Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
17/12/2013 01h01
IMAGINE (John Lennon)

            Há alguns dias postei neste diário uma citação a John Lennon, seu pensamento e a composição de sua música: Imagine.

            Hoje tenho oportunidade de voltar ao assunto e comentar essa composição musical do ponto de vista espiritual, longo da memória do que foi que escrevi naquela ocasião. Isso é bom, pois quando for feita a comparação mais tarde da linha de pensamento do que defendo ao longo do tempo, pode mostrar firmeza em alguns aspectos, fragilidades em outros e nascimento de novas tendências que não foram percebidas antes.          ‘

            Eis a letra disposta em forma de blocos e os comentários após cada bloco:

            IMAGINE

            Imagine que não há paraíso

            É fácil se você tentar

            Nenhum inferno abaixo de nós

            Acima de nós apenas o céu

            Imagine todas as pessoas

            Vivendo para o hoje.

            Esta é uma filosofia sem Deus, de forte apelo individualista pelo bem estar. Não existe nenhuma perspectiva futura, de céu ou inferno. O céu é apenas isto que vemos acima de nossas cabeças. Um mundo onde as pessoas se preocupam em viver apenas para o hoje, o presente é supervalorizado.

            Imagine não existir países

            Não é difícil fazer

            Nada pelo que matar ou morrer

            E nenhuma religião também

            Imagine todas as pessoas

            Vivendo a vida em paz.            

            Esse é um retrato da sociedade do Reino de Deus, somente que sem a presença de Deus. O que Deus quer que façamos, de vencer o egoísmo intrínseco ao nosso coração humano, de lapidar a nossa alma dos reflexos instintivos do corpo formando uma sociedade universal e fraterna, e que para isso envia os seus profetas e demais missionários para no ajudar nessa labuta, Lennon quer alcançar apenas pela imaginação. Em um aspecto ele está correto, o pensamento que gera a imaginação é o principal fator de transformação ao nosso redor. Mas a motivação que ele nos dá é fraca. Ele está focado apenas no presente, e sabemos que o nosso presente é fugaz. Poucos conseguem viver mais de 100 anos, e os anos de maturidade da consciência não ultrapassa esses 100 anos. Do ponto de vista individualista, sem a perspectiva de um futuro, de uma eternidade, de uma justiça suprema que corrija todas as distorções do pensamento individual, de um carma universal, me parece que o mais lógico seria cada um lutar para o seu próprio bem estar com todas as forças enquanto tivesse consciência e disposição para isso. Tanto para o bem estar imediato como para o bem estar logo a seguir com a velhice. Quem iria corrigir cada um se cada um usasse todos os recursos materiais e inteligência para alcançar esses objetivos, se cada um pudesse corromper a lei estabelecida, já que não existia uma lei divina? Acho que seria muito difícil de alcançar assim, apenas pela imaginação, essa sociedade onde todas as pessoas vivessem em paz. As coisas seriam mais ou menos como são hoje, uma minoria com os privilégios e a maioria subjugada, escravizada, e a luta constante em todos os setores por uma melhora pessoal, individual que não considera o bem estar e felicidade do próximo.

            Você pode dizer

            Que sou um sonhador

            Mas não sou o único

            Tenho a esperança de que um dia

            Você se juntará a nós

            E o mundo será como um só.

            Esta é a motivação que Lennon quer implantar na humanidade, um mundo sem fronteiras, de fraternidade, onde todos convivam em paz. Ele reconhece que isso é sonho e que, como ele, já existe outros. Eu também tenho esse sonho. Eu sonho com a sociedade do Reino de Deus que nós podemos construir a partir da transformação do nosso próprio coração. Para isso eu tenho o caminho para a construção desse sonho que foi ensinado pelo Mestre Jesus que nos foi enviando pelo Pai. O Mestre nos ensinou o fundamento da lei do Pai: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo”. O meu sonho que é igual ao de Lennon, está alicerçado na perspectiva da minha aproximação cada vez mais do Pai, com a perfeição que irei adquirindo ao longo da eternidade que tenho à minha disposição, independente da deterioração do corpo biológico que por enquanto me auxilia nessa tarefa. O sonho de Lennon é apenas “o sonho” que eu posso criar na minha imaginação, mas que não conseguirá alcançar jamais a universalidade fraterna, pois todos estão preocupados apenas em alcançar uma felicidade individual no pequeno espaço de tempo que o corpo atual deixa à disposição.

