Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
21/07/2012 23h23
AMIZADE

            Ontem foi o dia da amizade, mas somente hoje tive a oportunidade de fazer a reflexão. É um dia apropriado para fazer contato com os amigos e lembrar de nossa condição recíproca. Não fiz isso com ninguém, apesar de ter recebido de algumas pessoas demonstração dessa amizade. É mais uma falha de minha personalidade, reconheço. Devo procurar ser mais sociável nas circunstâncias que requer a manifestação de alguma forma. Principalmente a amizade que reconheço ser um dos sentimentos mais nobres e que deve servir de esteio para todos os demais comportamentos.

            Pensando assim, hoje a tarde quando voltava para casa, encontrei o cachorro que faz quadra num terreno vizinho ao meu condomínio. Já foi inamistoso comigo, quando eu passei por ele levando comigo o meu cãozinho um Shi-tsu. Dessa vez ele não apresentava hostilidade, pelo contrário abanava o rabo em busca de amizade. Apesar de temeroso aproximei minha mão de sua boca e ele fez apenas cheirar e lamber. Percebi que tinha feito amizade com o cão e que ele agora esperava uma recompensa. Vi como o mundo é cheio de oportunidades de fazermos amizade de todas as forma. No meu caso tenho facilidade de fazer isso, mas a dificuldade está na manutenção das amizades conquistadas. Peço agora desculpas a todos o meus amigos por não ter lembrado do meu estado de espírito com relação a eles e confirmar os meus laços de amizade.  

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em 21/07/2012 às 23h23
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20/07/2012 11h48
CAIXA PRETA

            Todos nós, por mais honestos que sejamos, precisamos guardar informações em nossa memória que a mais ninguém podemos dar acesso. Damos o nome a esse dispositivo de Caixa Preta, semelhante àquele do avião que somente é aberto quando acontece algum acidente. Por motivo de tratamento, quando estamos com dificuldades e precisamos de algum terapeuta que nos auxilie, essa Caixa Preta pode ser aberta voluntariamente para três profissionais: o padre, o médico e o psicólogo. Todos eles, por força de códigos de éticas de cada profissional, estão proibidos de divulgar o conteúdo dessas informações. Diferente do avião, quando acontece da morte do indivíduo, essa Caixa Preta também se perde, a não ser que a pessoa tenha interesse em guardar os registros por algum meio fora de sua memória. No meu caso tenho esse interesse. A minha vocação de pesquisador também se volta para o meu próprio comportamento e tenho interesse em deixar registrado tudo o que faço, tudo que acontece comigo, principalmente no que diz respeito aos relacionamentos. Então a minha Caixa Preta está registrada fora da minha memória e por ocasião da minha morte pode ser aberta com o meu consentimento, preservando sempre a individualidade das pessoas que confiaram a mim as suas intimidades. Não é que esteja guardando nenhuma informação mentirosa ou desonesta, nada do que está guardado foge daquilo que eu defendo publicamente. Somente as pessoas que se relacionam comigo é que estão preservadas. Nem mesmo eu tenho o direito de mostrar para a pessoa que se relaciona comigo no nível da intimidade, o que acontece com outras pessoas com relacionamento no mesmo nível. Acredito que com a evolução do tempo, do comportamento e das relações interpessoais, não haja mais essa necessidade de Caixa Preta para esses comportamentos íntimos, com a exposição dos sentimentos de amor recíprocos, pois nesse tempo deverá prevalecer o amor inclusivo, mais próximo do amor incondicional, quando essas confissões de amor, mais generalizadas, serão até mesmo incentivadas e elogiadas por quem o pratica.

