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28/08/2021 06h17
CIRCULO DO MAL DE HITLER (89) – A SOMBRA DE HITLER

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

LXXXIX

16 DE JANEIRO DE 1945

            Enquanto isso, Martin Bormann acompanha seu Führer a Berlim. Eles ficam horrorizados com a destruição da cidade. Fazia um mês que não viam a Chancelaria do Reich. Agora ela está em ruínas. Todas as janelas quebradas. Apenas o térreo e o porão estavam habitáveis. O escritório e a residência de Hitler foram realocados ao incompleto Führerbunker, embaixo do jardim da chancelaria. Foi projetado pelo homem em quem Hitler ainda confia mais: Albert Speer.

            Dezoito quartos de concreto, sua fortaleza subterrânea. Com defesa constante por guardas da SS escolhidos a dedo. Mas o Führer que eles protegem está acabado.

            No começo de 1945, Hitler está um caco. Ele cada vez mais depende de todo tipo de remédios. Hitler está fisicamente destruído. Desenvolveu um tremor na mão esquerda após o bombardeio da Valquíria. Mas o círculo íntimo não faz nada, paralisado pelo medo. Só um homem corajoso diria: “Você está errado. Não vamos mais segui-lo.” Era impossível. Eles sabem que se derem um passo errado, podem ser vítimas da sombra de Hitler: Martin Bormann.

            Era perigoso contrariar Bormann, pois ele era o sicário de Hitler. Se Hitler não gostasse de alguém, ele dizia a Bormann: “Não quero mais ver essa pessoa.”

            Todos estavam tensos, queriam manter Hitler feliz. Todos sabem que Bormann pode mandar um esquadrão para mata-los.

            Observamos com clareza como se organiza a estrutura do poder do mal. Qualquer sinalização de ameaça aos seus projetos, ele manda a sinalização de eliminação, de destruição. Foi assim que aconteceu com o prefeito Celso Daniel aqui no Brasil, eliminado pelas forças do mal, assassinado sob tortura e cujos assassinos até hoje não foram descobertos, protegidos pelas forças do mal que continuam operante em nossa sociedade.

            Da mesma forma foi feita a tentativa de eliminação de Jair Bolsonaro quando estava em campanha para a presidência da República. O mal pressentia que esse candidato uma vez sendo eleito seria um sério obstáculo às suas pretensões. Orquestrou aquela facada assassina que quase teve sucesso. O autor do crime continua preso, já que foi pego em flagrante, mas a rede que fez a mentoria do crime até hoje continua encoberta, pois infelizmente as garras do mal continuam postas em vários setores institucionais, o qual extrapola seus limites para proteger seus comparsas de ideal. 

            A sociedade brasileira ver tudo isso com o sentimento de incapacidade, afinal de contas, essas pessoas que cometem tantas iniquidades e que prejudicam descaradamente o senso de justiça, estão ocupando cargos onde foram colocados de forma legal. Esse mesmo sentimento de incapacidade devia corroer o pensamento dos alemães honestos e não hipnotizados, pois aquela pessoa e seus asseclas que estavam promovendo a ruína da Alemanha, estavam colocados todos em cargos públicos de forma legal.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/08/2021 às 06h17
 
27/08/2021 21h47
CIRCULO DO MAL DE HITLER (88) – RENÚNCIA DE HIMMLER

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

LXXXVIII 

RENÚNCIA DE HIMMLER

O exército de Himmler que deve defender Berlim contra os soviéticos que avançam pela Frente Oriental, está em menor número nessa frente e não tem recursos para fazer uma defesa eficiente. Havia outros comandantes alemães que eram brilhantes na defesa, improvisavam. Havia outros comandantes alemães implacáveis. Himmler não era nenhuma das duas coisas. Se Bormann queria acabar com ele, Himmler percebeu tarde demais que recebeu um cálice envenenado.

            Himmler está sofrendo derrota e retirada em todos os lados. O aspirante a soldado, fracassa terrivelmente e Hitler o acusa de desobediência descarada.

