Nesta guerra espiritual na qual estamos dentro, quer consciente ou inconscientemente, o mundo espiritual interage conosco o tempo todo, ambos os lados em conflito, o bem e o mal, a vontade de Deus e a rebelião do Demônio.
Jesus chegou até nós em matéria biológica e colocou a semente da sua Igreja na sociedade há dois mil anos. Sua ideologia frutificou apesar de nossas falhas humanas e se espalhou pelo mundo, conduzida pela Santa Igreja Católica Apostólica Romana. O Demônio percebeu que não conseguia vencer a Igreja de forma frontal, então desenvolveu a estratégia de infiltração no clero, aproveitando justamente nossas falhas humanas.
A estratégia satânica está tendo sucesso, o comportamento demoníaco está prevalecendo nas principais cidades do mundo, inclusive dentro da Igreja que em muitos países se mostrou associada as ideologias esquerdistas, como socialismo e comunismo, com sua meta de destruição da família e do gênero humano.
Em 1846, Nossa Senhora, a mãe de Jesus, apareceu em uma visão a duas crianças (Maximin Giraud, 11 anos, e Mélanie Calvat, 14 anos) em La Salette, França. Ao retornar da montanha onde estiveram cuidando do gado do vizinho, eles viram uma linda dama chorando amargamente.
A Santa Virgem sentou-se sem cerimônias, os cotovelos sobre os joelhos, chorando nas mãos. Ela as avisou da iminente fome que abalou a Irlanda e a França em 1846 e 1847. Nossa Senhora então revelou um segredo a cada uma das duas crianças, subiu a colina e desapareceu.
As palavras de Mélanie se tornaram controversas, pois na época vigorava um acordo entre Napoleão III (sobrinho de Napoleão Bonaparte) e os bispos da França. Ela revelou que a Santa Virgem Maria a alertara acerca de uma trama maçônica para derrubar a Igreja Católica na França. Ansiosa para remover essa visionária da política francesa, a hierarquia autorizou a sua transferência para um convento carmelita inglês em 1855.
Qual era o segredo que Nossa Senhora entregou a Mélanie em La Salette? Ela escreveu o segredo pela primeira vez em 1851, ele foi selado e enviado ao Papa Pio IX. Após isso ele foi arquivado no Santo Ofício, em Roma. Mélanie o escreveu uma segunda vez em 1873 e publicou essa segunda versão em 1879, na forma de uma brochura com o título: Aparição da Santa Virgem na Montanha de La Salette.
A versão original de Mélanie, de 1851, foi arquivada, perdida e esquecida desde o final dos anos 1800. Em 1999, porém, ela foi redescoberta nos arquivos do Santo Ofício e publicada. Apenas a partir de 1999 foi possível comparar as duas versões lado a lado. A versão arquivada em 1851 e a versão publicada em 1879 abordavam os mesmos temas (perseguição ao Papa, apostasia, a destruição de Paris e Marselha, o nascimento do Anticristo a partir de uma freira, etc.), mas a versão de 1879 é muito mais longa e mais precisa, e contém detalhes que não são encontrados na outra versão.
Irei colocar as duas versões nos textos seguintes para termos condições de refletir na comparação e na aplicação com o que está acontecendo com a humanidade ao redor do mundo.
