Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
27/08/2014 08h05
O MUNDO NOS LIVROS

            Esse título também poderia ser, “Os livros no mundo”, não iria ser alterado nada do que eu quero dizer agora. Ao iniciar a leitura do livro de J. J. Benítez, “Mágica Fé – A volta ao mundo em busca de Deus”, foi que iniciei esta reflexão. Eu gosto de viajar, de ver novos cenários, interagir com outras pessoas... Mas prefiro ainda ler os livros que relatam as viagens de cada autor, quer seja num mundo real ou imaginário, mas sempre cheios da compreensão que ele faz do que vê e sente, e do porque vai e volta. É uma dimensão rica, pois o que eu perco não estando presencialmente nos lugares citados eu ganho na interpretação que o autor faz e que é única e que pode me trazer diversos flashes de conhecimento, de aproximação da verdade universal. Talvez por isso eu adquira tantos livros e inicie a leitura de tantos ao mesmo tempo, sabendo que não tenho tempo de concluir tanta leitura. É porque quando faço isso eu inicio a viagem e sei para onde vou ser levado na memória e imaginação do autor. Depois deixo o livro marcado na estante, pois já sei qual o caminho que vai ser percorrido. Pego outro para fazer a mesma coisa, e assim eu fico com dezenas de livros, iniciados e marcados com a data de aquisição, local e data que comecei e parei de ler. É como se eu tivesse congelado aquela viagem para outro momento que eu não sei quando virá, mais sei que já existe. Quando a leitura/viagem é muito interessante e tem aplicação prática naquilo que estou desenvolvendo, procuro ficar mais tempo com esse livro e fazer anotações e considerações com a minha vida prática. Como sei que estou a serviço de Deus, tenho agora a compreensão que todas as opções de livros que surgem à minha frente, de alguma forma é uma indicação de Deus para que eu aperfeiçoe determinado pensamento ou modo de agir.  Entro no sebo como aconteceu há dois dias e daquela infinidade de livros vou direcionado para a minha área de interesse. Deixo de lado diversas viagens que eu não tenho interesse em realizar. Dentro da área de meu interesse, geralmente surgem livros que motivam a viagem com o autor que eu vejo na estante. Foi o que aconteceu com J. J. Benítez. Eu já havia feito uma viagem maravilhosa com ele, na série de livros “A saga dos capelinos”. Foi uma viagem extensa e esclarecedora, no tempo, na história, na espiritualidade. Acompanhei desde o planeta Capela o deporto de espíritos recrudescentes no mal para o planeta simplório do sistema solar, a Terra. Acompanhei a criação de deuses, de civilizações, de pessoas que moldaram a face do planeta, de Osíris no Egito a Jesus em Nazaré. A minha visão de mundo foi reordenada de forma magnífica com essa viagem, que eu não teria oportunidade de fazer no mundo presencial.

            Recebi há poucos dias o presente de alguns livros do sebo e entre eles estava “Operação Cavalo de Tróia”, três títulos da mesma série. Ganhei o número 2, 3 e 4. Percebi que o autor era J. J. Benítez e que Deus através de Seus mecanismos, estava me convidando a fazer outra viagem. Fui ao sebo em busca do número um para dar início a jornada pelo começo. Esta também é outra característica minha. Sempre inicio a leitura/viagem pelo começo, não gosto de procurar cenas ou trechos especiais pela metade ou fim do livro. Gosto de ver todo o trabalho que o autor teve de apresentar o que eu vou ler, desde os agradecimentos. Chegando ao sebo percebi que a série vai mais além, encontrei outros números que adquiri. Mas não encontrei o primeiro. Por outro lado encontrei outros livros do mesmo autor, como este que citei no início e que motivou a confecção deste texto.