            Imagine não existir posses

            Me pergunto se você consegue

            Sem necessidade de ganância ou fome

            Uma irmandade do homem

            Imagine todas as pessoas

            Compartilhando todo o mundo

            Essa imaginação que ele propõe, sem necessidade de ganância ou fome, sem o controle de uma lei superior que discipline nossos instintos e que nos ensine a imortalidade da alma, eu não consigo atingir. Com a humanidade que eu conheço, que sinto e me relaciono, não consigo ver ela se libertando dos fortes instintos passionais que possui para a manutenção do seu corpo efêmero, sem a perspectiva da imortalidade da alma e da gerência da vida pelo Criador que disciplina todo o universo com a Sua lei incorruptível. Ele até faz um esforço nesse sentido, pois quando apela para a irmandade do homem, ele quer que pensemos em um só pai. Mesmo que ele não seja explícito, o seu inconsciente colocou na sua composição, mesmo sem a aceitação da sua crítica consciente e até burlando a censura que ela pode fazer, a figura de um Pai único, de um Criador, enfim, de Deus.  

            Interessante que até antes de fazer esse texto eu ouvia embevecido essa canção de Lennon sem perceber tanta fragilidade no sonho que ele oferece. Mas, enfim, agradeço a bela composição que ele nos ofertou e sei também que mesmo ele não tendo valorizado o Deus que nos criou, ele de certa forma desperta a nossa consciência para um mundo fraterno que poderemos construir e que é a vontade de Deus. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/12/2013 às 01h01
 
16/12/2013 04h21
TOMADA DE DECISÃO

            Sempre decido fazer um jejum quando sinto que meu exagero na alimentação estar levando meu corpo ao sobrepeso, caminho da obesidade. Meus amigos reclamam desse meu comportamento, acham exagerado, pois eu me sacrifico algum período sem comer nada, para depois recuperar tudo que perdi quase de uma só vez. Acontece que a forma que eles aconselham, de comer com moderação, fazer exercícios com moderação, não se aplica a mim. Quando tenho que fazer o controle alimentar é com o jejum que eu resolvo. Sempre que procuro controlar a quantidade de alimento, seguindo a opinião deles, quando vou olhar o meu prato já estar cheio, e não sou de deixar nenhum farelo. Da mesma forma é com o exercício. Não é uma caminhadazinha de uma hora que irá satisfazer minha exigência de exercício físico. A última vez que sai de madrugada para fazer exercício, 4:45, retornei quase 4 horas depois de uma longa corrida de cerca de 13 quilômetros. Cheguei com as articulações doloridas, as panturrilhas, quase não conseguia mais caminhar e deixei todos os meus parentes que souberam do ocorrido muito preocupados. Eu posso até achar que eles têm razão, em considerar que tudo isso é exagero e que eu não tenho mais idade para isso. Mas acontece que ainda considero que é importante que eu faça assim, pois esse é o meu perfil e que outra forma de atitude não irá me contentar nem fazer alcançar meus objetivos.

            Foi nesse contexto de jejum e exercício que cheguei em casa e por volta das 22 horas, e eu não tinha perdido nenhum peso comparado ao peso da minha saída. Meu corpo usa essa estratégia. Quando percebe que eu entrei no jejum ele dispara uma espécie de ordem marcial para todas as células, que todas usem o mínimo de energia possível. Então, eu não sinto qualquer mal estar no organismo devido os efeitos do jejum que já chegou até o 4º dia. Pelo contrário, nos últimos dias eu me sinto muito bem, com um gosto metálico na boca, mas sem nenhuma fraqueza ou fome exagerada. Parece até que eu poderia ultrapassar os 4, 5, 6... dias sem ficar tão afetado. Eu já até pensei em fazer essa experiência, mas sei que a reação negativa ao meu redor vai ser muito forte, então eu prefiro não ser tão ousado. Afinal eles podem ter razão, eu posso desenvolver alguma falência orgânica que não perceba de imediato qual seja.

