Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
24/12/2017 02h28
GOVERNO E CAPITALISMO

            Sou simpatizante do capitalismo e do livre mercado. Acredito que o governo deve funcionar para garantir o livre comércio dentro de um sistema capitalismo, criando leis que impeçam o potencial de selvageria que o capitalismo pode assumir e prejudicar o indivíduo em favor das grandes corporações financeiras.

            Quando o capitalismo consegue ultrapassar esse freio, quando consegue por meio do poder financeiro dominar o legislativo e criar leis que facilitem a drenagem dos recursos para seus operadores institucionais, drenando lucros cada vez maiores para o topo em detrimento da massa dos trabalhadores, observamos o surgimento cada vez mais frequente e profundo das mazelas sociais que criam desejos de mudança radical no sistema de governo, como a substituição da democracia pelo socialismo ou comunismo, com seu potencial ditatorial e engessamento à posteriori da própria democracia.

            As grandes empresas colocam no poder legislativo pessoas que defendam os seus interesses, participam de lobbies para garantir que leis protecionistas para os seus lucros sejam aprovadas, e isso leva a queda constante do poder aquisitivo da população e queda na qualidade de vida.

            O segredo para isso acontecer está à vista de todos: a doação para as campanhas políticas. Todos os eleitos com base nessas doações, ficam comprometidas a defenderem os interesses das companhias que os patrocinarem, que doaram recursos para doações ou pagamentos aos eleitores nos momentos das eleições. O eleitor, geralmente ignorante desse compromisso que está formado entre candidato e patrocinador da campanha, recebe de forma indireta, através do candidato, o dinheiro da corporação financeira, para mais tarde sentir os efeitos das leis que produzem o degaste cada vez maior no seu poder aquisitivo. Por outro lado, a empresa resgata com uma margem de lucro bem maior todo o investimento que fez na campanha política.

            Todo o recurso financeiro é colocado à disposição desses candidatos comprometidos com as empresas, e que financiam também os institutos de pesquisa e órgãos da imprensa que se deixam manipular, com a função de criar um cenário favorável aquele político que se deseja eleger.

            Temos por exemplo o desastre brasileiro, onde um partido de viés socialista assumiu o poder, distribuiu dinheiro para comprar a consciência da massa carente e ignorante e também dos doutores das universidades e das altas câmaras do parlamento e da justiça. Esse dinheiro tanto podia ser distribuído com bases legalistas dentro de um sistema corrompido sem poder de crítica, como através das empresas que pagavam altas propinas em troca de vultosos contratos públicos.

            Onde estaria o capitalismo num sistema dessa natureza? Totalmente destroçado, onde as empresas sérias procuravam fugir desse ambiente nocivo, e a população pagando no bolso o peso da inflação, do desemprego da insegurança, tanto física quanto financeira.

            É importante que o povo seja educado, do mais simples ao mais laureado, que todo benefício financeiro adquirido de forma gratuita por políticos comprometidos com empresas, com o poder financeiro, sempre terá por trás o suor e sangue do trabalho dos milhões de contribuintes. Isto está contra a ética, principalmente a ética evangélica, da qual a maioria dos cidadãos, em todos os níveis, se dizem cristãos.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/12/2017 às 02h28
 
23/12/2017 12h01
ADVERSIDADE E PROSPERIDADE

            Santa Francisca Xavier Cabrini, a santa homenageada no dia 22 de dezembro, tem uma forma de pensar que é interessante trazermos à reflexão:

            Há duas tempestades igualmente a se temer: a da adversidade e a da prosperidade, esta, muitas vezes mais perigosa que a primeira... o caminho do céu é tão estreito, pedregoso, espinhoso, que ninguém pode caminhar sobre ele a não ser voando.

