Pai, sei da Tua existência de forma tão próxima da verdade, devido os ensinamentos que Jesus nos trouxe. Ele demonstrou com os milagres que proporcionou que estava fazendo a Tua vontade, pois só Tu poderia fazer o que foi feito por Ele. Fazendo e ensinado dessa forma, Ele conseguia mostrar a Tua face para nós, como Ele mesmo dizia: quem ver o Filho, ver o Pai. Antes eu não tinha essa compreensão, Pai, o Senhor era uma figura que minha imaginação produzia como um velhinho de barbas brancas, mas que em momentos de minhas dúvidas se transmutava em nada. Minha mente caía num vácuo, eu não acreditava em Ti. Foi estudando Jesus que eu descobri n’Ele a Tua face. Acreditei em Ti, acreditando no Cristo. Agora posso Te pedir a bênção, ao acordar, ao dormir... ao viajar, ao chegar... Se antes, como ainda hoje, eu tenho dificuldade de encontrar as palavras e o tempo de fazer a oração para Ti, como o Cristo ensinou e fazia, pedir a Tua bênção como a um pai biológico que eu não tive a oportunidade de conviver, pode cobrir esta minha dificuldade. A cada momento que tenho oportunidade de ver ou rever alguma lição que o Cristo deixou, a minha compreensão sobre a Tua existência e a Tua vontade se fortalecem, eu percebo com mais clareza onde estou, o que devo fazer. Lembro da lição que Ele deixou quando se reuniu com o sacerdote Nicodemos, de que precisamos nascer de novo para entrar no Teu reino, Pai. Já tinha ouvido essa lição diversas vezes e compreendo que esse “nascer de novo” corresponde a deixar de viver como um animal, guiado pelos instintos egoístas e passar a me comportar como Teu filho, que sei que o Senhor deseja que eu ame todos meus irmãos com o mesmo cuidado e atenção que eu tenho comigo mesmo. Este é o renascimento que acredito, que procuro praticar. Mas não é algo definitivo, permanente, Pai, reconhecer a Verdade nas palavras do Cristo e entrar no Teu reino... e não sair. Esta é a minha dificuldade, Pai, permanecer dentro do Teu reino invisível enquanto o apelo material é uma constante na minha vida biológica. Como viver neste mundo não sendo mais deste mundo? Isso vai necessitar de tempo para que eu ajuste minha consciência a essa nova cidadania que eu quero adquirir e permanecer dentro dela, dentro do Teu reino. Que achas, Pai?
Vejo em você boas intenções, mas fragilidade em aceitar aquilo que é verdadeiro e defender em quaisquer circunstâncias. Sei que tu percebe também essas dificuldades e por isso me pede tanto: coragem, inteligência e sabedoria. Tudo isso Eu já te dei, depende agora dos teus esforços para desenvolver esses talentos. Sei que tu leste sobre Salomão e a sabedoria que dei a ele depois que ele pediu, mas sabes também que essa sabedoria que ele alcançou não foi suficiente para impedir que ele entrasse por caminhos errados e se afastasse de mim. Portanto, por mais que eu favoreça de alguma forma tais pedidos, sempre está sobre o beneficiado o peso da responsabilidade. Assim, eu te vejo rastejando pelo caminho, com muita lentidão, mas que está na direção certa. Continue... aguardo... estamos dentro da eternidade.
A primeira frase do texto do dia anterior, “Credo do pensador pós-moderno”, coloca em cheque o meu próprio pensamento e comportamento. Vejamos:
Acreditamos em Marx, Freud e Darwin. Acreditamos que tudo é correto desde que você não faça mal a ninguém, de acordo com sua definição de “fazer mal”, e de acordo com sua definição de “conhecimento”.
Mudei radicalmente a minha forma de pensar e agir quando passei a interpretar as lições de Jesus com o meu próprio tirocínio, que certamente estava impregnado pelo instinto, pela força dos hormônios, a força do Behemoth. Mas até hoje continuo pensando e agindo assim, sem encontrar objeções suficientes para apontar algum erro.
