Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
28/11/2012 02h35
MISSIONÁRIO OU DISCÍPULO?

            Acredito que missionário seja uma etapa avançada de discípulo. Enquanto discípulo é aquele que está aprendendo as lições de um mestre, o missionário é aquele que já está aplicando na prática essas lições. Também pode acontecer da pessoa ser um missionário, mas ainda está na condição de discípulo do mestre. Pensava que eu estivesse nesta última condição. Pensava que eu podia ser missionário e ao mesmo tempo continuar a receber lições do mestre na condição de discípulo. Mas estou vendo que é muito difícil para eu me considerar um discípulo no grau de exigência da minha consciência. Sempre estou a falhar nas oportunidades que tenho de divulgar a mensagem espiritualista para ouvidos distantes de influências religiosas. Deixo me envolver sempre pelo burburinho mundano, os chistes, as piadas insinuantes, e não lembro de palavras edificantes, de convidar todos para uma leitura edificante com reflexões de cada um.

            Sei que sou um discípulo do Cristo, e até aplicado. Sempre estou a ler livros de instruções e inspirações superiores, procuro até aplicar na prática algumas dessas lições. Mas tudo muito distante do que um missionário deveria fazer.

            Interessante que tenho em minha consciência uma trilha da verdade que acredito ter sido colocada por Deus e que devo implementar na minha vida e procurar colocar como exemplo de relacionamento mais próximo ao Reino de Deus. Apesar de procurar ser coerente com essa consciência e na relação interpessoal, principalmente no campo afetivo, intergênero, ainda sinto estar bastante distante do que poderia ser considerado um trabalho missionário. Talvez essa atividade de postar neste blog todas essas experiências para que se tornem domínio público, faça parte dos primeiros passos nesse sentido. Talvez por isso eu o valorize tanto e termine por o priorizar até mesmo com o trabalho que poderia fazer eu ter um melhor rendimento acadêmico, uma melhor recompensa financeira. Talvez seja esse os primeiros passos de um missionário... Eu tenho a missão, sinto isso... mas sinto também... tanta insegurança, medo, preguiça, indisciplina... que missionário sou eu?!

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em 28/11/2012 às 02h35
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28/11/2012 00h59
O DISCÍPULO DE PERTO

            Não é que eu tenha tido a pretensão de querer ser um discípulo de perto de Jesus, mas confesso que lá no fundo de minhas aspirações, deve ser isso que eu quero atingir. Agora, lendo a história de Efraim e a sua pretensão de querer ser um discípulo próximo do Mestre, fiquei tão perplexo quanto e talvez até assustado. Pois vamos ver como se passou a história, assim como está escrita no livro “No Roteiro de Jesus”, pelo espírito Humberto de Campos (pseudônimo irmãoX) na psicografia de Chico Xavier:

            Efraim, filho de Atad, tão logo soube que Jesus se rodeava de pequeno colégio de aprendizes diretos para a enunciação das Boas Novas, veio apressado em busca de informes precisos.

            Divulgava-se a respeito do Messias toda sorte de comentários.

            O povo se mantinha oprimido. Respirava-se em toda parte, o clima de dominação. E Jesus curava, consolava, bendizia... chegara a transformar água em vinho numa festa de casamento...

            Não seria ele o príncipe esperado, com suficiente poder para redimir o povo de Deus? Certamente, ao fim do ministério público, dividiria cargos e prebendas, vantagens e despojos de subido valor.

            Aconselhável, portanto, disputar-lhe a presença. Ser-lhe-ia discípulo chegado ao coração.

            De cabeça inflamada em sonhos de grandeza terrestre, procurou o Senhor, que o recebeu com a bondade de sempre, embora tisnada de indefinível melancolia.

            O Cristo havia entrado vitorioso em Jerusalém, mas achava-se possuído de manifesta angústia.

            Profunda tristeza transbordava-lhe do olhar, adivinhando a flagelação e a cruz que se avizinhavam.

            Sereno e afável, pediu a Efraim lhe abrisse o coração.

            Senhor! – disse o rapaz, ardendo de idealismo – aceita-me por discípulo, quero seguir-te, igualmente, mas desejo um lugar mais próximo de teu peito compassivo!... Venho disputar-te o afeto, a companhia permanente!... Pretendo pertencer-te, de alma e coração...

            Jesus sorriu e falou, calmo:

            - Tenho muitos seguidores de longe; aspirarás porventura, à posição do discípulo de perto?

            - Sim, Mestre! – exclamou o candidato, embriagado de esperança no poder humano. – Que fazer para conquistar semelhante glória?

            O Divino Amigo, que lhe sondava os recônditos escaninhos da consciência, exclamou pausadamente:

            - O aprendiz de longe pode crer e descrer, abordando a verdade e esquecendo-a, periodicamente, mas o discípulo de perto empenhará a própria vida na execução da Divina Vontade, permanecendo, dia e noite, no monte da decisão.