            Mas na atualidade, corro o risco da minha caixa preta ser devassada sem o meu consentimento e isso trazer constrangimento para todos os envolvidos. Tenho a responsabilidade da segurança desse dispositivo, sob pena de não ser digno da confiança de quem comigo se relaciona. Por outro lado, não posso ser hipócrita, o assunto que foi abordado ontem. Será que se eu tivesse oportunidade de ver a Caixa Preta de alguém que se relaciona comigo, sem a sua permissão, eu iria ver? Gostaria de ver confirmado com plena certeza tudo que ouvi dessa pessoa? Ter oportunidade de confirmar o seu comportamento? Eu iria saber com mais segurança em que terreno estaria pisando. A pessoa não iria saber mesmo que eu tive acesso à sua Caixa Preta. Com todas essas considerações, acredito que o meu critério ético iria permitir essa invasão. Eu não iria usar isso contra ninguém, seria uma forma de me proteger, de ter informações fora de qualquer dúvida. Uma pessoa para agir dessa forma estaria no nível daquelas pessoas do futuro, que considerariam essas informações como naturais e até incentivadas e elogiadas que acontecessem com relação ao nosso ser amada. Acredito que eu poderia ter esse perfil, eu poderia ser um fator positivo para todos os relacionamentos que eu descobrisse da pessoa que se relaciona intimamente comigo. Mas existe uma pessoa que pense no meu mesmo nível, que conviva ao meu lado, que acontecendo isso vá favorecer a todas pessoas que ela teve acesso as suas informações afetivas com relação a mim e as vezes em detrimento dela? Então, se a pessoa de posse dessas informações se torna revoltada ou indiferente, mas não construiu o bem a partir delas, então fez mal.

            Concluindo, deverei ter o maior cuidado, pois a minha displicência pode destruir boas intenções.

 

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em 20/07/2012 às 11h48
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19/07/2012 23h40
TEORIA E PRÁTICA

            Nosso desempenho na vida as vezes exige que tenhamos atividades contraditórias ao que pensamos, uma atividade que é classificada como politicamente correta. Corremos o risco de defender uma coisa na teoria e na prática fazer diferente. É o que Jesus identificou como hipócritas, os túmulos caiados. Era o comportamento da turba ávida por justiça no apedrejamento da pecadora adúltera, que quando forçados pela autoridade moral de Jesus a olharem para dentro de si, viram que não podiam jogar a primeira pedra, nenhum deles! Hoje temos um comportamento parecido quando estudamos os livros sagrados, a Bíblia principalmente. Existe no seu contexto uma série de observações quando as normas de conduta. Aceitamos que elas são justas e que devem ser cumpridas, principalmente aquelas que se relacionam com a lei do Amor. Defendemos na rua ou em casa a observância e cumprimento dessas leis. Mas temos a maior dificuldades em cumpri-las. O problema é quando a pessoa passa a julgar e condenar as outras pessoas devido essa inobservância. O caso ainda é pior quando o fato é realizado com consciência plena da pessoa, aí nesse caso a pessoa é classificada como hipócrita, o pior pecado de todos, pois foi a essas pessoas envolvidas na hipocrisia que Jesus foi contundentes nas suas admoestações. Mas existem as pessoas que tem esse comportamento hipócrita, mas não tem consciência do que fazem. Levam a Bíblia debaixo do braço como arma para suas opiniões e todas suas ações são catastróficas, exigindo que os outros cumpram o que pensam que é correto, julgando e condenando sem se colocar no lugar do outro, jejuando e comungando para que Deus atenda seus desejos mesmo sabendo que vai de encontro aos desejos do outro. Para essa pessoas sei que Deus tem mais tolerância, pois sofrem em demasia por aquilo que pensam estar fazendo correto. Não é como os verdadeiros hipócritas, que se locupletam com suas ações, que sentem prazer em ver as pessoas subjugadas por seu poder artificial. Também nós, que procuramos ser honestos e fazer da prática uma extensão da teoria, também temos nossas dificuldades. Assumimos atitudes muitas vezes distantes da prática cultural, impulsionados pela coerência da consciência, e não pela prática hipócrita que muitas vezes se torna cultural. Do meu ponto de vista, é a ação correta que devo implementar. Não importa que seja julgado e condenado por não expor um comportamento “politicamente correto”. Sei que faço o que é saudável aos olhos de Deus, pois sigo com honestidade o que é ensinado nos livros sagrados e não condeno ninguém, nem por aquilo que faço e outros não, como por aquilo que também não consigo fazer. Se ainda faço o que aqui estou criticando é porque estou classificado naqueles que são hipócritas de forma inconsciente, e então peço a Deus ajuda para que meus olhos sejam abertos e eu possa sair dessa ignorância que me torna um perverso.

