Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
31/05/2013 23h09
A CONVERSÃO DE PARADIGMA

            Estava lendo um texto que falava da maravilha que foi a transformação que ocorreu na vida de Saulo, especialmente em seus relacionamentos. Ele se tornou mais reverente a Deus. Como fariseu ele devia ter orado muitas outras vezes, ou pelo menos lido algumas orações, publicamente ou quando estava sozinho. Agora ele podia desfrutar de um novo acesso a Deus através de Cristo e de uma nova paternidade de Deus quando ele testemunhou em seu espírito que era filho de Deus: o leão feroz se transformou em um manso cordeiro.

            O relacionamento de Paulo com a igreja mudou completamente. O arqui-inimigo da igreja foi recebido como irmão. Foi batizado, Paulo, na comunidade cristã. O novo Paulo tinha agora um novo paradigma, uma nova responsabilidade com as pessoas. Jesus lhe havia dito que ele precisava dar testemunho de tudo que havia visto e ouvido. Foi confirmado como apóstolo dos gentios.

            Sofri também uma profunda conversão de paradigma na minha vida. Antes eu pensava e defendia a estrutura do casamento, e suas características românticas e exclusivistas. Casei com essa perspectiva e vivi durante algum tempo com esse mesmo paradigma. Mas, sofrendo a pressão dos instintos e o senso de justiça, fui lentamente ao longo do tempo reformulando o pensamento. Hoje entendo que a união entre duas pessoas não pode levar ao exclusivismo de outras; que o amor que é dado a uma pessoa, não possa também ser dado a outras; que a minha relação e obediência a Deus não estaria restrito a preconceitos e dogmas escritos e sim a essência do espírito de Deus e que Ele manifesta Sua vontade no palco da minha consciência.

            A partir daí fiquei mais reverente a Deus, apesar do meu comportamento a primeira vista não obedecer ao que está escrito nos livros sagrados, sigo com maior fidedignidade ao espírito da letra. Assumindo a conversão ao novo paradigma, sofro da mesma forma que Paulo, as consequências dentro dos meus relacionamentos. Em um momento sou amado e cultuado, em outro sou odiado e despejado. Mas, assim como Paulo recebo tudo isso que Ele colocou na minha mente como a missão que Ele quer que eu desenvolva, o caminho que Ele quer que eu trilhe, que apesar de ter bastante flores, também tem os seus espinhos. Peço apenas a Deus com humildade, força e resistência para aqueles que decidem caminhar pelo mesmo destino, sem jamais perder a capacidade de receber e doar amor.

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em 31/05/2013 às 23h09
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30/05/2013 23h44
A ESCOLA DAS ALMAS

            Hoje foi o aniversário da minha irmã, completou 54 anos, se não me engano. Fizemos uma reunião com 22 pessoas para ler uma passagem da vida de Jesus e fazer uma reflexão. Jesus sempre se reunia na casa de Pedro à noite, com os amigos, depois de suas tarefas diurnas. Nessa noite Jesus foi interpelado pela sogra de Pedro que perguntava o que viria a ser a vida no lar. Ela se queixava de que iniciava uma tarefa entre flores para encontrar depois pesada colheita de espinhos. No começo era a promessa de paz e compreensão, mas logo surgem as pedras, dissabores...

            Jesus observou que a sogra do seu primeiro discípulo estava emocionada até as lágrimas e deu pressa em responder. “O lar é a escola das almas, o templo onde a sabedoria divina nos habilita, pouco a pouco, ao grande entendimento da humanidade.”

            Aproveitou o Mestre a ocasião para dar um exemplo prático como Ele sempre gostava de fazer. Perguntou então a senhora, o que ela fazia com as lentilhas ou com os feijões, antes de servi-las à refeição. Ela respondeu, meio escabreada com tão obvia resposta: “naturalmente, Senhor, eu os levo ao fogo para que sejam cosidos. Depois devo temperá-las tornando-os agradáveis ao sabor.”

            Então Jesus explicou onde queria chegar: “Há também um banquete festivo na vida celestial, onde nossos sentimentos devem servir à glória do Pai. O lar, na maioria das vezes, é o forno preparador. O que nos parece aflição ou sofrimento dentro dele é recurso espiritual. O coração acordado para a vontade do Senhor retira as mais luminosas bênçãos de suas lutas renovadoras, porque somente aí, de encontro uns com os outros, examinando aspirações e tendências que não são nossas, observando defeitos alheios e suportando-os, aprendemos a desfazer as próprias imperfeições. Nunca notou a rapidez da existência de um homem? A vida carnal é idêntica à flor da erva. Pela manhã emite perfume; à noite, desaparece... O lar é um curso ligeiro para a fraternidade que desfrutaremos na vida eterna. Sofrimentos e conflitos naturais, em seu círculo, são lições.”