            “O seguidor de longe provavelmente entreter-se-á com muitos obstáculos a lhe roubarem a atenção, mas o companheiro de perto viverá em suprema vigilância.

            “O de longe sente-se com liberdade para buscar honrarias e prazeres, misturando-as com as suas vagas esperanças no Reino de Deus, mas o de perto sofrerá as angústias do serviço sacrificial e incessante.

            “O de longe alegará dificuldades para concentrar-se na oração, experimentará sono e fadiga; o de perto,k, contudo, inquietar-se-á pela solução dos trabalhos e caminhará sem cansaço, em constante vigília.

            “O de longe respirará em estradas floridas, demorando-se na jornada quanto deseje; o de perto, porém, muita vez seguirá comigo pelo atalho espinhoso.

            “O de longe dar-se-á pressa em possuir; o de perto, no entanto, encontrará o prazer de dar sem recompensa.

            “O de longe somente encontra alegria na prosperidade material; o de perto descobre a divina lição do sofrimento.

            “O de longe padecerá muitos melindres; o de perto encher-se-á de fortaleza para perdoar sempre e recomeçar o esforço do bem, quantas vezes se fizerem necessárias.

            “O de longe não cooperará sem honras; o de perto servirá com humildade, obscuro e feliz.

            “O de longe adiará os seus testemunhos de fé e amor perante o Pai; o de perto, entretanto, estará pronto a aceitar o martírio, em obediência aos Celestes Designios, a qualquer momento”.

            Após longa pausa, fixou em Efraim os olhos doces e indagou:

            - Aceitarás, mesmo assim?

            O candidato algo confundido, refletiu, refletiu e exclamou:

            - Senhor, os teus ensinos me deslumbram!... Vou à Casa de Deus agradecer ao Santo dos Santos e volto, dentro de uma hora, afim de abraçar-te o sublime apostolado, sob juramento!...

            Jesus aceitou-lhe o amplexo efusivo e ruidoso, despediu-se dele, sorrindo, mas Efraim, filho de Atad, nunca mais voltou.

            Não é que eu tenha a mesma ambição de Efraim hoje, mas amanhã... não sei! Pelo desejo que tenho hoje de aperfeiçoar o meu comportamento, tendo por base o comportamento de Cristo, imagino que essa proximidade seja real. Então tenho receio, pelas palavras do Cristo imagino que eu esteja como o discípulo de longe e para me tornar um discípulo de perto muito teste ainda tenho que superar. Será que conseguirei?

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em 28/11/2012 às 00h59
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26/11/2012 08h34
EU TE AGRADEÇO

            Tem uma prece do cardeal Carlo Maria Martini, intitulada Eu te agradeço, que parece refletir o que sinto na atualidade: “Eu te agradeço, Senhor Jesus, porque me concedestes a fé, e porque tu renovas em meu coração a certeza dos primeiros discípulos. Eu te agradeço, Jesus, porque vencestes as hesitações e os medos de Simão Pedro, porque lhe deste a graça de não deprimir-se, de não fechar-se em si mesmo, mas de crer em ti. Eu te ofereço, Senhor, as minhas amarguras, meus temores, minhas reticências, minhas inflexibilidades que me parecem irredutíveis. Triunfa, Senhor poderoso, sobre mim, torna-me pronto assim como aprontaste o coração e a alma de Pedro! Obrigado, Senhor, porque tu nos revela o teu vulto.”

            Poderia mudar apenas alguns termos, como por exemplo, eu agradeceria a Deus por ter me dado a fé, fazendo a distinção entre Deus e Jesus. Deus como o Criador de todo Universo e que me fez justamente com os diversos dons de forma embrionária. Jesus, como filho de Deus, assim como eu. Só que Jesus se encontra numa etapa bastante evoluída cuja missão aqui na terra foi despertar os nossos dons. Não é que Ele venceu as hesitações e medos de Pedro, mas deu com o seu exemplo motivação para que Pedro vencesse os seus demônios. Lembro da história que deu motivo para o livro e posteriormente o filme, Quo vadis. Pedro foge de Roma com diversos outros cristãos temendo o suplício na arena pela perversidade do imperador Nero que havia queimado a cidade e jogado a culpa nos cristãos. No caminho Pedro ver Jesus que se dirige para Roma. Perplexo e curioso, ele pergunta: quo vadis, domini? (Onde vais, Senhor?). Jesus então responde que vai para Roma para ficar ao lado daqueles que sofrem e talvez ser crucificado mais uma vez. Pedro então cai em si, da responsabilidade que assumiu quando resolveu seguir as lições do Mestre, e volta incontinenti sobre seus passos. Pedro então venceu os seus medos com a lembrança do exemplo do Mestre e que esse estaria mais uma vez disposto ao sacrifício por uma causa que agora era dele também. Então eu faria esse reparo na prece do cardeal, pediria ao Mestre o conforto de suas lições, a coragem do seu exemplo, para assim vencer também os meus medos, minhas inseguranças, minhas idiossincrasias, e como Pedro não fugir do trabalho e até sacrifício que me espera.