 

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em 19/07/2012 às 23h40
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18/07/2012 00h57
MENTE: SOLDADO EM LUTA

            No grupo de estudo que tenho toda semana li essa frase que me chamou a atenção: a mente é um soldado em luta. Era colocado que existe a Lei universal da evolução a qual todos estamos submetidos e devemos seguir com ordem, harmonia e progresso. Nossa alma estagia na terra através da reencarnação, uma Lei também natural e tão pouco reconhecida pela maioria, para servir como campo de estágio na batalha pelo aperfeiçoamento individual e coletivo. O coração deve se armar de ideias santificantes para conquistar a sublimação de si mesmo, a mais alta vitória. Então, é nesse contexto que a mente é o soldado que está em luta. Cada um de nós escolhe o seu campo de batalha onde a luta se realizará, de acordo com os imperativos da consciência ligadas pelo coração ao Criador. No meu caso, foi escolhido o campo do amor não-exclusivo (ou amor inclusivo) nas relações sociais, principalmente entre os gêneros e que leva a formação da família. Esse campo foi delineado ao longo da minha existência sendo que em cada etapa da vida uma faceta diferente era apresentada, mas sempre com a convicção do amor inclusivo, desde o momento que tomei a consciência de sua importância, da sua ligação muito mais próxima do Amor Incondicional. Reconheço que nesse caso minha mente foi vitoriosa em determinar o campo da batalha e de ser honesto com quem de mim se aproxima, principalmente aqueles que tem o forte condicionamento pelo amor exclusivo. Mesmo que recebam toda explicação desse campo de batalha onde minha mente luta como um soldado, mesmo que aceitem entrar na batalha e aceitar as condições do campo, mesmo assim, a cada momento que recebem a notícia das ações do amor inclusivo, reagem como se estivessem no campo do amor exclusivo. Minha mente logo percebe a desarmonia e não reconhece a pessoa como um aliado, é mais como um corpo estranho que está ao meu lado. Minha mente cala. Como um soldado disciplinado que sabe a principal lei desse campo de batalha, o amor incondicional, espera que a mente que até pouco tempo sintonizava comigo, faça suas devidas reflexões e veja se vale a pena continuar no campo de batalha comigo ou se a força do seu condicionamento a leva para outro espaço de batalha. Sempre acontece isso comigo. Tenho ao meu lado mentes companheiras que se dispõem a batalhar comigo no campo do amor inclusivo, mas não resistem a pressão dos condicionamentos do amor exclusivo e fogem do meu campo de batalha. Fico sozinho outra vez e quase sempre sofrendo a raiva de mentes que há pouco tempo eram minhas parceiras. Mas não desisto! Meu compromisso nesse campo de batalha é fazer a inclusão de quantos surjam e que dispare a sintonia do coração; de não excluir ninguém do relacionamento amoroso, mesmo que a pessoa não queira ir até a intimidade do relacionamento como está previsto, mas não exigido. Hoje tenho ao meu lado duas pessoas cujas mentes se dispõem a ficarem comigo nesse campo de batalha, em todas as dimensões, sem limitar a circulação do amor por nenhum tipo de preconceito. Mas vejo o quanto sofrem por não ter o treinamento que adquiri ao longo do tempo e ficarem fragilizadas sob a pressão externa das pessoas comprometidas com o amor exclusivo e querem que elas também se comportem como todas as pessoas fazem. Às vezes são as próprias exigências internas que durante toda a vida viveu em perspectiva do amor exclusivo e reagem negativamente a toda ação do amor inclusivo dirigido a outras pessoas. Correm o risco de criarem uma fixação mental, como foi o tema dessa lição, quando a mente fracassa em seus objetivos e deixa se envolver pelas paixões, pela vingança, desânimo, crueldade, ciúme, insegurança ou desespero. Não posso fazer nada para ajudá-las a não ser ficar imóvel e tolerante, esperar que a sua mente consiga vencer as dificuldades e volte para o meu lado e possa continuar na luta junto comigo, e dessa vez mais fortalecida em resistir a esse tipo de condicionamento.