            O fracasso com certeza afetaria a noção de Himmler de sucesso e valor próprio. Ele fez a SS passar de uma organização pequena nos anos 20 a um Estado dentro de um Estado que comandava a Alemanha nazista. Ele finalmente conquistou o seu sonho, o objetivo de ser o número 2 em comando após Hitler, mas é o segundo em comando de um império em decadência.

            Com seus sonhos arruinados, Himmler quer renunciar, mas não consegue encarar Hitler. Ele não tem coragem de admitir a Hitler, pois ele queria muito aquele cargo. No fim, ele faz outra pessoa falar com Hitler e consegue sair do cargo.

            Himmler viaja a 100 quilômetros ao norte de Berlim, a uma casa de saúde, para ser tratado de estresse e dores estomacais.

            Onde ele está? Está basicamente fingindo. Ele alega está sentindo todo tipo de estresse após o fracasso na Ofensiva de Ardenas, mas estava fazendo um jogo mais profundo e astuto.

            Com o esforço de guerra à beira de um colapso e Bormann atrás dele, Himmler decide que sua única esperança de sobrevivência é uma mudança radical. Precisa se livrar de seu passado de assassino.

            Himmler, o homem em quem Hitler acha que pode confiar acima de todos, na verdade, está de olho no futuro desde o começo. Ele vai se distanciar dos assassinos em massa que dependeram muito dele.

            Alguns meses antes, Himmler mandou fechar as câmaras de gás e crematórios dos campos de concentração. Não era por ele simpatizar com os presos. Ele queria ter uma imagem positiva com os Aliados, quando vencessem.

            Seus homens começam a destruir provas. Incendeiam as unidades de acomodação, muitas ainda ocupadas por presos.

            É o momento de os ratos abandonarem o navio. Neste nível de conflito observamos a diferença daqueles que usam o bem e outros que usam o mal para criar determinado contexto social. Enquanto os adeptos do Cristo, que procuram ser cidadãos do Reino de Deus enfrentam as adversidades com lealdade e fraternidade, chegando ao ponto de sacrifício sem contestação nos circos romanos, os adeptos do mal permanecem com as iniquidades, fugas e traições.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/08/2021 às 21h47
 
26/08/2021 23h59
CIRCULO DO MAL DE HITLER (87) – A BATALHA DO BULGE

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

LXXXVII 

FRANÇA – BÉLGICA

A BATALHA DO BULGE

            Hitler quer um plano derradeiro para conquistar a vitória. Ele planeja atravessar a região das Ardenas, dividindo o exército Aliado em dois, e indo até a Antuérpia.

            Os americanos a chamarão de “A Batalha do Bulge”. Isso abrirá caminho até a Antuérpia, cercará os exércitos Aliados, prenderá milhares de homens e o Reich ficará a salvo. A ofensiva nas Ardenas era a cartada final para os alemães. A ideia era atacar o Ocidente, usando as mesmas técnicas e, por vezes, o mesmo terreno no qual tiveram sucesso em 1940. Na época, a Blitzrieg foi possível pelo enorme poder de fogo aéreo. Mas a Ofensiva das Ardenas não terá tal ajuda. Göring está bem enfraquecido a esta altura, mas ainda é o encarregado da força aérea. Mas ele é um viciado que fica fantasiando sobre o poder da Luftwaffe, cada vez mais detonada pelas forças britânicas e americanas. A pressão está a todo vapor.

DEZEMBRO, 1944

            Para vencer, os nazistas precisarão de 200 mil homens e enorme quantidade de tanques, artilharia e munição. Estrategicamente, seria um golpe de mestre, mas o problema é que os alemães não tinham o combustível, nem homens e muito menos equipamentos militares necessários. É uma jogada inútil. O clima está péssimo. Eles não conseguem mandar homens nem nada para a linha de frente. Quando aviões Aliados sobrevoam eles tinham que se esconder.

            A Alemanha não tem condições de fazer ofensivas de grande escala no inverno rigoroso de 1944, 1945. Já foi longe demais.

            A pequena participação de Himmler na operação e sua primeira chance como comandante militar acaba mal. Mas Hitler dá outra chance ao comandante novato. 