Pai, mais um mês se finda e outro inicia. A Terra ainda está envolta em escuras nuvens de ignorância, egoísmo, perversidade, como se tivessem de boca aberta querendo engolir toda nossa liberdade, dignidade. Os princípios que o Cristo nos ensinou e que edificou nossa civilização ocidental estão sendo atacados, destruídos... os movimentos revolucionários se espalham por toda a superfície da Terra como queimadas espirituais destruindo nossas almas. Mas a luz do Espírito Santo, eu sei Pai, permanece muito acima dessas influências mundanas, iluminando a consciência de quem quer seguir as lições que o Cristo deixou entre nós. Por outro lado, Pai, sei que o Senhor está sempre sondando o meu coração e coloca à minha disposição, ao alcance do meu livre arbítrio, caminhos diversos sintonizados com a Verdade, iluminados pela Tua essência de amor, Pai. Cabe a mim aprofundar a frequência no trabalho que precisa ser feito. Recebi a proposta detalhada de como construir a igreja virtual que está em projeto; tenho as pessoas com o perfil de participarem; existe o arcabouço teórico, diversos livros que chegam de diversas fontes. Por outro lado, as pedras do caminho também surgem, atividades de passatempo, de lazer, conflitos, opiniões, acidentes... tudo exige esforço para ser mantido o foco dentro dos diversos campos de atuação: na academia, nos consultórios, na comunidade, na família... percebo a dimensão do trabalho a ser realizado e começo a entender quando é dito que os trabalhadores são poucos para a quantidade do trabalho que é necessário ser realizado. Tenho que vencer a força da cabeça da preguiça do Behemoth que existe em mim, agradecendo a Ti, Pai pela saúde física e mental que me proporcionas. Não quero ser ingrato deixando de reconhecer os benefícios que recebo e no quanto posso colaborar para ajudar no esforço de guerra espiritual na qual estamos engajados. Por isso Pai, permita a minha insistência em ter de Tua parte a colaboração para que eu tenha mais inteligência, sabedoria e coragem para fazer aquilo para o qual o Senhor me capacitou.
Sim, filho, reconheço na sondagem que faço ao teu coração, as boas intenções, mesmo que os prazeres corporais ainda sejam fortes e que tu permite que aconteça. O Behemoth que coloquei dentro de ti foi para te ajudar automaticamente na monitoração das necessidades do corpo e não para decidir sobre a moralidade de suas ações. Isso é responsabilidade tua enquanto espírito, pois sabes bem o que é corpo, e que é na alma onde está a prioridade das ações. Tu pedes o que já te dei, procura dentro do campo mental onde está localizado tudo que necessitas. Lembra de que quando dei a Salomão a sabedoria que ele pedia, não foi bem compreendida, pois logo ele se afastou da minha sintonia e ficou mais perto do mundo, das honras e dos prazeres... queres correr o mesmo risco? Tu sabe melhor que Salomão todos os detalhes que o mundo tem de ofensiva contra a minha vontade de trazer a humanidade para perto da minha intimidade... não é uma sabedoria maior que a de Salomão? Eis aí uma lição que estou te dando para reforçar a sabedoria que já está tão perto de você, mas te preocupas agora com os vícios e com os trabalhos necessários. É esta discriminação e a vontade de coloca-las em ação que está em jogo. Continuo aqui, como um Pai presente aguardando o comportamento do filho quanto aquilo que já determinei.
O pecado venial não traz a morte à alma, mas sim uma ferida. Não é ofensa grave, mas é ofensa a Deus. Não é um mal tão grande quanto o pecado mortal, mas é o pior de todos os males que podem sobrevir a uma criatura.
Desses pecados veniais uns são deliberados, outros não. Os indeliberados, isto é, os que se cometem sem plena consciência ou sem o perfeito consentimento, são menos culpáveis, e nestes caem todas as pessoas. Segundo a Igreja Católica, somente Maria Santíssima teve o privilégio de ser isenta deles.
Mais culpáveis são pecados veniais deliberados ou premeditados, feitos com plena vontade e conhecimento, e mais ainda se são cometidos com uma certa adesão ou apego da vontade, como certos rancores, certas ambições ou certas afetações radicais.
Aqueles que não fazem caso dos pecados veniais, que não se emenda, está próximo em cair em algum pecado mortal. Quanto mais os comete a alma, mais ainda se enfraquece, e ainda mais forte se torna o demônio, e Deus diminui seus auxílios. Está previsto no livro bíblico do Eclasiastes: Aquele que descuida das pequenas coisas, pouco a pouco cairá (19.1). Procuremos fugir dos pecados que por si só podem fazer-nos infelizes nesta vida e principalmente na outra.
