Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
12/02/2013 00h17
PERSISTIR NA IDÉIA

            Há cerca de 30 anos comecei a desenvolver uma ideia que não imaginava atingir as proporções que hoje tem em minha consciência. Mudou o meu paradigma de vida, conheci a existência do Pai primordial, de sua proteção e do que Ele espera de mim. Tudo isso em função da persistência de uma ideia que persegue a coerência racional.

            Hoje tive contato com um texto escrito por Joanna de Ângelis/Divaldo Franco no livro “Messe de amor” que me fez refletir sobre isso. O texto tem o título de “Persistir na ideia” e diz assim: “Nenhuma ideia é, por si mesma, tão perfeita, que não precise de aprimoramento, nem tão imperfeita, que não possa ser melhorada.

            “A moeda, que adquire medicamentos para a enfermidade, também passou pela mão de malfeitores.

            “Muitas vezes, a ideia do bem chega ao homem tosca a abrutalhada, mas, depois de sofrer retoques valiosos, transforma-se em bênçãos para muitos.

            “As pessoas que mudam de ideia frequentemente, quase nunca realizam qualquer coisa de valor.

            “Para o sucesso de todo empreendimento, persistir na ideia é impositivo indispensável.

            “Sem a perseverança que aprimora, as realizações precipitadas malogram, quase sempre e invariavelmente, deixando amarguras e desaires.

            “Todas as ideias tem sempre algo de bom, quando as podemos conduzir em benefício de alguém.

            “A labareda que arde é veículo da purificação, tanto quanto o lixo que tresanda putrefação é depósito de fertilidade.

            “Não intentes a tarefa da evolução, nas linhas do Cristianismo, sob o impacto de ideias momentâneas...

            “Há vinte séculos a do Cristo vem sacudindo a Terra sem lograr penetração integral no coração humano.

            “No entanto Ele persiste, persuasivo e gentil, oferecendo o necessário para a transformação dos caracteres do homem, em face dos dispositivos da sua doutrina de amor.

            “Tocado pelo convite da Vida Verdadeira, persiste na ideia de renovação interior, e empreende a batalha infatigável do bem de todos, removendo os obstáculos íntimos à tua ascenção.

            “O fogo persiste, e devora florestas impenetráveis.

            “A luz insiste, e desenvolve o embrião.

            “O filete de água persevera, e dá origem ao rio caudaloso.

            “O grão de trigo se afirma, e dele nasce o pão.

            “A pedra trabalhada ressurge noutra expressão.

            “O pântano drenado renasce com outra face.

            “O deserto irrigado reaparece modificado.

            “Insiste nas ideias superiores e remodela as perniciosas que te visitam a casa mental.

            “Alça o pensamento a Jesus Cristo, o Sublime Idealizador, e deixa-te inspirar por Ele, plasmando em teu foro íntimo a incoercível força do Bem em forma de vida e alegria para ti mesmo.”

            Vejo por experiência pessoal a verdade dessas sentenças. Percebo que a ideia original que chegou na minha mente veio em forma bruta que nunca imaginava que chegaria ao ponto que chegou. Mas a perseverança na sua essência, do amor incondicional com toda a justiça e coerência que eu pudesse aplicar, veio fazendo o aprimoramento do meu comportamento e a clareza do pensamento. Reconheço também que até hoje eu continuo a aperfeiçoar esse pensamento com a ajuda principal de minhas companheiras que decidem partilhar sua vida comigo, todas tocadas por esse convite da Vida Verdadeira, do Reino de Deus, que implica na ideia da renovação interior, na batalha infatigável do bem de todos, limpando de nossos corações todos os vestígios de egoísmo que levam à exclusão. Temos que insistir nas ideias superiores e remodelar aquelas perniciosas que ainda visitam nossa mente, quer sejam induzidas por outros, quer sejam provenientes do nosso próprio coração.

            Ainda urge a persistência na ideia, de todos que decidem ser cidadãos desse tão bem explicado Reino de Deus, ensinado pelo Cristo.    

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10/02/2013 07h05
COMPANHIA DO REINO

            Seguindo a inspiração de Ignácio de Loyola (1491-1556), o fundador da Companhia de Jesus, que criou esta Ordem para que seus princípios se tornassem realizáveis dentro do contexto missionário, observo também a necessidade de ser criado algo parecido para a viabilização do Amor Incondicional dentro dos relacionamentos e contribuir para a formatação Reino de Deus.

            Ignácio através da Companhia de Jesus servia de grande socorro aos pobres e aos doentes, consolava os presos, ensinava as crianças e aos ignorantes a doutrina cristã, criou missões entre os canibais e os heréticos, constituiu igrejas e escolas, e edificou casas para órfãos e convertidos.

