENSO

    Consenso se entende como concordância ou uniformidade de opiniões, pensamentos, sentimentos, crenças, da maioria ou da totalidade de membros de uma coletividade. Esse consenso pode ter uma falsa premissa que leve prejuízo á comunidade, mas como os membros não conhecem, correm o risco. A ciência é a instituição capacitada para descobrir a verdade no meio da ignorância e corrigir os consensos perigosos. Mas existe uma tendência de ser ouvida a ciência para se liberar ações entendidas como benéficas, que não trazem prejuízos e sim benefícios, mas como a ciência ainda não se manifestou, alguns gestores ficam intimidados em aceitar tais procedimentos como benéficos e de uso permitido. Vejamos o que acontece nesta pandemia que assola o Brasil, segundo o jornal virtual Brasilsemmedo (BSM), num documento redigido pelo professor Marcos Eberlin (PhD) e coassinado por 30 cientistas de diversas áreas em defesa do uso da hidroxicloroquina em pacientes não-graves de Covid-19. Os signatários da carta, todos ligados ao movimento Docentes Pela Liberdade (DPL), somam mais de 60 mil citações em publicações científicas internacionais. Vejamos o texto:
    O Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, desaconselha o uso da (hidroxi)cloroquina ou sua associação com azitromicina (HCQ + AZT) para doentes não-graves, e justifica sua decisão pela “falta de consenso científico”. “Ciência, ciência, ciência, seguimos a ciência!”, proclama o Senhor Ministro, soando, para muitos, como culto e prudente. Porém, ele está equivocado! 
Pois o que seria essa ciência que o Ministro afirma seguir? E haveria tempo suficiente para esperar por uma resposta, definitiva e consensual, de uma comunidade científica? E quem falaria, de fato, em nome dessa ciência consensual, para anunciar o seu veredito? 
Sou um cientista, químico e bioquímico, e já atuei em várias áreas da medicina e de análises clínicas. Meu grupo desenvolveu um método inovador e rápido de diagnóstico de zika. Minha filha — Lívia Eberlin — desenvolveu uma caneta para diagnóstico seguro de câncer e, juntos, trabalhamos em um método rápido de diagnóstico para o coronavírus. São dados obtidos nesta semana, e, se tais dados forem confirmados, teremos algo muito inovador a oferecer pela ciência. Atuo em ciência há mais de 40 anos, coordenei um grupo de pesquisas com mais de 55 doutores e pós-doutores, já orientei mais de 200 deles, e publiquei mais de 1.000 artigos científicos com quase 25 mil citações. Desculpe a falta de modéstia, mas se ciência é a questão aqui, tenho que dizer que sou um dos cientistas brasileiros mais produtivos da ciência brasileira contemporânea. Atuo, também, em uma área da ciência que estuda nossas origens, na qual uma teoria é apresentada como pleno consenso científico; entretanto, mesmo em meio a este “consenso”, ainda reinam mais dúvidas do que certezas. No fundo, nós cientistas só sabemos que quase nada sabemos!  Mas se um pouco sabemos, que usemos este conhecimento já, aqui e agora!
Com a autoridade científica que meus feitos me outorgam, não tenho dúvidas em declarar que o Senhor Ministro da Saúde, Henrique Mandetta, se equivoca tremendamente ao clamar por consenso científico nas atuais circunstâncias.  
Consenso, não raro, diz respeito a políticos. Mas como afirma Richard Feynman, um dos maiores físicos e filósofos da atualidade: “A ciência é a cultura da dúvida”. Jamais teremos certeza consensual em ciência! É evidente que o acúmulo de muitos dados ao longo de vários anos de pesquisas pode certificar algumas hipóteses e derrubar outras, provisoriamente. Mas a dúvida sempre persistirá. E é preciso que persista a fim de que a própria ciência avance e se aperfeiçoe.
Portanto, exigir consenso científico e que cientistas em suas sociedades científicas se reúnam e cheguem em uma posição consensual, em meio a uma pandemia, é revelar temor em agir num momento premente como o que vivemos. Para a cloroquina no tratamento do Covid-19, pedir consenso de seres por natureza céticos e questionadores é solicitar o impossível, para justificar uma omissão. É ignorar as evidências que já temos em nome de muitas evidências que até poderão surgir, porém, tarde demais; quem sabe depois da morte de muitos.  É se negar a desviar o Titanic, enquanto se espera um consenso sobre se a mancha no radar é mesmo um iceberg à frente.