            O pensamento lógico, racional, dentro dessa situação em que os nazistas se meteram e colocaram dentro toda a Alemanha, percebe logo que não existe mais condições de vitória, e que a rendição é o próximo passo. Poderiam pensar em alguma condição para a rendição, mas nem isso podem exigir. No entanto, o pensamento ilógico, irracional de Hitler ainda antevê a vitória, e os comparsas que não tem coragem de fazer o confronto.

            Aqui no Brasil acontece diferente. O criminoso ex-presidente Lula, com diversos processos, condenado e liberado pela ação dos seus comparsas colocados por ele em posições de poder ou beneficiados de alguma maneira, mantém um grupo hipnotizado ao seu redor, felizmente de forma minoritária dentro do contexto da nação. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/08/2021 às 23h59
 
25/08/2021 23h51
CIRCULO DO MAL DE HITLER (86) – GUERRA TOTAL

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

LXXXVI 

23 DE JULHO DE 1944

            Apesar dos sinais de colapso do regime, alguns membros do círculo íntimo sentem que podem se beneficiar com o caos. Meses antes, Goebbels fez um discurso fervoroso ao povo alemão, chamando a nação para se mobilizar como parte do esforço de guerra.

             De início, Hitler rejeitou a ideia. Mas agora, ele finalmente dá a Goebbels apoio à Guerra Total. Por um momento parece que ele tem total poder sobre o que acontecerá, como a guerra é conduzida e como os recursos da nação serão usados. Significa agora que Goebbels atrairá mais poder. 

            Goebbels tenta recrutar 1,2 milhão de homens do setor civil para lutarem na linha de frente. Agora tudo se desencadeará.

            Mas Goebbels não é o único membro do círculo a subir de posição. Como criador da Solução Final, até agora, a carreira de Himmler consistiu em travar guerra contra civis. Mas ele sempre sonhava com conquista militar.

            Himmler fez 18 anos no final da Primeira Guerra Mundial e queria ser provado como soldado. Mas era tarde demais. Desde então, Himmler sonha com comando militar. Agora, após mais de duas décadas, Himmler tem sua chance. Após o golpe fracassado, o aspirante a soldado é nomeado comandante de um exército que defenderá o centro industrial da Alemanha. Agora ele tem poder militar. É comandante de um exército de dois milhões de homens. Agora se sente um soldado. Não é apenas o líder da SS, é também um soldado. E isso é muito importante para ele. 

            Mais importante ainda, ele tomou o posto de Hermann Göring como o escolhido de Hitler. Mas alguns acreditam que a sonhada promoção de Himmler é um plano para miná-lo, vindo do conspirador mais perigoso do círculo.

            Há uma teoria de que foi Bormann quem persuadiu Hitler a dar esse posto militar a Himmler, para que ele fracassasse. Se for verdade, Bormann acertou em cheio. O exército de Himmler está desesperado por suprimentos e equipamentos. É uma crise que põe Himmler em conflito imediato com o homem que acabou de escapar do esquadrão da morte da Gestapo. Albert Speer.

            Após sobreviver aos boatos de seu envolvimento na Valquíria, Speer, como ministro de Armamentos, entra em conflito com Himmler por mão do obra. Himmler os quer no exército. Speer quer mais gente nas fábricas fazendo aviões e bombas.

            Sempre houve tensão entre os figurões nazistas. Onde vou conseguir os recursos? Onde vou conseguir mais homens? Alguém vai tirá-los de mim? 

            Speer, Goebbels, Himmler, Göring, todos precisam fazer o impossível. Então, aconteciam reuniões em que esses homens brigavam por poder sobre centros de produção. No fim das contas, acaba ficando bem marginal, eles sabem que é tudo em vão. É como carecas brigando por um pente.

            No fim, Himmler ganha o apoio de Hitler. Era questão de quem tinha mais poder. Acabou sendo Himmler. E não demorará para a habilidade de Himmler como comandante militar ser testada.

            Na Toca do Lobo, Hitler ainda está convencido de que pode vencer a guerra. Desde o atentado a bomba, ele virou um viciado em remédios com táticas militares cada vez mais irracionais.

