Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
23/12/2012 17h46
PONTUALIDADE E CARIDADE

            A pontualidade pode ser considerada uma das diversas formas de Caridade, do respeito que devemos ter por quem nos espera. Mas como tudo que envolve nossa vida depende das considerações e do contexto que possa existir em determinado momento, é importante que não nos sintamos obrigados a executar algo que está escrito, que consideramos correto e desconsiderar os apelos da consciência.

            Tenho um exemplo ocorrido ontem para justificar essa assertiva. Tinha um encontro marcado para visitar um amigo que prima pela pontualidade. Então, mesmo que assim não fosse, que ele não fosse tão pontual, seria a minha obrigação o ser. Acontece que na hora de sair de casa fui instado a dar uma carona inesperada a uma jovem que estava gestante, próxima de dar a luz, cerca de 15 dias. Mesmo assim ainda ia ao trabalho e teria que pegar 2 ônibus para chegar em casa, local próximo da casa do meu amigo. Foi nessa circunstância que minha amiga que estava indo comigo para a reunião ofereceu a carona, sabendo que eu não me oporia. Acontece que eu não iria lhe deixar no caminho de sua casa naquela circunstância. Desviei do caminho e entrei por estradas de difícil transito até chegar na sua humilde morada. Consequência, cheguei com bastante atraso na casa do meu amigo. Como ele é uma pessoa de profundos sentimentos cristãos, e nossa reunião tinha inclusive esse objetivo, de ver a melhor forma de servir ao Mestre Jesus, ele não teceu nenhum comentário sobre o atraso. Também não dei maiores justificativas, disse apenas de forma genérica que tinha entrado em ruas e mais rua se terminei por atrasar o nosso encontro.

            Acredito que tenha sido uma ocasião onde a pontualidade foi ofendida, mas caridade foi respeitada. E tudo no maior silêncio, como o Mestre nos ensinou a fazer, tanto o meu amigo por não falar nada sobre o meu atraso e do meu silêncio sobre a ação da carona imprevista.

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em 23/12/2012 às 17h46
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22/12/2012 01h19
GOVERNO

            O nascimento de Jesus foi cercado de uma auréola de poder, que estava nascendo um Rei, que seria instalado um novo reino. E na verdade foi isso que Ele passou a ensinar, que Ele era filho de Deus e que veio instalar um novo Reino na terra. Só que esse reinado não era baseado na força das armas, no poder político que o deveria lançar. Era isso que todos esperavam, mas Jesus passou a explicar que a revolução não aconteceria no exterior, na subjugação dos adversários externos; Jesus ensinava que a revolução deveria acontecer de dentro para fora, deveríamos primeiro subjugar nossos adversários internos, todos com raiz no egoísmo.

            A palavra profética de Deus anunciava que um menino iria nascer, que Ele iria ser o nosso governador, que seria o príncipe da paz. Esse governo do príncipe da Paz ainda não aconteceu. Porém várias etapas já foram cumpridas para o estabelecimento do Reino de Deus. Já houve o tempo da manjedoura, já houve o tempo da cruz, já houve o tempo do túmulo vazio. Há de chegar o tempo do Governo e com ele virá a paz, a solidariedade, o Amor Incondicional.

            Jamais esse Reino será constituído se não limparmos os nossos corações de qualquer resquício de egoísmo, seja qual fora sua forma. Do amor romântico com sua forte carga de exclusão; da inveja sutil ou declarada do próximo tentado o desacreditar frente os significantes; do ciúme perverso de alguém que pode estar usufruindo de algo que poderia ser seu; da raiva destrutiva com o potencial de lesar moral ou fisicamente o outro... Podíamos alongar muito essa lista de sentimentos negativos, todos com o DNA do egoísmo. Esta é a revolução que o Príncipe da Paz veio dar início e possibilitar assim o início do seu governo. Até agora não conseguimos alcançar uma massa crítica para isso ter início. Temos exemplos de pessoas muito valorosas que com empenho mostraram que é possível praticar as lições do Mestre, mas esses exemplos não chegam a motivar a maioria para sua aplicação prática honesta e coerente. Muitas vezes usadas essas informações espirituais para o reforço material de uns poucos em detrimentos da massa. Mas Jesus permanece no comando e com certeza terá estratégias para superar essas dificuldades. Da minha parte, me coloco como seu discípulo e se for declarada uma guerra espiritual, como parece já está acontecendo, me apresento como voluntário para ser mais um combatente nas forças do bem e lutar para o estabelecimento do Reino de Deus no nosso mundo material, a partir da transformação para o bem de meu coração, o limpando de qualquer “sujeira” egoísta que identifique dentro dele.