Primeiro, no texto em consideração é colocado o nome de alguns autores cujo pensamento de cada um deles motiva a nossa compreensão para construir novos paradigmas sobre a ideologia que eles desenvolveram. Essas novas ideologias reforçam a importância do materialismo, da biologia, do cérebro e mente como se tudo girasse em torno dos interesses materiais para o sucesso do corpo material, sem nenhuma consideração a possibilidade de uma dimensão espiritual. A minha definição de conhecimento reconhece a existência do mundo espiritual e que este tem prevalência sobre o mundo material. O que importa mais, para mim, é a minha evolução no mundo espiritual, a evolução do “eu” espírito. O corpo material, considero como uma ferramenta para alcançar essa evolução espiritual, mesmo sabendo que ele sofre também os efeitos da evolução material e que nesse aspecto o pensamento das pessoas citadas tem a sua importância.
Considerando a duas dimensões, material e espiritual, e que esta última tem a primazia sobre a primeira, devo ter mais respeito pelos autores espirituais que consideram as duas dimensões do que pelos autores materiais que desconsideram a dimensão espiritual. Neste sentido, considerando os diversos pensadores que surgem de ambas dimensões, vejo a personalidade de Jesus como a mais perfeita no sentido de ensinar aquilo que é importante para a minha evolução, principalmente a espiritual.
Nesse sentido, vou seguir a principal lei que o Mestre Jesus ensinou, de amar a Deus com todo o meu coração, toda a minha alma e todo o meu entendimento, e amar ao próximo como a mim mesmo.
Foi com o esse entendimento que observei que seguindo a lei do amor exclusivo presente nos votos do casamento, que leva a fidelidade, de não ter afeto sensual/sexual por nenhuma outra pessoa, eu não iria cumprir a lei de fazer ao próximo aquilo que eu desejo ser feito a mim. Se outra pessoa deseja trocar afetos comigo até o nível sexual, se conveniente, e se eu tivesse no lugar dela queria que isso acontecesse, então não posso ficar paralisado dentro dos votos materialistas de um casamento. Depois de muita reflexão, para ajustar esse encontro afetivo com outra pessoa, desde que não fizesse mal a ninguém, segundo a minha compreensão de “fazer mal”, mas tudo ancorado na lei de Deus ensinada por Jesus. Passei a me comportar com liberalidade dentro das relações com minha esposa, onde ela tinha os mesmos direitos de agir como eu passei a agir, inclusive trocando afetos com outras pessoas e chegando até o ato sexual, se conveniente.
Dessa forma, o meu atual comportamento atende muito bem aos conceitos materialistas dos autores citados, mas tem um freio importantíssimo de não fazer o mal a ninguém em busca de prazeres carnais, obedecendo a lei de Deus.
Então, tudo é correto, desde que não façamos o mal a ninguém. Mas devemos ter o cuidado para que esse limite do qual não podemos ultrapassar, de não fazer o mal a ninguém, não esteja sendo praticado apenas por nosso raciocínio material, pois assim sendo, o mal pode ser feito a milhares de pessoas, como acontece com políticos corruptos quando imaginam não fazer o mal, desde que façam o bem a si próprio, numa perspectiva totalmente material.
No curso de Bernardo Küster, na aula “Método rápido para avaliar uma crença”, ele trouxe a referência de um texto interessante que é importante que o reproduza aqui para a nossa reflexão:
O credo do pensador pós-moderno
Acreditamos em Marx, Freud e Darwin. Acreditamos que tudo é correto desde que você não faça mal a ninguém, de acordo com sua definição de “fazer mal”, e de acordo com sua definição de “conhecimento”.
Acreditamos em sexo antes, durante e depois do casamento.
Acreditamos na terapia do pecado.
Acreditamos que o adultério é divertido.
Acreditamos que é correto praticar a sodomia.
Acreditamos que tabus são tabus.
Acreditamos que tudo está ficando melhor apesar das evidências em contrário. As evidências devem ser investigadas. E você pode provar qualquer coisa com evidências.
Acreditamos que nos horóscopos, OVNIs e colheres dobradas. Jesus era um homem bom, assim como Buda, Maomé e a nós mesmos. Ele era um bom professor de moral, embora achemos que seus bons costumes eram muito ruins.
Acreditamos que todas as religiões são basicamente as mesmas; pelo menos sobre a que lemos era. Todas acreditam no amor e na bondade. Elas só diferem em questões de criação, pecado, céu, inferno, Deus e salvação.
Acreditamos que após a morte vem o Nada. Porque quando você perguntar aos mortos o que acontece eles não dizem nada. Se a morte não é o fim, se os mortos mentiram, então o céu é merecido para todos, com exceção, talvez, de Hitler, Stalin e Gengis Khan.
Acreditamos em Masters e Johnson*. O que está selecionado é a média. O que é média é normal. O que é normal é bom.
Acreditamos no desarmamento total.
