Nós, humanos, vivemos sobre intensa e constante força instintiva para atingir o prazer corporal, quer seja com químicos, quer seja com ações como alimentação, jogo e sexo. Criamos instâncias éticas para colocar limites que viabilizem a existência de uma sociedade fraterna, justa, igualitária. Mas, qualquer pessoa imbuída de algum grau de poder, sempre tenta violar esses limites em detrimento do mais fraco. Quando existe uma compreensão espiritual mais forte, serve de mais uma barricada importante para frear os impulsos instintivos que levam prejuízo ao próximo.
Aconteceu um caso divulgado nas redes sociais que mostra a dimensão desse problema com pessoas bem conhecidas e até consideradas ídolos para uma parcela da população. Vejamos o relato da vítima que teve que recorrer ao apelo da opinião pública através das redes sociais.
SOBRE O ASSÉDIO PRATICADO POR JM.
POR ST, VIA #AGORAÉQUESÃOELAS
Eu, SMT, fui assediada por JMD. Tenho 28 anos, sou uma mulher branca, bonita, alta. Há cinco anos vim morar no Rio de Janeiro, em busca do meu sonho: ser figurinista.
Qual mulher nunca levou uma cantada? Qual mulher nunca foi orimida a rotular a violência do assédio como “brincadeira”? A primeira “brincadeira” de JMD comigo começou há 8 meses. Ele era protagonista da primeira novela em que eu trabalhava como figurinista assistente. E essa história de violência se inicia com o simples: “como você é bonita”. Trabalhando de segunda a sábado, lidar com JM era rotineiro. E com ele vinham seus “elogios”. Do “como você se veste bem”, logo eu estava ouvindo: “como a sua cintura é fina”, “fico olhando a sua bundinha e imaginando seu peitinho”, “você nunca vai dar para mim?”.
Quantas vezes tivemos e teremos que nos sentir despidas pelo olhar de um homem, e ainda assim – ou por isso mesmo – sentiremos medo de gritar e parecermos loucas? Quantas vezes vamos deixar passar, constrangidas e enojadas, essas ações machistas, elitistas, sexistas e maldosas?
Foram meses envergonhada, sem graça, de, não raros, sorrisos encabulados. Disse a ele, com palavras exatas e claras, que não queria, que ele não podia me tocar, que se ele me encostasse a mão eu iria ao RH. Foram meses saindo de perto. Uma vez lhe disse: “você tem uma filha da minha idade. Você gostaria que alguém tratasse assim a sua filha?”
A opressão é aquela que nos engana e naturaliza o absurdo. Transforma tudo em aceitável, em tolerável, em normal. A vaidade é aquela que faz o outro crer na falta de limite, no estrelato, no poder e na impunidade. Quantas vezes teremos que pedir para não sermos sexualizadas em nosso local de trabalho? Até quando teremos que ir às ruas, ao departamento de Recursos Humanos ou a ouvidoria pedir respeito?
Em fevereiro de 2017, dentro do camarim da empresa, na presença de outras duas mulheres, esse ator, branco, rico, de 67 anos, que fez fama como garanhão, colocou a mão esquerda na minha genitália. Sim, ele colocou a mão na minha buceta e ainda disse que esse era seu desejo antigo. Elas? Elas, que poderiam ser eu, não ficaram constrangidas. Chegaram até a rir de sua “piada”. Eu? Eu me vi só, desprotegida, encurralada, ridicularizada, inferiorizada, invisível. Senti desespero, nojo, arrependimento de estar ali. Não havia cumplicidade, sororidade.
Mas segui na engrenagem, o mecanismo subserviente.
Nos próximos dias, fui trabalhar rezando para não encontra-lo. Tentando driblar sua presença pra poder seguir. O trabalho dos meus sonhos tinha virado um pesadelo. E pra me segurar, eu imaginava que, depois da mão na buceta, nada de pior poderia acontecer. Aquilo já era de longe a coisa mais distante da sanidade que eu tinha vivido.
Até que, em um set de filmagem com 30 pessoas, estávamos, entre elas, ele e eu. Ele no centro do set, sob os refletores, no cenário, câmeras apontadas para si, prestes a dizer seu texto de protagonista. Neste momento, sem medo, ameaçou me tocar novamente se eu continuasse a não falar com ele. Eu não silenciei.
“VACA”, ele gritou. Para quem quisesse ouvir. Não teve medo. E por que teria, mesmo?