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22/12/2012 00h34
FÉ E REALIDADE

            O materialista sempre associa a fé com uma falsa realidade, algo que não existe, que é uma fantasia na cabeça dos crentes, alimentada por uma série de dogmas, por milhares, milhões! Defende que somente acredita naquilo que percebe por seus órgãos dos sentidos, ou no máximo, por aparelhos fidedignos. O mundo espiritual para o materialista é pura fantasia. Mas, vejamos só, como a fé pode transformar ou mesmo construir uma realidade. Vejamos o exemplo de Jesus Cristo. Defendia que era filho de Deus, uma fé que tentava passar para todos ao seu redor e que associado a isso deveria ter toda uma gama de comportamentos condizentes com essa filiação e com os irmãos, todos os seres humanos criaturas do mesmo Pai. No início houve muita dificuldade, o Mestre foi julgado e condenado a uma morte torturante, a crucificação. Os seus ensinamentos permaneceu existindo, passando de boca em boca, por quem o conheceu e por quem sem o conhecer aceitou a verdade do ensinamento, a verdade da fé que estava embutida nos ensinos. Várias pessoas também foram sacrificadas, supliciadas, mortas como objeto de diversão nos circos romanos. Este comportamento baseado numa fé se estndeu ao longo dos séculos e ao longo dos países, ao longo do tempo e espaço. Hoje moramos num continente que naquela época nem era considerada a sua existência, o continente americano, o Brasil. Mesmo assim os efeitos daquela fé atingem nossa comunidade e nosso comportamento coletivo. Estamos em plena época natalina, há toda uma transformação na sociedade que adquire aspecto mais solidário, existem mais doações, mais acolhidas, mais compreensão. Então podemos dizer que nossa realidade foi profundamente afetada por nossa fé. O clima coletivo é que devemos preparar o Natal que é data do nascimento do filho de Deus, Jesus de Nazaré. Mas existe uma diferença, quem mesmo assim não considera o mundo espiritual, participa da mudança coletiva, mas não consegue sentir Deus no coração, sentir Deus na sua vida.

            Eu falo dessa forma como uma crítica aos materialistas de um ponto de vista bem interessante e bem conhecedor da causa. Digo assim porque até pouco tempo também eu era um materialista, conhecedor profundo do mundo acadêmico, onde a fé não tinha nenhum espaço. Mesmo agora depois que revi meu comportamento e percebi de forma racional que nada pode existir sem ter uma causa, e a causa última, inevitavelmente, é uma força organizadora, que arquiteta todo o universo. Essa inteligência superior, apessoal, que perpassa toda a natureza á a quem denomino de Deus. a essa concepção tenho que render minha prepotência e o aceitar como meu Criador, meu Pai, a quem devo respeito e amor. Então, a minha aceitação do mundo espiritual não está ainda devidamente amadurecida, em me entroso no mundo espiritual, mas sei que ainda não absorvo dele o que ele tem para oferecer.

            Vivo hoje a realidade do Natal como uma homenagem ao nosso grande professor, Jesus, o espírito mais evoluído que já chegou até a terra. Mas sei que ainda falta muito para eu atingir o nível que o Mestre possa considerar como regular.  