            A sogra de Simão escutou, atenciosa, e ponderou: “Senhor, há criaturas, porém, que lutam e sofrem; no entanto jamais aprendem.

            O Cristo pousou na interlocutora os olhos muito lúcidos e tornou a indagar: “Que fazes das lentilhas e feijões que não cedem à ação do fogo?”

            Ela respondeu de imediato: “Ah! Sem dúvida, atiro-as ao monturo, porque feririam a boca do comensal descuidado e confiante.”

             Então o Mestre concluiu a lição da noite da seguinte forma: “Ocorre o mesmo com a alma rebelde às sugestões edificantes do lar. A luta comum mantém a fervura benéfica; todavia, quando chega a morte, a grande selecionadora do alimento espiritual para os celeiros do nosso Pai, os corações que não cederam ao calor santificante, mantendo-se na mesma dureza, dentro da qual foram conduzidos ao forno bendito da carne, serão lançados fora, a fim de permanecerem, por tempo indeterminado, na condição de adubo, entre os detritos da Natureza.”

            Que magnífica lição! Compreendemos assim que todos os conflitos que existem em nosso lar, têm uma função educativa para nossos próprios espíritos. E que aquelas pessoas que não se tornam amaciados pelo calor do forno, devem ser lançados fora para não atrapalhar a delícia do banquete.

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em 30/05/2013 às 23h44
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29/05/2013 23h59
CONFIAR EM DEUS

            Esse aspecto do meu paradigma de vida, confiar em Deus, foi uma conquista lenta que ainda está em processamento acredito. Lembro desde a minha infância quando eu tinha uma participação ativa dentro da igreja católica, era escoteiro sob a orientação do padre de minha comunidade, estudava no colégio sob a sua direção, auxiliava na missa e nas procissões, e fazia minhas confissões e orações regularmente. Adquiri o hábito que se arrasta até hoje de forma condicionada, de rezar a Ave Maria sempre que vejo no céu a Estrela D’Alva. Desde essa época Deus estava presente na minha consciência, mas era representado como um velhinho de barbas brancas que estava sempre a me vigiar, que eu devia mais temer do que confiar. Toda minha relação com Ele era baseada nos rituais que eu deveria observar, nas orações decoradas que eu devia aprender e executar diariamente sob a vigilância da minha avó, nas confissões ao pé do padre para me sentir aliviado dos erros que eu praticava. E Deus sempre era o proprietário severo da minha vida, sempre pronto a me castigar por minhas peraltices, mesmo que mais ninguém soubesse.

            Com o passar do tempo eu fui adquirindo uma razão critica por tudo ao meu redor, inclusive a concepção que eu tinha de Deus, até mesmo duvidava da Sua existência. Passei a desenvolver o meu ego e com ele eu entrei no centro de meus interesses. Tudo que era observado ou que eu sentisse era considerado como uma forma de crescimento dentro da minha evolução pessoal. Passei a desenvolver controles racionais para executar com pragmatismo os recursos que surgiam à minha frente. Queria que as coisas fossem feitas de um jeito que me trouxessem conforto. Foi o momento que eu mais fiquei afastado de Deus! Perambulei por várias igrejas procurando encontrar o Deus que eu tinha necessidade. Apesar da dúvida eu intuía que Ele existia e que eu o encontraria em algum lugar. Cheguei a me sentir ateu, de que não existia Deus nenhum a não ser no imaginário humano. Mas sempre a dúvida vinha atormentar a minha consciência: e se Ele existisse? Aprofundei, paralelamente à minha vida acadêmica, os estudos nos livros espiritualistas de quaisquer religiões. Lentamente a ideia de Deus foi adquirindo um novo formato na minha consciência. Não era mais o velhinho de barbas brancas, e sim a inteligência suprema do Universo e que faz tudo funcionar com a energia da Sua essência que podemos sentir como Amor Incondicional. O meu racional não tinha como colocar dúvidas sobre a realidade dessa hipótese, pois o fato da Natureza estava presente no cotidiano de minha existência, inclusive a minha própria vida. Passei a me considerar uma das Suas criaturas, criado por ato de amor e pelo amor me desenvolvo na trilha da evolução que Ele me colocou.

            Hoje tenho uma consciência bem mais clara da Sua existência e da minha, da dEle enquanto Criador, da minha enquanto criatura. E entre nós e em tudo que existe, a força do amor a promover a evolução. Sei que Ele colocou em minha consciência um projeto de acordo com Sua vontade e que Ele me auxilia nesse processo, pois sabe que estou dentro de um corpo biológico cheio de energias instintivas de sobrevivência e reprodução, que podem turvar minha consciência. Posso perder minhas forças espirituais e me deixar influenciar, no gozo ou no sofrimento, por essas forças materiais, instintivas e mundanas. Mas agora eu confio plenamente em Deus, essência do Amor Incondicional, que está sempre ao meu lado para me proteger e amparar. Mesmo que em alguns momentos surja a melancolia em minha alma, ela não me dominará, consigo transformar as lágrimas de tristeza em belas poesias e baladas para louvar a Natureza e ao Senhor da vida, e assim como Francisco de Assis, ser um constante jogral de Deus.