Em Portugal, por exemplo, médicos do Ministério da Saúde adotaram o HCQ + AZT para tratar o Covid-19, tomando essa decisão com pouco mas expressivo embasamento científico, frente aos resultados do primeiro estudo do professor Didier Raoult e seu numeroso grupo de pesquisadores e de especialistas do Instituto Ricardo Jorge (onde há pesquisadores com elevada produção científica que estudam a malária e outras doenças tropicais), e do Instituto de Medicina e Higiene Tropical da Universidade Nova de Lisboa. 
Os portugueses esperaram por consenso científico? De duas sociedades científicas? Pediram estudos clínicos multicêntricos com duplo cego envolvendo um número de casos cientificamente válido? Evidentemente que não!  Seria um contrassenso imenso insistir em exigir coisas assim numa hora como esta! Pois estudos desta natureza seriam demorados demais (pelo menos 12 meses), e o vírus que enfrentamos não tem clemência por temerosos e retardatários. Pior, estudos com esta metodologia são difíceis de serem aplicados em doenças infecciosas, pois colocariam em risco a vida dos participantes nos grupos de controle e/ ou de placebo. Na verdade, nem sequer seriam aprovados em muitos Comitês Científicos de Ética. 
Os portugueses, caro Ministro Mandetta, foram bravos, corajosos e plenamente científicos. Usaram as evidências empírico-científicas de que dispunham e não hesitaram: agiram, rapidamente, pois era hora. Siga esse protocolo de sucesso!
Descartar um tratamento com baixo risco e com potencial para salvar muitas vidas, mesmo que possa até não funcionar, dar empate, é uma atitude moralmente inadmissível! E, por que não, cruel. 
Argumentos sobre a não cientificidade do uso de HCQ + AZT, ou, que devemos usá-las somente após ser declarado esse um consenso científico ignoram o que é ciência, como se constroem consensos científicos, sua efetividade em muitos casos, é verdade, mas, outrossim, suas inegáveis limitações, em outros.
Seria muito bom conhecer mais, se tempo tivéssemos, mas os dados disponíveis atualmente clamam com veemência pelo uso da cloroquina, e já!
E quais seriam estes dados? 
A favor da HCQ + AZT temos: 
1.    A cloroquina já é usada há décadas, conhecemos as dosagens, as suas contraindicações.
2.    Africanos a tomam todos os dias, e missionários na África são aconselhados a tomar doses diárias. Muitas vidas na África talvez sejam salvas por essa “feliz coincidência”. 
3.    Não há relatos científicos de muitas mortes ou sérios efeitos colaterais pelo uso da HCT.
4.    Vários estudos fervilham no Brasil e no mundo mostrando sua eficácia. A Prevent os tem aplicado preventivamente em centenas de seus pacientes idosos, com muito sucesso. Uma pesquisa na literatura científica (sciFinder e outros) sobre a HCT retorna muitos registros de seu efeito antiviral, inclusive no tratamento de zika. 
5.    Um dos maiores especialistas em epidemias no Brasil, entre eles um pesquisador sênior e altamente produtivo e respeitado, o Dr. Paolo Zanotto, aconselha fortemente seu uso. 
6.    O pior efeito colateral é a morte, e este efeito colateral ronda milhares no Brasil pelo não uso da HCQ+ AZT! 
7.    Vários médicos têm feito uso próprio da HCQ + AZT, em casos “brandos”, inclusive o coordenador da equipe de Governador Dória em SP, o Dr. David Uip. Por que para ele pode, e para o povo, não pode? Um amigo meu, biólogo e cientista, consultou seu médico, tomou e sarou, em poucos dias. 
 
Contra temos: 
1.    A falta de consenso científico.
Ou seja: é uma goleada cientifica de 7 a 1 a favor da cloroquina ou da dupla HCQ+ AZT.
Caro Ministro, ciência é o pesar das evidências que temos, aqui e agora. É agir hoje, com coragem e esperança. 
Errar é humano, mas errar por esperar consenso científico é isenção hedionda, pois o inimigo já derrubou as nossas muralhas e está a ceifar as vidas de nossas mulheres e filhos. 