 

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em 18/07/2012 às 00h57
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17/07/2012 17h31
ETERNIDADE

            “De mim só ficará aquilo que aqui eu fizer”

            O que tenho não me pertence, embora faça parte de mim...

            Tudo o que sou me foi um dia emprestado pelo Criador para que eu possa dividir com aqueles que entram na minha vida.

            Ninguém cruza nossos caminhos por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão.

            Há muito o que dar e o que receber; há muito o que APRENDER com experiências BOAS ou NEGATIVAS.

            É isso,,, tente ver as coisas negativas que acontecem com você como algo que aconteceu por uma razão precisa.

            E não se lamente pelo ocorrido; além de não servir de nada reclamar, isto vai te vendar os olhos para continuar seu caminho.

            Quando não conseguimos tirar da cabeça que alguém nos feriu, estamos somente reavivando a ferida, tornando-a muitas vezes bem maior do que era no início e transformando-a em mágoa.

            Nem sempre as pessoas nos ferem voluntariamente. Muitas vezes somos nós que nos sentimos feridos e a pessoa nem percebeu.

            E nos sentimos decepcionados porque aquela pessoa não correspondeu às nossas expectativas!!!

            E sabemos lá quais eram as suas expectativas? E nos decpcionamos e decepcionamos.

            Mas, claro, é bem mais fácil pensar nas coisas que nos atingem. Quando alguém te disser que te magoou sem intenção, acredite nela!

            Vai te fazer bem! Assim, talvez, ela poderá entender quando você, sinceramente disser “foi sem querer”, “não acontecerá mais”.

            Dê de você mesmo tudo que puder!

            Sabe, quando você se for, a única coisa que vai deixar é a lembrança do que fez aqui.

            SEJA BOM (como as flores), tente dar sempre o primeiro passo,nunca negue uma ajuda ao seu alcance.

            PERDOE E DOE SEMPRE DE SI MESMO.

            SEJA UMA BÊNÇAO”

            DEUS não vem em pessoa para abençoar... ELE usa os que estão aqui, dispostos a cumprir essa missão. Seja usado(a) por “ELE”...

            Todos nós podemos ser ANJOS.

            A ETERNIDADE está nas mãos de todos nós.

            VIVA de maneira que quando você se for, MUITO DE VOCE ainda fique, naqueles que tiveram A BOA VENTURA DE TE ENCONTRAR.

            E jamais haverá o esquecimento!

            (Seja feliz... e espalhe felicidade! ONDE QUER QUE ANDE... DEIXE MARCAS DE SAUDADE!)

 

                Li essa mensagem na forma de um PPS que uma amiga me enviou, ao som da música “A place in my Heart” de Nana Mouskuri.

            Estava num momento oportuno de ler, ver, ouvir, meditar e digitar. Escolhi que seria o tema de hoje, essa forma de ETERNIDADE que sintoniza perfeitamente com meus sentimentos e paradigmas de vida. Obrigado, minha amiga, sei que estamos em caminhos diferentes na jornada da vida, mas com o mesmo mapa que nos direciona ao coração do Pai.

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em 17/07/2012 às 17h31
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