Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
20/12/2017 00h59
AS TRES RAINHAS

            O Reino de Deus é uma sociedade perfeita onde todos os integrantes desenvolvem relacionamentos dentro da lei do Amor. A antiga família nuclear, cheia de pecados, vícios, ciúmes, egoísmo de todas as formas, deu lugar à Família Universal, onde o amor romântico cedeu lugar ao Amor Incondicional.

            No período de transição, do amor romântico ao Amor Incondicional, da família nuclear para a Família Universal, encontramos sérias dificuldades com respeito aos relacionamentos dos pioneiros que trazem essa nova formulação de vida.

            Vou citar o exemplo acontecido com um dos mestres do mundo espiritual que veio à Terra, ao mundo material, trazer de forma mais explícita, na teoria de na prática, essas novas lições já colocadas há 2.000 anos por Jesus.

            Esse mestre começou a se relacionar com mulheres colocando sempre a prioridade que deveria ter o Amor Incondicional sobre o amor romântico. Apesar de estranho, algumas dessas mulheres, pelo menos três, resolveram tentar viver nesse novo tipo de relacionamento.

            Apesar do esforço que cada uma fez e do sofrimento que passavam ao saber que o amor exclusivo que dedicavam aquela pessoa, não tinha a mesma reciprocidade, do amor dele também ser exclusivo para elas, mesmo sabendo desde o início que esta era a sua característica, de amar de forma inclusiva, própria do Amor Incondicional.

            Chegava a um ponto que nenhuma delas suportava a dor que isso provocava, e em impulsos de raiva e ressentimentos o expulsava de suas vidas. Mas o comportamento dele, estava muito sintonizado com o Amor Universal para se deixar contaminar com os arroubos do amor romântico, pelas sequelas emocionais que ele deixava. O seu Amor permanecia íntegro, por todas elas, e isso as deixava numa redoma de proteção que evitava a proliferação do mal e proporcionava a fecundação do Amor Incondicional, mesmo de forma tenra e frágil. Isso favorecia a comportamentos de inclusão afetiva, de tolerância.

            Essas mulheres que passaram por essa experiência já possuíam um porte espiritual superior as demais, mesmo que tivessem condições socioculturais e financeiras superior. Já podiam se relacionar sem demonstrações explícitas de agressividade uma com as outras. Se fosse possível colocar um padrão de nobreza nesse tipo de comportamento mais próximo do Reino de Deus, poderíamos considera-las como rainhas, frente as demais.

            Aconteceu do filho primogênito desse mestre espiritual ir ser pai de um filho também primogênito. As três mulheres, que se relacionavam bem com esse filho primogênito do mestre, teriam que provar agora as suas condições de rainhas, como os três reis Magos provaram a suas condições de videntes ao enfrentar o deserto e ir em direção ao Rei dos Judeus que acabara de nascer. Tinham a lhes guiar a luz de uma estrela que brilhava acima de todas. Para essas mulheres rainhas que enfrentavam o deserto dos preconceitos e das discriminações, tinham a lhes guiar também, a luz radiante de uma nova compreensão que vinha direto do Reino de Deus.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/12/2017 às 00h59
 
19/12/2017 00h59
O AVÔ DE DEUS

            Parece uma ideia paradoxal, profana. Como é que Deus, o Criador de tudo, pode ter um avô, um pai? No contexto da Natureza, claro que isso é impossível. Mas a imaginação pode construir cenários onde tudo é possível, com uma lógica muito particular.

            Imaginemos a existência de universos múltiplos, de várias dimensões de existência. Em cada universo criado estaria sempre presente a concepção de um Deus, como temos agora neste nosso universo. Mas em outros universos eu não tenho a certeza que o pensar é o mesmo que eu tenho aqui, que nesses outros universos toda a dinâmica e leis sejam diferentes das que funcionam aqui. Tudo pode ser fruto da imaginação, quando passamos para universos múltiplos. Por isso, posso muito bem imaginar que em cada universo existe algum tipo de compreensão de um Deus único e ao mesmo tempo a formação de inúmeros universos criados a partir de um original. Pensando assim, posso dizer que o Deus que cria um universo que se sobrepõe a este no qual vivo é o pai dele. Da mesma forma que na Biologia, um filho se forma através de um pai, assim teríamos a sequência dos universos assim formados, com a genealogia de deuses...

            Mas, vamos deixar esse pensamento complexo e forçado, pois mesmo sendo verdade a existência de muitos universos, até o infinito, mesmo assim o Pai, o Criador, Deus, sempre seria um só.

            Mas, vamos voltar e considerar que estamos dentro do nosso universo conhecido e conhecemos a toti-potencialidade de Deus. Assim sendo, para homenageá-lo e não parecendo ao mesmo tempo presunçoso, posso colocar o nome do meu filho de “Deus”, mesmo que seja em outra língua, “Theo”, por exemplo. Neste contexto é melhor compreendido como alguém pode ser o pai ou avô de Deus (Theo).

