Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
15/08/2014 06h57
MÚTUA AJUDA

            Jesus ensinava que “Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho o teu irmão. Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. Se recusa ouvi-los, dize-o a Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano. Em verdade vos digo: tudo que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu. Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, o conseguirão de meu Pai que está nos céus. Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.”

            Essa lição mostra que somos responsáveis uns pelos outros, com o cuidado que devemos ter em advertir em particular quando algo não foi feito correto. Mas essa lição é muito difícil para mim. A tendência que sinto é de ficar afastado quando percebo que pecam contra mim. Fico no silêncio, mas a minha alma vai se distanciando...

            Jesus deixa bem claro que não é assim que devo proceder. Se o irmão pecar contra mim, devo repreendê-lo em particular. Esse primeiro passo eu tenho que aprender, talvez eu tenha que dividir essa lição com mais alguém, mostrando minha deficiência e ressaltando que estou conversando assim para o aprendizado mútuo.

            Por exemplo, no trabalho da comunidade da Praia do Meio, falei com o pipoqueiro que trabalha em frente do Shopping do Artesanato para ele se engajar em nossas atividades. Citei as pessoas que estavam a frente desse trabalho, e para a minha surpresa, a pessoa mais envolvida no trabalho e mais espiritualizada, foi acusada de ser prepotente e autoritário. Percebi assim, que de acordo com esse relato, o meu companheiro da Associação de Moradores cometeu um pecado contra esse senhor. De acordo com a lição evangélica, o pipoqueiro era quem devia chamar meu amigo para uma conversa em particular e repreendê-lo. Mas acredito que ele não tenha condições para isso, pois ele acredita que o outro é prepotente e ainda por cima tem um cargo público de mais relevância na hierarquia social. Meu companheiro da Associação talvez não tenha a percepção de ter cometido um pecado contra ele, pois segundo a história, ele estava procurando fazer o bem para a coletividade, mesmo que prejudicasse o pipoqueiro em suas necessidades individuais. O fato é que ambos estavam afastados, apesar de serem pessoas do bem e que procuram viver ajustados às regras sociais.

            O meu papel enquanto orientador e coordenador deste grupo de trabalho de orientação cristã que estamos fazendo na comunidade, era de levantar o problema em particular com o meu amigo e mostrar o que diz a lição evangélica. Por eu ter essa dificuldade também, coloquei isso no silêncio, sabendo que existe um conflito reprimido que impede a vivência da fraternidade.

            Agora, ao ler essa lição, eu fico de frente ao Mestre e percebo seus olhos serenos sobre a minha vergonha. Como eu posso assumir um papel de destaque num trabalho que tem a Sua inspiração, se não consigo praticar, nem mesmo orientar uma lição tão básica? Decidi! Mesmo sem coragem de olhar nos olhos do Mestre, de cabeça baixa, eu disse que na primeira oportunidade que tivesse eu iria abordar essa questão com o meu amigo. Não diz respeito a pecado que eu tenha cometido com ninguém de forma direta, mas de forma indireta eu não estou fazendo a lição do Cristo, de chamar quem peca para a reflexão, ou orientar para tal.

            Mesmo porque o Cristo coloca uma responsabilidade enorme em minhas mãos e nas de quem tiver coragem de praticar essas lições junto aos irmãos, que parece uma ajuda mútua: eu procuro mostrar o erro que o irmão cometeu e ao mesmo tempo fico exposto a ser apresentado para mim os meus erros. Se aplicarmos essa lição como Jesus ensinou, Ele diz que ficaremos com autoridade nos céus semelhante aquela que Ele disse que Pedro teria: “Tudo que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu.

            Fico animado para fazer isso, cumprir com essa responsabilidade de mútua ajuda com os irmãos, mesmo porque também tenho a segurança de que não estarei sozinho nesse momento, pois o Mestre disse também que: “Se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, o conseguirão de meu Pai que está nos céus. Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.

            Que posso eu querer mais? Tenho a lição, tenho o Mestre ao meu lado... talvez falte a coragem e sabedoria para abordar o problema, mas isso eu posso pedir ao Pai, pois o Mestre também ensinou que eu tenho essa liberdade de pedir aquilo que necessito, pois, Ele dizia, qual é o pai que o filho pedindo um pão ele daria uma pedra?

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em 15/08/2014 às 06h57
 
14/08/2014 23h36
FOCO DE LUZ (16)

            Esta reunião do dia 14-08-14 foi iniciada pontualmente as 19h na escola Olda Marinho, com a presença das seguintes pessoas: Radha, Edinólia, Ana Paula, Nazareno, Davi, Nivaldo, Paulo Góis, Paulo, João Dantas (primeira vez à convite de Francisco), Francisco, Cíntia, Estela, Marivon e Sued (que fez apenas passar na reunião, já que estava saindo para outro compromisso).