            Mas eu quero dizer que nesse dia específico, 4º dia de jejum, mesmo que dessa vez não foi tão exagerado, eu comia uma castanha, tangerina, chupava dindins... não era um jejum total. Mas nesse dia o corpo fez finca pé e não perdeu uma só grama durante o dia. Como já estava perto da meia noite e eu queria contabilizar na primeira pesagem do novo dia a perda de um quilo, pensei em fazer o exercício com esse objetivo. Logo recebi a crítica de que não devia fazer isso, exercício físico por volta da meia noite quando o certo era repousar, já que de duas horas da madrugada eu tenho que estar acordado para me preparar para viagem a Caicó. Então fiquei no impasse, eu queria fazer o exercício, mas considerava que a critica de exagero era pertinente.

            Então resolvi consultar o Pai no âmago da minha consciência, onde sempre encontro Ele quando preciso de uma opinião, uma solução, como esse dilema que eu fiquei. Então o diálogo que tive com Ele foi decisivo:

            - Pai, estou confuso, quero fazer exercício físico para forçar o meu corpo a perder o peso que está em excesso sobre ele, mas todos acham que não devo fazer isso, que é exagero, que vai de encontro a minha saúde, que eu não tenho mais a juventude de antes para fazer essas proezas.

            - Filho, tu te sentes capaz de fazer isso?

            - Sim.

            - Se tua mente estivesse focada no mundo mundano, se algum amigo te convidasse agora para ir a uma balada, que tinha garotas novas à tua espera, será que não irias?

            - Sim Pai, se meu foco fosse namorar e curtir a vida material, eu acredito que iria sem vacilação. Esse era um horário propício para essas aventuras.

            - Mas tu irias dançar, talvez namorar, fazer sexo... tudo isso gasta energia e mais ainda intoxica o corpo não é verdade?

            - Sim.

            - Então, o teu foco hoje é com o mundo espiritual com o qual você estabeleceu um compromisso de seguir a minha vontade, não é mesmo?

            - Sim.

            - Voce reconheceu devidamente que exagerou com o seu corpo, o templo sagrado do espírito e que eu confiei a ti. Quer corrigir essa distorção com uma rigidez comportamental que é bem vista aos meus olhos. Sabes que o que irás fazer não vai prejudicar o organismo, pelo contrário vai o beneficiar, à medida que retira o excesso alimentar que se acumula feito tóxico gorduroso nas reentrâncias do seu corpo. Então, porque ir à balada gastar energia pode ser mais tolerável do que perder energia no mesmo horário com atividades que te satisfaz o espírito, corrige distorções do seu corpo e me satisfaz enquanto Pai?

            - É, Pai, tens razão. Irei fazer meu exercício na calada da noite e depois rezarei uma prece de agradecimento a Ti, mergulhado em meu suor, pela confiança que depositastes em mim quando me foi confiado este corpo que com ele agora digito este texto e com o qual tenho responsabilidade de o manter saudável.

            Fiz realmente o exercício que pensava fazer, perdi o peso suficiente para entrar no novo dia com a meta que estabeleci e não irei falar dessa façanha a ninguém, a não ser que seja interrogado diretamente, e nesse caso, como não posso mentir, contarei a verdade e usarei esses argumentos que o Pai colocou na minha cabeça.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/12/2013 às 04h21
 
15/12/2013 01h01
O BOM COMBATE

            Pela primeira vez na história da humanidade foi imaginado um combate que não envolvesse a derrota, humilhação ou mesmo a morte do adversário. Duas pessoas se apresentam para esse duelo com as armas do Evangelho. Cada uma reconhece que é um ser humano, com o coração carregado de egoísmo, natural da condição animal. Cada uma também reconhece que é um ser espiritual, condição essa acima do ser animal. Sabem que as duas condições, animal e espiritual coexistem no mesmo corpo, mas que a condição animal tem uma maior pressão, desde o nascimento, baseado na lei da sobrevivência. Durante o processo de crescimento e amadurecimento, chega na consciência a importância do Espírito e a necessidade dele evoluir acima dos interesses materiais, biológicos, instintivos. Para isso acontecer recebemos o roteiro de vida escrito nos Evangelhos que reproduzem as lições teóricas e práticas do Mestre Jesus.

