Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
05/06/2013 06h24
SABEDORIA HUMANA

            A “palavra de Deus”, que é a essência do Amor Incondicional, está escrita de forma simples e complexa em diversos livros espirituais. Ainda assim os “sábios e entendidos” não a entende, enquanto os pequeninos recebem a verdade dela sem dificuldades. Será por que Deus bloqueia a mente dos “sábios”? Não! Isso acontece porque quem confia em sua própria sabedoria acaba criando estruturas de pensamentos contrárias à Palavra de Deus. A sabedoria deles lhes diz que a salvação só pode ser obtida pelas boas obras, e quando Deus afirma que “pela graça sois salvos, por meio da fé” (Efésios 2:8), isso é totalmente contrário ao que os conceitos deles dizem. Eles são muito sábios para alcançar a simplicidade de Deus!

            Para captar a linguagem de Deus é preciso dependência dEle, pois é o espírito de Deus que nos revela as riquezas de Sua Palavra. Tentar usar esquemas humanos para desvendar a palavra de Deus é colocar obstáculos que nos impedem de desfrutarmos das maravilhas contidas nela.

            Uma criança bem pequena consegue assimilar João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna”. Não importa quanto seja difícil para a nossa mente humana entender, quando Deus fala tudo é verdade. Isso exige fé, não mais sabedoria humana, nem intelectualidade, mas submissão do coração.

            Sei que o nosso racional deve estar sempre atento para as mentiras que estão ao nosso redor e que podem até se pronunciar como falsos deuses. Mas, usando o juízo crítico, devemos identificar a fonte fidedigna da Palavra de Deus e a partir daí deixar a fé assumir o comando de nossas decisões.

            Antes eu tinha muita dúvida quanto a veracidade da Palavra de Deus, cheguei até a me considerar ateu por certo tempo. Porém a minha dúvida persistia nesse mundo que eu imaginava que foi criado sem intervenção divina. Terminei por achar essa última hipótese mais improvável e passei a aceitar a existência de um Criador, mesmo que seja uma forma difícil de caracterizar devido as limitações de minha inteligência, onde o máximo que eu posso conceituar é de “Inteligência suprema”, de “Essência do Amor Incondicional”. A partir daí eu pude verificar como o meu mundo se ampliou inclusive as minhas potencialidades evolutivas, da meta que eu posso alcançar usando a eternidade como ferramenta.

            Hoje eu continuo a trabalhar e conviver no mundo acadêmico, universitário, onde a ciência é privilegiada à exaustão e até desconsiderada outras formas de ver a vida e que possam ser concorrentes. Não tenho mais dúvidas da existência de um Poder Superior e criador. Sinto agora a responsabilidade de passar o conteúdo que eu aprendi aos meus pares, sabendo a natureza da resistência que eles oferecem e procurando ter a sabedoria de mostrar que a complexidade dos seus pensamentos não servem para traduzir a beleza e a dimensão da Palavra de Deus; que teremos de voltar a simplicidade das crianças e trocar a nossa sabedoria humana pela fé raciocinada.

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 05/06/2013 às 06h24
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
 
04/06/2013 08h40
A VERDADE SOBRE NÓS

            Muitas vezes tentamos escapar de situações que imediatamente reconhecemos como pecados em outras pessoas e desconsideramos quando nós mesmos os cometemos. Também quando somos pegos em fragrante, sem desculpa plausível, dizemos a nós mesmos que nosso pecado aconteceu só daquela vez e que foi uma falha casual.

            Esse tipo de comportamento tem a sua vantagem, pois mostra que estamos nos esforçando para obter uma melhora, mesmo com sérias falhas de caráter que precisam ser corrigidas. Eu já tento não julgar o meu próximo, ser bastante indulgente com ele, e ser muito crítico, muito severo comigo mesmo, com as falhas que eu reconheço em mim.