            A Companhia do Reino deve servir de forte bússola de orientação a todos que queiram seguir com justiça e fraternidade os princípios do Amor Incondicional, exemplificados por Jesus e da essência divina. Deve servir de remédio aos sequelados do amor romântico, que construíram suas famílias na base da exclusão e que vivem suas vidas dentro da mentira e da hipocrisia. Todos os membros da Companhia do Reino devem seguir a vontade de Deus, obedecer Sua Lei que está escrita na consciência, acima de qualquer lei terrestre, preconceitos culturais ou interpretações filosóficas incoerentes.

            Assim como na Companhia de Jesus, na Companhia do Reino deverá ser elaborado um estatuto a ser aprovado pela consciência de todos, onde a prática individual do amor incondicional seja observada no cotidiano e sem subterfúgios ou manobras corporativistas de quaisquer espécies; que seja dado ênfase ao principal argumento da aproximação do Reino dos Céus ao ambiente material, a partir da transformação do nosso próprio coração, com a limpeza dos sentimentos egoístas e se colocar como modelo mais apropriado em comparação com o amor romântico, na perspectiva da família universal.

            Assim como na Companhia de Jesus seus membros passaram a ser conhecidos como jesuítas devido o foco de suas ações estar sobre a reprodução do comportamento de Jesus, na Companhia do Reino, apesar das ações dos seus membros também reproduzirem o comportamento de Jesus, mas o seu foco agora está dirigido para a construção do Reino de Deus e portanto a designação dos seus membros mais adequada seria de reinitas.

            Claro, tudo que está colocado neste momento, são elocubrações da minha mente de forma solitária, que mesmo intuídas pelo pensamento divino, merece necessariamente a devida maturação dentro do processo coletivo das consciências, que da mesma forma que a minha, também são intuídas pela vontade de Deus.

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em 10/02/2013 às 07h05
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09/02/2013 01h01
DISCIPLINA

            Joanna de Ângelis em sua obra “Messe de Amor”, através de Divaldo Franco, orienta como devemos proceder na administração do corpo material para atingir os propósitos evolutivos do espírito:

            “Para atender a função a que se destina, cada coisa necessita da adaptação que a disciplina impõe.

            Como disciplina, entende-se o conjunto de deveres nascidos da ordem imposta ou consentida.

            Mesmo a verdade, para chegar ao homem, é dosada em quotas que o vitalizam.

            A luz solar que distende a vida sobre a Terra, é filtrada e medida para atender as necessidades previstas pelo Pai Celeste, sem causar danos.

            A felicidade do homem decorre, pois, da disciplina que este se impõe.

            Educação da vontade.

            Correção dos atos.

            Moderação da voz.

            Domínio dos impulsos.

            Ordem nas atividades e deveres, mantendo um alto padrão de respeito e moderação nas tarefas naturais.

            Recorda, assim, a expressão do Mestre Jesus:

            - Eu não vim destruir a Lei, mas dar-lhe cumprimento.

            A autora coloca com muita propriedade o que precisamos fazer para atingir a felicidade que almejamos, mesmo entando em fase tão inicial do nosso desenvolvimento evolutivo, principalmente na administração das necessidades do corpo que geralmente se confronta com as necessidades do espírito. Eu friso bem a frase inicial:  “Para preencher a função a que se destina, cada coisa necessita da adaptação que a disciplina impõe.”

            Desenvolvi ao longo da vida a compreensão que o amor romântico que é alicerçado nos instintos sexuais, deve estar a serviço do Amor Incondicional que é alicerçado na justiça e fraternidade. Percebo a força que esse amor romântico possui, principalmente quando está incendiado na forma da paixão, mas mesmo nesse nível, jamais o amor romântico pode ficar acima dos princípios do Amor Incondicional. E isso implica na imposição da disciplina e isso merece que repitamos o que Joanna de Ângelis orienta: Educação da vontade, correção dos atos, moderação da voz e domínio dos impulsos.

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em 09/02/2013 às 01h01
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08/02/2013 01h01
QUE É A VERDADE?

            Encontro ao redor muita gente com diversas opiniões que sempre divergem em algum ponto, principalmente no que se trata da religião. Essa é uma questão que envolve a verdade fundamental, como fomos formados ou criados, a nossa origem e destinação. É um ponto de filosofia central para entendermos a vida. Um grupo diz que tudo que existe foi criado por Deus, e o outro diz que Deus não existe, tudo se formou dentro das leis probabilísticas do acaso. Só existe uma verdade, apenas um dos grupos está correto. Na atual condição do nosso psiquismo, não podemos provar nem uma ideia nem outra. Apenas os argumentos é quem pode nos ajudar a defender uma posição ou outra. Eu escolhi pela existência de Deus. Parece mais lógico para mim, que tudo que existe deve ter um Criador, mesmo que dentro do processo exista o mecanismo de reprodução e que obedeça a lei da evolução, que também é criada por Deus.