            A estrutura de poder dos acólitos do mal começa a desmoronar. Esta é mais uma lição que podemos tirar de tudo isso. O mal só prospera enquanto tem a quem sugar de energias vitais. Quando isso entra em falência, a estrutura do poder do mal também começa a ruir.

            Observamos isso acontecer nos países que o socialismo/comunismo chegou ao poder pela violência das armas ou por ganho de eleição com base em falsas narrativas. Logo o pais começa a desmoronar, pois se afasta da linha de produção baseada na produção e no mérito de cada cidadão. Constatamos isso nos países nossos vizinhos, Cuba, Venezuela, Argentina, todos massacrados em rota de ruína por manter o regime tão cheio de iniquidades.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/08/2021 às 23h51
 
24/08/2021 07h56
CIRCULO DO MAL DE HITLER (85) – OPERAÇÃO VALQUÍRIA

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

LXXXV 

OPERAÇÃO VALQUÍRIA II

            Em Berlim, a Operação Valquíria está em ação, com soldados cercando Goebbels e Speer no Ministério da Propaganda. No comando do exército reserva está o major Otto Remer. Achando que Hitler está morto, Remer não sabe que está fazendo parte de um golpe. Mas os conspiradores deixaram Goebbels com um telefone. Ele ligou para o major Remer, convenceu-o e disse: “Precisa parar isso. Hitler está vivo.”

            O major Remer acata as ordens, mas o golpe ainda está ativo. Himmler dá ordens cancelando a mobilização da Operação Valquíria, mas não basta. Havia muito pânico em Berlim e em círculos do partido. E muitas pessoas souberam do assassinato e torciam para ele estar morto.

            O ministro da Propaganda Goebbels percebe o que precisa ser feito. Saber que Hitler está vivo daria um basta à Valquíria. Hitler tem de quebrar seu silêncio de um ano e dizer ao povo alemão que está vivo.

            O que sobrava aos nazistas era se comunicarem. Precisavam convencer o povo alemão de que estava tudo bem, que nada mudou. Mas a transmissão sofre problemas técnicos, e o rumor de que Hitler está morto se propaga rapidamente. Se não transmitirem logo, a Operação Valquíria não poderá ser detida.

            Finalmente, após a meia-noite, estão prontos. Não há dúvidas de que a voz no rádio é de Hitler. “Eu lhes falo hoje por dois motivos. Primeiro, para que ouçam a minha voz e saibam que estou bem, em boa saúde.” Aquilo ainda tinha muito peso para o povo. Ainda tinha muito impacto. “Segundo, para saberem os detalhes desse crime, sem precedentes na história alemã.”

            O golpe fracassa. Os conspiradores sabem que falharam. Para o povo alemão, há uma grande sensação de terem sido salvos, de que, se Hitler ainda está vivo, ainda possam vencer a guerra.

            Os conspiradores são capturados. Stauffenberg e seus homens são mortos a tiros. Logo após essa ação, Bormann passa a mensagem: “A tentativa de golpe por generais irresponsáveis foi massacrada. Os líderes foram mortos.”

            Estava claro que o assassinato era para ser o início de uma revolta militar e política contra o regime. É um movimento bem diverso, que inclui liberais, pessoas com valores cristãos, e também conservadores que estão muito preocupados. E a rede de inteligência de Himmler encontrou provas perturbadoras que incriminam alguém do círculo íntimo. No cofre dos conspiradores a SS encontra uma lista de quem encabeçaria o novo governo caso o golpe desse certo. Em ministro do Armamento, estava escrito “Speer”.

            Albert Speer volta ao cenário. No diário de Stauffenberg, Himmler descobre que Speer foi convidado para uma reunião com os conspiradores no mesmo dia da tentativa de assassinato. A coisa está feia para Speer. 

            Himmler imediatamente ordena que não haverá mais execuções. Para um expurgo em massa da oposição, Himmler precisa de informações, e gente morta não fala. Eles são torturados brutalmente até contarem os segredos, depois são enforcados.