            Procurarei ter uma perfeita indiferença por todos os acontecimentos, tristes ou bons, que meu Dileto (Jesus) permitir; procurando não me deixar surpreender; mas subir imediatamente com o espírito para ver a mão de Deus, que tudo dirige para meu melhor bem. Eu me persuadirei sempre mais de que é muito curto o meu entendimento, escassa, pois, a luz, pelo que me guardarei do atrevimento de querer julgar a conduta de Deus em qualquer acontecimento. Se algo me parecer árduo e pesado, redobrarei a minha confiança e abandono no meu Dileto, procurando encontrar repouso absoluto no Coração divino.

            Eu nunca falarei de mim, nem bem nem mal, como indigna de ser objeto de que alguém se deva ocupar. Ao ouvir louvar-me, tentarei com jeito mudar de assunto. Ao ouvir censurar-me, farei feição alegre e desculparei os acusadores. Esconderei quanto puder o espírito do qual possa estar dominada, por gosto em me ocultar e, ao receber notícias más, conservarei alegria como em face do mais belo anúncio, refletindo que é meu Jesus que as envia, para fins santíssimos que eu não posso entender com a minha pequena inteligência...

            Se eu me ocupasse só das coisas exteriores, por boas e santas que fossem, eu me tornaria fraca e languescente; com o risco de perder-me, se por acaso me faltasse o sono da oração e se não procurasse dormir tranquilamente no coração do meu dileto Jesus. Dá-me, ó Jesus, em abundância esse misterioso sono.

            O foco de suas observações está na adversidade e na prosperidade, que devemos ter uma atitude indiferente às duas situações, sendo mais difícil permanecer no caminho reto quando estamos dentro da prosperidade. Mostra a importância de não desenvolvermos personalismo, colocando o foco sobre nós, mostrando tristeza ou alegria de acordos com as circunstâncias que nos atinge. Sempre ficar vigilante que tudo tem a permissão de Deus e que seguindo as lições do Mestre Jesus, que nenhuma dificuldade que nos chega está acima de nossas forças, devemos estar sempre a vigiar e orar, ficar sempre sintonizado com Deus, e que tudo que nos acontecer serve para nossa evolução, pois essa é a intenção do Pai.

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em 23/12/2017 às 12h01
 
22/12/2017 09h26
POLÍTICA E CARIDADE

            O Papa Francisco fez as seguintes considerações:

                        Envolver-se na política é uma obrigação para um cristão. Nós, os cristãos, não podemos fazer de Pilatos e lavar as mãos. Não podemos! Temos de nos manter na política, porque política é uma das formas mais altas de caridade, porque busca o bem comum. Os leigos cristãos devem trabalhar na política. A política está muito suja, mas eu pergunto: está suja por que? Porque os cristãos não se meteram nela com espírito evangélico? É a pergunta que eu faço. É fácil dizer que a culpa é dos outros... Mas eu, o que faço? Isto é um dever! Trabalhar para o bem comum é um dever do cristão.

            O Papa tem boas intenções, o seu comportamento franciscano tem mostrado com atitudes de humildade por onde anda. Agora, quanto à política... tenho minhas dúvidas. Ele interroga se a política está tão suja não é porque os cristãos que estão dentro dela não tem um comportamento evangélico. Sou obrigado a concordar. Inclusive políticos pastores, padres, etc. Os princípios evangélicos não são observados na prática política.

            Mas, por outro lado, sei que existem muitos políticos que trabalham neste campo com espírito evangélico, mas não evoluem. Digo isso porque posso me considerar como um deles. Militei por um bom período da minha vida desenvolvendo os princípios cristãos. Meu lema de campanha foi sempre pela “Dignidade Humana”. Apesar de médico e praticar os meus conhecimentos e até doar amostras grátis de medicamentos aqueles necessitados, nunca condicionei essa prática a troca de um voto. Sempre deixei o eleitor e beneficiado por minhas ações à vontade para votar de acordo com a sua consciência, de votar naquele que para ele era o melhor candidato, que podia ser o meu concorrente.

