Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
17/02/2018 23h27
CARNAVAL

            Procurando entender a linguagem das ruas, encontro um texto assinado por Pedro Afonso de Murta com o título – Carnaval: das faixas das Avenidas para o esgoto a céu aberto. E subtítulo: O triunfo da infâmia e da hipocrisia. Falava o seguinte:

            “Diante da boçalidade de que tive notícias sobre o desfile do Carnaval Carioca, algumas escolas teriam menosprezado o espírito cidadão e emancipador de direitos que chegou ao seu ápice no ano de 2016, com o impeachment de Dilma Rousseff.

            “Para refrescar a memória de alguns, ou mesmo evidenciar a péssima intencionalidade de outros, aduzirei algumas considerações, reflexões e elementos fatídicos a seguir:

  1. LEGITIMIDADE: imperícia, imprudência e negligência. Se o governo de Michel Temer é tido por muitos como ilegítimo, para esses, seria também não legítimo uma escola de samba, após ter equipe esmagada e morta por alegoria em plena avenida, continuar o desfile sobre o sangue dos pobres carnavalescos?
  2. ESCRAVIDÃO: um valor soviético americanizado. “Estaria extinta a escravidão?”, em um país no qual as leis trabalhistas são submetidas a tribunais soviéticos de relativização de direitos? A escravidão não toma melhor forma no vocábulo do que a burocracia, cuja manutenção só interessa àqueles detentores do poder, quando colocam um projeto pessoal para representar a vontade popular. Tuiuti, que defendeu CLT, só assinou a carteira de três em 2017. Existe coisa mais desonesta do que fazer essa referência à escravidão ou ficar dizendo por aí que reforma trabalhista tirou algum direito do trabalhador? Eu gostaria que alguém me dissesse em qual linha do texto da reforma se encontra a revogação da Lei Áurea ou a retirada de algum direito trabalhista.
  3. DEBOCHE: O intelectualismo esquerdóide e a improbidade administrativa. Foi utilizado um milhão de reais do sofrido dinheiro do pagador de impostos carioca para fazer o desfile da Paraíso do Tuiuti acontecer. 1 milhão de reais saído do nosso bolso para tirar sarro da nossa cara por termos ido às ruas pelo impeachment. Espero de coração que um dia o brasileiro descubra que o desfile, por si só, representa um deboche aos direitos e liberdades individuais e aos atos civis de competência pública, na tentativa de abafar um sentimento patriótico e fiscalizador, e perpetuar um projeto cultural de revolução na sociedade. Uma manifestação cultural regida pelo escárnio do mundo das drogas e da profanação dos bens públicos não merece a admiração de um povo ardente em suas mazelas, dentre outras mil, Brasil!

         Este relato mostra como ainda tem influência as forças do mal que estavam no poder até ocorrer o impeachment. As pessoas beneficiadas diretas ou indiretamente pelo projeto criminoso, ou simplesmente hipnotizadas pelas mensagens e influências dos senhores da treva, continuam jogando o seu veneno até dentro das avenidas carnavalescas no intuito de manter o “povão” engajado nos seus refrãos. Felizmente, possuímos muita gente capaz de pensar, de usar o senso ético e evitar as energias hipnóticas. Mas muita gente, de mente imediatista, sem uso do senso crítico, absorve as mentiras e hipocrisias como verdades, e isso é o que os magos negros desejam com seus subordinados ou hipnotizados.

            Esperemos que o nosso comandante, Jesus, consiga fazer valer as lições evangélicas que deixou conosco. Para isso, é preciso que nós, determinados a ser os seus discípulos, tenhamos a energia e coragem suficiente para colocar a verdade sobre a mentira, e rogar ao Pai para que não fiquemos imersos no erro ou cooptados pelo mal.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/02/2018 às 23h27
 
16/02/2018 13h11
PROJEÇÃO DO MAL

            A guerra espiritual que se desenvolve nos dois planos da vida, material e espiritual, tem reflexos práticos extremamente fortes no nosso ambiente nacional, principalmente em Brasília, a sede do Poder.