Acreditamos que existem ligações diretas entre guerra e derramamento de sangue.
Os americanos devem deixar suas armas serem destruídas. E os russos deveriam fazer o mesmo. Cremos que o homem é essencialmente bom. É apenas o seu comportamento que o prejudica. Isso é culpa da sociedade. A sociedade é responsável pelas condições. As condições são de responsabilidade da sociedade.
Acreditamos que cada homem deve encontrar a verdade que é certo para ele. A realidade vai se adaptar em conformidade. O universo vai se reajustar. A história vai mudar.
Acreditamos que não há verdade absoluta com exceção do fato de que não há verdade absoluta.
Acreditamos na rejeição dos credos, e o florescimento do pensamento individual.
Post Scriptum:
Se o acaso é o pai de toda a carne, o desastre é o arco-íris no céu e quando você ouve: “Estado de emergência!” “Franco atirador mata dez!” “Black blocs!” “Arrastões!” “Bomba explode em escola!” não é nada senão o som do homem adorando seu criador.
* Masters e Johnson foi uma equipe de pesquisa, composta por William H. Master e Virginia E. Johnson, que pesquisaram sobre a natureza da resposta sexual humana e o diagnóstico e tratamento de distúrbios sexuais e disfunções de 1957 até os anos 1990.
Fonte: http://tcapologetics.org/the-modern-thinkers-creed/
Tradução: Emerson de Oliveira
Como podemos observar na superfície, existem diversos pontos que merecem um aprofundamento, e é o que procuraremos fazer nos próximos textos. O que fica no momento subentendido é que existe uma verdade que está soterrada pelas mentiras, falsas narrativas, e que devemos usar nosso raciocínio lógico para ir saindo das sombras e evitar que sejamos envolvidos por elas mais uma vez.
É visto que em toda guerra existem abusos dos dois lados. Quando a guerra envolve um grupo terrorista que ataca de forma objetiva, criminosa e covarde a civis, como aconteceu no 7 de outubro em Israel, pessoas que estavam festejando, crianças, velhos e mulheres de forma indiscriminada, é um comportamento que extrapola o sentido de humanidade fraterna e passa para o de humanidade animal associada aos interesses predatórios, ao Behemoth bíblico.
Essas pessoas fogem da área do ataque levando consigo várias pessoas de todas as idades, de todas as condições físicas, de todas as nacionalidades, para servirem de escudo humano, dentro da cidade em que habitam, Faixa de Gaza, e que já transformaram todos os seus habitantes em perpétuos escudos humanos.
Se tirarmos por um instante os óculos dos “direitos humanos” e colocarmos os óculos dos “direitos divinos” iremos ver a realidade com mais clareza.
De um lado, um bando de animais, com roupas e armas disfarçadas, entrincheiradas em canais subterrâneos de onde administram seus armamentos e manipulam os escudos humanos que estão na superfície. Animais que sugam os recursos humanos de várias outras pessoas que trabalham diuturnamente na superfície, em todos os países, para garantir a sobrevivência e que nem imaginam que parte do seu suor vai para a manutenção desses animais. Pior ainda, os recursos e poder acumulados de forma iníqua pelos animais, garantem um sistema de cooptação das pessoas mais fragilizadas moralmente, passam para a doutrinação nas escolas e mídia, incutem falsas narrativas no idealismo jovem e na sociedade ignorante, que passam a defender, sem saber e sem querer entender, seus próprios predadores.
Do outro lado temos um exercito formado da comunidade das pessoas atacadas. Um exército sintonizado com os valores espirituais, uniformizados, com armas visíveis, que usam no cotidiano seus próprios recursos e sempre estão desenvolvendo ações benevolentes ao redor do mundo, tanto individual como coletivamente. Esse exército tenta resgatar os reféns e derrotar esse grupo terrorista que sobrevive nas sombras. Se depara com a maior arma que eles têm para se defender: os escudos humanos. Com isto eles evitam os disparos das armas de quem são agredidos e ainda passam para o mundo a imagem distorcida dos confrontos para alimentar as falsas narrativas.
Fica aqui a questão: como solucionar esse impedimento dos escudos humanos? Vamos fazer uma análise da situação. Vamos colocar uma lupa racional na situação, sair do coletivo e chegar ao individual. Vamos imaginar o animal com o escudo humano frente ao soldado armado. Ele não pode disparar sua arma, pois elimina o animal, mas também elimina o refém. Nesta situação, o animal cria condições de atacar e matar o soldado, e tantos surjam dentro da mesma condição. A vitória parece ser clara a favor do animal. A única forma de alcançar a vitória pelo soldado, é que ele dispare a sua arma, elimine o animal, mesmo que a consequência seja a eliminação também do refém, do escudo humano.
