Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
26/03/2019 01h01
DIRETRIZES HARMÔNICAS

            A Terra constitui um hospital/escola, onde chegamos com o objetivo de aprender alguma tarefa ou curar alguma cicatriz de erros pretéritos. O mundo espiritual está sempre colaborando conosco, com os encarnados, no sentido de despertarmos para a vida real, do espírito, e não nos deixarmos enganar pelas aparências fugazes do mundo material, que serve simplesmente de laboratório para o espírito.

            Sempre tem havido diretrizes harmônicas para nós, que estamos reencarnados na matéria, sem consciência do que aconteceu em outras vivências, e sofrendo o peso do “escafandro de carne” que operamos. Em função dos desejos que invade nossa mente, vindo dos interesses da carne, de se preservar e reproduzir, facilmente esquecemos ou tememos aquilo que o mundo espiritual nos ensina. Muitas vezes desanimamos e fugimos do dever que chega à nossa consciência.

            Hoje temos, com as lições do espiritismo, um bom arcabouço psicológico e filosófico, que desmitifica a morte e revela a realidade além do mundo material. Compreendemos melhor qual é a nossa finalidade existencial, os condicionamentos e reflexos que sofremos, as imposições e necessidades do corpo físico, e tudo isso nos ajuda a operar a vontade em busca dos interesses evolutivos do espírito.

            Esses conhecimentos servem como diretrizes para a criação de um paradigma de vida condizente com os objetivos espirituais. Isso muitas vezes entra em confronto religioso, em algumas ocasiões, com situações muito comum de ser encontrada no Brasil: o alto índice de criminalidade. São pessoas brutalizadas que vivem entre nós como verdadeiras feras, selvagens, que não titubeiam em matar para alcançar seus objetivos materiais. Para fazer isso usam armas, e o país, de forma inconsequente, aprova um estatuto de desarmamento onde quem possui e carrega armas são essas feras. O cidadão que não tem essas tendências materiais e criminosas, é obrigado a andar e viver dentro de suas casas sem armas, se tornando um alvo extremamente fácil para esses meliantes.

            Entro em desarmonia muitas vezes com confrades, por defender o uso de uma arma para me defender dessas feras. Meus confrades, em sua maioria, são de opinião que não devemos armar armados, que é melhor ser vítima do que algoz. Acontece que não quero ser vítima nem algoz, e usando uma arma para me defender, evito ser uma vítima indefesa, e se for necessário usar a arma nessas circunstâncias de defesa, acredito que eu não esteja sendo algoz.

            Ao procurar uma diretriz harmônica para viver, justifico perante a minha consciência, onde está a lei de Deus, e não me sinto reprovado por isso. Afinal, nosso maior Mestre já advertia: orai e vigiai. De que adianta eu vigiar dentro de casa e estiver em orações, se um bando invade meu lar, e faz todo tipo de brutalidade que seus instintos perversos exigem? Qual a vantagem espiritual de ser uma vítima com minha família, sob essa onda de agressividade? Afinal, nós amamos os animais, mas quando entramos na selva, devemos ir armados, pois senão seremos devorados nas garras da primeira fera que aparecer.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/03/2019 às 01h01
 
25/03/2019 01h01
SONHO

 

Sonhei que Jesus me encontrava

E ficava me olhando com surpresa

Como se ali eu causasse tal despesa

No Jardim das Oliveiras onde Ele orava

 

Eu lhe disse com toda humildade

Com os olhos encharcados de sofrer

E a alma arrependida de viver

Mestre, me perdoe por caridade

 

Eu tentei aplicar tuas lições

E amar quem de mim se aproximava

Mas em troca só queriam me prender

 

Ele disse, por que tais aflições?

Não se lembra da forma que eu amava?

E pendurado fiquei, sem ninguém me defender?

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/03/2019 às 01h01
 
24/03/2019 01h01
BARCO SEM PORTO

 

Sou destinado a navegar em alto mar

Carregando sempre algo de valor

Geralmente corações, com muito amor

Mas sem um porto que me deixe repousar

 

A minha carga de tantos corações

Entre eles não existe harmonia

Querem sempre, cada um, a cada dia

Ser o dono de todas as emoções

 

Como posso chegar em algum porto

Se a âncora cada um a quer jogar

E me prender para sempre num lugar?

 

Não quero meus amores como aborto

Cada um navega em mim quanto quiser

E cada um que chegar, me ame quanto puder

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/03/2019 às 01h01
 
23/03/2019 01h01
DESARMONIA

            Na luta pela evolução, o espírito irá se defrontar, principalmente, com as forças do organismo biológico, traduzidas pelo egoísmo, que se diversifica por diversos ramos, como uma serpente de mil cabeças.

            Dentre esses ramos ou cabeças, a mais terrível, considerando os relacionamentos humanos, é o ciúme. Se um veículo da evolução espiritual é a liberdade, o ciúme tende a prender a pessoa dentro dos interesses de outra. Essa tentativa leva inevitavelmente à desarmonia. Se o ciúme prospera, ou o relacionamento deve ser desfeito ou ele persistirá na base da desarmonia, baixando em muito a qualidade de vida dos envolvidos e incapacitando a evolução espiritual.

