Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
29/09/2012 00h40
AUDITORIA ESPIRITUAL X - AMOR

               O amor é o outro prato da balança, em oposição ao egoísmo. Nasci sem saber da existência do amor. Meu comportamento era determinado pelos instintos que de forma egoísta lutavam pela sobrevivência do meu corpo. A medida que fui crescendo, me fortalecendo, e amadureci todas as estruturas biológicas e psicológicas, aprendi da prevalência do mundo espiritual sobre o mundo material, da evolução do espírito sobre a evolução do corpo. Então passei a limitar as ações egoístas e aprendi que a melhor forma de fazer isso é desenvolver dentro de mim o amor em sua forma mais sublime: O AMOR INCONDICIONAL. É ele que está a serviço da minha evolução espiritual em nome de Deus, Pai e Criador, que com Ele chega a se confundir. Sigo para isso o modelo mais completo de ser humano que já veio do plano espiritual ao material, Jesus Cristo. Procuro entender as diversas religiões que nos ajudam a fazer a conexão com Deus, não importando o nome que a cultura local ofereça. Aprendo a cada momento, dentro dos relacionamentos, a olhar o próximo também como um filho de Deus, que é o meu irmão, não importa a cor da pele que possua, a forma de religião que pratique, a ideologia social que defenda. Quando esse próximo é do sexo feminino entra em cena outra força poderosíssima que é o romantismo, o erótico, o sexual, que é de máximo interesse para o corpo material, pois é a partir dessa força que é possível a reprodução dos corpos e a manutenção da vida dentro da matéria. Mesmo sendo invadido por essa força erótica tão poderosa, não devo esquecer dos princípios do amor incondicional, para não decair para a prevalência do amor erótico, que no romantismo tem um caráter exclusivista. À duras penas aprendi a colocar sob o cabresto essa forma erótica, romântica do amor se expressar e a deixo a serviço do amor incondicional. Não vou negar a força do romantismo e a beleza sentimental que ele nos traz. O exclusivismo que está em sua essência deve ser tolerado nos momentos de intimidade a dois, a sós ou em público.  Mas logo que esse momento de intimidade deixe de existir, deverá prevalecer o amor incondicional, principalmente pelos companheiros de jornada, as pessoas que comungam conosco os mesmos princípios, jamais deixar nenhum companheiro constrangido, mostrar superioridade perversa, ou ações exclusivistas que são incompatíveis.

            Assim, ponderando os dois pratos da balança, acredito que o amor seja favorável, tenha maior peso que o egoísmo. Fico confortável com essa avaliação feita por minha consciência, espero não ter sido tão otimista como fui quando tratei do perdão, que esta seja uma condição real.

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em 29/09/2012 às 00h40
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28/09/2012 23h59
AUDITORIA ESPIRITUAL IX – EGOISMO

 

            O egoísmo á a origem de todos os pecados e vícios. Está presente desde o nascimento. É a herança que todos os animais recebemos como forma de garantir a sobrevivência. Não há nenhuma preocupação com o bem estar do outro e na fase mais tenra da vida, tudo isso é inconsciente. A medida que fui crescendo, fui adquirindo consciência, sabendo da existência do meu eu e dos “eus” de todos os seres vivos, principalmente os que pertencem a minha espécie. Aprendi com a lição dos livros espirituais da existência alem da matéria, que os semelhantes da minha espécie devo considerar como irmãos, já que temos uma mesma origem criativa, um mesmo Pai.

            Agora na idade adulta, tenho posse de todas as informações básicas, mas mesmo sabendo disso, mantenho a consciência atenta ao que se passa ao meu redor, interessada a qualquer chance que surja que possa ampliar os meus conhecimentos. Aprendi também nos livros espirituais que a verdade é libertadora, que amplia os horizontes, que posso a cada momento ir aperfeiçoando a minha bússola consciencial, o meu paradigma de vida, a minha cosmovisão.  