            Fontes espirituais (O Golpe – Robson Pinheiro/Ângelo Inácio) mostram que seres ligados ao mundo das trevas, oriundos de outras dimensões, comandam a política como podemos ver no trecho abaixo, onde o autor espiritual recebe explicações :

            - Você, Ângelo, bem como Ranieri, Lower e outros escritores e médiuns, teve acesso a esta dimensão. Mas, como a verdade é feita à luz da aurora, ela vai brilhando pouco a pouco, até ser dia perfeito. Assim, é chegada a hora de você saber o significado da visão, e você, Lower, dos sonhos que teve. Notem as cabeças, seja da medusa, seja da entidade, seja do dragão. Todas as figuras representam a mesma realidade.

            Fixamos as diversas cabeças pequenas e constatamos que proferiam palavrões, ignomínias e maldições: diziam coisas horrendas, cada uma por si, em contenda com as demais. Os tentáculos assustavam até mesmo os dois seres que haviam se achegado à estranha entidade.

            - Cada cabeça dessas representa uma corrente política patrocinada pelo dragão no mundo. As imagens que veem, - falava o velho João Cobu – são apenas um reflexo do que estava na mente do daimon desde a época em que ele conheceu este lugar, com a tecnologia e a técnica que já detinha. Quando vocês vieram aqui, todos numa ocasião diferente, cada qual percebeu tão somente o que estava apto a perceber.

            “Como dizia, essas cabeças simbolizam, meus filhos, diversas ideologias políticas vigentes ainda hoje, após metamorfoses mil, por meio dos quais o projeto dos daimons permanece vivo na atualidade. Cada cabeça sintetiza uma forma de governo, uma ideologia programada ou patrocinada diretamente pelas forças das trevas a fim de perpetuar o projeto de poder criminoso dos dragões mesmo depois que eles fossem sepultados magneticamente nas correntes eternas, para onde foram degredados.

            “Representam, nesse contexto, o comunismo, o socialismo, o fascismo, o nazismo, o chavismo, o lulopetismo, o populismo, os extremismos à direita e à esquerda do espectro político; enfim, correspondem aos diversos meios de totalitarismo, de castração da liberdade, de exploração de todos os matizes, bem como de aviltamento moral e de corrupção em andamento no mundo. Todos esses fenômenos obedecem a uma programação feita pelos daimons, que, ao longo de anos, de séculos e milênios, instigaram uma pauta que visa embaralhar a mente dos que trabalham pelo progresso do mundo, a fim de impedir que o planeta Terra avance à nova fase de seu projeto espiritual. Os tentáculos são, na verdade, os filhos da besta, a semente do mal disfarçada de regimes de governo e de meio de governar; são o programa milenar dos dragões em plena ação no mundo, cada qual com uma máscara, um nome diferente, mas tendo na cabeça do dragão a origem comum.

            - Ou seja... – aventurei-me na tentativa de falar.

            Entretanto, continuou Pai João:

            - Todas essas facções, as quais disputam atualmente o poder no mundo, são subprodutos do planejamento estratégico dos maiorais, que é administrado pelos chefes de legião, os espectros. Nas cenas que vimos, são representados pelas duas figuras que se achegaram ao daimon. Apenas mudam de nome, e, assim como o dragão ou maioral modifica sua aparência em conformidade com seus planos, esses projetos políticos de poder, até mesmo os que se mostram rivais entre si, tão somente se transformam, modificam-se, fundem-se. À primeira vista, são opositores, mas quando se veem em perigo, o sangue da besta e do dragão, que corre em suas veias, faz com que se unam e se fundam até. Aos olhos dos mortais, arrefecem as intrigas, mesclam-se as ideologias e os partidos se reconfiguram. Mas tudo, tudo serve ao teatro perpetrado pelos maiorais.

            - Dessa forma – completou Júlio Verne -, viemos aqui para lhes esclarecer, pois foram todos avisados, em épocas diferentes, a respeito das mesmas coisas, das mesmas verdades. Além disso, podemos deduzir que, em regra, não há nenhuma ideologia política que mereça muito crédito. Em maior ou menor grau, todas as correntes estão contaminadas pelo mesmo sangue, têm o mesmo DNA de concupiscência, a qual está entranhada em todo o lugar. Com efeito, há muitos homens de bem que tombam e se deixam levar por visões políticas e de mundo que têm nos daimons a sua gênese.

            - É como diz o famoso texto bíblico, meus filhos: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos – citou Pai João.