A questão é a guerra entre dois oponentes, quem está na linha de tiro pode ser atingido. Se um dos lados coloca voluntária e estrategicamente um civil na linha de tiro, como um escudo humano, a culpa pela eliminação desse escudo não é de quem atira, pois este é o objetivo dele na guerra contra o opositor que tem à frente. A culpa é de quem colocou e usa como defesa tal escudo humano.
Mas vamos colocar a questão de forma mais íntima, espiritual, como é a forma mais adequada ao nosso racional, como membro da família divina e que defendemos a fraternidade universal.
Jesus nos ensinou uma bússola comportamental para agirmos dentro da fraternidade universal, expressando o amor incondicional dentro dos diversos tipos de relacionamentos: Fazer ao próximo aquilo que queremos ser feito a nós. Para esta bússola funcionar, eu tenho que me colocar na condição do outro e querer para mim o que eu estou prestes a dar a ela. Então, se eu sou um soldado armado na guerra contra o animal que acabou de fustigar selvagemente a minha comunidade, e ele se apresenta com um escudo humano para não ser atingido, eu devo me colocar no lugar dessa pessoa que serve de escudo humano e perguntar para mim mesmo: eu quero ser destruído dessa forma para que esse animal não continue com seus atos de barbaridade?
Minha resposta é sim.
Este é um conceito de difícil construção, apesar da ajuda do apóstolo Paulo nesse sentido. Ele explicava a nova criação contrastando com o “velho homem”, que se corrompe por desejos enganosos. Essas pessoas ignorantes da existência de Deus e de Sua vontade sobre a nossa, se deixam guiar pelos instintos egoístas associados ao Behemoth e não tomam nenhum conhecimento de que sua verdadeira essência é espiritual, criada por Deus.
Este é o dilema do homem velho. Vive aqui na Terra, na dimensão material, sem saber que existe uma dimensão espiritual de onde viemos, que existe um Pai criador de tudo nos universos, que somos seus filhos e que devemos fazer a Sua vontade como a forma evolutiva de se aproximar da essência divina da qual tivemos origem.
“Velho homem”, pois assim é que fomos criados, desde a origem, dentro da ignorância, quando nosso racional ainda não tinha capacidade de refletir sobre essa origem divina, éramos conduzidos totalmente pelos instintos, com intuição sempre presente de que existia alguma força além daquela explicada por nossos sentidos.
Evoluímos por milênios sempre conduzidos pelo Behemoth, desde quando agrupados nas cavernas planejávamos nossos rituais de sobrevivência, tanto nas estratégias de caça quanto na forma de aplacar a fúria dos seres superiores, místicos, espirituais, e atrair para nós as suas benesses. Mesmo que existisse entre nós, com o avançar dos anos, pessoas de racional mais sintonizados com a real formulação dos caminhos da vida e dos valores morais que existiam dentro de alguns deles. Vimos surgir assim diversas escolas de sabedoria, filosofia, bem próximas de ensinar os caminhos de Deus, mas bem longe de ser organizada a família de Deus, reconhecendo a paternidade divina e a fraternidade universal.
Deus, na condição de Pai e com a obrigação moral de ensinar aos seus filhos presos na ignorância, providenciou a vinda de um dos Seus filhos mais evoluídos nesse sentido, para vir até nós com essa missão: ensinar sobre a paternidade divina e a fraternidade universal. Esta foi a missão de Jesus.
Jesus teria que explicar a existência desse “velho homem”, que vive dentro da dimensão material construindo diversas formas de reinos, que se digladiam nos bastidores e nas campinas, com armas de todos os modelos, em busca de um poder temporal tão amplo quanto possível pela força dos guerreiros, próprio para ser exercido pela figura energética do Behemoth.
Depois que a pessoa tem o conhecimento da Verdade, passa a saber qual o Caminho mais apropriado para entrar na Vida eterna, esta que está mais ligada à evolução espiritual. Todos que recebem, aceitam e praticam essa nova forma de comportamento, deixam o “velho homem” para trás, aquele dominado pelo Behemoth, e passam a constituir a Família de Deus, que precisam conviver num reino diferente desses estabelecidos na Terra, e sim em um novo reino, um Reino de Deus.