Podemos ilustrar com dois exemplos que estão contidos no livro Instrução aos católicos. Diz Paládio que certo eremita, estando em um deserto, rezava noite e dia, levando uma vida austeríssima, pela qual era por muitos honrado. O infeliz teve certa estima a si mesmo, e estava seguro de suas virtudes para perseverar e salvar-se. Mas, aparecendo-lhe o demônio em forma de mulher, o infeliz não soube resistir a tentação e caiu. No momento em que caiu, rompeu o demônio em uma grande risada. Passado isso, deixou o deserto e voltou à vida mundana e se abandonou a todos os vícios, mostrando com seu exemplo quanto perigo há em confiar nas próprias forças.
Mais terrível ainda foi o caso do frei Justino, o qual após ter recusado destinos muito honoríficos que lhe havia oferecido o rei da Hungria, fez-se religioso de São Francisco, e se adiantou tanto na vida espiritual que tinha frequentes êxtases. Um dia, estando no altar no convento de Aracoeli foi arrebatado pelos ares, e todo o mundo o viu ascendido prodigiosamente para venerar uma imagem da Santa Virgem que estava sobre a parede. Por esse fato o Papa Eugênio IV mandou chamá-lo, abraçou-o e, fazendo-o sentar, teve com ele uma longa conversa. O miserável se envaideceu por um favor tão distinto, tanto que, ao vê-lo, São João de Capistrano disse-lhe: Irmão Justino, partistes anjo e voltastes demônio. E tendo progredido desde então com vícios e em orgulho, chegou a matar outro frei com uma facada. Depois fugiu para Nápoles, onde cometeu muitos outros crimes e morreu apóstata em uma prisão.
Assim como a alma, o espírito através do perispírito, dá vida ao corpo material, a Graça divina, o sopro de Deus dá existência ao nosso espírito (desencarnado), nossa alma (encarnada).
Assim como o corpo sem a alma cai morto e há de ser sepultado, assim a alma pelo pecado está morta à Graça de Deus e lhe cabe a sepultura do inferno, segundo a Santa Igreja Católica.
O pecado grave se chama mortal, porque leva a alma a morte. O que pecar, esse morrerá (Ez 18,20), caberá a sepultura do inferno, um lugar de suplícios eternos, onde todas as penas estão ali, onde o condenado irá penar em um mar de fogo, atormentado com todo gênero de suplícios, desesperado e abandonado por toda eternidade.
Podemos fazer uma crítica, como uma alma apenas por um pecado mortal há de padecer eternamente? Porém, o pecado mortal é uma resistência que se faz a Deus, uma aversão ao bem imutável.
O Pecado Mortal é um desprezo que se tem a Deus. É uma afronta que se comete contra a Majestade Divina: Desonras a Deus pelo pecado contra a lei (Rm 2,23). É dizer a Deus: Senhor, não quero servi-Te: confrontastes meu julgamento, dizendo não servirei (Jr 2,20).
Dentro dessa perspectiva, do relacionamento da criatura com o Criador, a desonra a Deus, ao Pai, tal criatura ingrata e revolucionária, merece sim, um castigo infernal. Um local onde os atributos de vida que ele ganhou do Pai passem a gerar sofrimentos e que sejam captados pela sua consciência perversa que não conseguiu captar a importância vital do seu Criador.
Para efeito de comparação, podemos imaginar que se alguém insulta sem razão um simples paisano já merece um castigo. Se o insulto é feito a um militar já merece um castigo maior, e se é dirigido a um príncipe ou um rei o castigo deve ser proporcionalmente maior. Agora, imaginemos que o insulto seja dirigido a Deus que é incomparavelmente maior que todos os príncipes e reis desta terra... qual será o castigo? A punição? Não justificaria a pena do inferno?