            Eu tenho bem determinada em minha consciência o caminho que Deus ilumina para que eu faça a Sua vontade. Pelo meu livre arbítrio eu a aceito como a minha vontade também. Sei que fazendo assim estou abrindo mão de todos os meus interesses materiais, inclusive bens móveis e imóveis, prazeres instintivos e apegos afetivos os mais diversos. Sou simplesmente um instrumento de Deus, que se deixa guiar pela Lei do Amor.

            Dessa forma entrei no caminho de construção de uma família ampliada, que não defenda a exclusividade dos afetos, com responsabilidade, até os afetos mais íntimos, e que haja ações de fraternidade dentro e fora desse círculo familiar ampliado. Entendo que o Pai quer que isso sirva de um protótipo para o Seu Reino, como Jesus, o seu filho mais evoluído (e por isso único) veio nos ensinar. Para que isso aconteça é necessário que eu me relacione dessa forma com duas ou mais companheiras, pois se for apenas uma é uma relação tradicional que não vem ensinar o que o Pai deseja. O Pai enviou para mim diversas pessoas que por um motivo ou outro deixaram esse projeto. Apenas duas continuam perseverando na manutenção desse relacionamento, mas com grande força afetiva dirigida a mim e não ao projeto de Deus, como seria o mais adequado. Mas não importa, isso faz parte de suas naturezas, e a natureza também faz parte da lei de Deus. O que importa é que elas se mostrem capazes de suportar a pressão que a natureza animal faz em suas consciências, no sentido da revolta, do ciúme, da vaidade, do ressentimento, da raiva, da ira... Como são duas pessoas espiritualizadas, que reconhecem Deus como Pai e Jesus como Mestre, também conhecem os ensinamentos evangélicos. As regras desse combate consistem nisso: seguir os princípios evangélicos durante uma conversação fraterna, sabendo que a pessoa é considerada pela cultura do mundo atual como uma odiosa inimiga. Tão odiosa que dificilmente poderiam sentar na mesma mesa, face a face. O fato disso estar acontecendo pode ser considerado o primeiro round da luta, vencida por ambas.

            A partir daí, o diálogo entre as duas prosseguiria na base da fraternidade evangélica, sob o testemunho de todos os amigos convidados para tal evento. Todas essas pessoas convidadas para tal evento seriam pessoas privilegiadas, pois iriam ser testemunhas do primeiro combate onde a força do mal, da ignorância, é explicitamente colocada como fator de derrota e não de vitória. 

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em 15/12/2013 às 01h01
 
14/12/2013 01h01
DOMÍNIO PRÓPRIO

            Logo após as minhas preocupações que coloquei no dia anterior, veio às minhas mãos o capítulo de Eclesiástico que se refere ao “Domínio Próprio (5:11-18)” que serve como a lição que o Senhor encaminha pra mim no sentido de eu dar seguimento a Sua missão na minha consciência:

            11. Não joeires a todos os ventos, não Andes por qualquer caminho, pois é assim que se revela o pecador de linguagem dúbia.

            12. Firma-te no caminho do Senhor, na sinceridade de teus sentimentos e de teus conhecimentos, nunca te afastes de uma linguagem pacífica e equitativa;

            13. Escuta com doçura o que te dizem a fim de compreenderes; darás então uma resposta sábia e apropriada.

            14. Se tiveres inteligência, responde a outrem, senão põe a mão sobre a tua boca, para que não sejas surpreendido a dizer uma palavra indiscreta, e venhas a te envergonhar dela.