            Benítez começa me levando para o rio Jordão onde Jesus foi batizado por João. Era um Jordão atual, cheio de artefatos de guerra. Ele mostrou o rio Jordão turvo e prenhe de chuvas e que arrastava a sua história com pressa. Para chegar até ele era preciso atravessar dunas cinzentas e sinuosas, além do enferrujado labirinto de arames farpados que as coroavam. Era uma jornada extenuante pelos despenhadeiros vermelhos que amuralham o Mar Morto, sempre a procura de um indício, de uma cor ou de uma sensação que porventura falassem de Jesus. Ele fala da irrefreável necessidade de andar à beira do Jordão. A tarde de primavera, violeta e aprazível, escapava em direção aos cumes de Moabe (faixa de terra montanhosa na Jordânia). Ele queria receber o crepúsculo na solidão de umas águas que, sem dúvida, sabiam mais do que ele sobre o Filho do Homem. Pretendia apenas sonhar. Imaginar o admirado Jesus entre os verdes leques de juncos. Ouvir o adejar do seu manto ao vento. E talvez, quem sabe, o eco de Sua voz profunda e acariciadora, silenciando suas próprias ansiedades.

            Vejo assim, com a leitura do início deste livro, a viagem maravilhosa que vou fazer na carona de Benítez, nos lugares por onde Jesus andou, na procura de entender hoje o que Ele foi ontem, da realidade material dos seus passos espirituais.    

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/08/2014 às 08h05
 
26/08/2014 10h21
SOMOS HIPÓCRITAS?

            Hipocrisia é conceituado pela Wikipédia, a enciclopédia livre, como o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não as possui. Vejo a sociedade ocidental e principalmente na comunidade que moro, o cristianismo ser aceito como a principal orientação nas condutas da vida, aceitando e cumprindo o que Jesus ensinou sobre o Amor. Mesmo que tenham surgido diversas denominações cristãs na forma de diversas igrejas, templos, seitas ou doutrinas, a lição central deve ser cumprida e a obediência aos seres transcendentais de origem espiritual superior. No entanto o que observamos? Uma sociedade refém do medo da violência, o egoísmo superando os valores morais onde a corrupção impera na maioria das ações. Tudo isso está em franco desacordo com a lei do Amor!

            Acredito que tudo isso se deva a uma espécie de ignorância funcional. Mesmo que tenhamos consciência da existência de Jesus, isso funciona apenas como um adorno cultural, que orienta a frequentar a igreja para conversar com os amigos, mostrar os recursos materiais que conquistamos e até planejar novos negócios. A essência do ensino cristão que está sendo dito pelo padre dentro do ritual católico da missa, parece servir mais como um espetáculo que se repete ao longo dos séculos, sem nenhum apelo ou importância dentro da vida, do cumprimento com destemor dessas lições.

            Podemos nascer numa família Cristã como eu fui, ser batizado, crismado... Ter sido coroinha, ajudado o padre nas missas e procissões, ter se formado por numa universidade cristã e por uma sociedade que se classifica como cristã, mas no coração tudo prospera, menos as virtudes do cristianismo. Passamos a atuar profissionalmente e as exigências de atualização nos deixa cada vez cristalizados dentro das estruturas comportamentais do mundo material.

            Não tenho vergonha de dizer que também fui um hipócrita funcional. Sabia da existência de Jesus e de suas lições, mas não internalizava esse conhecimento como fazia com as lições que recebia da física, da biologia, da química, da medicina, etc.

            Mas um dia, que não sei precisar quando, minha tenaz busca de conhecimentos, de saber qual o sentido da vida, levou-me a conhecer a doutrina dos espíritos. De repente eu percebi que existiam seres extracorpóreos com uma inteligência igual ou superior a minha, e que descortinou toda uma realidade que o meu senso crítico não queria aceitar sem argumentos lógicos.

            A descoberta dessa realidade fez com que eu redescobrisse o quase esquecido Jesus de Nazaré dentro da minha consciência e me senti preso dentro daquela rede que Ele ensinou aos apóstolos, uma rede para pescar homens para o Reino de Deus.

