Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
16/07/2012 23h03
FIRMEZA NA CONSTRUÇÃO

            Na construção do Reino de Deus devo ter cuidado para não desviar do caminho, por palavras ou ações, nas influências que recebo de amigos, colegas, parentes ou quaisquer pessoas que se aproximam e criam um clima divergente. A dificuldade é maior porque sei que saí desse meio divergente, que meu costume era pensar como todos pensam e de tentar me adaptar para pensar tal como todos pensam. Agora que tive oportunidade de conhecer uma nova realidade, onde a evolução do espírito é superior a evolução da matéria, que a evolução do corpo serve as necessidades da evolução do espírito, então os meus pensamentos devem estruturar um novo comportamento, tanto a sós como principalmente nos relacionamentos. Quando faço uma avaliação do quanto estou fazendo para construir essa nova realidade, vejo que não tenho firmeza. Sempre estou capitulando frente aos menores desafios. A caridade que resolvi enfrentar, até hoje a faço de maneira mecânica, um ato obrigado; a preguiça que também esbocei o enfrentamento, para essa a derrota foi vergonhosa, voltei ao meu padrão de garantir o repouso, bem estar e lassidão do corpo, em nome das necessidades biológicas, quando eu sei que a necessidade do espírito se impõe. Outro desejo do corpo, a gula, toda semana ensaio um enfrentamento definitivo para corrigir o excesso de peso que adquiri e não consigo. A pequena conquista dos primeiros dias da semana são totalmente revertidos no fim de semana. As conversas materialistas dos amigos, quer seja no campo sensual, político, financeiro, não consigo colocar o diferencial espiritual de forma clara. Mas como a esperança é a última que morre, continuo a pedir ao Pai quando lembro – isso é outra fraqueza, não ter um diálogo mais frequente e mais espontâneo com o Pai, forças para resistir a pressão da matéria e poder deixar o meu espírito com mais liberdade e pragmatismo no agir.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/07/2012 às 23h03
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
 
15/07/2012 16h02
GRATIDÃO

            Agradecer é como pagar uma dívida. Ao ouvir pela primeira vez essa frase de repente assomou a minha consciência um novo entendimento do porque dar “graças a Deus.” Como Deus é o Criador de tudo que existe, inclusive nós, e se nós gostamos e damos valor a vida, então é justo que paguemos de alguma forma esse bem que recebemos. Como Deus não tem necessidade de nada,nenhuma imolação, sacrifício ou o que quer que seja, por sua natureza toti-potente, a única forma de agradecer é o reconhecimento de que existimos devido a Ele. No cotidiano dos nossos relacionamentos também estamos sempre a dever alguma coisa a alguém que nos prestou um favor, nos concedeu alguma dádiva, ou foi simpático e justo conosco. Talvez não tenhamos que presta esse pagamento a própria pessoa, talvez ela já não esteja fazendo parte dos nossos relacionamentos, tem vez tenha viajado, talvez tenham morrido. Não importa, o Criador deseja que assim como prestamos a nossa gratidão por tudo que recebemos dEle, também devemos prestar contas com nossos irmãos. Hoje já tenho mais um motivo para incluir nas minhas preces o devido pagamento a Deus por tudo que Ele fez por mim e continua fazendo; também ficarei mais atento com as oportunidades de pagamento que tenho para com meus irmãos. Lembro que quando eu fazia minha graduação, passava muita dificuldades financeiras, pois já era casado e não tinha emprego, apenas procurava me manter com as bolsas que recebia da Universidade. Recorri muitas vezes aos amigos para me emprestar algum dinheiro e cobrir algumas dificuldades que apareciam; também evitava sair com eles no fim de semana, pois sabia que não iria ter como dividir a despesa, mas agradecia pelo convite que sempre eles faziam. Hoje não tenho mais relacionamento com aqueles colegas e amigos do passado, mas tenho outras pessoas que convivem comigo. Agradeço a Deus quando Ele me oferece oportunidade de ser útil a elas em suas dificuldades também financeiras, pois sei que todos somos filhos do mesmo Pai e se não posso pagar a dívida de gratidão àqueles que me ajudaram no passado, ajudando agora o que estão próximos, com certeza o Pai fará a devida compensação. E também sei que isso funcionará como uma corrente do bem. Mais adiante essas pessoas hoje beneficiadas por mim, e que não estejam mais dentro dos meus relacionamentos, terão a mesma motivação que tenho hoje de ajudar a que os procure. Ficaremos assim mais próximos de um relacionamento digno de ser praticado no Reino de Deus.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 15/07/2012 às 16h02
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
 