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em 26/11/2012 às 08h34
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25/11/2012 12h38
INSTRUÇÕES DO MESTRE

            Sei que já estou inserido nas forças do bem, me sinto como um soldado engajado na Nova Ordem sob a orientação de Jesus. Sei também que ainda não sou um bom soldado, sei da disciplina que devo seguir, mas a força da carne e a fraqueza do espírito conspiram contra minha vontade. Mas sei que o mestre, meu comandante, é sábio em considerações, julgamentos e orientações. Sei que Ele percebe minhas intenções e sabe das minhas principais fraquezas. Sabe que ainda não tenho uma comunicação regular com Ele através da oração, como Ele instrui com veemência, devido a essas fraquezas que ainda não venci. Mas Ele reconhece o meu principal dom que é a inteligência associada ao senso de justiça e coerência com a verdade. Então, percebo que Ele aproveita diversas oportunidades para colocar instruções ao meu alcance, sabe que ao ler irei fazer as conexões que é esperado, tanto pela lógica quanto pela sintonia do que se é ensinado. Foi assim que tive contado com a literatura católica, depois com a visão evangélica, em seguida com a espírita e no momento com a Nova Ordem de Jesus. Instrui assim a minha inteligência e isso fortifica cada vez mais o meu espírito. Sei com uma clareza cada vez maior o que devo fazer, qual o caminho a seguir e também as dificuldades que irei enfrentar. Chega a ser tão explícito o que Jesus coloca ao meu alcance como roteiro para seguir no caminho, com o pensamento filosófico e ações práticas a ser realizados, que vejam só o título do livro que Ele enviou no momento que minha preocupação era como fazer esse trabalho espiritual dentro da Nova Ordem que Ele instalou enquanto espírito, no nosso mundo material: No roteiro de Jesus.! Nesse livro é colocado na forma de contos e divididos em 4 partes: temas ligados ao início da vida de Jesus na terra (1); Jesus agindo no ensino, cura, exemplos e conforto (2); fatos vivenciados pelo Cristo no final de sua vida na Terra (3); e Jesus agindo após a sua volta ao mundo espiritual (4). Tudo fica tão claro a partir de lições que Ele deixa com os Apóstolos há 2000 anos e que agora com o recurso de novas tecnologias podemos ampliar bastante o raio dessas ações e assim instruir novos candidatos ao apostolado cristão como eu e tantos outros.

            Da mesma forma que faz com textos apropriados ao cumprimento de nossa missão, também favorece a aproximação com pessoas que podem colaborar com o projeto em diversos campos, intelectual, afetivo, político e serviços.

 

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em 25/11/2012 às 12h38
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24/11/2012 03h43
POUCA FÉ

            O cardeal Carlo Maria Martini fazia a seguinte pergunta e rogativas: E nós, Senhor? Não tememos dizer-te que nos encontramos agora, como teus primeiros discípulos. A nossa fé é companheira da parca disponibilidade, da rigidez do coração, da dureza, da incapacidade de te compreender. Repreende-nos, Senhor, para que o nosso coração possa acolher-te! Faze com que não nos amedrontemos da nossa dureza de coração, possamos colher os sinais de tua presença.

            Tenho a mesma dificuldade do Cardeal. Tenho consciência do mundo espiritual, sei que minha pátria real é no mundo espiritual, que estou aqui fazendo uma espécie de curso de aperfeiçoamento para ao retornar conquistar melhor espaço vibracional. Sei que o Mestre Jesus veio a mando do Pai nos passar as devidas orientações para conquistar os atributos necessários de transformação, evolução e reforma intima.

            A disponibilidade que possuo ainda está majoritariamente voltada para o mundo material, com o trabalho, com o lazer, com a alimentação do corpo; sinto meu coração rígido quando a caridade me visita na forma de pedintes na rua e nos semáforos e eu, por mais que tenha a vontade de ser solidário,  a interpreto com medo de estar sendo ludibriado; a minha inteligência é insuficiente para a compreensão do Criador...

            Faço a mesma rogativa do cardeal a Deus: que Ele amoleça o meu coração, que eu encontre mais disponibilidade de tempo para realizar as coisas do espírito, e principalmente, que eu possa reconhecer os sinais de Sua presença.

            Apesar de tudo isso, reconheço também a magnitude da compaixão de Deus para com ser ainda tão imperfeito. Usa a minha fé ainda incipiente para enviar mensagens instrutivas por todos os meios e assim eu possa corrigir rotas e com a percepção dessa realidade eu possa aumentar gradativamente a minha pouca fé.

            Aproveito a oportunidade para fazer mais uma rogativa ao Pai, que me dê sabedoria para que eu possa distinguir os seus sinais, diferenciar o certo do errado e força para continuar a caminhar pela porta estreita.

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em 24/11/2012 às 03h43
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