            Para quem tem uma formação espiritual, mesmo sabendo de todas as características das diversas formas de espiritualidade, manifesta nas diversas civilizações e agrupamentos humanos, fica sempre a pensar no peso dessa responsabilidade.

            Como posso ser o avô de Deus? Fica a interrogar o meu lado esquerdo do cérebro, acostumado com a operacionalização lógica. O lado direito que é mais abstrato, funciona melhor com as intuições do que com as racionalizações, procura dar justificativas que superem os conflitos lógicos e satisfaçam a consciência.

            Ora, Jesus o mestre divino, não disse que todos nós somos deuses?! Que a condição de agir conforme a Sua vontade seria uma condição “sine qua non”? Então, procurando seguir as lições de Jesus, posso me colocar no lugar de Deus, e, agindo com meus filhos, educando-os da mesma forma que eu compreendo, estarei formando deuses, dentro dessa expectativa. Se o meu filho se comporta dentro da ética, do bem e do Amor, então pode ser considerado Deus, assim como eu, seguindo as lições do Cristo.

            Dessa forma fica justificado, já que pretendemos criar e educar o recém-nascido dentro do mesmo contexto espiritual, que eu possa me considerar como o avô de Deus, sem nenhum conflito de consciência: sei quais são os parâmetros nos quais estou justificado!  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 19/12/2017 às 00h59
 
18/12/2017 00h59
DESARMAMENTO

            Nós, que seguimos as lições do Cristo, ficamos impactados quando sentimos necessidade de usar uma arma para defender nossas vidas. Parece que isso é um crime e também uma desobediência às lições do Cristo. Mas, observando com mais rigor e lógica, veremos que possuir uma arma para defesa é cumprir exatamente à lei do Cristo: “Amar ao próximo como a si mesmo”.  A referência do Amor ao próximo é amar a si mesmo. Se eu não procuro defender a minha vida de todos os meios possíveis, até mesmo matando o assassino que vem em minha direção, não estarei cumprindo a lição do Mestre.

            Também podemos verificar nas atitudes de alguns governos que as leis de desarmamento da população pode ter outras motivações menos nobre, como observamos neste texto que colhi do whatsapp:

            Um pouco de história para quem esqueceu ou nunca soube.

            Em 1929, a União Soviética desarmou a população ordeira. De 1929 a 1953, cerca de 20 milhões de dissidentes, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

            Em 1911, a Turquia desarmou a população ordeira. De 1915 a 1917, um milhão e quinhentos mil armênios, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

            Em 1938, a Alemanha desarmou a população ordeira. De 1939 a 1945, 12 milhões de judeus e outros “não arianos”, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

            Em 1935, a China desarmou a população ordeira. De 1948 a 1952, 20 milhões de dissidentes políticos, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

            Em 1964, a Guatemala desarmou a população ordeira. De 1964 a 1981, 100.000 índios maias, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

            Em 1970, a Uganda desarmou a população ordeira. De 1971 a 1973, 300.000 cristãos, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

            Em 1956, o Camboja desarmou a população ordeira. De 1975 a 1977 um milhão de pessoas “instruídas”, impossibilitadas de se defender, foram caçados e exterminados.

            Efeito do desarmamento efetuado nos países acima no século XX: 56 milhões de mortos.

            Com o recente desarmamento realizado na Inglaterra e no País de Gales, os crimes à mão armada cresceram 35% logo no primeiro ano após o desarmamento.

            Segundo o governo, houve 9.974 crimes com armas entre abril de 2001 e abril de 2002.

            No ano anterior havia sido 7.362 casos.

            Os assassinatos com armas de fogo registraram aumento de 32%.

            Segundo as Nações Unidas, Londres é considerada hoje a capital do crime na Europa.

            Tudo isso é óbvio, pois os marginais não obedecem as leis.

            Com o desarmamento, só gente honesta não poderá ter uma arma. Uma lei feita para desarmar as vítimas é cruel.

            Observamos com esses números a nocividade do desarmamento, que pode ser aprovado com um discurso positivo, de paz e harmonia, mas que na prática mostra requintes de crueldade, principalmente quando o gestor que o propões tenha essa intenção. Devemos lembrar que estamos num planeta caracterizado como de provas e expiações, onde o mal ainda prevalece, e portanto a natureza animal domina sobre a natureza humana que deseja se aproximar da angelitude.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 18/12/2017 às 00h59
 
17/12/2017 00h59
EXECUTOR DO AMOR

            Na vida material observamos quando alguém é condenado a morte e outro alguém tem o papel de executar aquela vida, matar aquele vivente. Agora, será que o mesmo pode acontecer com os sentimentos? Mesmo que ele seja tão forte quanto o Amor? Será que alguma coisa pode executar o Amor?