            Foi lido o relato da reunião anterior, lembrando o encaminhamento dos seguintes pontos: 1) Francisco participou da reunião do Centro de Saúde de Brasília Teimosa, junto aos preceptores e alunos e foi acolhida a ideia de trabalhos na comunidade da Praia do Meio com muito entusiasmo e a possibilidade de em curto prazo ser feito o trabalho de campo; 2) Foi comunicado o contato feito com o professor Tiago e a proposta dele comparecer na reunião de hoje, mas como devia a voltar a Brasília, já que ele é o presidente do trabalho de Médico da Família, ficou de ser feita a reunião com ele na próxima semana. 3) Justificaram ausências os colegas, Marcelo (do panfleto do bairro), Magnus (do CONEM) e Rosário (do SESC); 4) Paulo não conseguiu o contato com a diretora do colégio Olda Marinho para a devida atualização dos nossos trabalhos junto à escola.

            Em seguida Cíntia acertou com Sued as necessidades para dar o início da oficina de música, da possibilidade de doação de instrumentos e ela ficou de entrar em contato com a diretora da escola para ver a questão de sala para o início dos trabalhos. Também disse que tinha entrado em contato com um adolescente e procurou ver se o trazia para a reunião e verificarmos a possibilidade de o ajudarmos.

            Davi informou que existe a oferta de Carteira de Habilitação gratuita para as pessoas carentes da comunidade que tenham interesse. Também se comprometeu em fazer o projeto para escola do futebol, com número de alunos e material necessário para ser apresentado na próxima semana. Ficou também de levar o pedido de audiência com o prefeito assinado pelas pessoas que podem estar presentes e com a pauta a ser discutida.

            Edinólia pegou telefones com Paulo para entrar em contato com o proprietário do Hotel Reis Magos para verificar em que estágio se encontra o projeto de reconstrução do imóvel.

            Paulo voltará a ficar atento quanto o contato com a diretora da Escola Olda Marinho e procurará ver a possibilidade de intervenção num jovem da comunidade que foi preso e da possível vítima que ele prejudicou.

            Stela verificará a possibilidade de ser feita visita a residência da comunitária que apresentou dificuldade com os seus filhos menores e com os parentes alcoólicos.

            As 20:30h foi encerrada a reunião com todos fazendo a oração do Pai Nosso com as mãos dadas e feito a foto oficial do encontro.

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em 14/08/2014 às 23h36
 
13/08/2014 13h27
COMUNITARISMO CRISTÃO

            O Comunitarismo é um conceito político, moral e social que surge no final do século XX (por volta das décadas de 1960 a 1980) em oposição a determinados aspectos do individualismo e em defesa dos fenômenos como a sociedade civil. Entre a queda do Comunismo russo em 1989 e o triunfo do Liberalismo anglo-americano no mundo até 2007-2008, a sociedade fica sem rumo para as suas novas esperanças. Com a necessidade de contestar o Liberalismo surge o Comunitarismo, para enriquecer o debate político no mundo pós guerra-fria.

            A ideologia comunitarista não é contrária ao liberalismo, mas centra seus interesses nas comunidades e na sociedade e não no indivíduo, como o liberalismo faz. É centrada na crença que as comunidades são a base de todas as soluções para um mundo melhor e que o liberalismo não vem conferindo a importância que elas merecem, devido ao individualismo defendido pelo sistema liberal. Acredita também que o individualismo do liberalismo prejudica as análises sobre as questões de nosso tempo.

            A Igreja Católica identificou no comunitarismo uma forma de valorização das ações sociais e coletivas e um meio de ação política. Já nas primeiras comunidades cristãs, narradas nas epístolas paulinas, fala-se de comunitarismo. Pouco a pouco a comunidade vai se organizando, criando uma pequena estrutura econômica de sustentação dos órfãos e viúvas. A prática da fraternidade e a colocação dos bens em comum não eram uma norma obrigatória e sim um compromisso vindo da vivência do Evangelho. Conforme o número de cristãos vai aumentando, a comunidade vai ganhando uma estrutura própria, até mesmo no sentido do governo, mas ainda não existe uma hierarquia.

            João Paulo II, referindo-se ao comunitarismo dos primeiros cristãos, disse que o restauro da cobertura da Basílica dos Santos Nereu e Aquileu nas catacumbas de Domitila enriquece ulteriormente aquele patrimônio monumental que representa o testemunho mais concreto e evidente do mundo das catacumbas, onde os primeiros cristãos conceberam um sistema funerário novo, sepultando os fiéis em túmulos semelhantes, humildes e sóbrios, como símbolo da igualdade e do comunitarismo. (João Paulo II, Assembléia Plenária da Pontifícia Comissão da Arqueologia Sacra, 2001).