            A tolerância é um aspecto que procura estabilizar a relação, mas essa também tem seus limites que devem ser respeitados, como vimos em texto publicado neste espaço há poucos dias. O espírito mais evoluído dentro da relação, percebendo a desarmonia, praticando a tolerância e não resolvendo, deve se afastar como forma de preservar o seu espírito. Se o amor desenvolvido pelo espírito que se afasta é na base da incondicionalidade, ele continuará amando a quem se afastou, procurando mostrar o motivo pelo qual partiu e a condição dele continuar o relacionamento: harmonia.

            Somente terá condições o contexto de voltar à harmonia, se o ciúme for vencido sem deixar rastros de ressentimento, de mágoa. Para isso, o perdão deve ser aplicado em todas as direções, e isso é outro obstáculo difícil de ser superado por muitas pessoas.

            O espírito mais evoluído, que não tem em si nenhuma carga de ciúme, e que tem de se afastar, não o faz sem consequências emocionais. Ele sofre também a dor do afastamento, mas reconhece que não pode comprometer a sua liberdade. Pode ainda temer a solidão, consequência do seu afastamento, mas essa é outra barreira que ele tem que vencer, viver sozinho e com qualidade de vida, sem culpa pelo sofrimento que deixou para trás em outras pessoas, pois, afinal, não foi ele que desencadeou a desarmonia com a força do ciúme, do egoísmo.

            Por estar fazendo o bem a outras pessoas, pode esse espírito ser tachado de bobo, de ser utilizado por pessoas de má fé. Acontece que o espírito que pratica a bondade pode correr esse risco, mas se estiver ligado com Deus, procurando fazer a Sua vontade, com certeza, se isso estiver acontecendo, será para Deus procurando provar ou educar alguns dos seus filhos. Da mesma forma que Jesus, tanto sofreu na carne e no espírito, para ensinar à humanidade a forma de amar. Não era bobo nem estava sendo utilizado com malícia por outras pessoas, estava simplesmente fazendo a vontade do Nosso Pai.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/03/2019 às 01h01
 
22/03/2019 01h01
CÍRCULO DO MAL DE HITLER (15) – A FORÇA DE UM ATOR

Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

XV

A cena se desloca para Landsberg, Baviera, 26-02-1924

Mas nas dez semanas antes do julgamento, algo notável acontece. Hitler passa por uma transformação.

Quando Hitler se recuperou de seu desânimo, seu senso político entrou em campo, e ele viu, que apesar de ser julgado, isso forneceria uma plataforma para espalhar ideias. Em vez de pedir clemência, Hitler ataca. Ele percebe que ali é o centro do palco. E onde mais Hitler adora estar do que no centro do palco? Então ele vira tudo a seu favor. Ele demonstra uma incrível capacidade de transformar desastre em triunfo. Ele transforma a humilhação nazista em triunfo ao apresentar-se como um mártir e uma salvação. E ele fez discursos em vez de responder às perguntas. Ele fazia discursos políticos... que geravam aplausos de quem estava no tribunal.

“O golpe foi pela Alemanha. Pelo meu povo alemão. Estou sendo julgado, mas o destino não me julgará mal.”

Hitler sempre foi tido como um agitador do sul da Alemanha, mas o tribunal o transformou em uma figura nacional. A audaciosa exibição de Hitler não é aplaudida apenas no tribunal. Vira manchete de primeira página no mundo todo.

Por atos de terrorismo como aquele, Hitler poderia ter pegado uma pena de muitos anos. A sentença dele foi de cinco anos. Ficou claro que as autoridades e figuras judiciais bávaras simpatizavam com a posição de Hitler.

Embora culpado, Hitler recebe uma sentença leve. E, principalmente, sua atuação no tribunal animou a direita. Até conquistou o extremamente cético aspirante a jornalista Joseph Goebbels.

O primeiro envolvimento de Goebbels com Hitler foi por meio das transcrições dos autos do julgamento realizado no começo de 1924, que foram amplamente impressos em jornais alemães.

Um escritor brilhante, Goebbels é um sujeito complexo, um jovem que tem muito a provar.

Alguém disse com crueldade que Joseph Goebbels era um aleijado físico e emocional. E embora seja crueldade, há verdade nisso, porque ele tinha um profundo complexo de inferioridade. E assim como Hitler, ele guarda rancor dos judeus. Acha que sua carreira de escritor foi reprimida por editores judeus.

Embora ainda demore meses para os dois se conhecerem, Goebbels e Hitler estão em rota de colisão que moldará o destino do país deles. Goebbels estava completamente inspirado. As anotações em seu diário em março de 1924 mostram uma fascinação crescente por esse personagem desconhecido, por suas ideias, e, nas semanas seguintes, ele desenvolve um idealismo sonhador quanto a esse homem e suas crenças.

Tudo muito parecido com a trajetória de Lula. Preso no regime militar, começa a criar o mito, baseado em uma realidade, mas com distorções internas que o povão não percebe. Começa a criar a imagem nacional, de uma pessoa que pode corrigir as injustiças sociais existentes no país. Poucas pessoas sabem do mal inerente a essa pessoa, chegam até a publicar livros nesse sentido, mas não alcança o imaginário social. Termina sendo eleito presidente do Brasil, onde tem condições de colocar em prática todas ideias perversas contra o país, deixando-o empobrecido com tanta corrupção, sem trabalho e cheio de divisões entre os mais diversos grupos, carregados de violência. Hoje, preso devidamente pela atuação da justiça que ele não conseguiu cooptar, permanece com milhares de pessoas carregando bandeiras e defendendo bordões, sem saberem o significado disso.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 22/03/2019 às 01h01
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