Mas, para ser considerado um pecado mortal são necessárias três circunstâncias: primeiro que haja plena consciência sobre o que se comete; segundo, que haja pleno consentimento; e terceiro, que a matéria seja grave. Faltando uma delas o pecado não é mortal, não será pecado ou será somente venial.
PECADO ORIGINAL
A narrativa sobre o Pecado Original, feito pela Santa Igreja Católica, diz que todos nós nascemos filhos da ira e inimigos de Deus, como filhos de um pai rebelde aos conselhos divinos.
Isso aconteceu porque Deus criou Adão como o primeiro homem e deu-lhe como esposa Eva, a fim de propagar o gênero humano. Criou-os em Sua Graça e os colocou no paraíso terreno dizendo-lhes que de lá os levaria para o Céu para gozar de uma felicidade completa e imortal.
Entretanto, concedeu-lhes que comessem nessa terra de todos os frutos daquele calmo jardim, mas para provar sua obediência, proibiu-lhes comer do fruto de uma só árvore que foi para isso designada.
Adão e Eva desobedeceram a Deus e comeram do fruto proibido, e, por esse pecado foram privados da divina Graça, sendo exilados do Paraíso terreno.
Foram condenados, inclusive toda sua descendência, pela Majestade Divina, à morte temporal e eterna, condição na qual entramos no mundo.
Assim, foi fechado para Adão e Eva, nossos primeiros pais terrenos, o Paraíso terreno criado na Terra com a perspectiva de seguir para o Céu e para a vida eterna, incluindo toda sua descendência.
Essa decisão do Pai criador é semelhante o comportamento humano que observamos aqui, agora. Quando um vassalo se rebela contra seu príncipe, tornou-se esse e toda sua descendência odiosos aos olhos desse príncipe. Ele providencia para que esse desobediente, revoltado vassalo seja exilado para distante, longe dos benefícios do seu reinado.
Da mesma forma, o Pecado Original praticado pela desobediência de Adão e Eva nos atinge e nos deixa também exilados do Paraíso. Somos assim os herdeiros dessa desobediência, adquirimos a sabedoria da revolta, conseguimos riquezas, honras e prazeres sem ter que obedecer a ninguém, mesmo que seja a um Deus que não consigo ver com nossos olhos físicos. O que devo fazer agora é usufruir da sabedoria adquirida com a desobediência é me reunir com os comparsas de mesma índole, colocados em posições estratégicas e fortalecer o poder sobre a maioria dos “irmãos” ignorantes que tentam sobreviver, vendo sem entender a maldade que se pratica contra eles, pois todos nascemos ofuscados pelo Pecado Original cometido por Adão e Eva.
Este é o núcleo da nossa pena, ter a inteligência ofuscada para conhecer a Verdade eterna e ter a vontade inclinada para o mal. Mas o Pai se mostrou caridosos com esses filhos herdeiros da sabedoria sobre o bem e o mal adquirida pela desobediência dos pais e inclinados geneticamente ao mal, com esses filhos da perdição.
O Pai nos enviou Jesus Cristo para nos ensinar sobre o Caminho da Verdade que pode levar novamente ao Seu convívio na Vida eterna.
Seguindo os ensinamentos de Cristo, a sua ideologia, voltamos a fazer parte da família divina, a família universal conforme a vontade do Pai, da mesma forma que o filho pródigo foi recebido pelo pai na parábola ensinada pelo Mestre.
Devemos nos manter firmes na Verdade, evitando produzir ou reproduzir mentiras e falsas narrativas que foram e são as armas usadas pelas serpentes (demônios) de todas as épocas. Lembremos da tentação sofrida por Eva que fez ela e Adão caírem no Pecado Original. Mas hoje, como há 2.000 anos, podemos nos livrar dessa herança maldita seguindo com honestidade, firmeza, dedicação e persistência as lições que o Cristo nos trouxe.