            Tenho muitos amigos nas comunidades, pessoas carentes que têm um laço afetivo comigo por terem se beneficiado em algum momento por minhas ações. Na época da campanha política, eu sabia que essas pessoas votavam em mim, mas trabalhavam como cabos eleitorais para pessoas que podiam pagar para que elas levassem benefícios à comunidade em troca de votos. Conclusão, tenho o voto dessa pessoa, mas ela consegue 200 ou mais votos para o outro candidato. Esse meu amigo, cabo eleitoral, está lutando por sua sobrevivência, não deixa de ganhar os seus trocados, que por sinal saem do bolso dos contribuintes, meu inclusive... eis a ironia!

            Dessa forma tive militando por diversos anos, sem me afastar do lema da Dignidade Humana, do lema evangélico. Fui candidato por diversas vezes: vereador, deputado estadual, deputado federal e até vice-governador. Estava dentro da linha evangélica, da maior das caridades, segundo o Papa Francisco, sem dizer nada a ninguém sobre isso, afinal a caridade não é para se divulgar aos quatro ventos, deve ser uma relação nossa com Deus.

            Não vi ao meu redor durante as campanhas políticas, nenhum candidato com o mesmo comportamento que o meu, mas acredito que existam e como eu também não alcançaram a eleição. Se todos seguissem o conselho do Papa Francisco, não teríamos tanta sujeira como observamos hoje, mas infelizmente não é assim.

            A maioria dos políticos são cristãos, assim como a maioria da população, dos eleitores que os elegem. Acontece que os princípios evangélicos passam longe de suas atitudes, apesar de que no discurso público estar bem próximo. Hipocrisia!

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em 22/12/2017 às 09h26
 
22/12/2017 00h50
AMOR MAIS PERFEITO

            São Tomás de Aquino coloca um pensamento na obra, “Contra os Gentios, 4,55 ad 13) que merece profunda reflexão:

            Mais se pratica de modo excelente a virtude, mais se obedece a Deus, e entre todas as virtudes a primeira é a caridade, em relação a qual todas as outras se ordenam. Praticando o ato de caridade do modo mais perfeito possível, Jesus Cristo atinge o grau supremo da obediência a Deus. Com efeito, segundo o ensinamento de São João (15,13), não existe ato de amor mais perfeito que morrer pela salvação de todos os homens e para a glória de Deus, e tal ato atinge o ápice da obediência, no ato do perfeito amor.

            Esse exemplo do Cristo atingir o ápice da caridade ao oferecer a sua vida pela salvação da humanidade, e tentar colocar isso como um exemplo a seguir, traz algumas considerações. O Cristo veio à Terra com essa missão específica, ensinar o amor incondicional até o clímax de sua jornada com a crucificação. Nenhum de nós que veio à Terra traz em si tal missão, não temos categoria espiritual para tanto. Nós somos as ovelhas que devem estudar e aplicar as lições do Cristo. A nossa responsabilidade maior é com nossa evolução que para se desenvolver a contento devemos ajudar ao próximo sempre que possível. Isso não quer dizer que devamos dar a nossa vida pela do próximo, pois se isso se repete continuamente em cada encarnação, onde estaremos evoluindo, se cada uma dessas evoluções é interrompida pela morte precoce em função de alguém? No caso de Jesus ele deu a vida para a salvação da humanidade, pois essa era a sua missão, aceita pela pureza do seu espirito. Em nosso caso, não temos tal pureza espiritual, pelo contrário, temos que aprender muito e a nossa vida e preciosa para esse aprendizado.

            Vamos criar um exemplo hipotético, onde um trabalhador tem que ir ao seu emprego todos os dias, tendo que passar por uma rua mal iluminada, provável de encontrar com marginais dispostos a roubar e matar. Esse trabalhador porta uma arma e no momento da agressão ele pode ter a chance de sacar a sua arma e se defender, matando o bandido antes de ser morto. Está ele errado? Era para deixar o bandido lhe matar e atingir os seus objetivos mórbidos, ou o que seja. O trabalhador deixaria de continuar a sua existência, deixaria de cuidar dos seus dependentes? Apenas para cumprir o item bíblico do não matarás?

            Sinceramente, não vejo nenhuma lógica nos argumentos que impeçam do trabalhador salvar a sua vida tirando a vida do assassino.