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em 29/05/2013 às 23h59
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28/05/2013 23h59
OS VERDADEIROS DOENTES

            Lucas (5:29) descreve que havia uma multidão de publicanos na casa de Mateus. Este desejava que seus amigos ouvissem a palavra de Deus diretamente dAquele que conquistara seu coração. Até aquele momento ele fora um coletor de impostos do governo romano, odiado por seu povo. Por ser rico, ele pode reunir uma “multidão” de publicanos em sua casa.   

            Os fariseus consideravam os coletores de impostos pessoas vis, “pecadores”. Ofendidos pelo fato do Senhor estar ali com esses tão detestáveis, eles não se dirigiram ao próprio Jesus, mas aos seus discípulos.

            Porém, o Senhor ouviu e lhes respondeu que quem precisava de médico eram os doentes, não os saudáveis. Veio para chamar os pecadores ao arrependimento e não os justos. Quem eram os verdadeiros pecadores? Os publicanos? Não, porque a própria atitude deles demonstrava que necessitavam de um Salvador. Mas os religiosos não conseguiam discernir a repugnante doença que os consumia – a iniquidade do orgulho próprio – e, portanto, acreditavam firmemente que não tinham do que se arrepender.

            O arrependimento é imperativo para todos nós. É a única maneira de nos livrarmos do cativeiro do pecado. Acusar os outros é um sintoma de escravidão, e a raiz disso é o orgulho.

            Quando faço uma reflexão sobre esse relato de Lucas e o comportamento de Jesus, dentro de sua missão de levar a verdade, a Boa Nova, o Reino de Deus a todos, principalmente aqueles que arrependidos se mostravam como doentes à procura de cura, seja de qual região ou religião fosse, procuro então fazer um paralelo com a missão que tenho na minha consciência. A missão de levar o Amor Incondicional à pratica do cotidiano dentro das mais diversas relações, principalmente as relações afetivas, íntimas.

            Vejo que as pessoas que já possuem o amor se comportam como aquelas que já se consideravam salvos, não queriam que mais ninguém fosse incluído, principalmente alguém que não possuísse a fé, que não possuísse o amor. Então eu faço o mesmo que Jesus, sou mais sensibilizado por alguém que ainda não tem o amor, que necessita ser incluído pelo amor. Para fazer isso eu uso o Amor Incondicional, com a sua característica de inclusão, que não observa barreiras culturais ou preconceituosas para chegar até o coração necessitado. Assim como Jesus sofria as críticas de quem sentia o orgulho ferido, eu sofro as críticas de quem se sente enciumado, por entenderem que o amor deve ser exclusivo e que não deve ser partilhado a não ser com todos os limites que a cultura possa oferecer.

            Mas, Jesus já deixou a Sua lição magnífica de como construir esse Reino de Deus que é a vontade do Pai. É aplicar o amor incondicional, é construir uma família universal onde todos sejam incluídos. O Pai colocou em minha consciência que eu deveria colocar em prática as lições que o Mestre com seu sacrifico pessoal veio nos ensinar e agora não posso ficar bloqueado por nenhuma manifestação de critica social, religiosa, preconceituosa ou mesmo efeitos do ciúme sobre a consciência de minhas parceiras, que mesmo querendo construir ao meu lado esse Reino, ainda sofrem horrores sob os efeitos do egoísmo, da exclusão dos afetos, do ciúme, principalmente!

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em 28/05/2013 às 23h59
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27/05/2013 23h59
CONFISSÃO E PERDÃO

            Há muitas interpretações erradas sobre confissão e perdão. Certa vez um grupo de prisioneiros estava estudando o que a Bíblia ensina sobre dizer a verdade ao juiz e ao júri. Um olhar preocupado surgiu no rosto de um deles, que perguntou: “Mas Deus não perdoa?”. Ele acreditava que poderia mentir ao juiz, conseguir a liberdade e depois acertar as contas pedindo a Deus que o perdoasse! E não é só ele que pensa assim!

            Este mesmo prisioneiro reclamou: “Eu confessei o meu crime ao Senhor. Por que Ele não me tira daqui?”. Embora confessemos nossos pecados e sejamos restaurados pelo Senhor, as consequências do que fizemos permanecem – às vezes – até o fim de nossas vidas. Deus nos perdoa e restaura nossa comunhão com Ele mesmo, porém, Sua palavra continua valendo: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7).