            Tenho a impressão que a teoria da inexistência de um Deus com esse perfil criador da Natureza, deixa sempre aberta uma interrogação. A teoria mais aceita para a origem do universo é que tenha havido em determinado momento uma explosão magnífica, chamada de Big Bang, originou o universo que iniciou a expansão e continua a acontecer até a atualidade. Mas, de onde veio essa condição de acontecer essa explosão? O que existia antes dela? Não existe nenhuma resposta plausível!

            Como a hipótese da existência de um Criador, com inteligência suficiente para a criação da natureza e todas as dimensões que sejam precisas, observadas ou não. Dentro desta criação nos situamos e com uma inteligência privilegiada comparada aos outros seres vivos que temos acesso e conhecimento. Mesmo assim, essa inteligência, racionalidade, poder cognitivo que possuímos, não é suficiente para alcançar a compreensão de como funciona a inteligência criadora.

            Enfim, no meu entender, a hipótese de um Criador para toda a Natureza, inclusive nós, é a que melhor responde nossa busca da verdade real.

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em 08/02/2013 às 01h01
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07/02/2013 02h01
ONDE ESTÁ O TESOURO

            Onde está meu tesouro, aí está o meu coração. Esta frase eu ouvi como retirada da Bíblia. Aceito como verdade. Somos motivados na vida a determinados comportamentos que nos levam a atingir certo objetivo. A maioria das pessoas se envolvem em comportamentos materialistas que levam ao acumulo de bens materiais. Poucos se envolvem com os interesse espirituais, nem ao menos acreditam que exista essa dimensão e que tenha valores prioritários.

            É certo que nossa existência neste mundo material implica em trabalhar, gastar tempo na aquisição de bens materiais. O corpo físico necessita de manutenção através dos alimentos, de proteção através dos abrigos, de educação, saúde, lazer, repouso, etc., toda uma gama de providências para que a vida material corra com harmonia. Acontece que evoluimos aos lado de outros seres biológicos, humanos ou não. A própria Natureza já estabelece uma competição natural entre todos os seres vivos, representados pelas figuras do predador e da presa. Dentro da própria comunidade humana também existe essa competição o que termina por causar os enormes desvios da normalidade, com a formação das massas de miseráveis e dos poucos poderosos que as manipulam e exploram. Esse comportamento visa apenas o acúmulo do poder material, temporal, em detrimento dos outros que não tiveram chance de alcançar esse poder manipulatório. O poder representado pelas moedas é o que constitui o tesouro material por tantos cobiçado e por poucos alcançado. No entanto a maioria das pessoas passa a maior parte do seu tempo em busca desse tesouro, o seu coração está sintonizado com ele, mesmo que ainda não o possua. Essa pessoa tende a fazer tudo ao seu alcance, até mesmo atos ilícitos, para alcançar esse tesouro.

            O conhecimento do mundo espiritual, dos seus valores, e da precedência sobre o mundo material faz a pessoa ter outra compreensão. Foi por esse motivo que mudei a minha forma de sentir e de agir no mundo. Percebi que estou no mundo material cumprindo uma programação construida no mundo espiritual, onde a realidade não é virtual e passageira como é aqui. O mundo material serve apenas de escola, algumas vezes de hospital, para a educação do nosso espírito. Entendi que não posso agora me voltar com prioridade para as necessidades do mundo material e passar a ter um comportamento cumulativo, sem preocupação com as necessidades do próximo, que também é importante para o meu aprendizado espiritual. Assim, desloquei a qualidade do meu tesouro para as virtudes espirituais, pois é somente isso que eu conseguirei levar comigo quando terminar o meu tempo de aprendizado aqui no mundo material. Nada do que eu consiga acumular do mundo material, qualquer riqueza desse tipo ficará aqui, sendo administrado por outros. Hoje o meu coração está sintonizado com o tesouro espiritual, com o aprimoramento das virtudes. O trabalho no campo material serve apenas para manter a qualidade do meu modo de vida, jamais para acumular em detrimento do meu próximo. Também sei que todo recurso material que possuo pertence a Deus e que sou apenas o administrador que Ele confiou, que devo fazer prosperar o que tenho, mas com o sentido também de ajudar o próximo em suas necessidades.

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em 07/02/2013 às 02h01
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