            Sei que não posso fugir de algumas situações, pois assim me desqualifico para a ajuda ao próximo que eu posso oferecer. Devo sempre lembrar o exemplo de Jesus que veio ensinar ao povo como se livrar dos pecados deles, porque Ele sabia que somente aqueles que admitem e se arrependem de seus pecados podem corrigir seus erros e avançar por um caminho mais apropriado.

Lembro que Jesus era questionado pelos fariseus porque Ele comia com a ralé, como cobradores de impostos e pessoas de má fama. Jesus respondia que “Os que tinham saúde não precisavam de médicos, mas sim os doentes; que Ele tinha vindo para chamar os pecadores e não os bons.”

Quando faço essa reflexão percebo que Jesus realmente veio à Terra por causa dos pecadores, daqueles que viviam no erro, e que era importante que Ele dissesse essa verdade. Caso contrário, poderiam pensar que Ele havia vindo para ficar ao lado das pessoas importantes e poderosas e que nenhuma pessoa vil, menosprezada, humilhada, pestilenta e condenada mereceria qualquer consideração. Era necessário assim, que Jesus dissesse a verdade sobre Ele, e agora, nós, enquanto seus discípulos, também devemos dizer a verdade sobre nós.

Agora fazendo considerações sobre mim e minha dificuldade de enfrentamento do pecado sem ferir o pecador, vejo que essa solução de Jesus em falar a verdade sobre nós é uma ótima estratégia. Eu não atacarei ninguém ao falar sobre mim, dos meus paradigmas de vida, em que eu acredito, pois assim jogarei um pouco da luz que possuo sem cegar ninguém ao meu redor, pois se trata das minhas considerações no controle dos meus próprios pecados e não sobre os pecados de ninguém.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 04/06/2013 às 08h40
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
 
03/06/2013 23h59
OLHAR COMPASSIVO

            Procuro seguir na vida com o olhar de compaixão por todos os seres da Criação, principalmente pelos relacionamentos afetivos. Acredito que desde criança já possuía essa tendência. No encontro com o instinto sexual na adolescência, quando os hormônios passaram a ser liberados em função da reprodução, eu poderia ter deixado de lado esse sentimentalismo e ter ido em busca da emoção dos prazeres sexuais sem nenhuma preocupação humana com os interesses femininos. Foi isso que aconteceu com os meus dois irmãos. A busca do prazer sexual passou a ser o foco de suas vidas. Eu tinha também o mesmo interesse sexual, mas estava condicionado ao respeito pela condição feminina, jamais pratiquei ou tive a intenção de buscar o sexo vendo a mulher como um instrumento, simplesmente um objeto para isso. Chegava ao cúmulo de ir com eles de forma solidária para as boates, ficarmos numa mesa juntos, chegar a conversar com algumas das profissionais do sexo, mas não sentia a motivação de ir transar com elas como meus irmãos faziam, usando mais de uma mulher em uma só noite. Eu saía desses locais ouvindo o grau de satisfação do que eles acabaram de fazer e a ironia deles comigo e, no entanto, não sentia a necessidade de mudar o meu comportamento. Eu imaginava que a mulher com quem eu me envolvesse intimamente deveria ser com a motivação básica do amor, e não somente do instinto sexual e da facilitação monetária. Poderia ser até dentro de uma boate, de um cabaré, eu não tinha preconceitos, desde que tivesse o amor como elemento catalisador.

            Este olhar compassivo sobre a Natureza, sobre os relacionamentos, sobre os desejos do sexo, me acompanhou durante toda a vida. Esta viagem que fiz neste final de semana na companhia de meu irmão até Fortaleza, deixou bem marcante esse comportamento dispare entre mim e ele. Ele dominava o centro das atenções, a sua forma irônica e engraçada de observar e comentar tudo ao seu redor, com pitadas quentes de sexualidade, beirando a pornofonia, mostrava com clareza a utilidade da mulher como um objeto sexual, sem um pingo de consideração à sua condição humana. Eu não concordava em quase 100% do que ele falava, como acredito todos que o ouviam deviam ter essa mesma avaliação, no entanto todos se divertiam a valer com sua prosa libidinosa e egoísta. Aqui, acolá, surgia algum comentário contrário dos seus ouvintes, mas nada de forma antagônica que levasse ao enfrentamento dos paradigmas.