            Sei dessa necessidade do corpo aos princípios egoístas, pois ele é exercido para o bem estar e a sobrevivência do corpo. Este nos oferece ume “moeda”, o prazer, para que eu procure as ações egoístas e nela permaneça. Sabendo dessa estratégia que a verdade nos oferece, posso me livrar da escravidão do egoísmo. Sei agora que existe outra dimensão onde o corpo material não tem ingresso, e é o espaço onde a vida se manifesta com prioridade, que o material existe em função da hierarquia maior do espiritual. Assim, tenho que aproveitar todos os meus dias, que são efêmeros, nessa experiência material e aprender a me livrar dos aspectos egoístas. O esforço é grande para fazer isso acontecer, pois todas as células do meu corpo exigem a ação contrária. Não devo ter a ousadia de vencer esse grandioso obstáculo de uma só vez. Agora mesmo, sei dos dois grande obstáculos que estão a impedir minha caminhada, que á a gula e a preguiça, como já abordei acima. Sei de toda a urgência em vencê-las, mas o meu espírito não consegue energia suficiente para que isso aconteça. É como se eu tivesse numa queda de braço com um oponente muito mais forte. Sei que vou ser derrotado, mas continuo a lutar até o foi, até o momento que retorno ao mundo espiritual. Quando chego lá observo o que foi que aconteceu para que eu não pudesse avançar mais e volto novamente ao cenário material para corrigir os meus erros passados e avançar cada vez mais na poda dessa arvore do egoísmo. É como se eu fosse derrotado na queda de braço pelo meu oponente muito mais forte, mais a cada momento eu adquiro mais músculo e chegará o momento que a vitória será minha.

 

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em 28/09/2012 às 23h59
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27/09/2012 00h34
AUDITORIA ESPIRITUAL VIII – COMPAIXÃO

            Não dei muita atenção até agora a esse sentimento, porém com a dificuldade que tenho de consolidar a caridade em minhas ações, percebo que a compaixão pode ajudar. Quando me deparo com a situação dos meninos que limpam para-brisas para ganhar moedinhas, sempre chega primeiro o sentimento de que vou ser ludibriado, talvez até extorquido. Aqueles menores usam drogas em quase totalidade, a minha pratinha vai colaborar com os traficantes e com a destruição daqueles que penso ajudar. Com isso na cabeça, aplicar a caridade no sentido de desconsiderar esses pensamentos é muito penoso. Porém, se eu olhar com compaixão aquelas pobres criaturas, que mesmo sendo drogados e esperam ajuda para desviar na manutenção dos seus vícios, a resistência que tenho ao meu ato de caridade fica mais atenuado. Não elimina por completo a resistência, pois o racional informa que há verdade nos meus pensamentos, que posso estar prejudicando mais do que ajudando.

            A compaixão oferece outra alternativa de compreensão, para todos nós. Para eles, que nasceram em situação precária, sem educação, sem confiança na sobrevivência, sem oportunidade de trabalho... para mim, que alcancei uma posição invejável na vida, que agora posso dar uma pratinha e isso não fazer falta, que tenho conhecimento e educação suficiente para elaborar e viabilizar projetos que consigam mudar essa realidade. A compaixão ajuda a ser solidário com o outro, não na sua parte doente, e sim na parte sadia que perdida no abandono da vida espera que aconteça algo há cada dia que acorda e estende a mão a que se aproxima; a compaixão ajuda também no alívio de minha culpa que termina sendo gerada na consciência. Por que eu, que tenho tanto potencial acumulado de fazer o bem, não fiz até o momento algo significativo nesse sentido.

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em 27/09/2012 às 00h34
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26/09/2012 03h34
AUDITORIA ESPIRITUAL VII – PREGUIÇA

            Esta é a minha grande adversária, a mais perversa, a mais perigosa. Entra sutilmente na minha vida e aproveita todos os momentos para se manifestar. O intenso trabalho no campo material que desenvolvo encobre para as outras pessoas a ação da preguiça em minha vida. Dizem com surpresa, quando eu confesso, que não concordam que eu seja tão vitimado pela preguiça, que eu tenho necessidade do repouso e do lazer. Isso também é verdade, sei que o repouso e o lazer são momentos também importantes para o corpo e para a alma. O fato é que não coloco os limites necessários e sempre acontece dos trabalhos que são importantes serem feitos, que não existe uma cobrança externa imediata, que ninguém percebe a sua necessidade, esses não são realizados!

            Dessa forma a vida vai passando, o tempo não para! Os compromissos que tenho registrado na consciência de acordo com a natureza da minha missão, vão sendo procrastinados a cada dia. Ninguém percebe essa corrosão: o trabalho que realizo no campo material, por sua intensidade, os recursos financeiros que vou adquirindo, o patrimônio que vou construindo, todos servem como uma cortina de fumaça para a minha incompetência em enfrentar e vencer o monstro da preguiça no campo espiritual. Sei que não deixo que a preguiça se manifeste em mim de forma ostensiva, consigo desviar muito da sua ação deletéria para o estudo, principalmente do mundo espiritual e suas exigências evolutivas. Então percebo com mais clareza a sutileza da ação da preguiça em minha vida. Percebo a ameaça real que existe na falha de minha missão à longo prazo, cada vez que um dia passa, mais longe eu fico do sucesso da minha missão. É diferente da gula que tem uma ação mais rápida, que se eu não a controlar minha derrota é imediata com a antecipação do tempo de vida.