            Há rumores de que Albert Speer foi preso, até mesmo executado. Mas a Gestapo vê que as provas contra Speer são inconclusivas. Felizmente, ele recusou o convite para a reunião com os conspiradores. Ele disse que não podia ir, estava ocupado de exausto. Motivos reais. E a escolha de Speer como ministro do Armamento podia ter partido do desejo dos conspiradores. Felizmente, a lápis, escrito ao lado do nome dele havia um ponto de interrogação e duas palavras: se possível.

            É um momento difícil para Speer, mas ele o supera, e o ponto de interrogação basta. Sem o ponto de interrogação e o “se possível”, os nazistas teriam suposto que ele já tinha aceitado estar em um governo futuro sem Hitler, indicando sua cumplicidade no golpe. Ele teria sido enforcado.

            Como resultado da trama, milhares são executados, muitos são pendurados como carcaças. Algumas execuções são filmadas por ordem de Hitler, para que ele pudesse assistir. 

            Caso o golpe tivesse dado certo, os golpistas assumiriam o poder e poderiam negociar o fim da guerra. Livraria o mundo de mais meses de sofrimento, de perdas de vidas, e a nação alemã teria um atenuante forte para a sua defesa contra os ataques éticos contra a humanidade que cometeu. Infelizmente, o golpe não deu certo e o principal mentor de uma sociedade que começava a ver as atrocidades dos nazistas, Stauffenberg, foi fuzilado impiedosamente sem nenhuma gota de consideração, pelos seus algozes, como era de se esperar, nem pelos milhares de cidadãos que estavam por trás dele e que terminaram sendo torturados, fuzilados ou enforcados. 

            Fica para nós, no Brasil e no mundo, que temos preocupação ética com nossas ações, a lição de que não podemos ficar impassível frente ao poder exercido em nosso nome por um facínora como Hitler e seus asseclas. Temos que ficar bem atentos e prontos para reagir com vigor na primeira oportunidade. O povo alemão esclarecido e de boas intenções procurou dar o primeiro passo, eliminar o chefe das atrocidades, como ele fez direta e indiretamente com tantas pessoas, mas falhou em dar seguimento a ação desencadeada, se armando e se agrupando dentro da Alemanha. Certamente isso daria maior visibilidade para que mais pessoas dentro da Alemanha se alinhassem ao intento revolucionário e que o mundo identificasse que existia uma terceira frente de guerra contra os nazistas. Isso com certeza traria o fim da guerra com mais rapidez.

            Hoje, o que observamos? Quase ninguém no mundo conhece o ato de heroísmo desencadeado por Stauffenberg e seus colegas. Essa visão heroica serve para nós, aliados, como para os alemães que não concordavam com as atrocidades de Hitler. Não serve para os nazistas, naturalmente, que divulgaram maciçamente dentro da Alemanha a narrativa do comportamento dos golpistas, que para eles é verdade, inclusive com adjetivos perversos como traidores, irresponsáveis, miseráveis, etc., o que para os nazistas é correto e para os alemães que não possuem o devido senso crítico de analisar o que acontece. 

            Este é o motivo pelo qual pessoas de má índole quando assumem o poder, a primeira medida que procuram fazer é desarmar a população para dificultar esse tipo de revolta armada que poderia ter acontecido na Alemanha nazista. 

            Também faço uma crítica ao comportamento das pessoas no resto do mundo, a maioria delas prejudicadas pelos nazistas. Não haver um momento de solidariedade a Stauffenberg para marcar o seu ato de heroísmo no nosso ponto de vista. As pessoas que estão no poder e não procuram informar aos jovens o que aconteceu na realidade, e deixam os estudantes sem essa informação tão preciosa, jovens como eu que só vim a descobrir e fazer minha análise pessoal do comportamento de Stauffenberg e seus colegas somente agora, na terceira idade, e mesmo através de um trabalho documental na Netflix.

            Tudo isso nos chama a atenção para que não sejamos envolvidos por falsas narrativas que servem para ocultar as más intenções e atrocidades dos seus criadores. Neste momento de batalha espiritual cruenta que vivemos é mais do que nunca necessário esse cuidado. Lembrar sempre da orientação do nosso comandante: “Orai e vigiai”.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/08/2021 às 07h56
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