            Desta vez fui eu que me senti abalado, profundamente abalado. Lower me abraçou; recobrava a lucidez após tanto tempo incomodado com as imagens que vira durante anos a fio, no corpo e fora dele.

            Depois da visão do ser estranho e das explicações dadas por João Cobú e Verne, voltamos a observar o entorno, agora sob outra perspectiva.

            O ser muito esguio, de braços longos, também elegantes, mas não tão magros, lavava seu rosto no caudaloso rio de fogo, enquanto o líquido escorria pelas suas mãos. Imunizava-se, ao que tudo indicava, no intuito de evitar a perda da forma astral, a regressão da feição até certo ponto humana, tal como acontecera com colegas e partidários do sistema de poder que representava. Enfim, eu o via como verdadeiramente era: uma espécie de demônio escondido na aparência de um ser humano, embora diferente dos seres humanos da Terra.

            Pude notar quando aqueles dois seres que entraram no ambiente em determinado momento voltaram-se para nós. Percebei, então, que não estavam no ambiente, mas que tudo aquilo era reflexo das forças mentais, das formas pensamento do ser do espaço, que ficaram impregnadas no ambiente, na matéria escura da qual tudo ali era composto. Os dentes dos dois espectros eram pontiagudos, e sua face exibia uma crueldade desmedida, diferentemente do ser esguio, que chamei de demônio extraterrestre. Senti que eles também não eram terráqueos, mas isso pouco importa, já que estão circunscritos ao nosso planeta até que recebam o decreto do Alto, por ordem de Miguel, para que sejam expatriados.

            Tão logo assim pensei, a entidade esboçou um sorriso irônico em minha direção. Conclui que, ao se envolverem com questões de ordem política, defendendo que lado for, os homens penetram questões de ordem espiritual de seriíssimas implicações. Uma vez que estamos todos numa guerra espiritual de grandes proporções, é essencial não perdermos de vista que o lado onde militamos não é o da política partidária de nenhum homem, mas é o lado de Cristo, o representante da política divina do “amai-vos uns aos outros”.

            Afinal de contas, soube naquele instante o que deveria fazer; era imperativo retomar as obras que abordavam as relações entre política – a política dos dois lados da vida – e realidade espiritual, que por tudo perpassa e em tudo subsiste.

            E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. (Daniel, 7:24)

            Observo com esse texto uma realidade que agora encontra lógica. Esta violência em todos os estados do Brasil, o alto nível de corrupção que alcançamos, tudo isso só encontra lógica na influência do poder das trevas sobre a nossa mente ainda muito subordinada ao egoísmo animal. Que o esforço que Cristo fez ao vir à Terra ensinar o caminho para nossa conduta, não seja desperdiçado. Não nos deixemos ser enganados, hipnotizados e seguir uma conduta incoerente com o Evangelho.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/02/2018 às 13h11
 
16/02/2018 00h07
O BOM LADRÃO

            A cena da crucificação onde Jesus está entre dois ladrões tem um significado mais profundo do que a simples apresentação daqueles três corpos. Representa a variação que a justiça humana pode representar: um homem justo que foi empurrado para a crucificação, com todos os meios lícitos e ilícitos usados para atender os interesses dos poderosos; um ladrão, chamado Gestas, cheio de ironia e sarcasmo e outro ladrão de bom coração, chamado Dimas, que reconhece a justiça de seu castigo e que está ao lado de um homem justo, acredita no que Ele diz e pede para participar do Reino que Ele ensina.

            Na Bíblia o nome do bom ladrão não aparece. Ele expressa a crença de que Jesus “virá no Reino de Deus”, e este pede que, nesse dia, Jesus se lembre dele:

            “39 Então um dos malfeitores que estavam pendurados, blasfemava dele dizendo: não és tú o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós. 40 Respondendo, porém, o outro repreendia-o dizendo: nem ao menos temes a Deus, estando na mesma condenação? 41 E nós, na verdade, com justiça; porque recebemos o que os nossos feitos merecem; mas este nenhum mal fez. 42 Então disse: Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. 43 Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso. “ (Lucas 23:39-43)

            No Evangelho Árabe da Infância de Jesus (apócrifo do século VI), o bebê Jesus encontra os dois ladrões, Tito e Dumachus, e prevê que, depois de 30 anos eles serão crucificados com Ele.