            Consigo perceber com bem clareza a gula e a preguiça como os dois monstros internos mais ameaçadores para meus projetos, minha missão, a minha vida. Tenho plena consciência disso e sei que sozinho não conseguirei vencê-las. Devo aprender a colocar em prática os recursos espirituais que aprendo a cada dia adquiro, são eles que irão me colocar em sintonia com as forças espirituais comprometidas com a vontade de Deus. Sei que o recurso mais eficiente é a prece, mais mesmo ela é contaminada pela preguiça, por isso concluo que esse monstro é o mais perverso e o mais perigoso para a minha atual estrutura psicológica, para o sucesso na realização de minha missão.  

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em 26/09/2012 às 03h34
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25/09/2012 01h37
AUDITORIA ESPIRITUAL VI – SEXO

            Posso dizer que o sexo é a minha principal ferramenta evolutiva. Não é que eu seja dependente dele, que seja subjugado por sua força, muito pelo contrário. Apesar de que na aparência muitos pensarem dessa forma, até pessoas bem íntimas e que já tem um bom conhecimento de quem eu seja. Acredito até que a engenharia espiritual me colocou na terra em pontos estratégicos para que eu desempenhasse a minha missão que tem o sexo como seu catalisador. Nasci através de pais que tem uma forte índole sexual, o meu pai de tão exagerado nos seus impulsos eróticos levou a separação do casamento com minha mãe e era discriminado pela comunidade em que morava. Fui criado desde os seis anos de idade por minha avó materna, que trabalhava com boate e tinha sob seu controle diversas mulheres de programa, prostitutas mesmo. Foi nesse meio que cresci e fui educado, apesar de ter tido oportunidade de me preparar estudando em uma boa escola e ter o cuidado de minha avó para que eu não entrasse no mundo das drogas ou no exagero do sexo. Entrei em contato com os prazeres do sexo de forma solitária, com a imaginação, com a masturbação. Com a imaginação eu também construía os meus castelos de fantasia e era sempre o “mocinho” defensor dos fracos e oprimidos, que iria encontrar a mulher ideal, com ela casar e vivermos felizes para sempre.

            Com a minha vinda para Natal, para servir à Marinha, continuei privilegiando o estudo e deixando o sexo em segundo plano. Casei com a mulher dos sonhos e continuei nos estudos. Foi aí que me defrontei com a força dos impulsos sexuais que passou a sitiar meus paradigmas de fidelidade conjugal, de amor exclusivo. Depois de muita batalha íntima onde eu esgrimia sempre os valores da justiça, solidariedade, transparência, coerência e amor, sempre no silêncio das minhas argumentações cognitivas, cheguei a conclusão de que deveria mudar os meus paradigmas, pois o amor inclusivo dentro de uma relação familiar ampliada era a mais racional, mais aplicada à vontade de Deus em nossas vidas. A partir daí o sexo passou a ser uma ferramenta auxiliar do amor incondicional, a senha para incluir pessoas no círculo mais íntimos dos meus relacionamentos e assim construir a família ampliada. Mesmo que eu sofra críticas de pessoas mais íntimas, mesmo assim sinto na consciência onde está escrita a Lei de Deus que estou fazendo a vontade do que Ele deseja para mim. O sexo que por tantos é visto como um impulso tão vulgar, para mim tem a natureza do divino e contribui para potenciar e expandir o amor incondicional, que sempre que tenho oportunidade e conveniência eu faço com respeito a dignidade do outro, com o objetivo de contribuir para o seu crescimento individual, principalmente no campo espiritual. A nossa recompensa imediata são os prazeres intensos que o corpo desperta e, principalmente, a vontade do Pai por essa construção de relacionamentos mais próximos do Reino que Ele que ver funcionando na prática.

            Portanto, eis o meu maior recurso operacional, na realização dos atributos da minha missão aqui na terra, neste momento especial da minha vida, obedecendo sempre a vontade do Pai que Ele instalou em minha consciência: O SEXO!

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em 25/09/2012 às 01h37
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