            E por mais que não gostemos, é preciso confessar também àqueles contra quem pecamos. É muito mais fácil confessar a Deus, pois Sua reação é de graça pura! No entanto, o Senhor nos ensina a importância de acertarmos as contas com os que foram prejudicados por nós (Mateus, 5:23-25).

            O pecado ergue barreiras altíssimas entre nós e Deus e entre nós e os outros. Quando confessamos, arrependidos, as barreiras podem ser removidas e a comunhão retomada.

            Sei de casos assim onde barreiras altíssimas foram geradas entre pessoas que conhecem a fundo a palavra de Deus, aceitam Jesus como o Mestre principal de suas vidas e acreditam que possamos construir o Reino de Deus na Terra. No entanto cometeram os seus pecados e não conseguem confessar com honestidade o mal que fizeram, nem a Deus cuja reação é de graça pura, quanto mais ao próximo que está cheio de ressentimentos. E não adianta muito a convicção de construir esse Reino de Deus, se dentro de si existe uma mácula que não foi removida. Ela sempre vai gerar reações negativas que afasta cada vez mais o cristão de seus objetivos espirituais.

            Eu mesmo tenho que fazer uma reflexão bem mais profunda sobre as causas que geraram tão forte reação em minha última esposa que a fez me expulsar de casa sem nenhuma consideração. Na minha avaliação e dentro dos meus princípios, eu não encontro nenhuma ação pecaminosa contra a Lei de Deus ou às minhas convicções. O fato que gerou o comportamento dela, de eu não ter ficado com o nosso filho a noite no momento de sua comemoração por ter passado no vestibular, foi o grande crime que aos olhos dela eu cometi. Mas o meu senso de justiça era quem estava em ação naquele momento, pois eu decidi encontrar com a minha filha junto com outra mulher, filha essa que não podia nem telefonar para a minha casa para falar comigo ou com o irmão e que desejava saber de sua vitória. O meu senso de justiça à mando do Amor Incondicional me “ordenou” para que eu fosse encontrar com essa filha a noite e deixasse o filho com sua mãe e demais parentes nos seus festejos noturnos, já que durante o dia eu havia participado dos festejos imediatos com eles, mesmo com o coração partido, por sentir o peso dessa injustiça causado pelos preconceitos sociais. Eu me sentiria um verme se não tivesse agido dessa maneira, teria me sentido um covarde por me submeter as imposições dos preconceitos sociais e culturais sem observar a Lei de Deus que está impressa em minha consciência.

            Mas, tenho que considerar também os motivos que a levaram agir assim. Sei que ela tem uma forma de pensar diferente da minha e que nos inviabiliza enquanto marido e mulher. Até a forma de vivermos como companheiros, como amigos, que tentamos durante oito anos sem aproximação íntima, terminou sendo inviável como aconteceu. No entanto eu não posso tirar dessa reação que ela apresenta o peso da minha responsabilidade, pois eu deveria ter sentido o mal estar que ela tinha em ver que eu não deixaria de ser quem eu sou, de cumprir uma tarefa que acredito superior, e deveria ter procurado viver sozinho como agora eu estou. Então, esta é a minha culpa, por não querer perder a satisfação de conviver com ela, terminei por gerar uma situação explosiva cujas consequências existem até hoje e pode ser para sempre, como as lições do Mestre ensinam. Tirei desse fato uma grande lição: não devo conviver com mais ninguém que não tenha a plena convicção de que faço a coisa certa e que está disposta intimamente a viver dessa maneira, sem nenhum vestígio de ressentimento pelas ausências e pelo amor que possa ser distribuído com outras pessoas.

            Com a minha ex-esposa ferida eu tenho ainda uma missão: pedir perdão pelo fato de ter convivido com ela esses oito anos e ter gerado tão fortes ressentimentos por minha maneira de agir, por distribuir com outros o amor que ela não permitia e que entendia ser somente seu; por não ter tido a coragem de bem mais cedo ter saído de casa para viver o meu destino sozinho. Já consigo pedir a Deus perdão por essa falta cometida, peço isso com todo o fervor e honestidade dentro da alma. Sei que o Pai perdoa, pois Ele é toda graça, mas devo cumprir as consequências do meu pecado, o que semeei durante oito anos, cujos frutos agora é não me aproximar como quero e como é preciso do meu filho, do meu cão e dela mesma, minha querida ex-esposa. Sei também que não basta pedir perdão ao Pai que é toda graça e sempre está a me acolher, perdoar os meus erros e me dar forças para tolerar as consequências. Sei que é preciso pedir perdão também a ela! Devo sentir dentro do coração o peso do que fiz de errado e chegar perto dela com habilidade para não machucar tanto suas feridas e pedir o perdão das minhas faltas. Não quero que esse abismo que foi criado entre nós exista para sempre!

 

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em 27/05/2013 às 23h59
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