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20/12/2012 02h58
O NOME DE DEUS

            Alá, Buda, Krishna, Tupã, Jesus, Deus, jeová... Tantas quantas sejam as comunidades humanas. Tantos quanto são os nomes que encontramos para designar o Senhor da Vida, o arquiteto do universo, a mãe Natureza. Coube a mim nascer no Ocidente, num pais essencialmente cristão, cujo nome da divindade maior é Deus. Mas se eu tivesse nascido mais um entre os bilhões de orientais? Eu teria Krishna ou Buda como divindades maiores. Se eu tivesse nascido numa tribo de índios no Brasil? Teria como divindade a Tupã... e assim sucessivamente. Agora vem a pergunta: qual o grupo que está certo? Qual a divindade verdadeira e todas as outras falsas? A tendência é que eu reconheça a minha divindade como a verdadeira e todas as outras falsas. Mas vamos nos colocar na pele de um índio e ouvir de alguém que Deus que eu acredito é falso! Ou na  pele de um oriental, de ouvir alguém dizer que minha divindade milenar, muito mais antiga que o cristianismo, é uma divindade falsa, que a divindade verdadeira é aquela surgida na terra de Ur, que escolheu uma nação a partir de um patriarca, Abraão; que enviou para a terra o seu filho “único” para salvar a humanidade; que seus seguidores passaram a corrigir o mundo à força da espada com as Cruzadas ou com a força das fogueiras, nos julgamentos eclesiásticos...

            A confusão fica maior quando a divindade diz que todos somos irmãos, pois todos somos criação dEle, e que devemos amar ao próximo como se fossemos nós mesmos, pois no próximo também está a sua imagem e semelhança. E nós dizemos amar ao nosso Deus e ao mesmo tempo sou intolerante com o próximo que tem um outro nome para a divindade.

            Sei que existe um só Deus e que Ele criou e continua a amar qualquer espécie de sua natureza, inclusive nós. Não me incomoda ou fere os ouvidos que a divindade suprema seja chamada de outro nome que não seja Deus. sei que qualquer que seja o nome dado, é o mesmo nome que cultuo: Deus.

 

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em 20/12/2012 às 02h58
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19/12/2012 08h58
CONSELHOS

            “Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores. Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite.” (Sl 1,1-2).

            Interessante como os Salmos iniciam com essa advertência quanto aos conselhos.  Adverte para não ser dado ouvidos a tudo nem a todos ao redor – sempre existem aqueles com pensamentos ou palavras sem valor, que não ajudam em nada. É importante aprender a distinguir entre o que convém e o que não, e buscar a orientação de Deus em oração e por sua palavra que pode estar camuflada em qualquer livro, principalmente os sagrados, como a Bíblia, ou na boca de um inocente, principalmente de alguém com o coração limpo do egoísmo. É assim que aprendo a agir com amor e humildade e a buscar o que realmente importa em minhas decisões. Quando chego a conclusão de que algum conselho é incoerente, esqueço-o. Caso a ideia seja boa, procuro ser humilde e a praticar, mesmo que antes eu não a tenha cogitado. Mas não perco tempo com ideias que só incomodam e não levam a lugar nenhum. Mesmo porque já tenho estabelecido na consciência o que Deus quer de mim, de colaborar com os ensinos de Jesus e viabilizar o Seu reino dentro das relações humanas. Como o Reino de Deus está fundamentado na aplicação integral do Amor Incondicional em todos os relacionamentos interpessoais, isso implica que a exclusão que é prevalente em nossas relações, principalmente as familiares que tiveram início com o amor romântico, devem deixar lugar para a inclusão. Então o meu projeto de vida está repleto de situações onde a crítica e o conselhos chovem no sentido de mudar minha atuação, principalmente junto as mulheres que desenvolvem afeto por mim e que desejam o aprofundar até o nível do companheirismo. Então, essas mesmas pessoas são as que colocam conselhos mais vigorosos no sentido de evitar o comportamento de distribuir o amor com o próximo, qualquer que seja ele, e que não possua limitações preconceituosas de aprofundar até o limite da sexualidade harmônica, solidária, simbiótica, justa e evolutiva para ambos. São colocados argumentos os mais pesados, como chegar ao ponto de descaracterizar o Deus que prega o Amor Incondicional, de colocar os textos dos livros sagrados, sem atentar que têm a inspiração divina, mas que foram feitos pelos homens, com suas paixões seus interesses mundanos. A verdadeira fonte divina surge na nossa consciência, quando conhecemos os fatos e absorvemos as verdades dentro deles, usando a coerência da Lei maior: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Com essa atitude é que eu me mantenho feliz, pois me satisfaço no serviço do Senhor, como adverte o salmista, como aceita a minha consciência.  

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em 19/12/2012 às 08h58
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