            Ao término da viagem, ao chegar, sozinho em meu apartamento, fiquei a meditar sobre tudo isso. A sabedoria de Deus me colocou nessa situação de enfrentamento para Ele verificar como seria o meu comportamento. Levei um livro para a viagem para tirar pelo menos uma hora e refletir sobre os nossos compromissos espirituais, mas não consegui fazer isso. Envolvido com o clima de “farra” e com a cumplicidade do esquecimento, o livro voltou comigo sem ser aberto. Mas, apesar de tudo ficou comigo lições importantes: ficou bem clara a diferença que existe entre mim e o mundo; ficou clara também as minhas convicções amorosas, de fraternidade, de respeito a condição do próximo, mesmo com todo o clima de envolvimento; e que devo encontrar formas solidárias de apresentar de maneira educativa o que eu já aprendi do mundo espiritual, de mostrar que todo tipo de desejo carnal deve estar subordinado ao Amor Incondicional. Este é o papel de professor que eu devo assumir, um professor contundente, mas que ensine com ternura, para que o pecado seja atingido sem destruir o pecador. Já sei das principais lições do mundo espiritual, agora devo aprender as técnicas solidárias de aplicar as lições. Nesse ponto o meu olhar compassivo muito me ajudará.   

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 03/06/2013 às 23h59
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
 
02/06/2013 00h22
FALHAS COM O PAI

            Foi no momento que escrevia o diário de ontem que percebi que não havia feito nenhuma oração, desde que sai de casa, de Natal para Fortaleza, não falei com o Pai durante qualquer oração, não procurei saber o que Ele tinha a me dizer durante qualquer meditação. Parei por um instante de digitar e fiz uma oração de agradecimento, por Ele ter nos conduzido em segurança e harmonia por todo o caminho até nos deixar em segurança no hotel que pretendíamos ficar com a Sua autorização.

            Lembrei que, ao procurar o hotel, entrei sem querer dentro de uma caminhada que os cristãos de Fortaleza faziam até a Praia de Iracema. Cheguei perto de um rapaz e perguntei qual era o motivo da caminhada. Ele me disse que era uma caminhada de todos os cristãos, de qualquer tipo de igreja ou de denominações, e que iriam se concentrar na imagem de Iracema para fazer suas preleções. Fiquei encantado com a situação e me programei automaticamente para me unir a eles logo que repousasse um pouquinho na pousada, do cansaço da viagem. Nem consegui dizer aos meus companheiros desse meu objetivo, pois todos já estávamos combinados de irmos a referida praia e assistirmos aos shows de humor. Depois do banho fui para cama tirar um cochilo e só fui acordar as 22:30 horas, com todo mundo dormindo e na hora já perdida do encontro cristão e dos shows humorísticos.

            Fiquei a meditar sobre essas ocorrências, da proteção que o Pai me dá e das falhas que eu apresento para Ele. Não penso assim como uma forma de me autoflagelar, pois o Pai sabe e eu também que esta falha específica foi devido ao cansaço do corpo e que eu não me preparei, física e psicologicamente para fazer o enfrentamento e ir encontrar os meus irmãos cristãos em suas preleções e até contribuir com as minhas, como testemunha do poder de Deus em nossas vidas. Depois que Deus preparou todo o cenário, organizou meus irmãos de Fortaleza em tão bela atividade, de ter me colocado dentro dela por Sua força de influência, de chegado à minha consciência da importância, tanto para mim como para meus irmãos, do meu testemunho, eu não compareci! Talvez tenha sido essa a principal tarefa que eu teria que fazer em Fortaleza, e eu falhei!