Chega. Acuso o santo, o milagre e a igreja. Procurei quem me colocou ali. Fui ao RH. Liguei para a ouvidoria. Fui ao departamento que cuida dos atores. Acessei todas as pessoas, todas as instâncias, contei sobre o assédio moral e sexual que há meses eu vinha sofrendo. Contei que tudo escalou e eu não conseguia encontrar mais motivos, forças para estar ali. A empresa reconheceu a gravidade do acontecimento e prometeu tomar as medidas necessárias. Me pergunto: quais serão as medidas? Que lei fará justiça e irá reger a punição? Que me protegerá e como?
Sinto no peito uma culpa imensa por não ter tomado medidas sérias e árduas antes, sinto um arrependimento violento por ter me calado, me odeio por todas às vezes em que, constrangida, lidei com o assédio com um sorriso amarelo. E, principalmente, me sinto oprimida por não ter gritado só porque estava em meu local de trabalho. Dá medo, sabia? Porque a gente acha que o ator renomado, 30 a tantos papéis, garanhão da ficção com contrato assinado, vai seguir impassível, porque assim lhe permitem, produto de ouro, prata da casa. E eu, engrenagem, mulher, paga por obra, sou quem leva a fama de oportunista. E se acharem que eu dei mole? Será que vão me contratar outra vez?
Tenho de repetir o mantra: a culpa não foi minha. A culpa nunca é da vítima, e me sentiria eternamente culpada se não falasse. Precisamos falar. Precisamos mudar a engrenagem.
Não quero mais ser encurralada, não quero mais me sentir inferior, não quero me sentir mais bicho e muito menos uma “VACA”. Não quero ser invisível a menos que eu esteja atendendo aos desejos de um homem.
Falo em meu nome e acuso o nome dele para que fique bem claro, que não haja dúvidas. Para que não seja mais fofoca. Que entendam que é abusivo, é antigo, não é brincadeira, é coronelismo, é machismo, é errado. É crime. Entendam que não irei me calar e me afastar por medo. Digo isso a ele e a todos e todas que como ele , homem ou mulher, pensem diferente. Que entendam que não passarão. E o que o meu assédio não vai ser embrulho de peixe. Vai é embrulhar o estômago de todos vocês por muito tempo.
ST é figurinista.
O texto mostra um quadro claro do assédio sexual associado ao moral, quando o agressor não consegue êxito em suas primeiras investidas. Podemos ver que os limites éticos foram ultrapassados, a vítima indefesa não consegue uma solidariedade automática das testemunhas. O aspecto espiritual não está nem ao menos sendo cogitado.
Neste aspecto das relações interpessoais podemos perceber o quanto ainda estamos longe de observar o Reino de Deus ao nosso redor.
Verdugo invisível, onde se lhe evidencie a influência, aparecem a rebeldia e o azedume no coração e nas ações, preparando a perturbação e a discórdia.
Mostra-se na alma que, sem crítica, lhe ouve as pérfidas sugestões, sobre quem quer que seja, à maneira de fera oculta a atirar-se sobre a presa.
Assimilando-lhe a faixa de treva, cai a mente em aflitiva cegueira, dentro da qual não mais enxerga senão a si mesma.
E assim dominada, a criatura, ao lado das outras, é a personificação da exigência, desmandando-se, a cada instante, em reclamações descabidas, incapaz de anotar os sofrimentos alheios. Pisa nas dores do próximo com a dureza do bronze e recebe-lhe os pedidos com a agressividade do espinheiro, jogando pragas e maldições.
Onde surge, pede os primeiros lugares, e, se lhes negam, devido à inconveniência das tarefas que a providência organiza, não se envergonha de exigir direitos imaginários, condenando, sem análise, tudo quanto se lhe coloca como justificativa.
Desatendida nos caprichos particulares com que se aproxima dos setores de luta que desconhece, mastiga a maledicência ou gargalha o sarcasmo, lançando lodo e veneno sobre nomes e circunstâncias que demandam respeito.
Se alguém formula ponderações, buscando-lhe o ânimo à sensatez, grita desesperada, contra tudo o que não seja adoração a si mesma, na falsa estimativa dos minguados valores que carrega na fardo de ignorância e bazófia.
E, então, a pessoa, invigilante e infeliz, assim transformada em temível fantasma de incompreensão e intransigência, enrodilha-se na própria sombra, como a tartaruga na carapaça, e, em lastimável sofrimento e isolamento de espírito, não sabe entender ou perdoar para ser também perdoada e entendida, isolando-se na inconformação, que se lhe amplia no pensamento e na atitude, na palavra e nos atos, tiranizando-lhe a vida, como a enfermidade letal que se agiganta no corpo pela multiplicidade indiscriminada de perigosas bactérias.