            Toda a difusão do cristianismo reside na irradiação evangélica das comunidades cristãs, através das quais se experimenta o novo e contagioso Amor de Cristo, nas quais o Espírito dinamiza e faz sentir a experiência antecipada do Reino de Deus. As novas comunidades devem acolher a humanidade que busca um mundo novo e seu fermento é conseguir transformar a face do mundo, de planeta de provas e expiações para planeta de regeneração.

            O trabalho de natureza cristã que está sendo realizado na Associação de Moradores e Amigos da Praia do Meio (AMA-PM) tenta fazer ressurgir essa prática dos primeiros cristãos e necessita que todos tenham essa compreensão: que todos são filhos de um mesmo Pai, portanto todos somos irmãos; que o Pai nos enviou o seu filho mais preparado, Jesus Cristo, para nos ensinar sobre o Amor e como construir o Reino de Deus a partir da transformação dos nossos próprios corações; que a pessoa mais importante dentro do relacionamento humano é o próximo, não importa quem seja, devemos amar como se fosse a nós; que a família biológica é importante para a evolução do mundo material onde os corpos fazem parte, mas a família espiritual é mais importante, pois através dela se processa nossa evolução em direção ao Pai.

            Mas não estamos isolados, pertencemos a comunidade natalense, norte-riograndense, brasileira e certamente todos são convidados a participarem desse projeto, direto ou indiretamente.

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em 13/08/2014 às 13h27
 
12/08/2014 11h17
O PÓ DAS SANDÁLIAS

            Jesus disse aos Seus apóstolos que os estavam enviando como ovelhas no meio de lobos. Eu, como Seu discípulo, me sinto nessa condição e, portanto, devo ficar bem atento a essas lições. Ele advertia que devo ser prudente como as serpentes, mas simples como as pombas. Dizia que eu prestasse bem atenção ao comportamento humano, pois poderia ser levados aos tribunais e ser punido com as leis civis ou eclesiásticas. Advertia que eu iria ser levado por causa dos Seus ensinamentos diante de governadores, reis ou sacerdotes. Iria servir assim de testemunho para todos que não conhecem a lei do Amor, que vivem na ignorância da Verdade divina. Apesar dessa visão pessimista do futuro, Ele me deu a esperança para que eu não saia do caminho que o Pai me apontou e que decidi cumprir. Disse que quando eu fosse preso, não me preocupasse nem pela maneira com que havia de falar, nem pelo que havia de dizer: naquele momento não seria eu que falaria, mas o Espírito de nosso Pai que falaria em mim. Poderia até ser odiado por muitos por causa da aplicação das lições do Amor.

            Em outro momento Jesus diz que se eu for mal recebido devido praticar as Suas lições, saia logo dessa cidade, dessa casa. E na saída sacuda o pó das suas sandálias, ou sapatos, como sinal de protesto contra essa gente.

Não quero ver nessa lição um sinal de indignação ou de “lavar as mãos”, uma isenção de qualquer responsabilidade. Quero ver nessa recomendação um apelo à tolerância. Não é fácil falar, ensinar, demonstrar e não ser ouvido ou reconhecido. É deprimente ter a experiência de sentir a indiferença, raiva ou ódio daqueles a quem dedicamos cuidado, atenção e Amor... mas acontece. Não é questão de sentir-se superior, mas de entender que nem sempre quem recebe alguma coisa nova está preparado para acolher bem a novidade. Existe quem não tenha como me receber, não porque na realidade não queira, mas porque não entende ou não confia. E preciso respeitar isto! A minha conduta é diferente para quem me vê!

            Cada um tem uma imagem diferente do que sou, mesmo que eu seja uma pessoa honesta, sincera, verdadeira, única de caráter, e que me considero discípulo do Cristo e obediente à vontade que o Pai colocou na minha consciência. Mas as pessoas podem levar tempo para compreender isto... dias, meses e, até anos!

            Por isso, em certos momentos, não como desaforo ou represália, mas por tolerância e amor, é preciso tirar o pó das sandálias! Dar tempo, dar espaço, respeitar!

            Imagino quanta dor Jesus sentiu na cruz. Ele foi preso, espancado, xingado, cuspido, ofendido, traído, abandonado! Tinha todo o direito de se voltar ao “mundo” e dizer: “Vocês são ignorantes, não entenderam nada do que falei, do que fiz. São uns ingratos, não tem inteligência!”. Mas apesar de ter essa prerrogativa, preferiu tirar o pó das sandálias... não com arrogância, mas com generosidade e Amor, pedindo o perdão de Deus dizendo: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”

            De certa forma, bater esse pó é deixar a semente no chão, na esperança de que um dia nasça; é registrar que a minha tarefa foi cumprida, e não há mais nada a fazer. Espero ter a sensibilidade de sempre tirar o pó das sandálias no momento certo, antes de ser posto fora da casa que entro com sandália, pó e tudo!

