Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
03/02/2012 18h03
SONHO

             Estava dirigindo meu carro numa estrada conhecida. De repente em uma subida, tudo parece muito estranho, não reconheço o caminho. Diminuo a velocidade do carro e tento forçar a memória para fazer o reconhecimento do meu destino. O carro continua a subir e eu continuo confuso sem saber onde estou. Numa curva sinto que o carro se dirige perigosamente para o precipício, mas não consigo desviar. Sei que a queda é fatal, é preciso frear o carro e evitar o desastre, mas não consigo. O carro desaba no abismo e enquanto espero o choque fatal, explosão e morte, vem na minha mente tudo o que eu poderia ter feito de certo, o que fiz de errado, até mesmo evitar esta queda que estava acontecendo. Antes do choque, acordei!

            Interpreto tudo isso como reflexos intuitivos que emergem do meu inconsciente para sinalizar prováveis eventos futuros. Foi assim que aconteceu num sonho que tive antes, onde o mundo que eu vivia desabava, as estrelas caiam e eu me sentia perdido no Universo. Na mesma semana a minha mulher, em reação ao meu comportamento, me expulsa de casa de forma definitiva.

            Neste sonho de hoje, imagino que a estrada ascendente em que eu viajava é o caminho espiritual que eu procuro seguir de acordo com as instruções do Mestre Jesus e demais seres iluminados do seu nível. A estranheza é que não consigo prever o que vai acontecer, nem mesmo a curto e médio prazo, a estrada fica confusa. Sei que ela me traz perigos sociais já que caminho contra a cultura estabelecida. Posso ser vítima de reações por demais fortes que levariam a minha destruição acadêmica, social, financeira, religiosa... Os paradigmas de uma família ampliada em contraponto à família nuclear, deve ser o estopim dessas ameaças ou transformações como aconteceu no sonho anterior. Só espero que eu adquira a sabedoria para reconhecer a estrada por onde caminho, que se eu acabe caindo no abismo da intolerância ou da incompreensão, que não seja por desorientação. Serve de consolo e esperança para mim, que acordei com o Evangelho de Tomé e a Biografia de São Francisco ao meu lado. Acredito que eles estejam perto de mim para ajudar nessa compreensão da vida, reforçar minhas boas intenções relacionadas com a verdade e coragem para a sua aplicação.

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em 03/02/2012 às 18h03
 
03/02/2012 00h58
O MAIS VELHO

             Em toda família existe a hierarquia natural da idade, do mais novo para o mais velho. Atualmente, com a morte da minha mãe, já que fui o seu primogênito, assumi a condição de mais velho. Sempre procurei reunir a família e discutirmos juntos aspectos da vida e devido a esse fato de ser o mais velho, existe uma aura de respeito às minhas palavras. Considerava isso natural, mas sem qualquer tipo de obrigatoriedade. Mas lendo um dos capítulos do Baghavad Gita, descobri que é obrigação do membro mais velho da família reunir seus integrantes e passar para todos a sabedoria da vida. Então aquilo que eu fazia sem qualquer compromisso, passei a considerar da minha responsabilidade. E mais ainda, como sei que a vida é efêmera, logo mais não estarei neste mundo material e outro elemento da família atingirá a posição do mais velho. É importante que ele tenha essa consciência, essa responsabilidade e continue a instruir os membros da família com as verdades da vida. Os livros religiosos nos dão grande ajuda nesse sentido, afinal foi através de um deles que atingi essa consciência. Não quero direcionar religião para ninguém, acredito que cada um tenha um perfil psicológico diferente e portanto deve procurar nas diversas religiões aquela que melhor se adéqüe ao seu perfil. Pode até que não encontre nenhuma, mas espero que considere a existência do Pai extra-fisíco, que não pense que é um órfão dentro do macrocosmo da Natureza, pois sei que será um grande prejuízo que ele terá. Mas enfim, prejuízo será dele e continuará a cumprir o seu papel de membro mais velho se procurar divulgar a verdade e respeitar a vontade de cada um no caminho espiritual que queira seguir. Afinal, a verdade nunca pode estar errada!