14/07/2012 00h05
FUTEBOL CRISTÃO

            Podemos fazer uma analogia do nosso comportamento cristão com um time de futebol. Estamos no jogo da vida em diversas posições, algumas vezes atuamos na defesa, outras vezes no ataque. O nosso ataque tem a característica de quebrar as cadeias da ignorância e levar a compreensão da natureza do espírito e da necessidade de aprendizagem dos valores morais bem exemplificados no Evangelho ensinado por Jesus. Atuamos também na defesa e procuramos evitar qualquer falta que aconteça na grande área, pois essa é uma situação de penalidade máxima onde o adversário tem toda a chance de fazer o gol. O que caracteriza essa grande área que nos traz tão grande perigo em nossas faltas? Essa grande área é o espaço que atuamos no cotidiano, quer seja na família, no trabalho, na escola... É aí que estamos sob constante pressão, o nosso comportamento é vigiado, analisado e julgado. Caso surja a falta, então vem o contra-ataque, que pode ser de tom apenas irônico, como por exemplo: “é cristão, heim?’ Mas pode ser mais perverso como uma perseguição agressiva. Muitas outras vezes o adversário, tal qual faz o adversário no campo de futebol, simula a falta para que o árbitro de nossas vidas permita que ele nos ataque na marca do pênalti. A solução para evitar esse ataque por motivo real ou simulado, é que devamos está sempre atentos, o próprio Jesus nos ensinou a orar e vigiar, com esse sentido, de não cairmos por imprudência ou negligência. Não devemos dar pretexto para a oposição, devemos viver bem com todos e dar o bom exemplo. Podemos sentir sobre o nós o peso da intolerância, da injustiça, da raiva, do menosprezo, da humilhação, mas nada disso deve nos tirar do trilho do caminho que escolhemos, de seguir com firmeza os ensinamentos de Jesus e ente eles está o mais difícil, que é amar os adversários.

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/07/2012 às 00h05
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
 
13/07/2012 23h45
NOVOS OLHOS

            Marcel Proust dizia que “a verdadeira viagem de descoberta não consiste em procurar novas paisagens, mas em ter novos olhos.” É uma verdade! Eu sinto que a cada momento estou descobrindo novas paisagens, principalmente quando estou lendo algum livro. Até o descobrimento desta frase que eu não conhecia, serve como exemplo. Agora sei que cada novo descobrimento, novo conhecimento adquirido meus olhos passam a contemplar o mundo de forma diferente. Isso vai ajustando o meu pensamento a se aproximar cada vez mais da verdade universal. Se a nossa procura é verdadeira, intensa e honesta, terminamos por ter uma visão de mundo muito diferente daqueles que convivem conosco e que não tem a mesma preocupação de descobertas. Sinto isso muito salutar na minha vida, mas quem está de fora e percebe a discrepância do meu comportamento com relação aos das outras pessoas, pode desenvolver um sentimento de compaixão por mim, por entender o quanto isso me trará de sofrimento n desenvolver dos relacionamentos. Só uma pessoa muito amiga pode ouvir esse relato da minha forma de pensar e agir, perceber a diferença marcante, e mesmo assim ter tolerância e olhar fraterno para o caminho que enveredei. Hoje me considero muito distante nessa trilha que minha mente descortinou, sinto a solidão do caminhar sozinho, apesar de ter boas companheiras que se dispõem a caminhar comigo, se dispões a aprender a trilha por onde caminho para que também elas adquiram novos olhos. Sei que elas, tal como eu, também são vistas com críticas severas ao que pensam e procuram colocar em prática. Mas, com nossos novos olhos, percebemos a beleza desse caminho que por ele vamos, pois lá a distância nos espera o Reino de Deus!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/07/2012 às 23h45
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
 
12/07/2012 20h10
CO-DEPENDÊNCIA

            Co-dependência hoje é reconhecida como uma doença. Pode ter diversos matizes de acordo com o tipo de dependência que se instala. A mais comum é a co-dependência química, quando uma pessoa, geralmente um homem, passa a ficar dependente de uma droga, quer seja álcool, maconha, cocaína, e a pessoa mais próxima, seja mãe ou esposa, no anseio de ajudar termina por ficar com o emocional tão ligado que termina adoecendo também. É a co-dependência química. Existe uma outra dependência que gera co-dependência que talvez seja mais perversa que a co-dependência química. É a co-dependência afetiva. Talvez seja mais perversa porque é construída desde a infância. Geralmente é a mãe que dedica um amor tão especial por um dos filhos, uma dependência afetiva tão forte, que o outro responde com a co-dependência. Sofri esse problema na pele. Fui criado por minha avó e esta despejava sobre mim toda sua atenção, cuidados e privilégios. Todos os outros netos eram desconsiderados, todos eram os demônios, só eu era o santinho. Evitava que eu namorasse, que tivesse amigos... só vim saber como era que se realizava o ato sexual por volta dos 17 anos de idade. Mesmo servindo a Marinha, não tinha coragem de chegar perto dela e apresentar a minha namorada. Hoje lembro de tudo isso com a nostalgia daqueles tempos e também da minha fraqueza em não tomar decisões fortes na frente da minha avó. Mesmo sendo independente financeiramente e tendo o status social de um militar. Hoje vejo pessoas com o mesmo grau de co-dependência, sofrendo cerceamento da liberdade em nome desse amor tão possessivo. Vejo como ficam fragilizadas essas pessoas. Sinto empatia por elas, sinto o sofrimento delas hoje, como o meu que foi ontem. As vezes não sei nem como orientar de como sair dessa arapuca, pois ela é forjada com o material intitulado de amor. Mas o amor não é paralelo à liberdade? O amor não deve respeitar as decisões do ser amado e ficar de prontidão para ajudar se necessário? Que as orientações e conselhos não podem ter as características do autoritarismo? Não, a melhor forma de sair dessa situação é evocar o verdadeiro amor com toda as suas características, de tolerância, liberdade, fraternidade, mas também com firmeza para que o falso amor não continue a prevalecer anos e anos.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/07/2012 às 20h10
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Página 894 de 932