Há relatos de pobres morrendo clamando pela cloroquina! Pois os ricos e poderosos, como o Dr. Uip, estão sendo todos tratados por seus médicos particulares com HCQ + AZT, e, por um motivo qualquer que ainda me é obscuro, negando-se a revelar a receita da cura. Médicos não abandonam seus pacientes, e também não lhes negam a receita! 
Mas ainda há tempo e esperança. E, Senhor Ministro, estou certo de que tomará a decisão correta.
Não corra o risco de ter sobre vossa consciência o peso da morte de centenas ou milhares de pessoas que poderão morrer sem sequer ter a chance de testar a terapia.  Seja corajoso, seja científico! Autorize o uso da ciência que temos aqui e agora, a ciência de hoje! 
Ministro: se errar, erre tentando, empatando! Mas se acertar, acerte ganhando, salvando vidas!
*******
Coassinam esta carta os seguintes cientistas:
NOME
Instituição
Marcelo Hermes Lima
Universidade de Brasília
Aguimon Alves da Costa
Universidade Cândido Mendes
Alexandre Barbosa Andrade
Universidade Federal de Ouro Preto
Amilcar Baiardi
Universidade Católica de Salvador
Bruno Lima Pessoa
Universidade Federal Fluminense
Carlos Adriano Ferraz
Universidade Federal de Pelotas
Carlos Prudêncio
Instituto Adolfo Lutz
Cesar Gordon
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Cláudio Antônio Sorodo Días
Universidade Federal da Grande Dourados
Eduardo Gonçalves Paterson Fox 
sem filiação
Elvis Böes
Instituto Federal de Brasília
José Carlos Campos Torres
Universidade Estadual de Campinas
Laércio Fidelis Dias
Universidade Estadual Paulista
Leonardo Vizeu Figueiredo
Escola da Advocacia-Geral da União
Maira Regina Rodrigues Magini
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Marcio Magini 
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Milton Gustavo Vasconcelos Barbosa
Universidade Estadual do Piauí
Ney Rômulo de Oliveira Paula
Universidade Federal do Piauí
Pablo Christiano Barboza Lollo 
Universidade Federal da Grande Dourados
Pedro Jorge Zany P. M. Caldeira
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Rodrigo Caiado de Lamare
PUC-RJ e University of York
Ronaldo Angelini
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Rosevaldo de Oliveira
Universidade Federal de Rondonópolis 
Rui Seabra Ferreira Junior
Universidade Estadual Paulista
Luís Fabiano Farias Borges
CAPES
Jane Adriana Ramos Ottoni de Castro
Universidade de Brasília
Martinho Dinoá Medeiros Júnior
Universidades Federal de Pernambuco
Marcos N. Eberlin
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Marcus Vinicius Carvalho Guelpeli
Univ. Fed. dos Vales Jequitinhonha e Mucuri
José Roberto Gomes Rodrigues
Universidade do Estado da Bahia
    Excelente atitude destes cientistas brasileiros, desmistificando uma auréola de poder da ciência sobre o consenso, a lógica, a coerência... não é que a ciência seja a culpada, ela é uma ferramenta para ser usada com lógica e coerência, mas os homens que a usam as vezes ficam hipnotizados por seu charme e esquecem de ver as experiências positivas da coletividade que não trazem o jargão científico. 
    O mesmo acontece com a auto-hemoterapia, um procedimentos usado por tanto tempo e por tantas pessoas com tantos benefícios, formando um consenso popular, mas como não tem o consenso científico, foi proibido pelos gestores da saúde publica brasileira. Agora, nós, sabedores do procedimento e da sua utilidade, temos que usar de forma clandestina, ate que esses interventores do consenso popular consigam construir um consenso científico. Esquecem todos esses gestores, que no campo da medicina, por mais que respeitemos a ciência, a nossa profissão é uma arte, onde uma simples caneta bic na garganta ou um choque elétrico na cabeça pode salvar vidas, sem a necessidade do consenso científico. 
    Afinal, na corrida contra a morte, nós médicos somos os técnicos que apontamos caminhos e oferecemos o que de melhor pode ajudar, dependente ou não de consensos, mas usando a consciência, com lógica e coerência, como árbitro.  

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/04/2020 às 00h16
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