            15. A honra e a consideração acompanham a linguagem do sábio, mas a língua do imprudente é a sua própria ruína.

            16. Não passes por delator, não caias com embaraço nas armadilhas de tua língua,

            17. pois ao ladrão estão reservados a confusão e o arrependimento, à língua dúbia, uma advertência severa;

            18. Faze justiça tanto para o pequeno como para o grande.

            Esse texto parece mais como combustível e bússola enviado pelo Senhor para que eu dê prosseguimento na minha jornada. Sei que este não é o objetivo daminha vida, mas para o cumprir eu tenho que caminhar com essas observações.

            A minha missão, assim como eu a compreendo, é fazer um pequeno modelo ao meu redor de relacionamentos afetivos ou não, baseados no Evangelho e na Lei do Amor, que também está dentro do Evangelho. E, fazendo isso seguindo a lei da Natureza, onde reside a lei de Deus quando a observamos fora de nossa consciência, é a formação de uma família ampliada, sem exclusividades e com fraternidade dentro e fora dos seus membros, no império da Justiça. 

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em 14/12/2013 às 01h01
 
13/12/2013 01h01
CUMPRIR A VONTADE DE DEUS

            O Devocional 2013, “Boa Semente”, traz um texto interessante no dia de ontem, do qual irei colocar o que sintoniza com meu pensamento:

            O Senhor tem trabalho para cada pessoa. Ele também nos dá condições de executar esses trabalhos, mas será que os achamos muito difíceis?

            Quantas coisas diferentes podem nos impedir de fazer o que Deus tem em mente que façamos. O versículo de Provérbios, 26:13 “Diz o preguiçoso: um leão está nas ruas” - menciona uma delas para nosso próprio conforto. Essa é a verdadeira razão por detrás das desculpas que muitos usam para enganar os outros. Escutam leões rugindo nas ruas, isto é, imaginam problemas e perigos que podem encontrar quando obedecerem ao que Deus manda.

            Seria leviandade dizer que nunca encontraremos resistência quando servimos ao Senhor. Mas se Ele tem nos dado uma tarefa para cumprir, Ele mesmo estará conosco, nos fortalecendo e nos guardando. Sua sabedoria e poder estão disponíveis para nós em abundante medida, se tivermos a consciência de quão pequenos e fracos somos.

            Jesus sempre pôde dizer que Deus estava diante dEle. Seus pensamentos e coração estavam constantemente ocupados com Deus, a quem servia. Ele se dedicou aos interesses de Deus a ponto de Suas forças serem consumidas. Que devoção!

            O Senhor Jesus enfrentou face a face o verdadeiro “leão que ruge”, Satanás. E não deu nenhuma desculpa. Já que todos prestaremos contas a Deus, o que lhe diremos por não termos cumprido aquilo que Ele nos ordenou?

            Este é um dilema que tenho no momento atual. Sei que sou um grande privilegiado frente a tantos que vejo à minha frente. Sei que existe um Pai e que muito além disso, que Ele determinou uma missão em minha consciência. Mas agora é que chega o dilema: sinto que o tempo passa e que não consigo colocar em prática a Sua vontade, pelo menos da forma eficaz que eu imagino que deva ser. Será que esse é o pequeno passo evolutivo que devo dar nesta encarnação? De reconhecer a paternidade de Deus, reconhecer que Ele me deu uma missão, mas que não tenho forças para realizá-la? Sou como o preguiçoso de Provérbios, vejo um leão constantemente nas ruas e não tenho a coragem que Jesus teve de enfrentá-lo face a face.

            Tudo bem, sou ainda muito pequeno comparado com Jesus, tenho que me contentar com o progresso que eu consiga alcançar agora, mesmo que seja mínimo, mas é o limite de minhas forças. Mas também não desistirei, continuarei a pedir ao Pai força e sabedoria para que eu consiga avançar pelo menos um pouco mais além do meu potencial. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/12/2013 às 01h01
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