Atingido esse estado de alma, não adota outro rumo que não seja o da crueldade com que, muitas vezes, se arroja ao despenhadeiro da delinquência, associando-se a todos aqueles que se lhe afinam com as vibrações deprimentes, em largas simbioses de desumanidade e loucura, formando o pavoroso inferno do crime.
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Irmãos, precavei-vos contra semelhante perseguidor, vestindo o coração com a túnica da humildade, que tudo compreende e a todos serve, sem cogitar de si mesma, porque esse estranho carrasco, que nos estimula o egoísmo, em toda parte chama-se “orgulho”.
Esse texto, adaptado de Chico Xavier/Emmanuel, em “Religião dos Espíritos” traça um perfil muito prático da influência maléfica do orgulhos em nossas vidas, estimulando o egoísmo em todos os sentidos. A única forma de nos livrar dessa influência perversa e vestirmos a túnica da humildade e assim cobrirmos os nossos corações.
Interessante que o texto veio reforçar o estudo da Cruzada dos Militares na última sexta feira, onde foi verificado a importância da abnegação e da humildade no nosso processo evolutivo.
Não há como entendermos “Deus” em Sua plenitude, uma vez que Ele é o absoluto e nós somos o relativo. Por mais que nos esforcemos e sejamos eficazes e eficientes, nunca compreenderemos todas as matizes dEssa entidade criadora, infinita e absoluta em todos os sentidos. Mas, dentro da nossa proposta de evolução está o conhecimento de tudo, inclusive do próprio Deus, dentro de nossas severas limitações.
“O Livro de Urântia” traz informações sobre a Trindade do Paraíso, auspiciado por um Censor Universal, atuando com a autoridade dos Anciãos dos Dias, residentes em Uversa (capital do Superuniverso de Orvônton, onde está o Universo de Nébadon e onde se localiza Urântia – a Terra), que diz o seguinte nos primeiros parágrafos:
A Trindade das Deidades eternas do Paraíso facilita ao Pai escapar de um absolutismo de personalidade. A Trindade associa perfeitamente a expressão ilimitada da vontade pessoal infinita de Deus com a absolutez da Deidade. O Filho Eterno e os vários Filhos de origem divina, juntamente com o Agente Conjunto e os seus filhos do Universo, efetivamente proporcionam ao Pai a liberação das limitações inerentes, por outro lado, à primazia, perfeição, imutabilidade, eternidade, universalidade, absolutez e infinitude.
A Trindade do Paraíso assegura, de um modo eficaz, a expressão plena e a revelação perfeita da natureza eterna da Deidade. Os Filhos Estacionários da Trindade, do mesmo modo proporcionam uma revelação plena e perfeita da justiça divina. A Trindade é a unidade na Deidade, e essa unidade repousa eternamente sobre as fundações absolutas da unicidade divina das três personalidades originais, coordenadas e coexistentes: Deus, o Pai; Deus, o Filho; e Deus, o Espírito.
A partir da situação presente no círculo da eternidade, olhando para trás, para o passado sem fim, podemos descobrir apenas uma inevitabilidade inescapável nos assuntos do universo, e esta é a Trindade do Paraíso. Considero que a Trindade tenha sido inevitável. Do modo como vejo o passado, o presente e o futuro dos tempos, eu considero que nada mais, em todo o universo dos universos, tenha sido assim inevitável. O universo-mestre atual, quando visto em retrospectiva, ou em prospectiva, torna-se inconcebível sem a Trindade. Com a Trindade do Paraíso nós podemos postular caminhos alternativos, ou mesmo múltiplos, de fazer todas as coisas, ao passo que sem a Trindade de Pai, Filho e Espírito, tornamo-nos incapazes de conceber como o infinito poderia realizar uma personalização tríplice e coordenada, mantendo a unidade absoluta da Deidade. Nenhum outro conceito de criação alcança padrões de completitude e de absolutez como os da Trindade, inerentes à unidade da Deidade e aliados à plenitude de liberação volitiva inerente à personalização tríplice da Deidade.
Podemos observar que a partir da linguagem cheia de conceitos novos e intricados, fica difícil até a compreensão do que se quer dizer, quanto mais entender a essência, na profundidade do que é ensinado. Some-se a isso a questão de que o Instrutor que está passando essas lições com toda fidedignidade, não sabe tudo do assunto. Chega até nós com a tarefa de passar informações que ele compreende dentro de suas limitações, para ampliar o nível de nossa compreensão e diminuir as limitações devido a ignorância.