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01/02/2012 02h43
DIREÇÃO A SI MESMO

             Todos possuímos uma luz interna que é a fagulha do Criador dentro de nós. Pode ser que nunca a percebamos e morramos como um animal que é nossa característica material. Porém chega um momento que uma força interior começa a atingir nossa consciência e, apesar de todo o condicionamento material que possa ter sido incutido em nossa mente, passamos a procurar algo mais para nos deixar confortáveis perante a vida. Depois de muito procurar esse “que” longe de nós e não encontrarmos, passamos a conhecer os livros divinos, a filosofia universal, e passarmos a dirigir a nossa atenção para o nosso interior. Essa foi também aminha trajetória. Depois de certo tempo de tanto adquirir conhecimentos e nunca chegar a me sentir pelo menos caminhando em direção a algum objetivo, passei a considerar a procura dentro de mim. Foi ai que encontrei o meu foco. De repente todo o meu conhecimento teórico, a minha experiência prática, passou a fazer um sentido lógico. Reconheci a existência de um Pai extra-físico e que, como criador de todo o Universo e estrategista da evolução, percebi na consciência uma compreensão perfeita do que eu teria de fazer para me encaixar nessa Natureza da qual sou uma partícula insignificante, mas de grande responsabilidade nesse projeto evolutivo, pois possuo a inteligência privilegiado capaz de altos alcances cognitivos. Então a minha caminhada adquiriu a orientação para dentro de mim mesmo e em decorrência disso influir ao meu redor da maneira que o Criador deseja. A cada dia reconheço um melhor conhecimento da minha missão e dos obstáculos que tenho para sua realização. Sei que ainda não sou completamente o que sou, mas desejo com todas as forças atingir o meu potencial.  Peço ao Pai todo momento, que Ele me dê forças para eu dirigir a minha consciência a mim mesmo e fazer o caminhar espalhando o amor que vou acumulando com essas descobertas.   

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01/02/2012 00h52
PERSEVERANÇA

             Não somos perfeitos e portanto sujeitos a erros e falhas. Alguns desses estão dentro de nossa personalidade, do caráter, e dessa forma de difícil reabilitação. Porém se tomamos conhecimento dessa situação, e queremos modificar aquilo que está errado em nós, não devemos nos intimidar por concluirmos que é difícil essa tarefa. É difícil, mas não impossível. O nosso principal aliado nesse projeto é a tenacidade, a perseverança. Os erros irão surgir, mesmo nós sabendo deles e querendo os evitar. Algo dentro de nós força o nosso comportamento a agir contra a nossa vontade. Parece paradoxal, a vontade ser vencida por algum elemento que faz o corpo agir sem nós o querermos. É o que Paulo deixou escrito na Bíblia, em momentos de angústia: “Por que eu faço o que não quero e o que quero deixo de fazer?”, mais ou menos assim. Pois é isso que observamos constantemente em nosso comportamento. É isso que observo constantemente em meu comportamento. Quero trabalhar na seara do Senhor, construir o seu Reino aqui na terra assim como Ele colocou esta ordem na minha consciência. Sei os passos que devo dar para fazer isso acontecer. Mas fico a procrastinar dia após dia o que tenho de fazer. A cada dia constitui uma batalha perdida. O que me salva é a perseverança. Todo o dia amanheço com a firme intenção de fazer o necessário. Também sei que apesar dessa visão negativista que coloco aqui, também percebo que a derrota não é tão completa assim. Todo dia reconheço que algum palmo de terreno conquistei. Poderia ser mais rápido nesse meu trabalho, mas acredito que esteja atingindo os meus limites e para avançar mais ainda no trabalho eu tenho que ampliar ainda mais esses limites, e isso mexe com toda a estrutura da personalidade, do caráter. Assim vou me transformando num novo homem, aquele que eu quero ser, que obedece a ordem do Criador. Agradeço a perseverança que tem sido minha fiel aliada.

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31/01/2012 00h46
DISPLICÊNCIA

            A displicência dentro dos relacionamentos é um fator de desarmonia. Mas, e quando essa displicência já uma fuga para evitar a desarmonia? Quando alguma notícia deve ser dada e essa notícia traz algum grau de sofrimento para o outro, geralmente há uma tentativa de evitar a notícia. Mas acontece que o fato vai ser descoberto e a desarmonia vem de qualquer forma. A maneira mais inteligente de lidar com a questão é cada um colocar para o outro quais são os seus paradigmas de vida e o que pode acontecer dentro do rol de comportamentos de qualquer um. Então o outro deve decidir se estar disposto a aceitar ou não. Mesmo com todo esse grau de transparência, mesmo assim quando o fato acontece, ainda existe o mal-estar, a desarmonia. A desarmonia é um sinal de que o relacionamento está inadequado e se isso persiste, a solução final será o rompimento do relacionamento. Então, a displicência começa a surgir no comportamento dos companheiros, até mesmo num nível inconsciente, para evitar informar com clareza o que vai acontecer. O companheiro às vezes até pede para isso não ser colocado de forma explicita, é um sinal de que a displicência pode ser usada. Enfim, começo a firmar a opinião de que a transparência é a melhor estratégia, mesmo porque é a que está aliada a verdade e a verdade é sempre bem-vinda, a não ser que o outro seja tão frágil que não a possa suportar, mas nesse caso não estaria dentro do relacionamento.

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em 31/01/2012 às 00h46
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