            Não, eu acho que isso é impossível. Quando alguém sente o verdadeiro Amor, este jamais morrerá, jamais poderá ser executado por força nenhuma neste universo, pois o Amor se confunde com o próprio Deus. O Amor entende as dificuldades que o outro tem de compreender o processo da vida, é ignorante dos verdadeiros caminhos da evolução, que todos temos um mesmo criador, por isso somos irmãos e os diversos tipos de relacionamentos que construímos em nossa trajetória biológica é quem forma os diversos tipos de parentescos (pai, mãe, irmãos, tios, sobrinhos, avós, etc.) sanguíneos com forte apelo emocional. O Amor Incondicional não sofre os efeitos dessa tendência, continua a respeitar

            Agora, o amor romântico, que muitos confundem com o amor verdadeiro, esse sim, fica logo associado com os sentimentos biológicos. Como os fatores biológicos tem um tempo de vida, os sentimentos que ficam associados a ele também morrem com facilidade, posso até dizer que coisas insignificantes podem o executar, depende muito de quem o sente.

            Muitos casais se aproximam motivados pelo desejo sexual, que pode assumir a forma da paixão e que dificilmente vem a se tornar Amor. Na melhor das hipóteses, ele pode se tornar um companheirismo na base da amizade. Mas se houver qualquer comportamento de um lado ou do outro, que não seja esperado, logo vem o sentimento de raiva e ressentimento que atrapalha o companheirismo e amizade, podendo levar à destruição de um ou de ambos os envolvidos.

            Os atos considerados pelo companheiro ou companheira como traição, agressividade, desrespeito, intolerância, logo criam ressentimentos que tendem a aumentar a frequência desses momentos negativos. Estas são as ervas daninhas que emergem ao lado do coração e sufoca e executa o amor, desaparece o companheirismo e a amizade.

            O Amor em sua natureza sublime deve um dia ser evocado por nossa consciência e aplicado em ações por nossos corações. Este será o dia da formação do Reino de Deus, da família universal, onde os derivados do amor romântico, como ciúme, intolerância, exclusividade, não mais existirão.

            Enquanto isso não acontece, devemos aprender a reconhecer o amor romântico com toda a carga de negativismo que ele traz, apesar da aparente felicidade que ele aparenta proporcionar. Reconhecer que é esse tipo de amor que está sendo constantemente criado e constantemente executado.   

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/12/2017 às 00h59
 
16/12/2017 00h59
NUNCA DIGAS POR QUEM CHORAS

            O coração não sabe falar, por isso não devo me preocupar, em dizer o nome da pessoa por quem choro... também ele não sabe pensar, só sabe sentir. A mente é quem se faz de intrometida, quer saber o nome da pessoa, por onde anda, o que faz, com quem está... se por acaso se lembra de mim...

            Não, aconselho, não deixa a boca dizer o que a mente pensa que o coração sente. Não são as lágrimas quentes que banham meu rosto, motivo suficiente para a mente, detetive, querer descobrir a culpada...

            Não existe culpadas... existem também pessoas que sofrem e talvez mais do que eu, por não ter sido pra elas o que elas esperavam de mim...

            Fui ferido pelas palavras de acusações? Pelas ameaças? Pelas decepções jogadas no meu rosto? Até mesmo por momentos de pura agressividade, de violência, de atacar o meu corpo com unhas, dentes e tapas?

            Não posso considerar meus carrascos como torturadores sem piedade, pois ao fazerem isso elas sofriam por dentro as mais intensas dores... dores no coração!

            Assim como Átila deixava um rastro de destruição por onde passava, que nenhum capim nascia nos rastros do seu cavalo, também deixo um rastro de corações destroçados por quem penetro nos sentimentos, que nenhuma esperança deixo nos corações que ficam sozinhos.

            E esta é minha natureza. Não posso deixar de agir assim enquanto sentir bater o coração, enquanto ele dirigir minhas motivações, enquanto ele perceber em cada pessoa que Deus envia o que existe de bondade e como cultivar os bons sentimentos, como um jardineiro responsável por diversos jardins, que não pode ficar exclusivamente para um somente.

            Sei que o Pai enviará outras pessoas para que eu cultive o coração com as flores do Amor, mesmo que mais adiante quando elas tiverem radiantes e mais exigentes de atenção, eu tenha que cuidar de outras e não tenha todo o tempo disponível.

            As dores de sofrer por minha ausência provoca também em mim as minhas lágrimas, mas como eu poderei dizer por quem seja? Quem no passado? Quem no futuro? Não posso individualizar...

            Não posso dizer por quem choro!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/12/2017 às 00h59
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