            Fui convidado pela Doutrina dos Espíritos e agora estou tentando ser um dos escolhidos através da prática do que é ensinado. Acredito que eu tenha perdido a característica da hipocrisia, agora eu digo e pratico aquilo que entendo ser a prioridade conforme o ensino cristão. Mesmo que eu sofra as consequências da maioria das pessoas que ainda vive na hipocrisia funcional, que não conseguem ver a lição do Mestre superior aos amores condicionados que desenvolvem dentro e fora das relações carnais ou dos interesses materiais.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/08/2014 às 10h21
 
25/08/2014 08h18
DIA DO SOLDADO

            Hoje é o dia do soldado e dia do exército brasileiro. Eu antes já fui um soldado, engajado na Marinha do Brasil. Era um marinheiro e procurava cumprir com minhas obrigações na caserna e, além disso, de perseguir os meus objetivos, que eram o de estudar e conquistar uma posição melhor para contribuir dentro do trabalho coletivo para o bem de todos.

            Consegui concluir o curso de medicina e fazer a especialização que eu queria, psiquiatria. Saí assim do ambiente da caserna e pensava não entrar outra vez. Mas como continuava os meus estudos, não fiquei bitolado apenas no exercício da minha profissão sem ver a dimensão da vida em toda sua extensão, material e transcendental, percebi que existe no Cosmo uma batalha sutil entre o Bem e o Mal e que atinge a todos, que saibam ou não dessa ocorrência. Todos sentem os efeitos dessa batalha onde o Mal é originado na ignorância de administrar nossos impulsos egoístas, e o Bem é originado da vontade do Criador em trazer luz à consciência de todos, consciência da existência do mundo espiritual, invisível, e que é o mais importante na hierarquia das dimensões da vida. É o mundo das consciências extrafísicas que precisam de aprimoramento moral, ou seja, sentir os desejos da carne e saber controlá-los e administrá-los a favor do Amor que é a essência do Criador.

            Sabendo dessa guerra na qual estou envolvido quer que eu queira ou não, decidi escolher uma das fileiras para ser soldado. Não foi bem uma escolha, foi mais uma convocação que recebi na consciência para ser soldado nas fileiras do Bem. Eu poderia escolher qual seria meu comandante na esfera transcendental. O Pai já enviou diversos Mestres à Terra, como Confúcio, Buda, Maomé, Krishna, Moisés e Jesus. Escolhi ser comandado pelo Mestre Jesus, mesmo porque tive a sorte de ter acesso às lições dos espíritos superiores que informaram ser esse Avatar (manifestação corporal de um ser imortal) o mais perfeito modelo que temos para seguir e que é considerado o governador do nosso sistema solar, da Terra principalmente.

            Voltei a ser um soldado, mesmo que eu permaneça no meu trabalho cotidiano, mas tudo agora tem o sentido dos princípios ensinados por meu comandante. Não tenho uma farda opulenta cheia de medalhas, de condecorações, de fitas hierárquicas. Meu principal uniforme reside na limpeza da minha aura, do meu perispírito, que posso fazer ao limpar o coração de qualquer tipo de egoísmo. A minha missão é distribuir e praticar o Amor que o Mestre ensinou através de Sua vida e do Evangelho que Ele inspirou. Ensino esse realizado principalmente onde reina as trevas da ignorância, fonte de todo o mal, quer seja nas ruelas das favelas, quer seja nos palacetes de condomínios luxuosos e imponentes.

            O Exército do Cristo já existe e não é exclusivo do Brasil, é do mundo todo. Posso dizer que seja um Exército Universal, atuando com as armas do Amor Incondicional: em uma mão a lança da solidariedade, da compaixão, e na outra o escudo da tolerância e do perdão. Como qualquer soldado devo sempre está em preparo físico, mas principalmente intelectual e sentimental. Devo a cada dia estar a postos para receber instruções através da meditação e pedir ajuda através da prece. Em qualquer momento do dia posso fazer isso, mas principalmente ao acordar e ao dormir. Devo fazer no momento da reclusão ao leito uma meditação sobre o que fiz durante o dia, se consegui a meta de ser melhor do que fui comparado ao dia anterior, quais foram os defeitos que ainda estão em evidência, onde deixei de cumprir minha obrigação de soldado.

Devo reconhecer meus companheiros pela capacidade de amar, a forma de identificação entre nós é a capacidade de nos amar uns aos outros. Devo reconhecer aquele que tem uma hierarquia espiritual superior a minha, por se dedicar com todo o empenho em ser o servidor de todos sem nenhuma perspectiva de benefício espiritual.