Temos assim informações da forma como Deus administra o Universo e todos os seres, animados e inanimados, entre os quais nós estamos. Pode servir como modelo para que possamos organizar nossos relacionamentos de poder, da ciência política, e consigamos construir a sociedade harmônica e justa como Jesus já nos ensinou da sua importância.
Encontrei um texto no livro de Huberto Rohden, “Jesus Nazareno”, que me trouxe alguma luz na compreensão da relação do homem com os demônios.
Repetidas vezes, menciona o Evangelho que Jesus expulsou demônios de homens possessos.
Diante da confusão geral, passamos a explanar o seguinte:
Sim, eu não fazia essa relação do demônio ser criado pelo próprio homem que é obsidiado por ele, imaginava que era o espirito desencarnado de pessoas mais primitivas, e poderia ser expulso do homem por Jesus ou por qualquer pessoa que tivesse estatura moral superior. Mas surge a informação de que esse demônio é uma criação do nosso livre-arbítrio, e por isso Deus não se intromete.
Interessante que fala que esses demônios não têm curso evolutivo e que podem ser retirados do homem e colocado nos porcos.
Merece maiores reflexões.
Espero que este texto seja o último que eu coloque neste espaço para avaliar os relacionamentos dentro de nossa sociedade. Cartas esclarecedoras:
Procurador de quem G era assessor:
Boa noite amigos!
“Todos nós que conhecemos G ao longo desses 20 anos de trabalho no MP e toda a sua família durante os seus 44 anos de idade, estamos estupefatos, como um rapaz que nunca discutiu asperamente com ninguém, que nunca discutiu asperamente com ninguém, que nunca desobedeceu uma ordem, que todos os seus colegas o elogiavam pela forma simples e gentil de tratar todos, é verdade que um pouco sisudo, recatado, tímido, mas disposto a ajudar, sem uma mácula na sua vida funcional, chegou a cometer um ato insano dessa natureza, que trouxe como consequência tanta dor e desespero entre os colegas do MP e a sua família. Nos seus escritos podemos ver nitidamente o quanto ele vinha sofrendo calado, todas as intempéries dos últimos anos, assumiu tudo que pudesse lhe causar desconforto emocional, e foi cego para o sacrifício de ceifar vidas humanas que no destempero emocional eram os causadores de tanto mal. Só assim, sem justificar, mas se explica o que G fez ontem no MP/RN. A família espera e confia que será feita Justiça, após o devido processo legal, com o contraditório e a ampla defesa, mas sobretudo como condição primeira de se examinar psiquiatricamente se G era ao tempo em que fez tal desatino inteiramente ou parcialmente incapaz de saber o que estava fazendo. Tenho absoluta convicção que só a perícia médica poderá dizer o que G teve e tem, mas ao mesmo tempo sei bem agora com esses escritos o que o levou ao desespero emocional. Justiça seja feita.”
Servidor GWL
Cobra EXTINÇÃO DO PAGAMENTO DO AUXÍLIO MORADIA pago aos Promotores, na carta por ele escrita. Alega que “aumento ou reposição pode ser bom, mas tem de vir pela via normal, para evitar troca indesejável de favores”.
Este Auxílio Moradia, concedido a desembargadores, juízes, promotores e conselheiros de tribunais de contas, no valor de R$ 4.377,00, concedido liminarmente pelo Ministro Fux (liminar concedida em 2014, com pagamento retroativo a estas autoridades, sem julgamento do mérito), já causou um saque de 10 bilhões aos cofres públicos. Este dinheiro daria para atenuar o déficit da Previdência. Mas tá sendo embolsado por estas autoridades de forma ilegal. A Ministra Carmen Lúcia declarou que tomaria uma medida moralizadora quanto a isso, mas nada fez até agora. Detalhe: estas autoridades recebem o Auxílio Moradia mesmo tendo casa própria. AJUDEM A PASSAR O BRASIL A LIMPO. REPASSEM estas informações. A população precisa saber.”
O fato fica melhor esclarecido com essas informações de diversas fontes. Caso elas estejam representando a verdade, mostra uma situação bem interessante. Um funcionário público, conhecedor da injustiça social dentro da sociedade em que vive, percebe que a mesma injustiça está dentro da própria instituição onde serve e que essa instituição deveria ter como missão defender a justiça social para todos. Percebe que tem condições de corrigir isso usando a força bruta e parte para o ataque.
É nesse ponto que pode se considerar um transtorno mental, pois uma pessoa dentro da normalidade, não pensa em corrigir injustiças com a morte dos acusados.