            Agora estou aqui, ao pé da minha consciência, oferecendo ao Pai minhas desculpas, em dizer a Ele que eu não sou tão puro quanto Jesus, nem tão forte quanto Paulo em conduzir com toda a disciplina do corpo as minhas tarefas espirituais. Mas também ofereço a Ele a pureza das minhas mais nobres intenções de caminhar como eles, Jesus e Paulo, com a mesma disciplina no cumprimento da Vossa santa vontade.

            Sinto que o Pai me perdoa mais uma vez, que também devo ter o meu auto perdão, mas com nova disposição de corrigir minhas falhas, mesmo que não seja de forma ampla e total, mas que observe algum grau de progresso nas minhas atitudes.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/06/2013 às 00h22
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
 
01/06/2013 23h59
NA PROTEÇÃO DE DEUS

            Como é importante quando estamos sentindo que temos a proteção de Deus! Desde que assumi a condição de filho de Deus, que Ele é meu Pai e que sempre está presente em minha vida, em todos os momentos, bons ou ruins, adquiri uma tal confiança que me deixa muito mais seguro quanto a qualquer surpresa que a vida possa me oferecer. Sei que ainda tenho minhas falhas, principalmente na minha forma de comunicação com o Pai e com os espíritos de luz que auxiliam o nosso processo evolutivo. Não consigo ainda praticar a oração com a regularidade que sua importância exige, faço com muita irregularidade e sem tanto empenho como é preciso. Mas sei que o Pai observa todos os meus passos, que sonda o meu coração e vê a honestidade de minhas intenções, nos meus sucessos e fracassos.

            Na viagem que fizemos para Fortaleza esperava e sentia a todo o momento a proteção de Deus em nossos passos. A viagem transcorreu com segurança e harmonia. Até no pequeno detalhe da reserva de um hotel, senti também a sua participação na forma de coincidência. Fiz a reserva em Natal usando um cartão que eu pensava ser de um local que já havia me hospedado e que achamos muito bom. Quando chegamos ao local percebemos que não era o local que pretendíamos, mas que esse local não ficava longe dali, que mesmo sem o nome do local, telefone ou endereço, nós poderíamos o encontrar. Explicamos a situação ao rapaz que fez nossa reserva, deixamos os carros estacionados na frente e dissemos que iríamos procurar nas imediações o lugar que pretendíamos, caso contrário, voltaríamos e acertaríamos com ele.

            Saímos a procurar esse lugar sem nenhum tipo de endereço, confiando apenas em nossa memória. Entramos e saímos de diversas ruas e sem sucesso. Já pensávamos em desistir quando me aproximei de um barzinho situado numa esquina que eu achava muito familiar. Ao chegar mais perto o portão da casa vizinha se abre e sai um rapaz que é bastante familiar para mim. Mas eu percebo que naquela casa não tem nenhuma indicação de ser um hotel ou pousada, mas tem o aspecto de coletividade e também me evoca grande familiaridade. Chego perto do rapaz e indago se esse prédio é residencial. Ele me informa que sim, mas que também aceita hospedes para temporadas. Foi aí que percebi, com a voz e a forma de tratar do rapaz, que ele era o mesmo que nos acolheu da vez que estivemos hospedados com ele. Ele também nos reconheceu e logo nos colocou em dois quartos bem higienizados e divididos onde nós ficamos hospedados com conforto, higiene e economia.

            Agora, ao fazer este diário, vejo o quanto Deus tem influência em nossas vidas, principalmente na minha vida que está sintonizada com Ele. Qual foi a força que fez aquele rapaz, naquele exato momento no tempo, abrisse o portão do seu trabalho, sem que ninguém tivesse lhe chamando e que tivesse se colocado à disposição para minhas indagações?  Sei que muita gente vai justificar o fato pelo acaso, pela coincidência, mas sei que para isso acontecer existe uma probabilidade e que não é muito grande. Então para mim é mais confortável e até mais racional, que é a proteção do Pai se expressando em minha vida em atos tão simples e ao mesmo tão importantes.

            Obrigado, Pai!

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 01/06/2013 às 23h59
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Página 829 de 932