            Uma das mais antigas lendas populares do cristianismo nos conta que o bom ladrão teria nascido em um covil de ladrões, filho do chefe do bando, e, ainda muito pequeno, teria contraído lepra. Sempre de acordo com a lenda, a Sagrada Família teria buscado refúgio naquela cova para passar uma noite durante a fuga para o Egito. Na manhã seguinte, a mulher do chefe do bando lavou o seu filhinho com a mesma água que a Santíssima Virgem Maria tinha usado para lavar o menino Jesus – e a lepra desapareceu. O menino, porém, tornou-se um ladrão como seu pai. Quando adulto, acabou sendo capturado, conduzido a Jerusalém e condenado à morte por Pôncio Pilatos. Foi quando Dimas pôde ver Nosso Senhor carregando a cruz e sendo crucificado ao seu lado. Ele se rendeu à graça de Deus e proclamou aquele gesto de fé e de amor que ficou registrado para sempre no Evangelho; um gesto de fé que lhe rendeu a mais sublime promessa do próprio filho de Deus: “ainda hoje estarás comigo no paraíso”.

            De fato, esta é a única informação histórica sobre esse homem que ficou conhecido como “o bom ladrão”. Se todo o seu passado é um mistério que a imaginação piedosa procurou pintar com a lenda, o seu futuro é uma certeza de fé!

            Pela tradição cristã, São Dimas é o protetor dos pobres agonizantes, sobretudo daqueles cuja conversão na última hora parece mais difícil. Entregam a São Dimas a proteção das casa e propriedades contra os ladrões. Invocam-no nas causas difíceis, sobretudo nos negócios financeiros, para a conversão dos bêbados, dos jogadores e ladrões. É protetor dos presos e das penitenciárias, dos carroceiros e condutores de veículos. A Igreja Católica celebra o dia 25 de março como o dia de São Dimas.

            Feito toda essa consideração sobre o “bom ladrão” para chegar ao momento político atual no Brasil. Observamos uma quadrilha de corruptores que tomaram conta do nosso país, entre eles o atual presidente que assumiu o cargo por força das circunstâncias. Logo surgiram os insatisfeitos e prejudicados com a nova administração e cunharam o nome de “golpe” ao processo legítimo de impeachment, à luz da legislação em vigor e com toda a transparência dos diversos atos.

            Observei no desfile de escolas de samba neste carnaval, uma delas a Paraíso do Tuiuti, representando o presidente como um vampiro, e entendi como um dos ladrões ao lado do Mestre. Mas faltou a representação do outro ladrão, aquele que nega tudo e já está condenado pela Justiça e sempre vociferando. Claro, não cabia nessa representação a crucificação de Jesus, mas cabia a representação dos dois ladrões que alimentaram a corrupção ao máximo.

            Qual dos dois é o mau e o bom ladrão? Aquele que tenta corrigir os efeitos maléficos da corrupção ou aquele que nega sempre os seus atos e ameaça quem tenta mostrar a verdade dos fatos?

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/02/2018 às 00h07
 
14/02/2018 08h49
QUARESMA

            Hoje inicia a Quaresma, período de reflexão crítica que surge após o carnaval. Como procuro fazer nos últimos anos, sigo o exemplo de Jesus, procuro manter o meu corpo sob controle do espírito e ficar bem mais próximo do Pai.

            O Papa Francisco deu algumas sugestões de como fazer isso acontecer, segundo o que circula no whatsapp, como manifestações concretas do Amor:

            “1. Sorrir, um cristão é sempre alegre!

            2. Agradecer (embora não ‘precise’ fazê-lo)

            3. Lembrar ao outro o quanto você o ama.

            4. Cumprimentar com alegria as pessoas que você vê todos os dias.

            5. Ouvir a história do outro, sem julgamento, com amor.

            6. Parar para ajudar. Estar atento a quem precisa de você.

            7. Animar a alguém.

            8. Reconhecer os sucessos e qualidades do outro.

            9. Separar o que você não usa e dar a quem precisa.

            10. Ajudar a alguém para que ele possa descansar.

            11. Corrigir com amor, não calar por medo.

            12. Ter delicadeza com os que estão perto de você.

            13. Limpar o que sujou, em casa.

            14. Ajudar os outros a superar os obstáculos.

            15. Telefonar ou visitar seus pais.

            O melhor jejum:

            - Jejum de palavras negativas e dizer palavras bondosas.