            Não posso correr o risco de passar da medida, insistindo com quem não tem condição de absorver mais do que pode... e quanta confusão acontecerá por isso!

            Para tirar o pó na hora certa é preciso que eu tenha a segurança de está seguindo as lições do Cristo e a vontade do Pai, e do que tenho como virtudes e defeitos. Sei que o potencial humano tem os seus limites e não sou tão diferente de ninguém, que vivo na carne e sofro os seus efeitos. É preciso que eu entenda que não é na hora, mas com o tempo que as sementes do Amor nascem, as plantas crescem, as flores surgem e se formam frutos que amadurecem.

            Não posso gastar sandália à toa, é preciso de vez em quando renová-la, retirar-lhe a poeira para que seja útil em outras paragens, em outro chão, com outro pó. Esta lição nunca foi tão necessária para mim, porque mais que na insistência, o crescimento e o resultado do Amor acontecem através da tolerância e do tempo. 

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em 12/08/2014 às 11h17
 
11/08/2014 17h04
DIGNIDADE DO HOMEM

            De onde vem a dignidade do homem? Sei que pertenço ao reino animal e dentro dele divido com os demais animais de seus instintos e necessidades. O que me diferencia do animal, enquanto homem, para justificar uma dignidade especial comparada com eles? É a maior capacidade de raciocinar, de lembrar-me do passado, comparar com o presente e projetar o futuro. Tenho a consciência da minha finitude corporal, mas que tenho um espírito imortal criado por Deus e destinado a ir ao Seu encontro com o aprendizado do Amor.

            É este diferencial que os demais animais não possuem que caracteriza a minha dignidade. A minha espécie, a humana, possui esse diferencial, mesmo que seja em potencial. Todos possuem, dentro da normalidade, a mesma capacidade neurológica, mesmo que não tenha desenvolvido no psiquismo esses atributos psicológicos de natureza espiritual. É devido a esse potencial, mesmo que não esteja ainda desenvolvido ou até tenha sido danificado de alguma forma, que temos uma dignidade especial.

            É este atributo psicológico e espiritual que faz a conexão mais íntima do homem com Deus e que pode assim ser considerado a Sua imagem e semelhança. Mas pode ser usado o atributo psicológico e direcionar o diferencial humano para outras explicações filosóficas longe de Deus ou mesmo não entender a perpetuação da vida após a morte do corpo físico. Fica claro que o entendimento do aspecto transcendental é um fator que nos afasta da condição material, imanente, e que necessita de aprendizagem para isso ocorrer. Por isso foi necessário a vinda de Jesus para explicar todos esses aspectos: da vida eterna, da filiação ao Pai, do mundo espiritual, da possibilidade e até obrigatoriedade da comunicação regular com esse Pai através da oração e meditação.

            Como esse aprendizado diz respeito ao mundo transcendental onde o acesso é feito pela razão e pela fé, as pessoas precisam de professores e instrutores, dedicados e pacientes, como foi o caso de Jesus que ensinou e escolheu pessoas para dar continuidade as lições, como Paulo de Tarso. Paulo foi aquele escolhido pelo Cristo para ser o divulgador dessas lições por todo o mundo e que ele fez com todo o empenho. Dizia essa verdade em nome de Jesus Cristo, repetia sempre que não mentia, que a sua consciência dava o seu testemunho pelo Espírito Santo. Mas a dúvida estava sempre presente entre os pretensos alunos. Até mesmo Jesus se deparava com esse problema. Mesmo apresentando fenômenos que mostravam a Sua sintonia com um mundo e poder superior, os apóstolos ainda eram consumidos pela dúvida e pelo medo. É o caso da Sua aproximação caminhando sobre o mar. Quando os discípulos O perceberam caminhando sobre as águas, ficaram com medo e exclamaram: “É um fantasma!”, e soltaram gritos de terror. Jesus tranquilizou-os, dizendo quem era, e que não tivessem medo. Pedro depois que entendeu que realmente era o seu Mestre, pediu para ir para perto dEle por sobre as águas. Depois que recebeu a permissão, Pedro começou a caminhada, mas sentindo um vento mais forte, teve medo e começou a afundar. Foi preciso o Mestre lhe pegar com a mão e reclamar: “Homem de pouca fé, por que duvidaste?”

            São essas barreiras do medo e da dúvida que até hoje impede uma boa compreensão e aceitação dessas lições. O homem se sente mais confortável ao lado das coisas materiais, mesmo sabendo que tudo é passageiro nesse mundo material, que tudo não passa de uma miragem a ser transformada ou destruída pela ação do tempo. Ao ficar nessa condição o homem perde muito da sua dignidade, mesmo que atinja altos níveis acadêmicos, profissionais ou mesmo eclesiásticos.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/08/2014 às 17h04
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