Constato essa verdade. O trabalho está sendo derrotado a cada dia. Não contabilizo nenhum aspecto positivo desde o dia que decidi ir para o confronto até hoje. Não posso vir a cada dia a este espaço e colocar sempre aspectos negativos. Não voltarei mais a tocar nesse assunto, mas estarei sempre atento e tentando conquistar alguma vitória. Se tal acontecer voltarei a registrar.
Existem diversos espaços dentro da minha economia psicossocial que merecem reparos. Vou procurar ver qual outro aspecto que posso colocar sobre a mesa para que ilumine a todos com a dedicação em aperfiçá-lo.
Duas frentes evolutivas que pretendo investir. Coloco minha atenção no desenvolvimento de ambas, sei que são importantes para o processo da Reforma Intima. O caminho ainda é rudimentar, sei que estou muito longe do ideal. No campo da Caridade estou mais confortável, pois mesmo sabendo que não estou no ponto ideal, já dei o primeiro passo. Mesmo praticando a Caridade de forma automática, na simples oferta material, já dei o passo de vencer o mecanismo de defesa onde todos que se aproximavam de mim tinham uma intenção oportunística, parasitária, e que eu deveria me defender. Ficarei agindo dessa forma à espera que o tempo contribua no rastro desse hábito para que eu me fortaleça e dê o passo seguinte, o contato afetivo que deve acompanhar qualquer ação caritativa. Quanto ao trabalho, sinto muito mais dificuldade em atender os reclamos da consciência. O corpo pede descanso, lazer em função da grande tarefa material que tem que cumprir, enquanto a consciência cobra as ações que cumpram as necessidades espirituais que integram a missão que assumi como minha principal tarefa: a colaboração na construção do Reino de Deus. Enquanto fizer trabalhos, mesmos que sejam cansativos, extenuantes, prolongados, mas que não atendam os objetivos espirituais, a consciência não ficará tranquila. Até agora não atingi esse nível de tranquilidade que minha consciência exige. Sei que tenho que fazer o enfrentamento com o corpo, não tenho segurança de ter sucesso a curto prazo, mas sei que não posso desistir.
O primeiro teste que fiz de privilegiar o trabalho como uma prece não foi positivo. Tinha apenas a duração de seis horas, se estenderia das l8 as 24 horas. Coloquei todo o material de trabalho sobre a mesa com o firma propósito de trabalhar sobre eles. Logo que tive oportunidade fui para a cama com a justificativa do cansaço, do sono e que colocaria o despertador para antes de sair para o trabalho fazer o que pretendia. Nem lembrei que eu tinha determinado um tempo... a mente parece que sintoniza no interesse do corpo e desliga o interesse espiritual que já havia sido estabelecido. Tenho que ter cuidado nesse aspecto. Hoje acordei cedo com o despertador e fui retirado da cama para vir trabalhar na mesa por eventos externos, não foi a consciência que disciplinou o corpo a fazer isso. Agora na digitação, estou refletindo sobre esses aspectos com mais objetividade. A mente fica agora conectada com os princípios espirituais que a consciência identifica como corretos. Quero mais uma vez conduzir o meu corpo em todo o processo do trabalho que a consciência indica ser necessário e não naquilo que faço de rotina e que justifica meus compromissos materiais. Já sei que isso não é suficiente para mim. Posso creditar que comecei o dia bem, hoje, mesmo que tenha sido dessa forma enviesada. Verei como decorrerá o dia.
Estou tendo muito cuidado com a caridade, acredito que estou evoluindo bem nesse aspecto. No entanto na área do trabalho tenho uma mesma preocupação semelhante essa da Caridade. Apesar de ter muito trabalho, de ninguém me considerar um preguiçoso, minha consciência acusa que devo ser mais trabalhador. Meus livros se acumulam sem organização, as diversas tarefas são procrastinadas, os compromissos são atendidos sem o devido cuidado, o que compromete minhas ações. Assumo um leque grande de atividades, isso é o fator que mostra uma intensa quantidade de trabalho, mas todos terminam sendo comprometidos, pois não há tempo hábil para conduzir todos os cuidados que merecem. Como já assumi as diversas tarefas, tenho agora que assumir o trabalho como uma prece, como mais uma atividade espiritual bem próximo da hierarquia da Caridade. Não posso começar amanhã, tenho que começar hoje, agora mesmo. Então comecei. No momento que digito este texto, na mesa se encontra distribuído diversos trabalhos que tenho que os conduzir durante a noite. Vamos ver se consigo atender as exigências da minha consciência.
Tenho sido admoestado de que a prática da Caridade que tento fazer possa ser inconveniente para aquilo que Deus espera de nós. A discrição, o cuidado de não trombetear a caridade que se faça. Isso se deve porque procuro dividir aqui com meus leitores as dificuldades que tenho em praticar a verdadeira caridade de acordo com minha consciência e com o que tenho aprendido. Claro que aprendi que a divulgação da caridade que fazemos não é conveniente. Mas acredito que não é isso que faço aqui, mesmo porque estou protegido pelo pseudônimo e poucas pessoas sabem a quem se refere Sióstio de Lapa. O que é colocado aqui é o processo de aprendizagem que acredito deve servir para todos nós, inclusive para mim mesmo quando recebo o feed-back desse teor, me advertindo dos possíveis erros