            Então, neste dia do soldado, que sejamos todos reverenciados, tanto aqueles que exibem uma farda visível, quanto àqueles que no anonimato de suas vidas prestam serviço nas fileiras do Bem. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/08/2014 às 08h18
 
24/08/2014 23h59
QUEM É JESUS?

            O próprio Jesus fez essa pergunta direta aos seus discípulos quando esteve encarnado entre nós e cada um deles teve uma resposta diferente. Se Jesus fizesse hoje essa mesma pergunta, “quem sou eu”, às pessoas que já o conhecem e que já admitem serem os seus discípulos, qual seria a resposta?

            Se a pergunta fosse dirigida a mim, acredito que eu responderia assim: Mestre, Tu és o filho de Deus, assim como todos nós também o somos, apenas que vós estais mais evoluído considerando a todos que habitam ou já habitaram neste planeta; Tu viestes para cá, encarnado como um simples ser humano, com a missão de ensinar sobre o Amor Incondicional; é o comandante supremos da luta do bem contra o mal, o governador do nosso sistema solar.

            Esta seria a minha resposta. Representa tudo aquilo que aprendi e ouvi falar sobre Ele. Fala do meu conhecimento a respeito dEle a partir da minha experiência pessoal e única. É a imagem do Mestre/Governador/Pastor que alimento em meu consciente e creio que também no inconsciente. Não é um castigador, e sim alguém que se importa com minhas transgressões, reconhece minha fragilidade humana e sabe das intenções do meu coração. Sabe que apesar dos meus erros e deficiências, eu tenho vontade de aprender e de corrigir o que tenho de errado dentro de mim, limpar o coração da sujeira do egoísmo que o meu espírito ganhou ao aceitar ser o administrador do corpo que foi oferecido para o meu estudo e evolução. Assim, Ele com o esforço que fez de deixar para nós o Evangelho, pode colaborar com o esforço que quero fazer de ser a cada dia melhor do que fui ao dia anterior.

             Estou engajado nas fileiras do Cristo, recebi o Paráclito na minha consciência e sei que tenho uma grande responsabilidade ao aceitar ser instrumento do Pai para fazer a Sua vontade. Tenho a missão específica de praticar o Amor Incondicional em todos os meus relacionamentos, principalmente nos relacionamentos afetivos, incluindo aqueles íntimos que geram a estrutura familiar. Dentro dessa perspectiva o Amor se torna inclusivo, sem ciúmes, sem exclusão de ninguém, principalmente das parceiras que o Pai permitiu a aproximação e a Lei do Amor permitiu a intimidade sexual.

            Como a Lei do Amor, representação abstrata do Pai, foi a disciplina principal que o Mestre veio ensinar, tenho a compreensão de ter na consciência uma espécie de procuração espiritual para representá-lo aonde eu for, com quem estiver, em qualquer circunstância que o Pai permita que eu esteja dentro da Natureza que é a sua representação física. Isso me afasta inevitavelmente dos costumes e até mesmo das leis humanas, carregadas de individualismo de toda espécie, desde os interesses do sangue, da hereditariedade, até os interesses de grupos corporativos. A consequência é que eu me torne um execrado, uma pessoa isolada, que nem as pessoas que desenvolvem amor por mim e mesmo que tenham uma convivência íntima, conseguem suportar.

            Apesar desse perfil, de ser um ermitão do convívio na vida íntima, torno-me cada vez mais uma pessoa que se difunde na comunidade através do Amor que recebo do Pai e que o redistribuo na forma de solidariedade, de levar a todos um pouco da luz que consegui receber. Forma-se assim o grande paradoxo na minha vida quando procuro levar avante essa vontade do Pai e coloco Jesus como o meu comandante, fico tão isolado dentro da minha casa e tão preenchido na comunidade! 

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em 24/08/2014 às 23h59
 
23/08/2014 02h45
SERVIR PARA REINAR

            As lições de Jesus são cheias de paradoxos. Uma desses é aprender a servir para reinar. Nós aprendemos que os reis são pessoas acostumadas a serem servidas, isso aparentemente é o que caracteriza um rei. Jesus diz o contrário, que devemos servir, que aquele que deseja ser o maior entre todos no Reino de Deus, um rei, que aprenda a ser aquele que mais serve a todos.