            - Jejum de descontentamento e encher-se de gratidão.

            - Jejum de raiva e encher-se com mansidão e paciência.

            - Jejum de pessimismo e encher-se de otimismo.

            - Jejum de preocupações e encher-se de confiança em Deus.

            - Jejum de queixas e encher-se com as coisas simples da vida.

            - Jejum de tensões e encher-se de orações.

            - Jejum de amargura e tristeza e encher o coração de alegria.

            - Jejum de egoísmo e encher-se com compaixão pelos outros.

            - Jejum de falta de perdão e encher-se de reconciliação

            - Jejum de palavras e encher-se de silêncio para ouvir os outros...”

            Certamente, seguir esses conselhos muito nos ajudarão a ficar mais próximos do Pai, claro, quem O reconhece como tal e procura fazer a Sua vontade.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/02/2018 às 08h49
 
14/02/2018 00h59
JOSÉ DO PATROCÍNIO (8) - FINAL

            Abençoada gente brasileira, que deveria se orgulhar de saber fazer samba com as próprias dores e desafios, que enfrenta a luta com o som do pandeiro e a cantiga do povo a embalar as noites, não raro com a musicalidade festiva do povo a bailar. Abençoado país que sabe conviver com os opostos – apesar dos que intentam estabelecer o contrário – e é capaz de unir os povos e credos como nenhum outro, empregando a voz do sentimento, a qual se sobrepõe às diferenças de variada ordem.

            Uma nação de dimensões continentais, mas que sabe unir pela palavra, pela cultura e pela fraternidade todos os sotaques, todos os trejeitos de povos diferentes, que fizeram e fazem desta terra o recanto abençoado de suas peregrinações. É uma terra tão bendita que oferta a todos os povos que para aqui vêm, a cada um, o clima propício para se desenvolver, para conviver e transformar desafios em canção, em poesia, em sementes de evolução.

            Abençoado recanto onde se reuniram seres especiais, como Irmã Dulce, Padre Damião, Chico Xavier e tantos outros, anônimos ou não, onde canta o coração da fé de tantas crianças, que esperam de vocês a união e o apoio para prosseguir crescendo e levando esta terra em seu coração e em suas almas.

            Por tudo isso e muito mais, cultivemos o otimismo, mesmo diante dos ventos que fazem bailar os salgueiros, que ameaçam tanto a casa pequenina sobre a rocha, quanto a mansão ou cobertura às margens do mar do Leblon ou de Copacabana. Observando o Redentor lá no alto daquele monte, de braços abertos, abençoando não somente a cidade, como também o país, descruzemos nossos braços e trabalhemos um pouco mais, pois, após a tempestade e o vendaval, surgem a bonança e a calmaria, de modo que os brasileiros, o povo da terra do Cruzeiro do Sul, possam se refazer, construir seu futuro sobre bases mais sólidas e legítimas de verdadeira fraternidade.

            O prognóstico do mundo espiritual sobre o destino de nossa pátria, permanece. Continuamos com o projeto de ser o coração do mundo e a Pátria do Evangelho. A Pátria do Evangelho já está consolidada, pelo menos no aspecto numérico. Somos um país de população definitivamente cristã, de todas as designações. Resta a união do todos os cristãos e demais espiritualistas, pessoas do bem, cidadãos do bem, para construir a sociedade que o Pai espera.

            Já recebemos a visita de espíritos encarnados com a grande missão de nos ensinar pelo exemplo o caminho do Amor, após a limpeza do egoísmo dos nossos corações. Resta agora deixarmos de ser espectadores passivos, descruzar os braços e fazer pelo menos um pouco das lições que aprendemos.

            Recebemos um golpe duro em termos de sociedade, com o avanço da corrupção dentro dos diversos níveis do poder, mas que isso sirva para despertar a nossa consciência dos deveres que temos para com o Pai, evitando ser cooptado pelo poder das trevas e ao mesmo tempo denunciando o mal que pode estar sendo praticado ao nosso lado.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/02/2018 às 00h59
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