            Pego um exemplo mais forte: será que José, tendo uma espada ao seu lado, vendo um dos soldados de Herodes pegando o seu recém-nascido, Jesus, para mata-lo conforme a ordem recebida, deixaria o seu filho morrer, por não querer matar o soldado? Nessa hipótese não teríamos o Mestre do Amor vivo para chegar aos 30 anos e ensinar suas lições que hoje faz a gente pensar dessa forma tão pacífica que destrói o nosso potencial de vida.

            Essas são minhas considerações que, mesmo sendo politicamente incorretas frente aos princípios evangélicos, não consigo pensar diferente.

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em 22/12/2017 às 00h50
 
20/12/2017 05h50
SINAIS PARA THEO

            Theo chegou ao mundo material do planeta Terra, num país da América do Sul, o Brasil, num momento de muita dificuldade, crise ética e financeira que assolava as principais instituições da nação.

            Veio através de pais espiritualizados apesar de não praticarem a mesma religião. Veio à luz do dia numa maternidade pública, Maternidade Araken Irerê Pinto, assistido pela médica de plantão chamada Dra. Angélica, e esperou de forma forçada, o parto natural antes das 18h. Como Theo deveria nascer na hora permitida aos anjos descerem na Terra, as 18h, terminou sendo indicado o parto cesariano. Nasceu às 18h26, com 3,132 kg, e perímetro cefálico 34,3 cm.

            O dia escolhido, 18 de dezembro, é o dia do migrante, aquele que muda de uma região para outra. Bem apropriado, pois Theo está migrando da região espiritual para a material.

            Também tem uma citação de Jeremias, 23:5, na folhinha do coração de Jesus nesta data que diz: “Virão dias – oráculo do Senhor – em que farei brotar para Davi um rebento justo; um rei reinará e agirá com inteligência e administrará no país o direito e a justiça.”

            Este oráculo do Senhor atenderá uma necessidade enorme tanto no Brasil quanto nos demais países, na relação com o direito e a justiça. Não sabemos ainda qual a forma que esse reinado irá ser aplicado, mas considero que seja bem mais próximo ao que é necessário a construção do Reino de Deus.

            Este é o dia também de festa católica de origem claramente espanhola, reconhecida na liturgia com o nome de “Expectação do parto de Nossa Senhora”, e entre o povo com o título de Nossa Senhora do Ó. Os dois nomes têm o mesmo significado e objetivo: os anelos santos da mãe de Deus por ver o seu Filho nascido. Anelos de milhares e milhares de gerações que suspiraram pela vinda do Salvador do mundo, desde Adão e Eva, e que se recolhem e concentram no Coração de Maria, como no mais puro e limpo dos espelhos. A Expectação (expectativa) do parto não é simplesmente a ansiedade, natural na mãe jovem que espera o seu primogênito: é o desejo inspirado e sobrenatural da “bendita entre as mulheres”, que foi escolhida para Mãe Virgem do Redentor dos homens, para corredentora da humanidade. Ao esperar o seu Filho, Nossa Senhora ultrapassa os ímpetos afetivos de uma mãe comum e eleva-se ao plano universal da Economia Divina da Salvação do mundo.

            Mais uma vez os sinais apontam para uma responsabilidade do recém-nascido para com a salvação do mundo, no dia também dirigido a expectação do parto, e dos pais que intuitivamente o batizaram como Theo (Deus).

            O mapa astral mostra como estava o céu no momento do nascimento: Sol em Sagitário, ascendente em Câncer; Lua em Capricórnio, Mercúrio em Sagitário, Vênus em Sagitário, Marte em Escorpião, Júpiter em Escorpião, Saturno em Sagitário, Urano em Áries, Netuno em Peixes, e Plutão em Capricórnio. Com esse tanto de Sagitário no Mapa, ele tem grandes chances de ser uma criança cheia de energia, aventureira, amante da Natureza, além de superquestionadora.

            Iremos agora acompanhar os passos de Theo e verificar e veracidade desses tão amplos sinais.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/12/2017 às 05h50
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