            Verificando com mais atenção essa lição e aplicando nas relações humanas, na estrutura da sociedade, pelo menos no que ela se propõe a ser, concluiremos que realmente é isso mesmo, um rei deve servir a todos os seus súditos, deve cuidar deles, estar sempre atento as suas necessidades. Deve chegar ao cúmulo de atender as necessidades dos outros e deixar as suas em segundo plano.

            Ao dizer sim a vontade de Deus em minha consciência, me prontifiquei a servi-Lo com todo o meu ser, deixando o meu corpo como instrumento da Sua vontade. Como Deus quer ver toda a Natureza em harmonia, impregnando em tudo o Amor que é a Sua essência, sei que devo levar o Seu Amor para o próximo, como se fosse Ele em mim. Devo servir ao próximo como se fosse Deus, não me importando com o que possa me suceder. Fui chamado para assumir minha missão como filho de Deus, assim como todos os meus irmãos também têm essa oportunidade. Devo imitar Jesus como Francisco e Paulo fizeram, no cotidiano, fazendo a vontade de Deus e esquecendo as necessidades materiais, para assim poder assumir o meu lugar no Reino de Deus.

            Este é o projeto que já está amadurecido na minha consciência, mesmo que ainda não o consiga praticar nos relacionamentos. Sei que o foco principal é este, servir para reinar, para ser livre dos impulsos e instintos materiais; sei que a bússola comportamental já tenho também ao meu alcance e que foi ensinada pelo Mestre Jesus: “não fazer ao próximo o que não quero para mim.”

            Não consigo praticar isso que eu tão bem já sei, por causa da força biológica que ainda é grande dentro de mim e devido ao egoísmo externo que me fustiga constantemente quando me esforço para caminhar na trilha do Amor Incondicional. O resultado é que eu me vejo forçado a morar sozinho, sem o carinho e afeto de uma companheira constante devido ao apego corrosivo e a exclusividade que é exigida por todas elas, da ignorância ou incapacidade funcional de aplicar a Lei do Amor em todas as áreas da vida.  

            Mas eu já descobri o Reino de Deus como um tesouro preciosíssimo e que não devo abandoná-lo por nada deste mundo material. Estou disposto a abandonar todos os bens materiais ou afetos incoerentes que se coloquem como obstáculo a tomar posse desse tesouro. Devo evitar a armadilha mais perigosa; é que no Amor que eu desenvolver com o próximo, não devo cair na rede do exclusivismo. Devo atentar que o Amor que eu distribuo sempre tem o caráter da incondicionalidade, isto é, não pretende receber nada em troca. Pessoas dos meus relacionamentos podem também distribuir amor em minha direção, mas contaminado com o desejo de reciprocidade, de diferenciação, de exclusivismo. Essa é a armadilha. Se eu caio nela, pensando que fazendo isso com o próximo que naquele momento exige esse retorno, eu estou praticando o “amar ao próximo como a si mesmo”, é falso!. Falso porque eu não amo dessa maneira, portanto não posso Amar essa pessoa que não ama como eu amo, da maneira que eu amo a mim. Pode parecer mais um paradoxo da Lei do Amor Incondicional, mas é justamente isso que a lógica e o sentimento do coração apontam. Aquela pessoa que me deixa livre para eu aplicar o Amor com outras pessoas que estejam à distância, é essa que mais se aproximará do meu coração incondicional. Mas talvez eu não consiga encontrar ninguém com esse perfil nessa atual encarnação, porém, enquanto isso, não serei desonesto com meus princípios. Acima de tudo estou focado na conquista de meu espaço no Reino de Deus, na forma de servir para poder reinar; mas esse servir tem de ser incondicional, pois ele é o músculo do Amor. Quem desejar um servir exclusivo, sem querer está colocando uma armadilha no meu caminho que eu devo evitar a todo custo, com carinho e compreensão, mas com firmeza e determinação.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/08/2014 às 02h45
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